quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Excelente... mesmo...

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Por regra, coloco a notícia ou artigo de opinião, e só posteriormente coloco o meu comentário, no entanto, este próximo artigo de opinião merece este "reparo" inicial. Tive conhecimento do mesmo, conversando com um colega da escola e a curiosidade a partir de esse momento foi grande. Na altura, esse colega fez-me um "resumo" mas o que eu queria era mesmo lê-lo. Vale a pena... Gargalhadas garantidas, consequência de um humor bem inteligente. Provavelmente já conheciam este artigo de opinião, no entanto, vou deixá-lo aqui, para que todos o possa ler...
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No Jornal de Notícias de 26/02/2008: "Ex.ma sra.governadora civil

Por outras, palavras, Manuel, António, Pina

O acima assinado, cidadão português e cronista, vem, muito respeitosamente, expor e requerer a V. Ex.ª o seguinte

1 - Tendo o signatário tido conhecimento de que a PSP identificou três professores que, convocados por sms, se reuniram no sábado na Avenida dos Aliados para, supõe-se, não dizer bem das políticas educativas do Ministério da Educação;

2 - Mais tendo sabido que, entre as centenas de presentes, a PSP decidiu identificar (já que tinha que identificar alguém e não levara consigo bolinhas numeradas para proceder a um sorteio) três pessoas que falaram às TV's;

3 - E tendo sabido ainda que tal identificação (e tudo o que se lhe seguirá) se deveu ao facto de as pessoas em causa não terem, em devido tempo, informado V. Ex.ª de que pretendiam ir nessa tarde à Avenida dos Aliados;

4 - Tendo, por fim, conhecimento de que, pelo mesmo motivo, um sindicalista foi recentemente condenado em Oeiras; vem o signatário solicitar autorização de V. Ex.ª para, logo à noite, se reunir com alguns amigos no Café Convívio, sito na Rua Arquitecto Marques da Silva, nº 303, no Porto, a fim de discorrerem todos ociosamente sobre assuntos diversos, entre os quais provavelmente não dizer bem das políticas educativas do Ministério da Educação.

Pede deferimento."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

Sócrates elogia professores.

No sítio da SIC a 27/02/2008: "Num discurso dedicado ao balanço dos três anos de governação, o enfoque foi para a Educação, com José Sócrates a considerá-la uma "matéria estratégica" e fundamental para que Portugal possa ter sucesso no seu desenvolvimento.

José Sócrates, que falava no encerramento das jornadas parlamentares do PS, que decorreram na Guarda, aproveitou para deixar alguns elogios aos professores, nomeadamente a "vitória" dos docentes em levar mais alunos para o ensino básico e secundário.

"Pela primeira vez nos últimos dez anos, temos mais alunos no ensino básico e secundário", assinalou, atribuindo essa alteração à aposta do Governo nos cursos profissionais.

Mas, acrescentou, "esta foi talvez a maior vitória da escola pública e dos professores que conseguiram atrair pessoas para as escolas"

"Apesar da controvérsia, estes são os números e devem-se ao esforço dos professores e da escola pública", sublinhou.

Além disso, continuou o primeiro-ministro, nos últimos anos registou-se uma redução do insucesso escolar, também devido ao esforço dos professores e das escolas.
(...)
José Sócrates também não fugiu à questão da avaliação dos professores, sistema que tem sido alvo de criticas por parte da oposição, defendendo a necessidade de "distinguir os melhores e incentivar todos a dar o seu melhor".(...)"

Ver Artigo Completo (SIC)

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Reconheço que a vontade de comentar esta notícia é bastante reduzida... Por motivos óbvios, pois trata-se de uma clara campanha de propaganda para atenuar a contestação dos professores. Não lhe reconheço valor, pois trata-se de uma tentativa vã de impedir o que já não pode ser impedido. E será esse o único motivo de tal intervenção...

E mais um vez (começo a ficar farto de o escrever), os professores não têm qualquer receio em ser avaliados (falo por mim e por quase todos os colegas que conheço, é claro), apenas não concordam com os moldes em que a mesma será feita. De forma atabalhoada, precipitada, com critérios suspeitos e sujeita a parcialidades e influências. Quem nos ataca, alegando que temos receio de ser avaliados é porque não leu o Decreto Regulamentar n.º2/2008. A estes, uma "palavra": Leiam primeiro e critiquem depois... Uma boa crítica baseia-se em informações concretas e fiáveis, e não em comentários e publicidade política.
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Novidades no sítio da DGRHE.

Claro... Novidades relativas ao processo de avaliação do desempenho docente. Mesmo num momento de profunda contestação, o Ministério da Educação continua a produzir mais documentação. Convém ler com atenção os documentos que constam dos links abaixo indicados.

(1) Documentação de apoio:
(1.1) Notas explicativas do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro


(1.2) Textos de apoio


(2) Circular nº B080002111G /2008 - Avaliação de desempenho dos docentes - anos lectivos de 2007/08 e 2008/09


(3) Despacho de delegação de competências de avaliador


Boa leitura...

Cordão humano de professores em protesto contra política educativa do Governo.

No Público de 27/02/2008: "Mais de um milhar de professores participou ontem à noite, em Coimbra, num cordão humano de protesto contra a política educativa do Governo, que terminou em frente às instalações da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC).
(...)
"Estamos aqui a pensar na escola pública portuguesa, porque temos a certeza que esta escola pública só se tiver qualidade é que pode dar ao nosso País, às nossas crianças e jovens, condições para o acesso à educação, ao ensino à formação e à qualificação", afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF).

"Temos uma equipa do Ministério da Educação que está fazer mal às escolas aos professores, à educação e tem os professores como inimigos. Portanto, é uma equipa que tendo estas posições deixa de ser parte da solução dos problemas para ser mais um problema", acrescentou, numa intervenção antes do início da marcha.

Sublinhando que os docentes "iam dar uma grande lição de empenhamento na defesa" dos seus direitos, Mário Nogueira afirmou que "basta de insultar e ofender os professores" que são profissionais que têm "de ser valorizados e dignificados".

Entre os participantes, um jovem de professor de 30 anos, que não se quis identificar, empunhava uma tocha e uma faixa preta no braço e mostrava o seu desacordo em relação ao processo de avaliação.

"Não costumo participar em acções de rua mas esta avaliação não é um processo sério", afirmou o docente de Matemática e Ciências, acrescentando que os "docentes não têm medo de ser avaliados mas com uma avaliação o mais justa possível".

"A avaliação deve ser devidamente ponderada e com os objectivos definidos à partida, que devem ser iguais para todos os agrupamentos e o mais objectiva possível", frisou.

Uma educadora de infância, de 50 anos, que também recusou identificar-se, contestou igualmente o processo de avaliação nos termos pretendidos pelo Ministério, embora concorde que haja uma avaliação.

"Eu não sou contra um processo de avaliação. Sou contra os termos desta avaliação", referiu à agência Lusa, lembrando, no entanto, que "os pais e as crianças já nos fazem uma avaliação, para além das escolas cada vez mais nos obrigarem a atingir objectivos e competências"."

Ver Artigo Completo (Público)

O principal paradoxo da educação.

No Diário de Notícias de 27/02/2008: "Os resultados da escolaridade obrigatória pública entre 1995 e 2005 são desoladores: mais pessoal docente e não docente, mais recursos financeiros, menos alunos, abandono escolar persistentemente alto, níveis de conhecimento dos jovens na cauda da OCDE em provas internacionais de língua-mãe, matemática e ciências.

Perante o descalabro, duas teses entraram em choque: a dos professores culpa o ministério e as suas circulares, por dirigirem às cegas um sector que passou a abarcar toda a sociedade e suas contradições sociais, mesmo que nunca se tenham questionado sobre se há um nexo relevante entre o que vinham fazendo e os resultados obtidos; e a da ministra da Educação e do primeiro-ministro, que tudo fizeram, em actos e palavras, para pressionar os professores a mudar rotinas, impor cargas de tarefas diferenciadas adicionais, responsabilizando-os pelos bons e maus resultados.

Só que, de caminho, cortaram as expectativas, as possibilidades de progressão e, a prazo, as remunerações de topo na profissão, obrigando-os a partilhar o poder efectivo de condução das escolas com autarquias, pais e empresas locais. A inclusão das aulas de substituição nas tarefas normais ou o seu pagamento como trabalho extraordinário ilustram o antagonismo destas duas visões.

E em toda esta guerra chegamos ao paradoxo essencial da educação, neste momento: como conduzir a reforma da escola pública, quando os seus principais actores a ela resistem?"

Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)

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É uma boa questão? No entanto, também se pode colocar a questão: E porque resistem os principais actores? Ninguém se preocupa com esta questão... Apenas acham "estranho" resistirmos.
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Vale a pena...

... continuar a lutar! Por nós, pelos nossos alunos, pela educação em Portugal. Ao deixarmos o Ministério da Educação avançar, estamos a prejudicar as futuras gerações de portugueses... O facilitismo não é o caminho a seguir... Nunca o foi... Não o será agora!

Posso até apelidar-me de egoísta (todos somos um pouco), mas nunca o fui, no que concerne aos meus alunos. Sempre lhes dei o meu melhor. E se participo nesta luta, não é a pensar na minha avaliação, mas sim naqueles que são a minha missão nesta vida... Os alunos! Quem sente o ensino como eu sabe perfeitamente a que me refiro quando escrevo estas linhas.

Nota: Vale a pena ouvir e ver esta música. Transmite uma paz tão intensa, que é a ela que eu recorro em períodos de maior cansaço e stress... Funciona em mim, pode funcionar em vocês.


Música de "Andrea Bocelli" (Tema: Canto Della Terra).

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

"Avaliação não será interrompida por providências cautelares".

No Público de 26/02/2008: "A ministra da Educação disse hoje, em Matosinhos, que "não há providências cautelares que possam interromper o processo de avaliação" dos professores.
(...)
A ministra salientou que o processo de avaliação "está em campo e continua dentro da normalidade", sustentando que "não corresponde à verdade o que a Fenprof disse terça-feira", no programa Prós e Contras da RTP.

Maria de Lurdes Rodrigues entende que aquela organização sindical, que tem liderado a contestação à política educativa do actual governo, usou de "ligeireza" no modo como se referiu à questão da avaliação.

A sua opinião é que se deve "aguardar com tranquilidade", uma vez que, justificou a ministra, "são assuntos que estão a ser tratados em tribunais".

Certo é que, insistiu Maria de Lurdes Rodrigues, "a avaliação é muito importante".

Questionada sobre a possibilidade dos tribunais considerarem que o ministério tem mesmo de pagar as aulas de substituição como horas extraordinárias, como também reclama a Fenprof, a ministra respondeu: "se considerarem considerarão".

O que em sua opinião é importante é "o contributo para um clima de tranquilidade" no sector e os professores até já estão habituados a ele, porque "avaliam alunos" e fazem "supervisão de estágios".
(...)
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estimou hoje que o Ministério da Educação (ME) terá de desembolsar, no mínimo, cerca de 3,2 milhões de euros para pagamento das aulas de substituição como trabalho docente extraordinário.
(...)
A Fenprof anunciou segunda-feira à noite que às três decisões favoráveis aos professores transitadas em julgado, que já não são passíveis de mais nenhum recurso, juntam-se outras três do Tribunal Central Administrativo do Norte, com a data de 21 de Fevereiro de 2008.
(...)
Assim, a Fenprof considera que já é possível pedir a extensão dos efeitos da sentença, de acordo com o artigo 161 do Código de Processo dos Tribunais Administrativos.

Este documento estabelece que isso se aplica existindo casos perfeitamente idênticos e quando no mesmo sentido tenham sido proferidas cinco sentenças transitadas em julgado.

Por isso, Mário Nogueira exorta todos os professores a requerer ao Ministério da Educação o pagamento das aulas de substituição como trabalho docente extraordinário, podendo os docentes fazê-lo no prazo de um ano a contar a partir do dia 21 de Fevereiro deste ano.

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado da Educação garantiu que a tutela irá cumprir todas as decisões dos tribunais, sublinhando, por outro lado, que já existem nove sentenças favoráveis ao Ministério da Educação. No entanto, Valter Lemos não explicou se as mesmas tinham ou não transitado em julgado. (...)"

Ver Artigo Completo (Público)

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Para quem no programa "Prós e Contras" referiu por várias vezes não comentar situações que decorrem dos tribunais... Na realidade, basta a Ministra da Educação não ter câmaras de televisão por perto, para mudar logo o tom do seu discurso. Provavelmente, assim poderá desmentir mais tarde aquilo que na realidade disse. Enfim...
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Análise do Prós e Contras de ontem...

Começo por fazer "mea culpa", pois pensei que teriamos uma repetição do anterior programa em que a Ministra da Educação participou. Na realidade, parece-me (provavelmente será exagerado da minha parte) que aconteceu (quase) exactamente o contrário. Assim, posso tirar algumas conclusões, profundamente pessoais. Sintam-se à vontade de discordar...

(1) Os sindicatos mostraram-se unidos pela primeira vez, e se bem que o representante da FENPROF foi mais incisivo (dando até algumas notícias em primeira "mão"), o da FNE, desta vez, "defendeu" quem representa. E ainda bem... Poderiam ter feito melhor, no entanto, posso classificar a sua actuação como razoável;

(2) Especial destaque para a colega Fernanda Velez, que disse tudo aquilo que eu gostaria de ter dito à Ministra da Educação, com o tempo que teve. Para mim, foi indiscutivelmente a figura da noite, utilizando da melhor forma e de forma concisa o (pouco) tempo que Fátima Campos Correia lhe atribuiu. Sem dúvida que a frase "Qualquer um serve para Ministro da Educação" me vai ficar na memória durante muito tempo. Acho que foi mal compreendida por alguns colegas bloguistas... O que também fica na memória pelos piores motivos é a resposta da Maria de Lurdes Rodrigues, que passo a transcrever inserida no contexto:

"Fernanda Velez - "Qualquer um pode ser Ministro da Educação e passo a explicar: nunca nenhum governo, incluindo o do meu partido, teve a coragem de colocar alguém do ramo (que conheça a realidade do ensino e das nossas escolas) à frente do Ministério da Educação. "

Ministra da Educação - "Está a dizer-me que eu, por não ser loura, não posso ser Ministra da Educação! Se vamos falar das caracterísiticas pessoais..."


Sem mais comentários...;

(3) Quanto à Ministra da Educação, mostrou (e confirmou) o autismo que tão bem a caracterizou. Não respondeu a nenhuma das questões que lhe foram feitas e rebateu como pôde, utilizando "argumentos" esvaziados por ela própria e colocando "expressões" na boca dos restantes intervenientes. Sentiu claramente a falta de "apoiantes" e da costumeira tendência pró-governamental da Fátima Campos Correia;

(4) Por parte dos professores, não posso censurar a emoção, no entanto, há que reconhecer que algumas das intervenções poderiam ter sido melhor preparadas ou então ficaram "feridas" pela angústia inerente à situação em causa;

(5) Gostei da maior parte do discurso do colega (premiado) Arsélio, no entanto, e mesmo com as suas "críticas escondidas", deixou pairar no ar, demasiada subjectividade para que lhe reconheça um real valor da sua intervenção. Não tenho dúvidas que poderia ter feito melhor. Poderia ter concretizado...;

(6) Relativamente ao "Movimento Professores Revoltados", o seu representante pautou-se por uma emotiva e sentida intervenção, que acertou em alguns "alvos" de forma indesmentível e tremendamente objectiva. Considero a intervenção corajosa (talvez demasiado);

(7) Nem por um minuto foi referida a prova de ingresso na carreira docente e a situação complicada dos colegas contratados. Acho que estamos demasiado concentrados na avaliação, e esquecemo-nos das próximas fases. Negativo, na minha opinião e não me convencem com o argumento "falta de tempo";

(8) Ao contrário do que foi referido no programa, não concordo com a expressão utilizada por alguém (sinceramente não me recordo quem foi o/a autor/a), relativamente ao facto dos professores estarem unidos. Provavelmente estaremos a iniciar essa união ou eventualmente um "esboço" de união... Mas "união" de facto, não me parece.

Nota: Não comentei algumas intervenções (como a do autarca, a do representante do Concelho de Escolas e do representante dos encarregados de educação), por opção própria, uma vez que não foram, para mim, minimamente relevantes.

Fenprof anuncia fim da avaliação dos professores.

No sítio da RTP a 26/02/2008: "A FENPROF garantiu ontem no programa “Prós e Contras” da RTP que o Tribunal suspendeu o processo de avaliação de professores e ainda que o ministério vai ter de pagar horas extraordinárias aos professores que asseguraram as aulas de substituição.
(...)
Mário Nogueira começou por anunciar que o Tribunal tinha decidido suspender o processo de avaliação dos professores. De acordo com o sindicalista em causa estão os despachos assinados pelos secretários de Estado de Maria de Lurdes Rodrigues, que determinam os instrumentos, prazos e critérios para a avaliação.

Logo a seguir Mário Nogueira informou que o ministério da Educação vai mesmo ter de pagar horas extraordinárias aos professores que asseguraram as aulas de substituição.

“Podemos dizer aos professores portugueses que neste momento basta requererem nas suas escolas as substituições que fizeram e o ministério vai ter obrigatoriamente que pagar e isso vai sair muito caro ao ministério da Educação”, referiu o sindicalista.

A Ministra da Educação recusa entrar em alarmismos e diz que não está em condições de reagir por desconhecer o despacho.

“Não conheço os pormenores do processo, mas já ouvi muitas vezes o professor Mário Nogueira anunciar catástrofes destas na televisão que depois nunca se concretizaram e assim o melhor é aguardar para ver”, esclareceu Maria de Lurdes Rodrigues.

A ministra teve ainda oportunidade de referir que “em qualquer dos casos o problema do ministério da Educação nunca foi um problema financeiro, nem as aulas de substituição eram um problema financeiro”."

Ver Artigo Completo (RTP)

Ministra deve milhões a professores.

No sítio do PortugalDiário a 26/02/2008: "O Ministério da Educação vai ter de pagar horas extraordinárias aos professores que deram aulas de substituição quando ainda estava em vigor o anterior estatuto da carreira docente, garante a FENPROF.

A notícia foi dada segunda-feira à noite pelo dirigente da FENPROF Mário Nogueira durante o programa Prós e Contras da RTP, onde esteve presente a Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues.
(...)
Os professores podem agora requerer o pagamento «imediato» das horas extraordinárias, feitas até Janeiro de 2007, altura em que entrou em vigor o novo estatuto da carreira docente.

A FENPROF, revelou Mário Nogueira, vai disponibilizar, ainda esta segunda-feira, na sua página na Internet a minuta de um requerimento que poderá ser adoptada pelos professores para requererem o pagamento das horas em que deram aulas de substituição nos anos lectivos de 2005/2006 e 2006/2007, até 19 de Janeiro (altura em que o novo estatuto da carreira docente entrou em vigor).

«O anterior estatuto era inequívoco. Isso ficou agora provado e o Ministério vai ter de gastar milhões de euros a pagar aos professores o que lhes deve», disse Augusto Pascoal.

No programa da RTP, a ministra escusou-se a comentar o caso.

«Não estou em condições de comentar porque não conheço os pormenores do processo. Além disso, já ouvi muitas vezes o professor Mário Nogueira a anunciar catástrofes destas na televisão, que depois não se concretizam. Por isso vamos aguardar para ver», disse Maria de Lurdes Rodrigues no «Prós e Contras».

A ministra garantiu ainda que o pagamento das horas extrordinárias aos professores, caso se confirme, «não será um problema».

O Portugal Diário contactou entretanto o Ministério da Educação, que remeteu esclarecimentos para mais tarde."

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

«Qualquer um serve para ministro da Educação».

No sítio do PortugalDiário a 26/02/2008: "Esteve sob fogo de dezenas de professores que criticaram as opções do Ministério da Educação sobre a avaliação e desempenho profissional e o modelo de gestão das escolas. No programa Prós e Contras da RTP, Maria de Lurdes Rodrigues não desarmou perante a pressão e afirmou que não pensa demitir-se.

Questionada sobre se há um limite para aguentar o descontentamento dos professores, quando as estruturas sindicais pedem a sua demissão, a ministra admite que «há risco em tomar decisões: se não fizesse nada nenhum docente estaria descontente».

«Mas o importante é estar de bem com as nossas convicções. E a minha convicção é a de que estou a fazer o melhor para o país e para os alunos», frisou, respondendo ainda que o seu principal trabalho não é «contrariar as imagens» que lhe têm «colado», disse. Sobre o limite para aguentar o descontentamento sem apresentar a demissão, Lurdes Rodrigues admitiu que talvez exista «um limite», mas garantiu que não o conhece.

Quando, ao longo do debate, as críticas eram dirigidas a Lurdes Rodrigues, a ministra avisava que preferia debater políticas e não pessoas. Uma das professoras presentes no debate, Fernanda Velez, disse mesmo que «qualquer um serve para ser ministra da Educação», sublinhando que «não há coragem para pôr um professor à frente do ministério. Parecem que fazem questão de pôr alguém que nunca deu aulas nem conhece a realidade das escolas».

Para a ministra o argumento não tem cabimento. «O seu raciocínio é: "Se é loira não pode ser ministra da Educação"», ironizou.

Na réplica, Fernanda Velez perguntou se a ministra queria maior prova de descontentamento do que a união dos professores contra o ministério, sublinhando que «quem legisla em catadupa não conhece a realidade das escolas» e que «não há melhoria nos resultados: isso é uma falácia».

Lurdes Rodrigues interveio para defender «a honra dos professores» que trabalham nas escolas e que não permitem o facilitismo, nem nos cursos de formação nem no programa Novas Oportunidades, recordando, por mais do que uma vez, o argumento das aulas de substituição «tão criticadas e ridicularizadas no início e das quais já ninguém fala, porque entraram na normalidade».
(...)
Respondendo a críticas de professores e sindicatos, Lurdes Rodrigues fez questão de sublinhar que o ministério quer «trabalhar», «criar um clima de confiança» e dar «maior autonomia às escolas». E «não há ninguém que esteja de má fé», garantiu.

Para a ministra, o Governo quer reforçar a autonomia das escolas, sem as privatizar, garantindo que «as autarquias valorizam o trabalho do ministério» neste âmbito.

«O diploma permite criar âncoras, mas dá total liberdade para que as escolas se organizem», disse ainda, admitindo «que a mudança contém riscos» para os quais não tem «resposta».

A ministra rejeitou a ideia de que as reformas estão a ser feitas «contra» os professores, admitindo que «não há modelos perfeitos», no que respeita à avaliação, mas pede «um esforço» para colocar o modelo em prática.

Ainda sobre a avaliação, a ministra mostrou-se muito «espantada» quando os docentes afirmaram não quererem ser avaliados pelos seus pares. «Pensei que os professores gostassem de ser avaliados pelos seus."

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

INICIATIVAS IV

Devido à grande diversidade de "fontes" de informação, e para não estar aqui a enumerar todas, optei por refazer este post. Peço desculpa, mas se coloco aqui todas as fontes (sites, blogues e colegas) não faço o que realmente interessa... Assim, temos as seguintes iniciativas:

CORDÃO HUMANO
- 26 de Fevereiro, em Coimbra (3.ª feira);
- 27 de Fevereiro, em Viseu (4.ª feira).


CONCENTRAÇÃO
- em Coimbra, Praça da República, (21 horas);
- em Viseu, Audit.º Mirita Casimiro, (17 horas).

VIGÍLIA
- 27 de Fevereiro, em Castelo Branco (4.ª feira) - frente ao Governo Civil (21 horas);
- 29 de Fevereiro, em Torres Vedras (6ª feira) - antigos Paços do Concelho (20 horas);
- 27 de Fevereiro, na Guarda(4.ª feira) – Governo Civil (18 horas);

OUTRAS

- "Se és professor, educador ou te identificas com a causa defendida por esta classe de trabalhadores: Coloca uma bandeira preta na janela da tua casa (pode ser pano de forro preto, leve para voar e sinalizar), como sinal de solidariedade e de união. Passa a palavra por msg, sms, jornais locais ou até nacionais e também na blogosfera.

Não te esqueças... Passa a palavra"


Se estiverem nas redondezas não têm desculpa para não participar... A não ser que estejam contentes com esta situação! Tal como já havia referido no post anterior, se tiverem conhecimento de outras iniciativas, coloquem-nas sob a forma de comentário. Agradeço a todos os colegas que já deram o seu contributo, referindo iniciativas e colocando links.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Deputados do Porto querem que Governo explique identificação de docentes em manifestação.

No sítio da RTP a 25/02/2008: "Os deputados do PSD eleitos pelo Porto anunciaram hoje que vão pedir ao Governo esclarecimentos sobre as razões que levaram a PSP a identificar professores que participavam numa manifestação realizada sábado, no Porto, contra a política do Governo no sector.
(...)
"Consideramos que este tipo de actuações se insere na atitude que este governo tem seguido de forte coacção sobre os professores, que nós desaprovamos totalmente porque consideramos que a reforma da educação tem que se fazer com os professores e não contra eles", disse o responsável.

Para o deputado, esta actuação prenuncia também "uma repetição do caso Fernando Charrua elevada ao coeficiente máximo".

"Esta metodologia de identificar todos os que criticam o Governo ultrapassa as margens do Estado de Direito", sustentou o parlamentar.

Para os deputados do PSD/Porto, a política do Governo de "pressão constante sobre os professores, desestabiliza as escolas e pesa ainda mais sobre as famílias, já submetidas a um clima de pressão social agravada, face à actual crise que atravessa a economia portuguesa, com um número crescente de empresas em falência". (...)"

Ver Artigo Completo (RTP)

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Acho muito bem que alguém peça esclarecimentos, relativamente a este e outros casos, que têm vindo a verificar-se, cada vez que os professores se tentam manifestar! E claro está, que se trata de coacção, opressão, ataque aos valores democráticos... o que lhe quiserem chamar!
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INICIATIVAS III


Queria deixar aqui um pedido a todos os colegas que costumam visitar este blog. Coloquem sob a forma de comentário, todas as iniciativas (petições, manifestações, encontros, cordões humanos, etc.) de que tenham conhecimento (ou eventualmente "novas" - da vossa autoria), com o máximo de informação disponível (por exemplo: local, dia, hora ou links). Posteriormente, irei colocá-las sob a forma de um post. Vejam se confirmam primeiro, não vamos "mandar" colegas para o "meio do monte"... ;)

Fica aqui uma delas: Enviar emails para o correio electrónico do programa "Prós e Contras" (pros.contras@rtp.pt), com questões, sugestões, etc... Temos de mostrar a nossa indignação! Vamos a isso... Eu já enviei 2 emails! E vocês? Vamos "encher" a caixa de correio deste programa com a nossa indignação... Algum terão de ler, ou pelo menos, veremos a Fátima Campos Correia a dizer que recebeu "imensos" emails de professores, o que por si só já é algo positivo para mostrar ao país (e à Ministra da Educação) que não estamos contentes nem resignados...

Delegação de Competências.

Como não sei se existem colegas titulares a vir ao blog... É melhor jogar pelo seguro. ;) Segundo se pode ler na página do ME, as regras relativas à possibilidade de delegação de competências de avaliador, no âmbito do processo de avaliação de desempenho do pessoal docente, são clarificadas num despacho, que aguarda publicação no Diário da República. Recuam, recuam... mas o que é certo é que o processo de avaliação, continua a avançar! Podem consultar esta informação, clicando no link a seguir indicado:

Ver Informação (ME)

Se não fosse deprimente...

...até dava vontade de rir. Mas é este o tipo de encarregados de educação que muitas vezes temos de suportar nas escolas! Quase nunca (ou nunca mesmo) aparecem na escola, no entanto, quando surgem é para descarregar as suas frustrações nos professores que tentam desempenhar o melhor que sabem a sua profissão. Já li imensos "recados" de encarregados de educação com um "teor" similar a este, e sinceramente já não me surpreendem... No entanto, são estes encarregados de educação que estamos a criar com "Novas Oportunidades" e outros facilitismos que tais... Para além disso, temos um Governo a dar força a estes "broncos" e uma Ministra da Educação a contribuir para este "ensaio de porrada" profissional. Recebido por email:


Se não tivessemos educação e uma profissão (ainda) merecedora de respeito, poderia este encarregado de educação, ter a seguinte resposta (também sob a forma de recado): "Venho por este meio informar o Encarregado de Educação de que não me conhece de lado nenhum (pois não?!), como tal, não me trate por "tu". Trate por tu, os seus amigos que fazem a vida no Parque Eduardo VII. Para além disso, e na eventualidade do telemóvel voltar a tocar, asseguro-lhe que o vou colocar no chão, pontapeá-lo e pisá-lo quantas vezes me apetecer. Para não ficar preocupado com o facto da aluna ficar sem telemóvel, irei colocar os destroços do mesmo dentro de um envelope. Como tal, sinta-se à vontade de telefonar as vezes que quiser. Por último, gostava de salientar que, tem ao dispor algumas formas de "tirar da sua frente" (ou pelo menos, atenuar) a enorme falta de educação que o caracterizam, as quais enuncio de seguida: O programa "Novas Oportunidades"; aumentar de 10 para 30 vezes por semana, os encontros com um (ou vários) dos seus amigos do Parque Eduardo VII; e fazer um nó cego numa corda, prendê-la numa árvore, enrolá-la à volta do pescoço e atirar-se como se não houvesse amanhã e por último... Vá chatear a sua mulher e deixe o ensino para quem faz dele a sua profissão! Na eventualidade de pensar em represálias, fique desde já a saber que não tenho automóvel e que me faço acompanhar diariamente com uma "sig sauer P250"(9 mm). Com os melhores cumprimentos. Uma boa semana de trabalho. O PROFESSOR!"

Peço desculpa pelo "desvario", mas por vezes é isto que me apetece fazer...


Semana de Luta da Frente Comum será «ponto de viragem».

No sítio do Diário Digital a 25/02/2008: "O líder do PSD afirmou hoje que a manifestação de dia 07, que inicia a Semana de Luta da Frente Comum, «marca o ponto de viragem irreversível na popularidade do Governo e na construção de uma mudança».

Os sindicatos da Frente Comum iniciam a 07 de Março uma Semana de Luta, que culminará com uma greve e concentração no dia 14, contra o novo diploma dos vínculos, carreiras e remunerações.

A Semana de Luta inicia-se com um encontro nacional de dirigentes e delegados sindicais do pessoal não docente dos ensinos básico e secundário, em Lisboa, com desfile para o Ministério da Educação.

No dia seguinte (08 de Março) realiza-se a marcha de indignação dos professores.

«Face à situação de descontentamento na educação, à perseguição de professores, ao clima de medo instaurado e à situação caricata de identificação dos docentes que falaram à televisão, tenho a certeza que a manifestação será um ponto de viragem irreversível na popularidade do Governo e na construção de uma mudança», afirmou Luís Filipe Menezes.(...)"

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

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Se ocorrer uma mudança de rumo, na área da educação, será nas próximas semanas. Não podemos dar "tréguas" ao ME e ao Governo, nem esperar "sentados" que alguém faça o "trabalho" por nós. No que depender de mim, não vou falhar à Marcha da Indignação no dia 8 de Março. Espero que vocês também tentem dar o vosso melhor para não faltar a algo tão importante!
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Docentes criam associação.

No Jornal de Notícias de 25/02/2008: "Os movimentos de professores parece crescerem pelo país como cogumelos e uma associação representativa de todos eles prepara-se para ganhar forma jurídica. O que os move é um sentimento comum a indignação face às actuais políticas educativas. Rejeitam a ideia de distância face à acção sindical e preferem falar antes numa acção de complemento.

"Chega de humilhação, com esta ministra, não". Palavra de ordem na boca, lenço de papel branco na mão, algumas centenas de professores levaram à Avenida dos Aliados, no Porto, a sua indignação face às políticas educativas, num sábado chuvoso, numa manifestação espontânea, convocada via telemóvel. Mais a sul, em Leiria, Aveiro e Caldas da Rainha, mais professores reuniam-se, fora da habitual esfera sindical.

Seja no interior das escolas, seja no universo electrónico, seja por troca de mensagens de telemóvel (sms), os professores portugueses parecem ter encontrado uma nova forma de manifestar a revolta que sentem em relação às políticas educativas.

"São acções de luta que não vão contra os sindicatos. Temos uma posição crítica contra as estruturas sindicais, porque podiam ter ido mais longe e feito melhor, mas a verdade é que estamos aqui para acrescentar algo ao trabalho deles e não dividir". A afirmação é de Mário Machaqueiro, porta-voz da recém criada (mas ainda sem estatuto jurídico) Associação Nacional de Professores em Defesa da Educação.

A referida associação pretende ser - como revelou Mário Machaqueiro - uma espécie de plataforma de todos os movimentos que vão nascendo por todo o país. Na blogosfera nasceu a troca de ideias, e o desabafo contra o mal-estar sentido nas escolas espalhou-se rapidamente.

Por todo o país, foram crescendo movimentos, alguns com designações que deixam bem claro o seu propósito, como o "movimento professores revoltados" ou "professores em luta".
(...)
Por seu turno, Ivo Domingues, sociólogo da Universidade do Minho, vê com bons olhos o surgimento dos movimentos espontâneos de professores. "São o sinal de que a sociedade está viva", afirmou. Fez notar que os referidos movimentos têm uma agenda política "muito difusa e menos controlada institucionalmente". Por isso, no seu entender, "não são bons agentes com quem o Ministério da Educação possa negociar. Contudo, devem ser bem vistos pela tutela, porque são genuínos e um melhor indicador do descontentamento que vai na classe se comparados com as organizações sindicais"."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Nada que nós já não soubessemos... Mais um tipo de iniciativas que começa a ter reflexo na comunicação social! E é claro que o ME deve começar a "olhar" mais atentamente para estas associações, pois começam a ter alguma capacidade de mobilização! E ainda bem...
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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ainda vamos a tempo...

É tempo dos professores começarem a respirar novamente. É tempo de democracia... Os primeiros passos estão dados, vamos ver se não paramos por aqui! Será de extrema importância continuarmos a lutar com todas as nossas forças. Vocês já se devem ter apercebido que finalmente começámos a unir-nos. Começámos... E só com este começo, já estamos a causar alguns problemas a quem nos governa. Não é tarde demais. Ainda vamos a tempo!

Petições, manifestações e encontros... Podem até ser medidas avulsas e desencontradas, mas estão a resultar. Basta apenas um para iniciar algo, mas somos necessários vários para lhe dar continuidade. Já temos a atenção necessária dos meios de comunicação e dos partidos... Estamos a lutar pelos nossos direitos, não temos de ter receio! FORÇA...


Música dos "Three Days Grace" (Tema: Never Too Late).

INICIATIVAS II - Movimento Democracia.

Petição Contra a Prova de Ingresso na Carreira Docente.

A entrega da petição afinal não será em Viseu, esta segunda feira. A razão é a seguinte: a direcção do Sindep (Sindicato Nacional e Democrático de Professores) propôs dar o apoio jurídico à petição. Assim, a entrega foi adiada por uns dias, o suficiente para elaborar uma fundamentação jurídica, que permita a petição ter outro andamento, e outra força dentro do parlamento. Desta forma, a petição será entregue em Lisboa, na Assembleia da República, com a presença do autor, do Movimento Democracia, e ainda, de representantes do Sindep. A data de entrega está por definir, e será aqui divulgada oportunamente. Por Filipe Araújo.

PRÓS E CONTRAS - O novo ano lectivo perspectiva uma escola melhor?

No sítio da RTP: "O programa "Prós e Contras" e o grande debate regressam às noites de segunda-feira da RTP1. Os sucessivos atrasos nas colocações dos professores são o ponto de partida para uma discussão mais ampla com os principais protagonistas do Ensino em Portugal. Inovação científica, curriculos, gestão, autoridade ou insucesso escolar serão abordados.

Pela primeira vez desde que tomou posse, a ministra da Educação vem a um grande espaço de informação rebater críticas, abordar a reforma no ensino secundário e discutir porque é que o nosso país tem cerca de um milhão de analfabetos. Em contraponto está a República da Irlanda, que figura, recentemente, entre os países com maior taxa de crescimento da União Europeia. Os especialistas financeiros atribuem este sucesso de recuperação económica à aposta do Governo de Dublin na educação.

O programa, conduzido pela jornalista Fátima Campos Ferreira, é um fórum de debate alargado, com especialistas e decisores. São ainda apresentados casos relacionados com o tema, trazidos a estúdio pelo cidadão comum. A discussão parte de uma sondagem da Universidade Católica Portuguesa, é ilustrado por reportagens e conta com a participação dos correspondentes da RTP no estrangeiro. Novidade é a presença do jornalista Adelino Gomes como comentador residente.
Novo ano, vida nova. Vem aí um debate indispensável, porque o défice da Educação e da Ciência pode custar-nos o futuro. "

Ver Artigo Completo (RTP)

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Bem... Depois de ver vários debates neste programa e de ter visualizado atentamente o último debate no "Prós e Contras", onde a Ministra da Educação esteve presente, é para mim "claro" que existem a favor da Maria de Lurdes Rodrigues mais Prós que Contras. E porquê? Porque Fátima Campos Correia é claramente tendenciosa, e normalmente "pende" a favor dos elementos do governo. Não tive dúvidas aquando do último programa, em que os colegas convidados (a esmagadora maioria - principalmente os membros dos CE´s convidados) e alguns membros de sindicatos diziam que sim a tudo o que a Ministra dizia ou um tímido (muito, mesmo) não. Mas enfim... foram escolhidos a "dedo", por "alguém"...

Claro que não vou conseguir evitar ver o programa (é mais forte que eu), no entanto, não estou à espera de muito... Aliás, não estou à espera de nada, a não ser enervar-me e escrever um ou outro email para o programa, que decerto não será seleccionado para leitura. Deixo-vos, já agora, o email do programa: pros.contras@rtp.pt. Vai ser sem dúvida, mais uma noite de nervos à "flor da pele". O ideal seria conseguirmos fazer uma concentração "à porta" do estúdio, e fazer tanto barulho que lá dentro fosse impossível não o ouvir! No entanto, o isolamento acústico do local, não deve permitir tal "feito"... E quanto à "primeira vez" da Ministra no "Prós e Contras" (conforme anunciado no sítio da RTP), este pessoal tem memória curta...

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CDS-PP exorta Sócrates a parar e rever regime de avaliação dos professores.

No sítio da RTP a 24/02/2008: "O líder do CDS-PP, Paulo Portas, exortou hoje o primeiro-ministro, José Sócrates, a parar e a rever o regime de avaliação dos professores, que considerou "absurdo" porque "sujeita" os professores a um "dilema impossível".
(...)
Para Paulo Portas é "inaceitável" que o regime de avaliação dos professores, além de "começar a meio de um ano escolar" e "sem os documentos pertinentes publicados", "tenha como critério essencial as notas que o professor dá aos alunos".

"Qualquer pessoa de bom senso percebe que isto é colocar os professores perante um dilema impossível", disse Paulo Portas.

"Das duas uma: ou o professor protege a sua carreira e dá notas mais altas do que as que os alunos merecem ou defende a verdade escolar e está a prejudicar a sua carreira", explicou.

A ministra da Educação está a "convidar" os professores a "dar pouco interesse" aos conhecimentos dos alunos e a "privilegiar a progressão na carreira", disse Paulo Portas, alertando para a eventualidade de "os professores, para protegerem a sua carreira, não defenderem a verdade escolar".
(...)
Os professores, como os alunos, "devem ser avaliados pelo que sabem", "mas nunca com o actual processo", defendeu Paulo Portas, garantindo que o CDS-PP "vai insistir" na revisão do actual regime de avaliação dos professores.

"A senhora ministra da Educação deve achar que é um clone do primeiro-ministro e que tem que ter a mesma inflexibilidade, prepotência e arrogância. Mas quem está nas escolas e tem que enfrentar os alunos e os pais são os professores e não a ministra", ironizou.
(...)
"Há um enorme mal-estar nas escolas e os professores sentem-se profundamente desautorizados e humilhados na essência da sua função docente", disse Paulo Portas, reagindo às concentrações de centenas de professores, sábado, no Porto, em Leiria e nas Caldas da Rainha, em iniciativas espontâneas de protesto contra o Ministério da Educação, convocadas com recurso a mensagens telefónicas (SMS), correio electrónico e blogues na Internet."

Ver Artigo Completo (RTP)

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Já aqui havia referido que embora o Paulo Portas não me agrade minimamente, acerta em tudo o que tem referido! Se continuarmos com as iniciativas (petições, cartas de protesto, manifestações, etc.), estamos de certa forma a "obrigar" os políticos dos vários partidos, a "falar" e a intervir de forma a não deixar cair em esquecimento tudo aquilo o que vem sendo feito aos professores.

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Professores exigem demissão da ministra.

No sítio da SIC a 23/02/2008: "Centenas de professores participaram numa manifestação, este sábado no Porto, convocada por telemóvel contra a política educativa e exigiram a demissão da ministra. Já no final do protesto, as pessoas que tinham sido entrevistadas pela SIC foram identificadas pela PSP. Segundo o comissário no local, porque só era preciso identificar dois ou três manifestantes.

Já não havia praticamente manifestantes na Avenida dos Aliados quando a PSP decidiu identificar apenas e só os três professores que a SIC tinha acabado de entrevistar.

Sob um coro de protestos, o comissário presente no local explicou que a concentração era ilegal porque não tinha sido autorizada – e, tendo que identificar alguém optava pelas pessoas que tinham prestado declarações à comunicação social.

Docentes querem demissão da ministra

Duas horas antes, centenas de professores haviam exigido da emissão da ministra da Educação.

Os docentes foram convocados por uma mensagem de telemóvel, na maioria dos casos enviada por colegas professores. Ninguém sabe onde começou a cadeia.

Contra a avaliação dos professores

As queixas contra o Ministério da Educação são intermináveis, com a avaliação dos professores à cabeça.

Há uma semana José Sócrates classificou de lamentável uma manifestação parecida que teve lugar à porta da sede do Partido Socialista em Lisboa."

Ver Artigo Completo (SIC Online)


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Só os colegas que foram entrevistados pela SIC é que foram identificados... Digam lá se isto não é pura intimidação. Definitivamente estamos sob um regime autoritário de inspiração fascista, em que a PSP serve como a PIDE dos idos tempos do "Estado Novo"! Não me admira nada se os professores identificados forem sujeitos a processos disciplinares. É agora ou nunca... Se queremos fazer algo em favor da democracia e do estado da educação em Portugal, temos de agir AGORA! Peço aos colegas que participem em todas as iniciativas que puderem! Temos de mostrar força e união...
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Oito dias para formação.

No sítio do PortugalDiário a 24/02/2008: "Os professores poderão usar no máximo cinco dias úteis seguidos ou oito interpolados por ano lectivo para realizarem formação, de acordo com uma proposta de portaria do Ministério da Educação (ME) a que a Lusa teve esta sexta-feira acesso.

De acordo com o documento, as dispensas para formação da iniciativa da administração educativa são concedidas preferencialmente na componente não lectiva do horário do professor, sendo apenas autorizadas na componente lectiva quando as actividades de formação não possam «comprovadamente» realizar-se na componente não lectiva.

Em qualquer dos casos, a dispensa só será autorizada desde que a escola assegure a substituição do docente em causa.

Quanto à formação por iniciativa do docente, nunca será autorizada durante a componente lectiva. Apenas durante os períodos de interrupção da actividade lectiva ou durante a componente não lectiva, neste caso quando seja «inviável ou insuficiente» a utilização da interrupção das actividades lectivas.

Nesta situação, os educadores de infância não terão limite de horas, enquanto os restantes professores, do 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, terão um limite de dez horas por ano escolar.

Segundo o diploma, as únicas dispensas para formação sem limites temporais serão as que estiverem integradas no programa comunitário «Aprendizagem ao Longo da Vida 2007/2013», bem como Bolsas do Conselho da Europa ou eventos educativos organizados pela OCDE e UNESCO.

As dispensas que forem concedidas no âmbito deste diploma são equiparadas a prestação efectiva de serviço, sendo considerado justificado o tempo despendido com as deslocações, quando as actividades ocorram fora da localidade onde o docente exerce funções ou no estrangeiro.

Esta portaria, que será agora negociada com os sindicatos, vai regulamentar o artigo 109 do Estatuto da Carreira Docente.

Licença sabática

Os docentes que queiram usufruir de uma licença sabática para a realização de projectos de investigação ou elaboração de teses de doutoramento necessitam de uma avaliação de desempenho igual ou superior a «Bom», segundo uma proposta do Ministério da Educação.

De acordo com a portaria, a que a Lusa teve hoje acesso, será o Ministério da Educação a fixar anualmente as quotas para atribuição de licenças sabáticas, «considerando as disponibilidades e as necessidades do sistema educativo».

Além de uma classifcação igual ou superior a «Bom» na última avaliação de desempenho, os docentes terão ainda de ter nomeação definitiva em lugar de quadro de escola, ter oito anos de tempo de serviço ininterrupto no exercício de funções docentes e estar em exercício efectivo de funções.

Sete anos depois

As licenças sabáticas poderão ser concedidas por um ano escolar com dispensa total do serviço docente ou por um ano escolar com redução de 50 por cento do horário semanal de serviço. A primeira poderá ser concedida duas vezes e a outra quatro vezes.

Caso o docente tenha requerido licença sabática por um ano escolar com dispensa total do serviço docente só poderá requerer uma nova licença nos mesmo moldes decorridos sete anos de ininterrupto exercício de funções docentes, sendo aplicado o mesmo prazo se o professor quiser usufruir do segundo tipo de licença.

Caso se tenha verificado o gozo da licença por um ano escolar com redução de 50 por cento do horário semanal, o docente poderá requerer nova licença em qualquer uma das modalidades quatro anos depois de ininterrupto exercício efectivo de funções docentes sobre o final da primeira licença."

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Dedico-vos esta música...

A todos vocês que fazem do blog "Professores Lusos", um lar virtual: Um bom fim-de-semana!

Sei que esta música vai trazer recordações a muitos de vocês. Espero que gostem! Esta semana foi bastante intensa a todos os níveis. Se estiverem a necessitar de descansar, tanto como eu, quase de certeza não voltam aqui nos próximos 2 dias, como tal...

Até segunda-feira. Fiquem bem...


Música dos "Enigma" (Tema: Return to innocence).

O Ministério desmente.

No Jornal de Notícias - Artigo de Opinião - de 22/02/2008: "Desmente o Ministério da Educação hoje no JN que a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues tenha, como aqui se disse, qualificado os professores que criticam as suas politicas de "professorzecos".

Acontece, porém, que isso foi notícia na comunicação social, designadamente no "Público" de 25 de Janeiro, e que o Ministério não o desmentiu. A notícia do "Público", assinada pela jornalista Leonete Botelho, revela que, durante uma reunião com deputados socialistas que "não terá corrido bem e acabou com acusações mútuas", "a equipa do Ministério da Educação considerou que os deputados estavam a dar voz a 'professorzecos'".

Por causa do elegante epíteto (citado noutros jornais e que teve enorme sucesso na Net), a Fenprof reclamou então um pedido de desculpas à ministra. Em quem acreditar, no Ministério, insuspeito de desamor pelos professores, ou numa notícia amplamente divulgada e nunca desmentida? "Exige" afogueadamente o Ministério (muito se declina o verbo "exigir" por aquelas educativas bandas) que eu prove não sei quê. Alguém informou mal o Ministério não sou (felizmente) funcionário do Ministério nem professor ou "professorzeco" a quem o Ministério faça exigências e dê reguadas ou ponha virado para a parede se se porta mal. Mas foi uma boa tentativa."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Governo aprova novo regime de autonomia e gestão escolar.

No sítio do Diário Digital a 21/02/2008: "O Governo aprovou hoje o decreto referente à autonomia, administração e gestão escolar, cujas principais linhas foram já apresentadas pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no Parlamento, e que pretende abrir as escolas à participação das suas comunidades locais.

Falando em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, a titular da pasta da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou que o decreto proporcionará «uma abertura ao exterior» do espaço escolar«.

»Há agora uma abertura para uma participação qualificada de agentes da comunidade local, desde logo os pais, as autarquias e de outros agentes em relação aos quais faça sentido essa participação«, referiu Maria de Lurdes Rodrigues.

Segundo a ministra da Educação, o decreto irá também »reforçar as lideranças das escolas, através da afirmação de uma direcção unipessoal, que permite também responsabilizar os futuros directores das escolas«.

»O reforço das lideranças será também concretizado com a escolha ou designação dos coordenadores dos órgãos intermédios de gestão escolar«, disse.

Já no ponto referente à organização interna de cada escola, a ministra da Educação defendeu que o decreto »abre a possibilidade de existir uma grande flexibilidade«.

Na perspectiva de Maria de Lurdes Rodrigues, com a concretização da nova gestão escolar »serão dados passos muito significativos no reforço das lideranças em cada escola, na autonomia de cada estabelecimento de ensino e na abertura da escola ao exterior«."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

A escola não é dos professores.

No Jornal de Notícias - Artigo de Opinião - de 21/02/2008: "Sem professores não há Escola. Mas a Escola não é dos professores. Entre estes dois enunciados terá de caber toda a política do Ensino. O ano escolar tem sido marcado por um ruído ensurdecedor entre a Federação Nacional de Professores (Fenprof) e o Ministério da Educação. Personalizando, talvez mais concretamente se possa dizer, entre o secretário-geral daquela estrutura sindical, Mário Nogueira, e a ministra da respectiva tutela, Maria de Lurdes Rodrigues, e os secretários de Estado Jorge Pedreira e Valter Lemos.
(...)
O desencadear de um processo de reforma traz sempre desestabilização a qualquer sistema. Tanto mais que a reforma empreendida no sistema escolar praticamente tocou em tudo reenquadramento da rede escolar, com fecho de centenas de escolas e abertura de algumas outras, deslocalização de professores, Estatuto do Professor, Estatuto dos Aluno, novos modelos de gestão, processo de avaliação dos professores. E isto só para falar nas componentes do vector administrativo-organizativo. Nem menciono aqui as alterações em relação a conteúdos programáticos e outros pontos do sistema. De facto, é muita carga para uma «carruagem» já muito enferrujada e sem grandes aparatos tecnicamente modernizados.

Neste contexto, até compreendo o grito de Mário Nogueira «A escola pública não aguenta mais».

Com todas estas mudanças, não admira que as estruturas representativas dos professores sejam aquelas que mais protestam em nome dos seus representados. Estas modificações têm provocado muito trabalho acrescido ao múnus principal de ensinar, perdas de regalias ou direitos adquiridos, reorganização de funções, e consequente mal-estar. Portanto, é natural a luta, sem tréguas, que tem sido empreendida pela Fenprof.

Trata-se, então, de uma situação conflituosa que, em democracia, importa encarar e estabelecer plataformas de negociação entre as partes «beligerantes». Julgo, porém, que se da parte do Ministério tem faltado alguma habilidade política e diplomática para dirimir resistências e discordâncias, também da parte da Fenprof, o modo como está a conduzir a contestação dá a ideia de estar a faltar-lhe alguma razão. A forma como, por exemplo, Mário Nogueira, nas suas declarações públicas, pretende diminuir o papel interventor do Conselho de Escolas, é sintomático. O Conselho de Escolas é constituído por professores que até agora têm na mão a «batata quente» da gestão administrativa e académica das escolas. E estes sabem, por conhecimento e experiência próprios, que o corpo escolar mais difícil de gerir é o corpo docente. Por outro lado, quando há tanto tempo se vem dizendo que é preciso dar cabo desse mastodonte centralista e burocrático que é o Ministério da Educação, não deixa de ser curioso registar como o poder autárquico tem colaborado com as reformas que o implicam. Igualmente, os pais (a não ser aqueles que são também professores) e até associações de pais manifestam atitudes compreensivas com muitas das mudanças em curso. Por sua vez, é contrastante o alheamento com que os alunos se comportam em relação a estas questões.

Sem professores não há Escola. Mas a escola não é dos professores. Se se perder esta dimensão, estamos a destruir essa instituição indispensável a pensar o futuro de qualquer país."

Por Paquete de Oliveira

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)


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Isto sim é um artigo de opinião... Embora os professores e os sindicatos sejam criticados, também o é, o Ministério da Educação! O outro senhor do Correio da Manhã (O terror de avaliar) deveria pôr os olhos na escrita elaborado pelo Paquete de Oliveira. Quando a crítica é bem feita e são ponderados ambos os lados do problema, não é publicidade enganosa... É mesmo isso, uma opinião a que todos devemos dar valor. Independentemente de não concordarmos com ela.
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"Trapalhada" na avaliação admitida pelo ministério.

No Diário de Notícias de 20/02/2008: "O Ministério da Educação reconhece que cometeu um erro em relação à publicação do documento que indicava às escolas que deviam aceitar as recomendações do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP) quanto ao desempenho dos docentes, quando aquele órgão ainda não tinha sequer sido criado. Instado a responder às criticas da oposição durante a audição de ontem da ministra da Educação na comissão parlamentar de Educação e Ciência, o secretário de Estado Jorge Pedreira afirmou que as muitas "trapalhadas" que a oposição invoca em relação ao processo de avaliação dos docentes se resumem "apenas àquela questão".

Apesar de reconhecer a precipitação do ministério, Jorge Pedreira defende que "as recomendações a serem dadas pelo Conselho Científico não eram obrigatórias e quando se percebeu que o órgão não seria criado a tempo, passaram para a competência da sua presidente", no caso a antiga inspectora-geral da Educação, Conceição Castro Ramos, que no futuro irá presidir ao CCAP. Recorde-se que o decreto-lei que regula a avaliação dos professores (2/2008) indica às escolas que sigam as recomendações do CCAP na adopção de uma série de "indicadores de registo" necessários ao processo de classificação. A ausência dessas recomendações, por o conselho não existir, foi invocada pelos sindicatos para pedirem o adiamento do processo, razões aceites pelo Tribunal Administrativo de Lisboa.

O debate em torno das "trapalhadas do ministério da educação" foi um dos pontos mais quentes da audição potestativa requerida pelo Bloco de Esquerda, que pela voz de Ana Drago acusou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, de ter criado "uma situação caótica no sector" e de chefiar uma equipa "completamente incompetente". Também Emídio Guerreiro, do PSD, alinhou pela ideia de que quem dirige a educação em Portugal dá sinais de incompetência por, durante o último ano, não ter avançado com a avaliação dos professores. Já para João Oliveira, do Partido Comunista, a incompetência da tutela fica comprovada pelo episódio em que o decreto regulamentar que definia os prazos de avaliação dos docentes "foi adiado por um comunicado publicado na página oficial do Ministério da Educação que não tinha qualquer assinatura".

Sem nunca responder a esta última questão, Maria de Lurdes Rodrigues contra-argumentou aos ataques dos representantes da oposição com números. "Os resultados estão à vista: mais 32 mil alunos no ensino básico, com grande importância dos cursos profissionais".

Dos restantes grupos parlamentares, tanto o CDS-PP, representado por José Paulo Carvalho, e Os Verdes, por Heloísa Apolónia, acusam a ministra de estar preocupada com estatísticas. Luísa Mesquita prefere condenar os objectivos da avaliação dos docentes defendida por Maria de Lurdes Rodrigues, que, ao invés de atestar o mérito dos docentes, "deveria estar preocupada em aumentar a qualidade da escola e dos professores"."

Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O terror de avaliar.

No Correio da Manhã - Artigo de Opinião - de 18/02/2008: "É tempo de acabar com este horror nacional ao rigor. É tempo de pôr as escolas a ensinar. É tempo de avaliar os professores.
(....)
Em segundo lugar, porque a população deste sítio cada vez mais mal frequentado ainda não se conseguiu libertar de uma cultura salazarenta e medíocre que não privilegia a liberdade, a verdade, o rigor e tem um verdadeiro horror à concorrência, ao mercado e a qualquer tipo de avaliação. Veja-se o espectáculo triste que se está a passar na Educação. O Governo de Sócrates pode ter muitos defeitos e ter cometido muitos erros. É verdade. Mas fez nestes três anos muitas reformas corajosas e tomou medidas verdadeiramente exemplares e raras neste sítio muito dado ao laxismo e à lamúria. Uma delas é a avaliação dos senhores professores. Uma avaliação a sério e não apenas uma farsa burocrática para justificar progressões na carreira.

A reacção não se fez esperar. Sindicatos, partidos da Oposição e professores andam por aí aos gritinhos a berrar contra a proposta do Governo. Apontam o dedo a isto e aquilo só por terem vergonha de dizer alto e bom som que o que não querem verdadeiramente é ser avaliados. Fazem manifestações convocadas por SMS, avançam com a nova praga lusa das providências cautelares para tentar travar, com a conivência de uma Justiça e de juízes arcaicos, uma medida essencial para separar o trigo do joio no sistema de ensino. A educação neste sítio anda há mais de trinta anos a degradar-se e a servir de campo de ensaio para reformas saídas das cabeças de génios que usam os alunos como cobaias das suas idiotices. É tempo de acabar com este horror nacional ao rigor. É tempo de acabar com os incompetentes nas escolas. É tempo de pôr as escolas a ensinar. É tempo de avaliar os professores."

Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

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Concordo com o facto da anterior avaliação do nosso desempenho ser uma farsa burocrática, pois como todos sabemos essa avaliação nada tinha de avaliação, uma vez que consistia basicamente em frequentar umas acções de formação e entregar relatórios. Até aqui tudo bem...

Quanto ao resto do que foi redigido neste artigo de opinião, posso tecer algumas considerações, que por serem feitas nesta blog, não estão sujeitas à filtragem do Correio da Manhã:

(1) Quando não se conhece a realidade sobre a qual se redige, existem fortes probabilidades de escrever mediocridades. É o caso deste "jornalista", que se limita a relatar inverdades e publicidade enganosa de origem governamental;
(2) Não admiro a inteligência de pessoas que para conseguir realçar o seu ponto de vista utilizam expressões como "gritinhos". Extremamente lamentável e de certa forma comparável com "professorzecos";
(3) Não se põe a questão do "objectivo" da avaliação, mas sim da "forma" da avaliação. Para "jornalista" este senhor, revela uma falta de informação ou de ceguez profissional;
(4) Neste caso concreto, a educação serviu como campo de ensaio para preparar uma verdadeira "cobaia de idiotices" (com pleno sucesso);
(5) As providências cautelares e os tribunais existem para travar incompetências e injustiças, não para travar a separação entre trigo e joio;
(6) Aconselho este "jornalista" a tomar doses potentes de laxantes... Pode ser que assim suporte melhor o "laxismo e as lamúrias" dos professores e em vez de escrever, deite pela sanita abaixo aquilo que escreve.
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

INICIATIVAS I

(1) A Fenprof reafirma, liminarmente, a sua recusa de estrangulamentos artificiais no acesso à profissão, no caso, a Prova de Ingresso na Carreira Docente. Para protestares, lê atentamente a CARTA CONTRA A PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E COMPETÊNCIAS e se concordares sente-te à vontade de a subscrever. Clica no link abaixo:

Ver Carta de Protesto (FENPROF)


(2) Dia 25 de Fevereiro, pelas 11 horas, será entregue a (primeira) Petição Contra a Prova de Ingresso na Carreira Docente, no Governo Civil de Viseu. Depois de revista, e todas as assinaturas incorrectas retiradas, a petição conta com mais de 11000 assinaturas. Por Filipe A.

Para recordar...

É raro ver o nosso Primeiro Ministro perder a "compostura". Mas nesta manifestação, não tenho dúvidas quando afirmo que o "homem" perdeu as estribeiras! Posso até estar a ser "mauzinho", mas cada vez que vejo esta reportagem da TVI, não consigo evitar de esboçar um pequeno sorriso. É algo, que não irei esquecer tão cedo...

Embora não sirva de consolo para ninguém, foi muito bem feito! A indignação que ele afirmou sentir perante esta manifestação, é apenas uma "amostra" daquilo que nós sentimos há já alguns anos... Os "insultos" dirigidos a esta "personagem" neste dia, não são nada, quando comparados com os "mimos" que os membros do Ministério da Educação sujeitam os professores a um ritmo quase mensal! E vem este "senhor" dizer que acha a manifestação, antidemocrática! Antidemocrático, é o que o Primeiro Ministro e a Ministra da Educação, estão a fazer à educação em Portugal...


Fenprof convoca manifestação nacional.

No Jornal de Notícias de 19/02/2008: "A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) agendou para 8 de Março, em Lisboa, uma manifestação nacional contra a política educativa do Governo e os "reiterados ataques à escola pública e aos docentes".

A "Marcha da Indignação" arrancará do Marquês de Pombal às 14:30, seguindo depois para a Assembleia da República, local onde se realizará um plenário de professores, explicou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, à Agência Lusa.

Os docentes vão manifestar-se sob os lemas "Assim não se pode ser professor" e "A escola pública não aguenta mais esta política".

"Até ao final do ano lectivo poderão acontecer outras manifestações, greves ou vigílias. Este será um momento muito forte da luta dos professores mas não será o último", acrescentou.

O Conselho Nacional da Fenprof vai reunir a 10 e 11 de Março para decidir que outras formas de luta os professores vão desenvolver até ao final do ano.

"Com estas pressões todas, com estes horários de trabalho, com esta avaliação de desempenho, com a forma como os professores são permanentemente desvalorizados e insultados pelo Governo e Ministério da Educação não há condições para o exercício da profissão", afirmou Mário Nogueira."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

Sindicatos satisfeitos com alteração do diploma de gestão escolar.

No sítio da RTP a 19/02/2008: "A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE) consideram que as alterações ao diploma sobre gestão e administração escolar, anunciadas segunda-feira pelo Governo, reconhecem a argumentação dos sindicatos, mas são insuficientes.

Trata-se de um recuo num ponto que consideramos uma agressão gratuita aos professores, mas ainda há outras questões importantes que é preciso alterar”, afirmou António Avelãs, do Conselho Nacional da FENPROF, à agência Lusa. Segundo António Avelãs é ainda “imprescindível” alterar o texto do diploma no que toca à nomeação dos coordenadores de estruturas intermédias (departamentos e grupos) e à opção de entregar a gestão das escolas a um director e não a um órgão colegial.
(...)

FNE diz que alterações são insuficientes

“São alterações significativas que reconhecem a argumentação da FNE e de outros, mas não são suficientes para garantir a autonomia das escolas”, disse João Dias da Silva, secretário-geral da FNE. Segundo o responsável da FNE, um verdadeiro investimento na autonomia das escolas passa pela “diminuição dos poderes do director” e pela definição da participação dos parceiros na gestão escolar.
(...)

Professores poderão presidir ao Conselho Geral

O Governo admite a possibilidade dos professores poderem presidir ao Conselho Geral, futuro órgão consultivo das escolas. Em comunicado divulgado ontem à noite, o Ministério da Educação afirma que a versão final do diploma, a apresentar quinta-feira em Conselho de Ministros, deverá contemplar o aumento da duração dos mandatos do director e do Conselho Geral, de três para quatro anos, bem como alterações na composição do Conselho Pedagógico.
(...)
Da reunião saiu o acolhimento da maior parte das sugestões apresentadas, designadamente a possibilidade de o Conselho Geral ser presidido por um professor, o aumento do prazo do mandato de três para quatro anos, requisitos mais flexíveis na designação dos adjuntos do director e mais autonomia na forma de constituição das estruturas intermédias, para além dos departamentos curriculares”, lê-se no comunicado da tutela.

Outra das alterações que o diploma vai sofrer prende-se com o Conselho Pedagógico, com a criação de uma comissão especializada com pais e alunos, apesar das competências técnicas ficarem reservadas aos professores, como defendia o Conselho das Escolas.

O Executivo vai alterar ainda a regra do regime de exclusividade dos directores “no sentido de lhes permitir a participação em organizações não governamentais e actividades de voluntariado”. Por último, os actuais conselhos executivos em exercício terão a possibilidade de verem o seu mandato prorrogado “de forma a facilitar a transição para o novo regime”."

Ver Artigo Completo (RTP)

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Vá lá... Afinal parece que a contestação está a provocar alguma (muito reduzida) flexibilidade! Ainda bem. Só não concordo é com o alargamento do prazo do mandato. Alguns CE abusam da boa vontade dos professores, existindo mesmo situações de abuso de poder instituido. Deveriam mantê-lo e não alargá-lo! Mas este novo diploma até que tem coisas boas: Não permite um quarto mandato consecutivo! O que é bom, pois existem presidentes de CE que já lá andam há muitos muitos anos. E como sabemos, muito tempo "sentado na cadeira do poder", traduz-se em "tiques" normalmente nocivos para as escolas (e nomeadamente para os professores). É necessário "sangue novo" à frente das escolas...
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Sócrates elogia todas as políticas do seu Governo e cria tabu sobre recandidatura.

No Público de 19/02/2008: "Qual é o balanço que José Sócrates faz dos seus três anos de Governo, que se cumprem amanhã? Positivo, muito positivo. Que imagem tem o primeiro-ministro da sua acção e das suas políticas? Reformistas. Alguma coisa correu mal? Não, tudo correu lindamente. Este é o resumo da entrevista que José Sócrates deu hoje à noite na SIC.

Em 50 minutos de conversa uma única novidade: o primeiro-ministro ainda não decidiu se se recandidatará ao cargo nas legislativas do próximo ano. Sócrates também já tem um tabu.

Quatro temas estavam agendados para a conversa do chefe do executivo com os jornalistas Ricardo Costa e Nicolau Santos: economia, saúde, educação e política geral. Sócrates levou a lição bem estudada, apostando sempre numa estratégia de contra-ataque directo às perguntas, com o apoio de pequenas notas em que, área a área, apontava de uma forma clara e simples as reformas que diz ter feito durante estes três anos de governação.
(...)
Já na área da educação, Sócrates usou a mesma táctica: fugiu às polémicas, apresentado o que chamou de medidas positivas. Destacou as aulas de substituição; salientou a colocação de professores por três anos; saudou a alteração ao estatuto da carreira docente; elogiou as alterações ao primeiro ciclo do ensino básico e não deixou de fora as loas a alterações à gestão das escolas. Na avaliação dos professores, acusou os jornalistas de estarem a usar os argumentos da oposição e deixou uma garantia: “Não serei mais um primeiro-ministro que passa pelo cargo sem fazer a avaliação dos professores.”(...)"

Ver Artigo Completo (Público)

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Reconheço que não vi nem ouvi a entrevista do Primeiro Ministro. Não por falta de tempo, mas simplesmente não tive vontade absolutamente nenhuma. Só a voz dele, já me deixa irritado e eu não queria perder o meu sono! Por aquilo que hoje me contaram, não existiram novidades no seu discurso. Aliás, como era de esperar.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Aconselhável...

Aconselho que os colegas visitem de forma regular o Fórum da DGRHE, relativo à Avaliação do Desempenho. Existem algumas dúvidas colocadas por elementos dos Conselhos Executivos, extremamente pertinentes. As respostas é que já nem por isso... Seguem-se dois exemplos, que retirei do fórum.



> abandono
por Agrupamento Ruy Belo CEI - Domingo, 10 Fevereiro 2008, 15:23
Como é que um professor que não é DT, prova que influencia ou não um aluno que pode ser conotado como um aluno em abandono?

> Re: abandono
por r dgrhe - Quinta, 14 Fevereiro 2008, 17:49
O trabalho de redução do abandono escolar passa por uma política de escola, nesse sentido inscrita num projecto educativo próprio, sendo o projecto curricular de turma uma das mais importantes dimensões da sua implementação. O professor mesmo não sendo director de turma tem trabalho em equipa com os outros professores do conselho de turma e com os alunos, trabalho esse que pode ser descrito e fundamentado.



> avaliação docente contratado
por Agrupamento Ruy Belo CEI - Domingo, 10 Fevereiro 2008, 15:28

Um docente contratado que faz a prova de ingresso e tem menos de 14 e na avaliação do desempenho tem Bom. Como fazer?

> Re: avaliação docente contratado
por r dgrhe - Quinta, 14 Fevereiro 2008, 17:57

Na prova de avaliação de conhecimentos e competências, a classificação inferior a 14 valores numa componente da prova é eliminatória, pelo que o candidato não estará em condições para o exercício da docência. Logo a avaliação do desempenho docente não se lhe aplica, pois não será professor.

Referencial para a avaliação...

Encontrei em vários blogs este referencial para uma avaliação do desempenho docente com (algum) sentido. Neste processo, a informação nunca é demais... Boa leitura. Parabéns ao autor.

Nova Petição contra a Prova de Ingresso na Carreira Docente.

A primeira petição contra a Prova de Ingresso na Carreira Docente (da iniciativa do nosso colega e blogger Visiense) foi um êxito. Agora, temos mais uma nova iniciativa onde todos podemos participar, e que espero que venha a ter tanto sucesso e adesão como a primeira. Lembrem-se que não basta reclamar... é necessário agir!

Recebido por email e proveniente da colega Sofia:

"(...) nova petição contra a prova de ingresso (...) disponível desde dia 14 (por 30 dias) em http://www3.parlamento.pt/plc/Peticao.aspx?Pet_ID=11759. Para assinar a petição basta enviar um e-mail para com8cec@ar.parlamento.pt com os seguintes dados: nome, o nº do BI e um contacto de e-mail, indicando que pretendem aderir à petição nº 428/X/3ª (este é o nº da petição)."

Estamos a ser "queimados"...

Prova de ingresso na carreira docente... Avaliação do desempenho docente... Escola a tempo inteiro no 2.º ciclo (com a inerente redução do pessoal docente)... Transferência de competências (como a contratação e colocação de docentes)... Novo modelo de gestão escolar... E muito, muito mais, num prazo tão curto... Tão curto que não nos permite compreender e assimilar com um mínimo de coerência tanta "revolução" na educação.

Para piorar o "estado de sítio" a que as escolas estão a ser sujeitas, e não obstante das inúmeras intervenções infelizes de membros do governo (Ministra da educação "à cabeça"), temos um grupo de "lacaios" a contribuir para o agudizar de uma situação, que já por si é de extrema fragilidade.

Já todos atingimos o "ponto de ebulição"! Já estamos totalmente fartos e exaustos de tanto autismo, de tanto absolutismo, de tanta presunção, de tanta falsidade, de tanta incompetência... Não existem providências cautelares que nos valham, não existe nenhum orgão social que nos auxilie. Se não formos nós a delinearmos uma estratégia, ninguém (mesmo, ninguém) nos vai ajudar a combater esta autêntica "incineração" da educação. Mas o quê? E de que forma? Somos tão desunidos... Somos tão egoístas... Estamos num verdadeiro "beco" sem saída!


Música dos "The Cure" (Tema: Burn).

Ministra responde no Parlamento a BE.

No Diário de Notícias de 18/02/2008: "O conturbado processo de avaliação dos professores, a muito contestada reforma em curso do ensino artístico e também as novas regras para o ensino especial são os três temas "quentes" que esperam amanhã a ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues no Parlamento.

A audição da ministra na Comissão de Educação e Ciência, prevista para as 11.00, decorre na sequência de um agendamento potestativo do Bloco de Esquerda (BE). "Na avaliação dos professores, que está um caos, o ministério da Educação tem sucessivamente adiado prazos e tem sido incapaz de cumprir o que ele próprio se propôs", disse ao DN a deputada do BE Ana Drago, sublinhando que "a avaliação está desacreditada junto da maioria dos professores".

Sobre a reforma do ensino artístico, a deputada do BE assinala que "o ministério tem contra si toda a comunidade educativa em causa: pais, alunos e professores, que até agora se sentiam satisfeitos com esse ensino". Os protestos de professores, alunos e pais no caso do ensino artístico foram desencadeados há duas semanas contra a proposta do Ministério da Educação que prevê que as escolas públicas de música ficam impedidas de dar aulas aos alunos do 1.º ciclo, passando a iniciação musical para as escolas do primeiro ciclo.

Outra questão que aguarda Maria de Lurdes Rodrigues é a das novas regras para o ensino especial, criticadas pelos pais de crianças deficientes. "Não é sustentável manter a educação nesta situação de conflito", diz Ana Drago, notando que a governante "tem de parar um bocadinho e ouvir quem está no terreno"."

Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)

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O problema é mesmo esse... A Ministra da Educação não ouve (nem vê) quem está no terreno e que se depara diariamente com os problemas legislativos que o ME cria de forma autista. Infelizmente quem está sentado numa secretária a "anos luz" de distância dos problemas reais, não consegue por mais que queira (e esta Ministério não quer), instituir medidas que funcionem. Tanta contestação... Será que estas pessoas não são seres humanos?
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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sócrates não governa para «obter simpatias».

No sítio do PortugalDiário de 16/02/2008: "O secretário-geral do PS disse hoje numa reunião com professores socialistas que não governa para as corporações ou para obter simpatias, em resposta a um militante que lhe apontou o descontentamento dos docentes face ao Governo.

José Sócrates reuniu-se hoje na sede do PS durante quatro horas e meia com cerca de 130 militantes socialistas professores, para os ouvir sobre a política educativa do Governo. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, também esteve na reunião, para a qual foram convocados militantes de todas as federações do PS. No final, ficaram previstos novos encontros do género, designadamente em Beja, ainda sem data.

De acordo com um dos presentes na reunião, uma das três dezenas de intervenções foi de um militante que declarou a José Sócrates que muitos dos professores que votaram no PS em Fevereiro de 2005 não o fariam neste momento.

Segundo o mesmo socialista, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro respondeu de forma acalorada que não estava a trabalhar para as corporações, mas para o país e que o país precisa das medidas que o Governo está a tomar. Outro militante presente na reunião deu uma versão diferente da resposta de Sócrates, relatando que o secretário-geral do PS assinalou que não governa para obter simpatia e que não está preocupado em obter simpatias.

À entrada para a reunião, José Sócrates sublinhou, em declarações aos jornalistas, que o PS manterá a sua linha política no Governo, cumprirá o seu mandato e o seu programa. Medidas como a avaliação dos professores e o novo modelo de gestão das escolas vão avançar, em nome de uma escola pública melhor, assegurou.

Sala cheia

No encontro, em que teve a seu lado a ministra e os dois secretários de Estado da Educação, José Sócrates declarou aos professores do partido que foi ele quem pediu a reunião, admitindo que tem realizado poucos encontros sectoriais, embora visite frequentemente as estruturas do partido.

O PS contabilizou entre 130 e 140 militantes presentes na reunião e um deles relatou à agência Lusa que a sala, com aproximadamente 100 lugares sentados, estava cheia e houve pessoas que tiveram de ficar de pé.

A reunião começou às 17:00, quando dezenas de manifestantes se concentravam à frente da sede do PS do Largo do Rato e apuparam José Sócrates e os militantes à medida que entravam no edifício, e terminou às 21:30 horas.

A manifestação foi referida na intervenção inicial de Sócrates, que voltou a considerá-la inadmissível, sublinhando que os socialistas nunca se foram manifestar à frente de outras sedes partidárias, adiantou um dos militantes presentes à Lusa."

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

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Professores socialistas?! Cerca de 150 militantes socialistas professores... Pois bem, não acredito que neste momento em Portugal, existam muitos mais.

Bem... Provavelmente até existem mais, mas pelas declarações (e apenas por isso) que fazem, não me parece que sejam muitos os colegas a defender a política deste governo socialista, no que concerne à educação. Quanto às declarações de Sócrates, relativamente a não governar para obter simpatias, estou completamente de acordo. Este "senhor" governa de forma absolutista, sem olhar a descontentamentos e sem se lembrar que quem o elegeu foi o "povo". Precisamente o "povo" que ele tanto desdenha. E do qual diz não necessitar obter "simpatia"...

No meio disto tudo, fico preocupado com o facto deste "senhor" poder voltar a ser eleito nas próximas legislativas. Infelizmente a população portuguesa tem memória curta (por vezes, demasiado). Mas também, diga-se em defesa da verdade... Onde estão as alternativas? Eu não as vejo... Deve ser de estar a escrever este post à noite. ;)
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