sexta-feira, 29 de abril de 2016

Aos solavancos...

...mas em movimento. ;)


Eu bem digo...


Comentário: É por este tipo de "novidades" que eu aconselho cautela a eventuais entusiasmos com o funcionamento da geringonça governamental... Não discordo da monodocência, mas existem áreas que não vejo inconveniente em ser trabalhada por outros docentes.

Ninguém dá nada a ninguém, e como já se começa a verificar noutros campos da governação, aquilo que parecia bom afinal não o será (ou pelo menos, não tanto como anunciado). E acredito que por cada boa notícia, teremos duas más... O problema é que as más notícias poderão ser conhecidas tarde demais ou pelo menos, divulgadas sem se dar a conhecer o seu real impacto.

Esta proposta deve ser mantida...


Comentário: A possibilidade de desdobrar turma já existe, mas não para as disciplinas de Português e Línguas Estrangeiras... O objetivo será mesmo permitir trabalhar as "componentes de oralidade e de escrita", mas é necessário ter em atenção que este desdobramento não poderá implicar acréscimo de gastos e terá de ser feito "em função dos recursos disponíveis nas escolas". Esta é uma medida que posso classificar como claramente positiva, mas que - como já referi anteriormente em outros posts - não virá acompanhada de outras menos positivas ou mesmo negativas.

Até dá vontade de ficar agressivo...


Comentário: Vocês nem imaginam quem é a autora de tão linda (e consensual) frase... Não... Nada disso... Podem parar de adivinhar. Quem o disse foi Maria de Lurdes Reis Rodrigues reforçando que a "aproximação do governo aos sindicatos de professores é "natural" à luz dos "compromissos" que têm de ser feitos".

A entrevista é longa e desinteressante (acima de tudo pela personagem entrevistada), mas deixo-vos com um excerto das certezas desta senhora que tanto mal nos causou:

"Em retrospetiva, teria mudado alguma coisa na relação que teve com os sindicatos de professores? Teve de enfrentar algumas das maiores manifestações de sempre... 

Esse é um exercício que não existe: pensar que se volta atrás e se faz diferente. Na realidade nunca se volta atrás e nunca se faz diferente. A única coisa que podemos fazer é aprender com a experiência que tivemos. Em regra, não faço esse exercício de olhar para trás e de me arrepender, de chorar sobre o passado. Não podemos mudar a nossa natureza e também não podemos mudar o nosso passado."

No final, apenas uma pequena consideração... Esta senhora pode ser tudo e mais alguma coisa, mas é detentora de uma qualidade que eu aprecio imenso: não esconde a sua natureza!

Aguardemos...


Comentário: De acordo com a notícia (e também com a proposta do Ministério da Educação), no próximo ano letivo, as "horas extra" (vulgarmente conhecidas por crédito horário) irão "depender, quase em exclusivo, do número de turmas existente na escola, deixando de ser considerados os resultados obtidos pelos alunos na avaliação interna (feita pelos professores) e nos exames, a percentagem dos que conseguem transitar de ano, bem como a redução dos que abandonam o ensino a meio da escolaridade"

Como o Despacho de Organização do Ano Letivo para 2016/2017 ainda está a ser negociado, poderá ser cedo para contentamentos, acima de tudo porque me parece que nem tudo são rosas, pois existem ali algumas situações que merecem a nossa atenção, como por exemplo a questão das horas atribuídas ao desempenho de funções de direção de turma.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Gosto...

Música de "Charlie Puth" - (Tema: One Call Away)

A geringonça (des)funcional


Então que escolham...


Comentário: As escolhas têm sempre custos, e obviamente que se existe oferta pública gratuita por perto, essa opção pode e deve ser paga... Se a opção gratuita não existir por perto, acho bem que seja patrocinada pelo Estado Português, até porque temos escolaridade obrigatória.

Continuo a afirmar que não acredito que esta "contenção orçamental" vá para a frente, pois já me deparei várias vezes com este "filme" do Governo "mau" que afirma parar de patrocinar "às cegas", turmas no privado.

A proposta relativa à Mobilidade por Doença...

Como todos saberão estes últimos anos são diversas as notícias de aparentes abusos de recurso à mobilidade por doença, por parte de professores... Dificilmente alguém poderá afirmar que não conhece pessoalmente algumas situações de abuso sistemático deste recurso que deveria ter uma maior filtragem. E seria importante esta filtragem, porque um dia um de nós poderá realmente necessitar de recorrer a esta tipologia de mobilidade, e por causa dos abusos de alguns, poderá ver-se impedido de o utilizar. 

Uma vez que quem abusa, argumenta com a existência da "lei" que o permite abusar, parece-me essencial que sejam criados mecanismos legais que permitam uma maior contenção de atribuição de mobilidade. O problema, claro está, é que o justo pagará pelo pecador... Traduzindo, a proposta ministerial para a Mobilidade por Doença introduz regras duras para quem efetivamente precisa deste mecanismo... E estou certo que nem serão aqueles que realmente necessitam de recorrer a esta tipologia de mobilidade que mais a contestarão.

Ficam então algumas novidades:

Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.

"6 — Para efeitos de ordenação e colocação dos docentes são utilizadas as seguintes prioridades: 
a) 1.ª prioridade − Situação de doença do próprio
b) 2.ª prioridade − Situação de doença do cônjuge ou pessoa com quem viva em união de facto e do filho ou equiparado menor de 12 anos ou, independentemente da idade, com deficiência permanente ou doença crónica
c) 3.ª prioridade − Situação de doença do filho ou equiparado maior de 12 anos, ou do parente ou afim, no 1.º grau da linha reta ascendente".

"8 — A formalização do pedido de mobilidade por doença é efetuada exclusivamente através de formulário eletrónico, a disponibilizar pela Direção-Geral da Administração Escolar, no qual devem identificar códigos de agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas, no mínimo de 3 e máximo de 10."

"9 — O presente processo será realizado numa só fase estabelecendo-se uma quota de 5 docentes por agrupamento de escolas ou escola não agrupada, independentemente do grupo de recrutamento."

Bem... Admito curiosidade pelas reacções dos sindicatos.

E já me esquecia: mais uma vez os médicos ficam "isentos" de problemas!

Como se isso importasse...


Comentário: De acordo com a notícia, parece que nos próximos tempos teremos encontros regulares entre sindicatos e o Ministério da Educação... E estão todos radiantes com este "acordo", como se estas avaliações tivessem grande impacto naquilo que Tiago Brandão Rodrigues pretende fazer na educação. 

Bem sei que estamos perante um "estado de graça" sindical, mas não nos deixemos levar por entusiasmos... Nunca concordei com o radicalismo da FENPROF, no entanto, não posso também concordar com esta estratégia "à FNE" de ficar feliz com migalhas e exceções justificadas, anunciando-as como grandes vitórias.

Divulgação do estudo "A (In)Disciplina na Família"


Comentário: O caríssimo colega Alexandre Henriques continua a lançar as bases para uma efetiva discussão sobre a indisciplina, mas desta vez, na sua vertente familiar. Passo a transcrever o post, ficando no final o link direto para um inquérito relativo a esta temática.

"Lanço hoje as bases de um estudo que julgo de todo pertinente. Muito se fala da família, dos pais e da educação dos seus filhos, mas ninguém sabe a forma como esta se processa dentro de casa. Trata-se de um estudo pioneiro e que tem como objetivo conhecer a tipologia de indisciplina, formas de solução utilizadas, correlação com o sucesso escolar e formação parental, bem como a relação que os pais têm com a escola, entre outros. 

Não precisará de mais do que 2 minutos para preencher o inquérito 


Nota: É um estudo direcionado a todos os encarregados de educação com educandos em idade escolar. Se já não têm podem na mesma responder ao inquérito desde que o façam situando-se nesse espaço temporal. 


Por fim, mas não menos importante, informar que este inquérito tem o apoio de duas entidades relevantes no espaço educativo e que permitirá uma maior divulgação pelas diferentes associações de pais e escolas deste país."


DOAL 2016 e Mobilidade interna - Propostas do ME

Eis o regresso às "negociações" entre o Ministério da Educação e os sindicatos, relativas a temas relevantes. No caso, e desta vez, temos o Despacho de Organização do Ano Letivo (DOAL) para 2016, assim como a Mobilidade por Doença.

Cliquem nas imagens abaixo, para fazerem download dos documentos.

DOAL 2016 (proposta)



Mobilidade por Doença 2016 (proposta)


Requalificação de docentes eliminada...

...de acordo com a Lei n.º 12/2016, de 28 de abril.

Cliquem na imagem abaixo, para fazerem download do normativo.


terça-feira, 26 de abril de 2016

Para relaxar...

Música de "ZAYN" - (Tema: PILLOWTALK)

Agora só falta a FNE chegar-se à frente com números...


Comentário: A FENPROF lá vai apresentando os seus argumentos e esticando a corda para um lado, a FNE parece puxar para um outro lado (aqui), e no final não tenho grandes dúvidas (embora espere estar redondamente enganado) que o lobby privado irá prevalecer e o número de turmas patrocinadas na escola privada será mantido... ou mesmo reforçado.

Tal como já referi por diversas vezes, este tipo de anúncios de contenção com os gastos públicos relativamente ao ensino privado (e em localidades onde existe ampla oferta pública suficiente) já foi feito por diversas outras vezes, para no final nenhum corte se verificar. Aliás, até costuma acontecer um reforço de verbas.

Bem sei que temos uma "geringonça" governamental (com PCP e BE a terem dedo no Governo), mas acho que nem mesmo assim teremos novidades interessantes.

A "catedral do tédio"


Comentário: A "catedral do tédio" não será apenas para os alunos, mas também para os professores... No caso, e se acrescentarmos a este tédio, a burocracia e a indisciplina teremos uma autêntica "prisão da política", uma vez que em grande medida aquilo que tem acontecido na escola pública resulta das constantes e insistentes "revoluções" educativas, que têm destruído de forma consistente aquilo que de bom ainda se ia fazendo.

Transcrevo parte da minha contribuição para este artigo da Clara Viana, pois seria exatamente por aqui que esse "tédio" podia começar a ser trabalhado:

"Já para Ricardo Montes, que lecciona em Trás-os-Montes, há uma condição prévia sem a qual não se conseguirá alterar a relação que os alunos têm com o ensino e que, segundo ele, não tem sido acautelada pelo poder político, bem pelo contrário: “A primeira forma de tornar mais atractiva a escola aos alunos passará por essa mesma escola conseguir motivar os professores. Sem professores motivados, dificilmente teremos alunos que o estejam."

E esta é a pura das realidades... Qualquer reforma que não passe por devolver autoridade aos professores e por realmente permitir ensinar (com tempo para os alunos, com calma, sem mudanças anuais e com alguns recursos) não terá sucesso. Venha o paradigma que vier...

Da encomenda...


Comentário: Já é tradição (ou mera coincidência - para quem acredita nessas coisas) sempre que uma matéria polémica (como a redução de alunos por turma) se encontra em discussão surgir um qualquer estudo a "defender" a posição menos conveniente para o Governo (mesmo que este Governo anuncie que irá concretizar aquilo que porventura até nem quererá fazer). Eis um exemplo retirado da notícia:

"O estudo que será apresentado nesta terça-feira constata que “não se verifica qualquer relação entre o número médio de alunos por turma e os resultados obtidos no PISA”. Dois exemplos: a Holanda, com turmas médias de cerca de 25 alunos, obteve 523 pontos nestes testes em 2012, enquanto o Luxemburgo, que tinha turmas de 21 alunos, se ficou pelos 490".


O número de alunos por turma até poderá não ter grande relação com os resultados obtidos no PISA, mas quem está no terreno saberá que tem forte impacto em tudo o resto.

Uma outra forma de encarar o mesmo problema...


Comentário: A FNE revela forte preocupação com eventuais situações de desemprego nas escolas privadas, geradas pelo anúncio governamental de maior contenção no patrocínio de turmas... Como professor da escola pública e conhecendo levemente aquilo que vai ocorrendo no ensino privado, não me lembraria de defender a manutenção do financiamento, sabendo que existem escolas públicas coladas às primeiras e a funcionar a "meio gás".

E se os despedimentos poderão ser uma realidade, também seria importante recordar que existe muita gente sem trabalho, à espera de uma colocação na escola pública.

Não diria melhor...


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Um ano avassalador...

...em termos de desaparecimento de pessoas que nos marcaram a a vida de uma forma ou de outra. 

Desta vez, foi aquele que ficou conhecido por diversos nomes, mas que para os da minha geração será sempre recordado por Prince.

Simulações...


Comentário: Já li notícias similares a estas quando outros estavam no poleiro governativo, e depois de alguns dias de simulação de decisão e consequente discussão, tudo se manteve ou, pior, ainda ocorreu um acréscimo de apoio. Deste modo, não acredito que o lobby privado permita que tal situação realmente se verifique, principalmente quando o poder político tudo tem feito para estimular a procura da oferta privada.

Fica a frase (retirada da notícia) para mais tarde recordar: "(...) o governo "não permitirá" a abertura dessas turmas onde exista oferta das escolas públicas".

Da teimosia...


Comentário: A fusão das propostas de projeto-lei do BE e do PCP relativas à extinção da atual PACC, somada a alterações de última hora concretizadas pelo PS terá levado o PSD a solicitar o adiamento da votação do diploma.

Bem sei que esta é uma possibilidade que assiste ao PSD... Mas... Sabendo nós que a proposta conjunta de projeto-lei será aprovada pelos partidos que sustentam o atual Governo, qual será a motivação? Chatear? Adiar o inevitável?

Ainda por cima sabendo nós que só mesmo após promulgação posterior e entrada em vigor, o Ministério da Educação terá base legal para devolver aos professores o dinheiro pago nas inscrições, consultas e revisões das provas.

Ficam os dados: "nas provas realizadas em 2013 e 2014 houve um total de 16.414 inscritos, a quem será agora devolvido o valor. Destes docentes, há 15.812 que vão receber os 20 euros que pagaram para realizar o exame. Aos restantes 602 professores será devolvido entre 35 e 65 euros, porque realizaram duas ou mais provas específicas. Contas feitas, Tiago Brandão Rodrigues terá de devolver pelo menos 340 mil euros a estes docentes". E ainda não estão aqui incluídos os valores das consultas e as revisões das provas.

Crítica expectável...


Comentário: Só mesmo quem não acompanha de forma regular aquilo que Santana Castilho poderia ficar surpreendido com este artigo de opinião... Não tenho qualquer problema em admitir que quando li isto, fiquei à espera de um artigo de opinião de Santana Castilho nos moldes em que este foi concretizado.

Nem mais...


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Nem mais...


Mais uma mudança faseada...


Comentário: A par da redução do número de alunos por turma (que começa a dar os primeiros passos de uma forma algo contraditória) também o (eventual) alargamento do ensino pré-escolar será concretizado até 2020. Deste modo, ficam desde já a saber que é vontade do atual Governo alargar "o ensino pré-escolar (...) às crianças de quatro anos até 2018, e às crianças de três anos até 2020".

Veremos se tal se confirma... Não sei porquê mas algo me diz que algures no tempo isto será desvirtuado para outra coisa qualquer.

Preocupante...


Comentário: Não tenho qualquer problema em ler e ouvir opiniões divergentes da minha, se feitas com educação e de uma forma que permita (ou fomente) alguma reflexão... No entanto, tenho sempre sérios problemas em assimilar críticas que partem de um ponto de vista que não costumo partilhar: generalizações! E neste caso (a par de outros, que já começam a ser em número relevante), Tiago Brandão Rodrigues errou ao apontar com o "insulto" da visão conservadora (para mim, muitas vezes não a entendo como crítica) opiniões divergentes da do "seu" Governo.

A mudança é sempre bem-vinda... O problema aqui será a vontade de mudar rapidamente e sem pensar nas consequências e, também, no que tal mudança envolve.

sábado, 16 de abril de 2016

E para quem ainda anda às turras com o IRS...




...o Expresso deixa-lhe 9 dicas para uma submissão eficaz e sem percalços.

Conheça-as carregando no link abaixo

IRS 2015: 9 dicas para que tudo corra bem

Bom fim de semana

sexta-feira, 15 de abril de 2016

É já a seguir...

Música de "ZAYN" - (Tema: PILLOWTALK)

Esquizofrenias...


Comentário: Bem sei que a redução de alunos por turma aparentemente será revestida de teor gradual e com início no ano letivo 2017/2018, mas... caramba... se não é para reduzir (de acordo com o anunciado e amplamente publicitado), então não aumentem. 

Deste modo, e com a publicação em Diário da República do Despacho Normativo n.º 1-H/2016, de 14 de abril (relativo aos procedimentos da matrícula e respetiva renovação) para o próximo ano letivo, ficámos a saber que ficou determinado que "a redução das turmas com alunos com NEE só se poderá concretizar se estes permanecerem nas salas de aula pelo menos 60% do seu tempo curricular". Ainda de acordo com a notícia, "muitos dos estudantes com NEE precisam de apoios especializados que são prestados fora da sala de aula. Até agora, as turmas com estudantes com NEE só poderiam ter um total de 20 alunos, não havendo outros critérios para que esta redução se efectivasse".

E no final, um esclarecimento ministerial que nos recorda a tradicional manipulação política de conceitos: o Ministério da Educação afirma que a alteração nas condições para a redução de turmas tem “um único objectivo”, que é o de “induzir mais inclusão”. Está tudo dito, não está?! Temos um inequívoco regresso ao passado.

Do ridículo...



A tal fundamentação especial...


Comentário: A notícia surgiu ontem, mas esta preferência pela realização das provas de aferição já é conhecida desde 4 de abril de 2016 (leiam aqui) aquando da publicação do novo modelo integrado de avaliação dos alunos do ensino básico. Já o escrevi e mantenho: a vontade em mudar a qualquer custo e sem medir as consequências, acarreta riscos que não devem ser muito bem medidos e que não estão a ser geridos corretamente por Tiago Brandão Rodrigues. De igual modo, começam a surgir notícias preocupantes (acolá) que fazem lembrar estratégias do passado.

Receio bem, e por aquilo que se tem lido e visto nos últimos tempos, que possamos estar perante uma versão masculina de Isabel Alçada... 

De leitura profundamente recomendada...


Comentário: Um artigo de opinião que me parece bastante relevante nos dias de hoje... Deveria ser lido por algumas pessoas que eu conheço e outras tantas que cá comentam a "malhar" na nossa classe. 

Motivador...


Comentário: Embora continue a considerar que os meus alunos ainda merecem o meu total empenho e dedicação (não obstante de tudo o resto, nomeadamente do stress, cansaço e desmotivação a que fomos submetidos pelo poder político), admito ter sérias dúvidas se conseguiria concretizar tamanha façanha durante 20 anos... Um exemplo para recordar.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Mobilidade estatutária 2016/2017

Foi publicitada no sítio da DGAE uma nota informativa relativa aos pedidos de Mobilidade Estatutária para o próximo ano letivo... Para acederem à mesma cliquem na imagem abaixo.


Nota: bem sei que não é novidade, mas gosto sempre de ler esta chamada de atenção: "Antes da formalização das propostas de mobilidade, deverão as entidades proponentes averiguar qual o enquadramento normativo aplicável às respetivas propostas, no âmbito dos artigos 67.º ou 68.º do ECD, uma vez que os dados inseridos na aplicação eletrónica relativos às propostas são da responsabilidade das entidades proponentes".

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Uma tentativa de lavagem de face...

Comentário: Enquanto estiveram no poder nada fizeram neste sentido... Sim, eu sei, era Paulo Portas que mais ordenava, mas isso não serve de desculpa para tudo. Agora com Assunção Cristas, surgem propostas para todos os gostos, como por exemplo:

a) diminuir as férias de verão;
b) aumentar as pausas durante os períodos letivos;
c) flexibilização dos horários das creches e do pré-escolar;
d) flexibilização na partilha de licença parental entre pai e mãe;
e) "estender aos avós o direito de gozo de licença e de faltas atribuído aos pais";
f) "aumento de três para cinco dos ciclos de tratamentos de Procriação Medicamente Assistida comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde".

Embora seja necessário conhecer exatamente o teor destas propostas, parece-me que mais do que meras intenções, estamos perante uma tentativa de "lavagem" do partido, distanciando-se do seu parceiro tradicional de poder. 

Toda a escolaridade obrigatória sob alçada dos municípios a partir de 2018?!


Comentário: De acordo com a notícia, será criado um fundo para assegurar a transferência de competências na educação para os municípios (aparentemente já em 2018), e que deverá envolver ainda os edifícios escolares. Neste "bolo" estará ainda incluído o pessoal não docente, as atividades de enriquecimento curricular, as refeições e os transportes escolares. Os professores, esses, continuarão sob a alçada do Ministério da Educação, assim como a definição de currículos.

Não tenho grandes dúvidas que a municipalização da educação (ou como costumo dizer, "partidarização" da educação) é um objetivo transversal a quase todos os partidos políticos, na medida em que, os empregos locais (ou a sua promessa) são um excelente promotor de votos. E quem está na escola pública sabe o que a municipalização da educação tem (des)feito em termos qualitativos. Basta pensar no que acontece em termos de "eleição" de Diretores e composição de Conselhos Gerais... 

Mas a surpresa está mesmo no facto do atual Governo deixar (de forma tão escancarada) que a municipalização avance enquanto ainda está submetido às vontades do PCP e BE...

Da já tradicional agressão...


Comentário: Esta é uma daquelas notícias que recorrentemente surge na imprensa... Infelizmente. Para o bem e para o mal, parece que já estamos habituados a isso, e não será menos frequente atribuirmos a culpa ao professor agredido, sinónimo da nossa inerente falta de união. Fica a descrição da situação, para não nos esquecermos que pode acontecer a qualquer um:

"Uma professora com 55 anos, da EB 2,3 de Nogueira, em Braga, foi insultada e agredida por duas alunas, de 15 e 16 anos, no final de uma aula de Educação Tecnológica, pelas 13.20 horas de segunda-feira. Segundo o JN apurou, a estudante mais velha acabou mesmo por arrancar cabelo da docente, tal a força da agressão, a empurrar-lhe a cabeça contra uma parede".

De salientar que uma das agressoras já será repetente em situações de indisciplina, e se persiste no comportamento é porque o que foi feito anteriormente não surgiu grande efeito nela própria ou nos seus encarregados de educação. Posso estar errado, mas já há muito que considero que as melhores medidas corretivas seriam aquelas que teriam consequência em quem "educa" os agressores, mas infelizmente existe falta de vontade para efetivamente legislar nesse sentido... 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Às vezes...

Música de "Carlão" - (Tema: Na Batalha)

É um autêntico clube...

...o problema é não serem poetas, nem estarem mortos.


A sério?


Comentário: Bem... Não sei a que tipo de saia curta se referem (admito que os "cintos" me causam alguma confusão, mas vai daí os boxers masculinos bem por cima do cinto também), no entanto, creio que este tipo de iniciativas raramente dá no que quer que seja... E depois temos sempre a discussão que independentemente de um mínimo de fundamento que possa ter, termina sempre em acusações de machismo.

Ouçam, por favor...

Não conhecia, mas é um daqueles esclarecimentos de cultura geral que admito ter tido sério prazer em aprender. Irão dar um novo valor ao agradecimento... em português.

E se ouviram, fica o meu... obrigado! ;)

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Aperfeiçoamento da Candidatura Eletrónica

Eis que chega a fase de aperfeiçoamento da candidatura relativa aos Concursos Externo, Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento. Esta etapa concursal decorrerá até às 18h de Portugal Continental do dia 12 de abril. 

Deixo-vos com os dois documentos relevantes para esta etapa e disponibilizados no sítio virtual da DGAE: 


quinta-feira, 7 de abril de 2016

É hoje...

Comentário: É hoje que as propostas de diversos partidos (com as exceções do PSD e PAN) de redução do número de alunos por turma vai a discussão no parlamento. Seria interessante ler as propostas de forma atenta, no entanto, deixo-vos com os resumos possíveis (e retirados do segundo artigo, cujo link coloquei acima):

a) "(...) o PS recomenda ao Governo a progressiva redução do número de alunos por turma a partir do ano letivo 2017/2018".

b) "O partido ecologista Os Verdes (PEV) (...) propõe, em projeto de lei, um máximo de 18 crianças na educação pré-escolar, 19 no 1.º ciclo, 20 no 2.º e 3.º ciclos, e 21 no ensino secundário ou 19, no caso dos cursos profissionais. Estes números, tal como nos restantes diplomas, devem ser reduzidos quando existam crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE)".

c) "(...) o PCP defende a mesma alteração que Os Verdes, apenas aumentando um aluno por turma no pré-escolar e no secundário. O partido propõe, através de um projeto de lei, uma aplicação progressiva das medidas, a começar pelas turmas do primeiro ano de cada ciclo de ensino ou que no ano anterior tenham um nível de insucesso escolar superior à média nacional".

d) "Na bancada do CDS, será apresentado um projeto de resolução que passa pelo dimensionamento das turmas com base em novos modelos de sala de aula. "Pode deixar de fazer sentido falar em turmas, mas em outros formatos de organização em grupos, mais dinâmicos e flexíveis", lê-se no documento dos centristas".

e) "(...) o Bloco de Esquerda defende 19 crianças por docente, no pré-escolar, e um máximo de 20 alunos, no 1.º ciclo. Do 5.º ao 12.º anos, as turmas propostas pelo BE serão constituídas por um mínimo de 18 alunos e um máximo de 22. São também estabelecidos limites por docente, em função dos tempos letivos semanais, que oscilam entre os 110 e os 66 alunos". 

Não sei qual será o número ótimo de alunos por turma para melhorar um processo que se tem degradado nestes últimos anos, no entanto, pela minha (ainda) curta experiência profissional admito que 20 alunos (no terceiro ciclo e ensino secundário) seja um número razoável... No entanto, entre discussões em parlamento e transposição para normativo legal, de uma iniciativa que decerto fará "disparar" a despesa pública vai uma gigantesca distância.

Da "propensão" para copiar...

  
Comentário: Neste estudo temos estatísticas para todos os gostos (a base do estudo são mais de sete mil estudantes de 182 cursos), mas apreciei especialmente os exemplos colocados na notícia, que passo a transcrever:

- 73% dos alunos admitiram que apresentariam o mesmo trabalho em várias disciplinas; 
- metade admitiu a possibilidade de copiar por um colega; 
- 44% a de usar cábulas e 39% a de copiar um trabalho da internet; 
- 21,5% dizem que assinariam um trabalho de grupo sem ter participado;
- a fraude menos aceite é a compra de trabalhos: apenas 12% admitem essa possibilidade.

De igual modo, também se concluiu que "os homens revelam uma predisposição maior do que as mulheres (4,66 contra 3,89) e que os alunos que vieram de escolas privadas também mostram uma maior propensão - 4,44 contra 4,17 nos das públicas". Relativamente a esta última situação, arrisco-me a dizer que quem conhece a realidade "privada" não ficará assim tão surpreendido...

Regulamento das provas de avaliação externa e de equivalência à frequência do ensino básico - versão 2016

Mais um normativo legal publicado em Diário da República... Desta vez, foi o Despacho normativo n.º 1-G/2016, relativo às "regras gerais a que deve obedecer a realização das provas de aferição, das provas finais do 3.º ciclo e das provas de equivalência à frequência dos três ciclos do ensino básico". Por motivos óbvios, será relevante a sua leitura atenta, no entanto, deixo-os 3 tabelas com alguns prazos importantes:




Atualidades...


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Uma iniciativa interessante...

 
Comentário: Para além de ser uma ideia bastante interessante, permite (com as devidas adaptações) ultrapassar a restrição do tema dos refugiados e ampliá-la a outros temas da atualidade. 




Importante - Novo regime de avaliação e certificação das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos do ensino básico

Foi publicado ontem em Diário da República, o Despacho normativo n.º 1-F/2016, que regulamenta: 

a) O regime de avaliação e certificação das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos do ensino básico, tendo por referência os documentos curriculares em vigor; 

b) As medidas de promoção do sucesso educativo que podem ser adotadas no acompanhamento e desenvolvimento das aprendizagens dos alunos do ensino básico, incentivando a existência de outras que o agrupamento de escolas ou escola não agrupada, doravante designados por escola, defina no âmbito da sua autonomia.

Pela sua relevância, aconselho impressão em suporte fisico - aqui.

A constatação do óbvio...

 
Comentário: Os estudos relativos à constatação do óbvio são imensos e repetem-se anualmente em maior ou menor número. É costume ir à fonte ler (mesmo que de forma transversal) aquilo que por lá se escreveu, mas já quase só me remeto à leitura dos títulos de alguns artigos dos meios de comunicação social.

Neste prolonguei-me mais um pouco e deparei-me com a referência a um dos blogues que ultimamente mais me consegue cativar (principalmente agora que o tempo de "sobra" é mais para ler do que para escrever) - blogue ComRegras -  e que acho mais do que merecida. É bom constatar que ainda existe quem tenha sangue quente para produzir algo novo e relevante.

Quanto ao tempo gasto a manter a ordem, não o considero perdido, até porque muitos daqueles que estão à nossa frente não estão habituados a regras e de uma forma ou de outra estamos a educar... E em algumas turmas, isso acaba por ser mais relevante do que percorrer um qualquer currículo ou programa. Neste campo específico - controlo da indisciplina - deveria existir mais (ainda não consegui frequentar nenhuma) e melhor formação para os professores e consequências pesadas para os progenitores. Mas isso já seria outro assunto...



Alterações ao calendário escolar e outras coisas que tal

Foi publicado ontem em Diário da República, o Despacho n.º 4688-A/2016, onde são introduzidas algumas mudanças relevantes e que podem ser consultadas nas imagens abaixo: