No sítio da FENPROF a 14/04/2010: "A
introdução da avaliação do desempenho nos concursos de professores foi uma
vingança de Maria de Lurdes Rodrigues e da sua equipa. Em Dezembro de 2008, quando os professores estiveram de vigília à porta do Ministério da Educação, tinham marcada uma greve para o dia 19 de Janeiro de 2009, - estávamos no segundo ano do Estatuto da Carreira Docente. Foi assim que a avaliação entrou nos concursos…
As palavras são de Mário Nogueira no início da conferência de imprensa realizada na tarde de 14 de Abril (quarta-feira), em Lisboa, e enquadram a situação que se está a viver hoje com as nefastas consequências da
introdução da avaliação no concurso dos docentes contratados. Uma matéria que tem merecido, desde a primeira hora, a preocupação da FENPROF, manifestada logo na primeira reunião com a nova equipa 5 de Outubro, dedicada ao Estatuto. "
O ME tem que reconhecer que aquele formulário electrónico está mal e deve suspender o concurso, dando um novo período para a sua realização", realçou o dirigente sindical, que acrescentou, a propósito:
(...)
Acompanhado por António Avelãs, membro do Secretariado Nacional da Federação e Presidente da Direcção do SPGL, o Secretário Geral da FENPROF distinguiu que “
uma coisa é pensar que a avaliação deve estar nos concursos – não é assim que pensamos – , outra é a situação concreta dos concursos que decorrem agora para contratação de professores”.
(...)
E isto “porque a avaliação do desempenho foi o que os professores sabem… A avaliação do desempenho que hoje existe nos colegas contratados é, em primeiro lugar,
uma avaliação a quem nem todos puderam ser sujeitos; e em segundo lugar, os que foram sujeitos foram-no de forma diferente – cada escola seguiu o seu caminho… – até porque a generalidade dos professores foi avaliada através do simplex
(...)
"Os
professores e educadores devem exigir ao ME que, para o concurso aberto no passado dia 12 destinado designadamente para contratação, não sejam tidas em conta para efeitos de graduação para concurso as menções atribuídas nas avaliações do ano de 2009", observou o Secretário Geral da FENPROF.
(...)
“
Concorrem a este concurso cerca de 50 000 docentes contratados, dos quais 15 000 estão nas escolas a satisfazer necessidades permanentes de lugares que deviam ser de quadro (recorde-se que, no ensino, para entrar um docente paras os quadros é preciso que se aposentem 36…). Desde 2007 que se aposentaram, até agora, 14 159 professores. "Neste momento existem nas escolas cerca de 15 000 professores contratados a satisfazer necessidades permanentes do sistema… reparem como este número é quase coincidente.
"Há ainda cerca de 10 000 professores (números redondos) a satisfazerem necessidades transitórias (licenças de parto, atestados médicos, etc). E depois há quase 20 000 professores nas AECs, que estão nas escolas em condições de grande precariedade, que todos conhecemos (contratados pelas Câmaras, a recibos verdes…)". (...)"
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