quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Espero que 2008 vos traga tudo de bom...

O ano de 2007 foi um ano bastante complicado para todos os professores! Receio que 2008 não nos traga nada de bom, principalmente, porque se avizinha a avaliação, e vão ser gerados alguns conflitos... Temo que muitos deles, terão origem em colegas e não na Ministra da Educação! No entanto, não há que perder a força de vontade, o empenho e acima de tudo o profissionalismo! Não se deixem "vencer"...

Nos próximos dias, este blog não será actualizado, excepto se existirem notícias que justifiquem a publicação.

Boas entradas em 2008! Cuidado com os excessos... Principalmente se esses excessos, implicarem posterior condução de veículos motorizados!

Que este novo ano que se aproxima seja repleto de bons momentos... Até para o ano!

Música de "Santana ft Chad Kroeger " (Tema: Into The Night).

Os políticos merecem prendas?

No sítio do PortugalDiário a 24/12/2007: "É Natal, é Natal... mas os presentes escasseiam. Fomos à procura de lembranças para os políticos que mais se destacaram neste ano e trouxemos um saco pouco cheio. Precisamos da ajuda do leitor para compor a árvore de Natal.

Já é tradição no PortugalDiário não esquecer a classe política e «oferecer» - virtualmente - prendas aos que mais se destacaram neste ano que está quase no fim.
(...)
Para Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, Mendo Henriques sugere «um pau de marmeleiro com leitor óptico, acessório pedagógico a ser usado desde o ensino pré-escolar ao pós-universitário».

Já a Federação Nacional de Sindicatos de Educação sugere para Lurdes Rodrigues um livro de cabeceira: o «Manual de Boas Práticas de Negociação».(...)"

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

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Sugestões de prendas para a Ministra da Educação? Até tinha... Mas 99% delas não as poderia escrever aqui no blog.
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Escolas juntam-se para baixar custos.

No Correio da Manhã de 23/12/2007: "A agregação de agrupamentos de escolas, prevista no projecto de decreto-lei do regime jurídico de autonomia, administração e gestão das escolas, pode levar à criação de superagrupamentos.

Com esta possibilidade, “o número de directores deve passar para metade”, diz Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores. O objectivo será a diminuição dos custos com a gestão dos estabelecimentos de ensino. Actualmente existem 1200 unidades de gestão em todo o País, das quais 800 são agrupamentos de escola.

Uma das finalidades do agrupamento é a gestão racional dos recursos. Esta junção pode ser decidida pela administração educativa ou por proposta das escolas, para efeitos de “organização da gestão do currículo e de programas, da avaliação da aprendizagem, da orientação e acompanhamento dos alunos, da avaliação, formação e desenvolvimento profissional do pessoal docente”, lê-se no projecto do Governo.

Os novos directores de escola têm de estar todos eleitos até Agosto de 2009."

Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Criação de turmas de repetentes denunciada por pais à inspecção.

No Jornal de Notícias de 21/12/2007: "A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) revelou, ao JN, que dois encarregados de educação da Zona Norte aguardam, desde Outubro, resposta da Inspecção-Geral de Educação (IGE) às queixas que apresentaram pelo facto dos seus educandos terem sido incluídos em turmas constituídas basicamente por alunos repetentes. Por seu turno, uma fonte da IGE confidenciou, ao JN, a dificuldade dos inspectores em detectar a selecção e discriminação de alunos pelo facto de o processo ser elaborado pelas escolas públicas de forma sub-reptícia e difícil de ser detectada.

"Os pais de dois alunos ligaram-me hoje a manifestar o seu desagrado pelo facto de os filhos terem sido incluídos em turmas de repetentes. Já denunciaram a situação à IGE em Outubro, mas ainda não obtiveram qualquer resposta", afirmou Albino Almeida, líder da CONFAP. Aquele responsável recebeu, ontem, inúmeros telefonemas de protesto contra a discriminação feita por algumas escolas públicas.

A divulgação pelo JN do estudo elaborado por dois sociólogos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) - Pedro Abrantes e João Sebastião - fez com que muitos encarregados de educação revelassem, também ao JN, histórias vividas em diversos estabelecimentos de ensino oficiais.

"Na escola do meu filho, já todos sabem que as turmas A e B são sempre as melhores e a turma C é, normalmente, a que tem os alunos mais fracos e com problemas de comportamento", revelou uma mãe. Outro pai protestou contra a legislação existente sobre matrículas, a qual, no seu entender, permite que algumas escolas recebam um elevado número de matrículas e, depois, façam a selecção dos alunos com que querem ficar.

"Se eu quiser matricular o meu filho em determinada escola que não seja da área da minha residência, basta arranjar um falso encarregado de educação e já está", referiu. Albino Almeida confirmou esta realidade. "E o curioso é que, durante o ano escolar, o encarregado de educação é chamado à escola e quem lá aparece é o pai ou a mãe, o que prova logo que a matrícula foi feita com base em informações falsas, mas ninguém investiga isto", salientou.

Um inspector da IGE disse ao JN acreditar que a selecção de alunos e constituição de turmas com alunos bem sucedidos ou mais fracos não seja uma prática generalizada. "Acontece mais em centros urbanos e serve para responder aos interesses de elites locais", afirmou. Segundo aquele elemento da IGE, quando esses casos são detectados, as escolas arranjam sempre argumentos para mascarar a realidade. "Afirmam, hipocritamente, que se trata de turmas de níveis ou que seguem critérios de estabilidade e continuidade", realçou.

O inspector afirmou conhecer várias escolas onde é prática a constituição de turmas de excelência - "que servem para proteger os filhos dos professores e de pais das classes mais favorecidas" - e outras "para onde vão os restos do resto". Segundo afirmou, "às vezes o processo de selecção percebe-se pelo facto de, em algumas turmas, estarem concentrados os alunos que recebem apoios da acção social escolar".(...)"

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Esta prática de selecção de alunos para constituir turmas não é novidade... Tal como não é novidade que quem fica com as turmas mais "complicadas" são por regra os professores contratados ou os QZP recém colocados nas escolas!
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Governo aprova na generalidade novo regime de gestão escolar.

No Público de 20/12/2007: "O Governo aprovou hoje, na generalidade, o decreto que cria um novo regime de gestão para os estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. O objectivo é reforçar a autonomia das escolas e a participação das famílias e das comunidades. O diploma segue para consulta pública.

O diploma foi apresentado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no dia 11, no último debate mensal na Assembleia da República e vem completar a série de mudanças na organização e na autonomia das escolas.

Segundo um comunicado do Conselho de Ministros, o objectivo é “reforçar a participação das famílias e comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino; favorecer a constituição de lideranças fortes e reforçar a autonomia das escolas”.

O Conselho Geral, onde estarão representados professores, pais e autarquias, vai aprovar o regulamento interno da escola e cabem-lhe as decisões estratégicas e de planeamento – projecto educativo, plano de actividades – e o acompanhamento da sua concretização, através de um relatório anual de actividades.

Para “reforçar a liderança as escolas” – “uma das mais necessárias medidas de reorganização do regime de administração escolar” – é criado o cargo de director, escolhido pelo Conselho Geral. Este será coadjuvado por adjuntos (o número vai depender da dimensão da escola) mas constitui um órgão unipessoal e não um órgão colegial.

O director tem a seu cargo a gestão administrativa, financeira e pedagógica. Além disso assume a presidência do Conselho Pedagógico. É-lhe atribuído o poder de designar os responsáveis pelas estruturas de coordenação e supervisão pedagógica.

As escolas terão mais autonomia para se organizar e criar estruturas. O diploma apenas estabelece um enquadramento legal mínimo, nomeadamente ao nível dos departamentos curriculares e do acompanhamento dos alunos (conselhos e directores de turma)."

Ver Artigo Completo (Público)

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Um director "Todo Poderoso" não me parece uma boa medida! Se já agora existem "vícios" na estrutura e organização escolar, então com um director nomeado por uma autarquia, acho que os limites serão os da imaginação! Mas logo veremos...
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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

É nestas alturas...

... que eu mais aprecio o silêncio! A escola sem alunos, fica completamente diferente. Bom trabalho para todos vocês, que (ainda) estão em reuniões...


Música dos "Depeche Mode" (Tema: enjoy the silence remix).


Falhas na entrega de computadores.

No Correio da Manhã de 18/12/2007: "A Confederação das Associações de Pais (Confap) recebeu dezenas de queixas relativas à entrega dos portáteis do programa e-escolas. As operadoras de telemóveis estão a exigir às famílias de alunos carenciados 150 euros no acto da entrega, pois não foram avisadas pelas escolas da atribuição de subsídios a estes jovens.

Segundo Albino Almeida, presidente da Confap, houve alunos que, no início do ano, “não se aperceberam que já era possível pedir apoio social escolar no Secundário”, pelo que só “entregaram os papéis depois de terem feito a pré-inscrição para a entrega dos computadores”, explica.

Albino Almeida lembra que o apoio social escolar pode ser pedido a qualquer altura do ano, quando o pai ou mãe fiquem numa situação de baixo rendimento.

A Confap reportou o caso ao ministério, que informou os pais da necessidade de alertarem os agrupamentos. “As operadoras já disseram que não têm hipótese de corrigir a situação e os jovens carenciados têm de fazer nova pré-inscrição e esperar mais um a dois meses.”

Albino Almeida sublinha que “os alunos e as famílias não têm a culpa” e lembra que “as escolas é que deviam ter sinalizado os casos e enviar novas pré-inscrições quando os alunos passaram a ser beneficiários”.

Confrontado com o caso, o Ministério da Educação descartou responsabilidades, afirmando que “os modos de entrega e pagamento são acertados entre os operadores e os interessados na compra dos computadores”.

O ministério também não disponibilizou dados sobre o número de portáteis já entregues, o número de jovens que aguarda a entrega e o número de alunos beneficiários de apoio social escolar."

Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

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Já seria de esperar uma situação destas. O Ministério da Educação apenas é responsável pela campanha publicitária. Tudo o resto é responsabilidade das operadoras. E ainda por cima por aquilo que já me foi permitido "observar" (de bem perto) os computadores têm problemas (de software e hardware), cuja solução se vai revelar mais dispendiosa que os "iniciais" 150 euros. Se isto não é publicidade enganosa...
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Manuais de 9.º e 11.º mudam em 2008/09.

No Jornal de Notícias de 18/12/2007: "Os manuais escolares dos 9.º e 11.º anos serão objecto de adopção no ano lectivo de 2008/2009, de acordo com um despacho aprovado pelo Governo e que aguarda publicação em 'Diário da República'.

Segundo nota informativa do Ministério da Educação (ME), estão prontos para publicação os despachos que regulamentam a avaliação, certificação e adopção de manuais escolares.

Assim, no ano lectivo de 2008/2009, serão objecto de adopção os manuais de todas as disciplinas do 9.º ano, com excepção dos de Língua Portuguesa e Matemática. Igualmente, serão adoptados os livros escolares de todas as disciplinas dos cursos científico-humanísticos do 11.º ano, com excepção dos manuais de Português, Matemática A, Matemática B e Matemática Aplicada às Ciências Sociais.

A nova legislação estipula que a adopção de manuais é da competência do órgão de coordenação das escolas, sob proposta dos departamentos curriculares em que se integre a respectiva disciplina ou área curricular. A lista dos manuais certificados e dos respectivos preços é divulgada na página da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, antes do início do processo de apreciação, selecção e adopção de manuais escolares. O processo de avaliação, selecção e adopção dos manuais começa com a divulgação dos livros e respectivos preços, facultada pelo órgão de coordenação das escolas. Segue-se a apreciação dos manuais pelos professores da disciplina ou área curricular. Depois é feita a selecção, tendo em conta o projecto educativo das escolas ou agrupamentos. Por fim, procede-se à adopção em resultado da apreciação e selecção dos manuais.

Outro dos despachos especifica as normas de acreditação das entidades responsáveis pela regularização dos mesmos. Na legislação está estipulado o montante a pagar pela admissão à candidatura para avaliação e certificação de cada manual, que é fixado em 2500 euros. Por seu turno, o valor máximo da comparticipação do ME nos custos de avaliação e certificação por entidades acreditadas não pode exceder os 7500 euros.

A nova legislação confere a possibilidade de candidatura à acreditação para avaliação dos manuais a instituições de Ensino Superior público ou com reconhecimento público, associações profissionais de professores, sociedades ou associações científicas e associações ou consórcios constituídos para o efeito."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

domingo, 16 de dezembro de 2007

Mais de 120 mil alunos chumbaram no ensino básico em 2006.

No Público de 16/12/2007: "São os dados mais recentes sobre a percentagem de alunos que chumbam no ensino básico e confirmam a tendência dos últimos anos. As taxas de insucesso têm vindo a diminuir, mas a um ritmo muito lento. Desde 1995/1996 até 2005/2006, desceram menos de cinco pontos percentuais. Nesse ano lectivo, um em cada dez estudantes não passou, ou seja, mais de 120 mil no total, indicam os números apurados pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação.

Outro dado recentemente revelado pelo último relatório internacional sobre educação (o PISA - Programme for International Students Assessment, da OCDE) mostra que a situação em Portugal só tem paralelo com mais dois países desta organização: Espanha, que apresenta taxas de retenção mais altas (entre os alunos de 15 anos) e o Luxemburgo, com uma situação mais favorável.

De resto, praticamente metade dos 30 Estados-membros da OCDE têm percentagens de chumbos inferiores a dois por cento, mostrando que nestes países este é um mecanismo de controlo da avaliação utilizado apenas em casos extremos, mesmo entre os que têm melhores resultados escolares. A média ronda os três por cento.

"É um facto real que os países que não têm repetência, ou que têm taxas baixas, apresentam também melhores resultados escolares medidos em termos de aprendizagem. Em todos os estudos internacionais se verifica esta correlação alta entre o peso da repetência na amostra e os desempenhos", comenta o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.

E está por provar que, em Portugal, os chumbos sejam uma medida eficaz, reforça. "O sistema de retenção foi instituído há muitos anos como o principal sistema de recuperação dos alunos. O que é extraordinário é que tem recuperado muito poucos jovens. Mas continuamos a acreditar nisso. "Mais grave, continua, é que "os estudos também dizem que quem repete um ano tem uma maior probabilidade de o repetir outra vez - quem abandona o sistema tem um peso enormíssimo de repetência".

Se o sistema falha, pergunta-se então por que razão não se avança para modelos alternativos. E aí, Valter Lemos argumenta com o peso da tradição e das expectativas. "Enquanto houver a ideia generalizada de que a repetência é o único sistema de recuperação dos alunos, não serve de nada tentar mudar a situação de forma administrativa. Isso não ia levar à interiorização do problema, mas ao contrário. A reacção iria ser: "Lá estão eles a facilitar"", justifica. "Temos de continuar a reforçar os sistemas de apoio e de recuperação e percursos alternativos, de forma a fazer baixar as taxas de retenção."
(...)
"Temos o problema de ter provavelmente as mais duras transições de ciclo da maior parte dos países. De um ano para o outro, os alunos mudam de espaço físico, de número de professores, de organização de tempo de estudo. Estamos a pagar os efeitos de uma série de opções feitas ao longo de muitos anos, em que o sistema foi organizado em função dos professores e de outras razões e não dos alunos e da sua continuidade educativa", argumenta o secretário de Estado.

A revisão do currículo do ensino básico, nomeadamente ao nível do 3.º ciclo, é uma das medidas que estão a ser estudadas para atenuar o problema.

Já em relação ao 9.º ano, em que as taxas de insucesso estão actualmente acima do que acontecia há dez anos, a explicação será outra. A introdução de exames nacionais a Matemática e Português (e que valem 30 por cento na nota final da disciplina) em 2005 fez o número de chumbos voltar a subir consideravelmente: de 13 para 21 por cento.

Assim, em 2005/2006, foram mais de 23 mil os alunos que ficaram retidos no final da escolaridade obrigatória."

Ver Artigo Completo (Público)

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Lendo BEM as declarações do secretário de estado, Valter Lemos, percebemos perfeitamente a razão pela qual os professores de várias escolas estão a ser pressionados para atribuir níveis "positivos" aos alunos! E assim se reduz o insucesso escolar...
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Hoje sinto-me...

Eléctrico... Bom fim de semana para todos vocês, que ao longo de mais de 1 ano continuam a visitar este blog. O meu obrigado! Deixo-vos com um vídeo de um dos meus grupos preferidos. Já devem ter reparado que os meus gostos musicais são completamente transversais. Conduzam com precaução. Quero que passem o Natal em família e não num hospital (ou pior). Fiquem bem...


Música dos "Bomfunk MC's" (Tema: Super Electric).


Governo pouco interessado no empréstimo de manuais.

No Jornal de Notícias de 14/12/2007: "CDS-PP e o BE levam hoje a discussão no plenário da Assembleia da República as suas propostas respectivas para concretizar o regime de empréstimo de manuais escolares que continua por regulamentar. Mas o Governo não está com muita pressa de ver o sistema concretizar-se.

Enquanto o BE propõe um sistema generalizado de empréstimos através de uma bolsa financiada totalmente pelo Estado em três fases - de forma a que o sistema se torne tendencialmente universal e gratuito -, o CDS aposta num sistema centrado na autonomia das escolas, sem intervenção do ministério da Educação e reponsabilizando as escolas, as famílias e os alunos pela manutenção dos manuais. Mas nem um nem outro dos projectos é aceite pelo Governo.

Em declarações ao JN, o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, contrapôs à proposta do BE o facto do Governo ter optado por não avançar com um regime generalizado de empréstimos. E considerou "inaceitável" a solução avançada pelo CDS por não ter em atenção aspectos como o da qualidade física dos manuais, de modo a que passem de ano para ano em bom estado.

No entanto, o governante admite que, para concretizar o princípio do empréstimo de manuais, o Governo "vá avançar no próximo ano lectivo com um projecto piloto" numa escola que deverá submeter-se às seguintes condições usar os mecanismos de empréstimo a título complementar aos dos auxílios económicos da acção social escolar; respeitar a total autonomia das escolas; financiar-se através das receitas próprias das escolas.

Para isso, as escolas terão que se organizar espaços de armazenamento dos livros, deverão criar mecanismos de controlo dos manuais e das devoluções e preparar os mecanismos de empréstimo. Ao Governo caberá adaptar a política dos manuais.
(...)
O PCP defende que todos os alunos da escolaridade obrigatória deverão ter manuais gratuitos no início de cada ano lectivo. O sistema é financiado pelas dotações do Governo."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Fenprof aponta fim da gestão democrática.

No Jornal de Notícias de 12/12/2007: "A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) foi, ontem, a única voz discordante do novo modelo de gestão das escolas apresentado por José Sócrates.

"O modelo anunciado aponta para uma concentração de poderes num órgão unipessoal, contrariando uma cultura de colegialidade e participação democrática de todos os que se envolvem no quotidiano escolar, sufocados que ficam perante o desmesurado poder que o Governo quer atribuir àqueles que considera a liderança forte das escolas", contestou a Fenprof, em comunicado.

Pelo contrário, a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) aplaudiu. "Há muito que o modelo de gestão escolar necessita de mudanças", defendeu ao JN o presidente da FNE.

"É importante o reforço da participação dos parceiros sociais e a sua intervenção no projecto educativo", considera João Dias da Silva, advertindo, no entanto, ser essencial que as medidas anunciadas sejam apenas o "ponto de partida para um debate" e que a reforma seja "concertada com os parceiros sociais".

Também a Confederação das Associações de Pais (Confap) se manifestou favorável à escolha dos directores das escolas por concurso, considerando que este método aumenta a responsabilização dos dirigentes executivos dos estabelecimentos de ensino. Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Confap, António Amaral, afirmou que as alterações anunciadas se aproximam das defendidas pela confederação, sobretudo no que diz respeito à direcção executiva das escolas. "A responsabilização aumenta", considerou António Amaral."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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O Director de uma escola escolhido por pais, autarquias e actividades locais (continuo a achar que devem ser entidades locais)?! Humm... Acho que isto vai dar mau resultado!
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As escolas vão passar a ter um director escolhido por concurso.

No Jornal de Notícias de 12/12/2007: "A discussão acerca da paternidade do novo modelo de gestão das escolas, que o primeiro-ministro anunciou, ontem, no Parlamento, dominou o debate entre José Sócrates e Santana Lopes. O socialista enumerou as linhas gerais do diploma, que será aprovado proximamente em Conselho de Ministros, e o social-democrata lembrou que o texto "é igual ao do PSD, que foi chumbado pelo PS". Com uma excepção, a de que o director executivo de cada escola escolhido por concurso será sempre um professor. Os sociais-democratas admitiam que o director poderia ser docente ou "personalidade de reconhecido mérito".
(...)
Sócrates não esqueceu, por isso, de acentuar que "há mais alunos, mais sucesso e menos abandono escolar".
(...)
Depois de considerar que o projecto do Governo "é mais um golpe na escola democrática com o regresso do velho director", Jerónimo de Sousa, líder do PCP, lembrou o "desinvestimento na educação especial"(...).

O director executivo passará a ser escolhido, por um concurso aberto a todos os professores que poderão pertencer ao quadros de outras escolas, pelo Conselho Geral. Neste órgão estarão representados os professores, os pais, as autarquias e as actividades locais. O candidato ao cargo de director executivo deve estar qualificado para o exercício das funções, pela sua formação pu plea experiência já anteriormente adquirida.
(...)
A direcção executiva das escolas será assumida pelo director, coadjuvado por um pequeno número de adjuntos, em função da dimensão da escola. Este órgão executivo fará a gestão administrativa, financeira e pedagógica, assumindo também a presidência do conselho pedagógico. Outra das competências deste novo cargo de director executivo é designar os responsáveis pelas estruturas de supervisão pedagógica.
(...)
Deverá ser definido um regime normativo mínimo para que haja liberdade de organização para cada escola, com competências na gestão administrativa e do pessoal. Estão previstos contratos de autonomia, através dos quais as escolas acertarão com o Ministério da Educação a transferência de novas competências."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Já cá faltava...

E faltava o quê? Uma musiquinha para animar o início desta última semana repleta de stress! Experimentem fazer um intervalinho no trabalho e mexam o capacete... Se já não tiverem "articulações" para isso, batam com o pé no chão! Vão ver que até corrigem melhor as fichas de avaliação sumativas. Eh eh eh... Boa semana de trabalho! Estamos quase em período de interrupção lectiva...


Música de "Craig David " (Tema: Hot Stuff).


Ministra não receia possível saída.

No sítio da Rádio Renascença a 10/12/2007: "A ministra da Educação não receia uma remodelação governamental, que várias fontes dão como certa a breve prazo.

A imprensa tem dado conta dessa hipótese, adiantado que o nome de Maria de Lurdes Rodrigues está em cima da mesa para uma saída antecipada.

Questionada pela Renascença, esta manhã, a ministra afirma não ter “nenhum receio”.

“Isso é intriga política. Não tem nenhum significado. Hoje, para mim, o que tem significado é a atribuição destes diplomas [do programa «Novas Oportunidades»] aos adultos, que vêem finalmente reconhecidas as suas competências”, afirmou.

Os primeiros diplomas de 12º ano do programa “Novas Oportunidades " , para a qualificação de jovens e adultos , são entregues hoje no Parque das Nações, em Lisboa, numa cerimónia que conta com a presença do Primeiro-ministro, José Sócrates, e da titular da pasta da Educação."

Ver Artigo Completo (RR)

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Não acredito que esta Ministra da Educação, seja alvo da remodelação governamental. Embora tenha destruído (e continue a destruir) a educação em Portugal, tem feito mais pelas estatísticas do que qualquer tutor do cargo que a antecedeu! Sócrates sabe disso, e não vai querer perder das suas fileiras, um elemento tão importante.

É uma autêntica "galinha dos ovos de ouro"... Reduz o n.º de professores, reduz o n.º de funcionários, aumenta a carga lectiva, implementa as "Novas Oportunidades", faz contratos "manhosos" com as operadoras de telemóveis (a e-escola), implementa a avaliação dos professores, etc... e tudo isto tendo como resultado o aumento do sucesso escolar. É a 8.ª maravilha de Portugal... Digo eu!
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Violência nas escolas.

No Jornal de Notícias (Artigo de Opinião - Alice Vieira) de 09/12/2007: "Li num jornal que a senhora ministra da Educação está contente. E, quando os nossos governantes estão contentes, é como se um sol raiasse nas nossas vidas.

E está contente porque, segundo afirmou, a violência nas escolas portuguesas, afinal, não existe.

Ao que parece, andamos todos numa de paz e amor, lá fora é que as coisas tomam proporções assustadoras, os nossos brandos costumes continuam a vingar nos corredores de todas as EB, 2/3, ou como é que as escolas se chamam agora. Tenho muita pena de que os nossos governantes só entrem nas escolas quando previamente se fazem anunciar, com todas as televisões atrás, para que o momento fique na História. É claro que, assim, obrigada, também eu, anda ali tudo alinhado que dá gosto ver, porque o respeitinho pelo Poder é coisa que cai sempre bem no coração de quem nos governa, e que as pessoas gostam de ver em qualquer telejornal.

Mas bastaria a senhora ministra entrar incógnita em qualquer escola deste país para ver como a realidade é bem diferente daquela que lhe pintaram ou que os estudos (adorava saber como se fazem alguns dos estudos com que diariamente se enchem as páginas dos jornais) proclamam. É claro que não falo daquela violência bruta e directa, estilo filme americano, com tiros, naifadas e o mais que houver.

Falo de uma violência muito mais perigosa porque mais subtil, mais pela calada, mais insidiosa.

Uma violência mais "normal".

E não há nada pior do que a normalização, do que a banalização da violência.

Violência é não saberem viver em comunidade, é o safanão, o pontapé e a bofetada como resposta habitual, o palavrão (dos pesados) como linguagem única, a ameaça constante, o nenhum interesse pelo que se passa dentro da sala, a provocação gratuita ("bata-me, vá lá, não me diga que não é capaz de me bater? Ai que medinho que eu tenho de si", isto ouvi eu de um aluno quando a pobre da professora apenas lhe perguntou por que tinha chegado tarde)

Violência é a demissão dos pais do seu papel de educadores - e depois queixam-se nas reuniões de que "os professores não ensinam nada".

Porque, evidentemente, a culpa de tudo é sempre dos professores - que não ensinam, que não trabalham, que não sabem nada, que fazem greves, qualquer dia - querem lá ver? - até fumam.

Os seus filhos são todos uns anjos de asas brancas e uns génios incompreendidos.

Cada vez os pais têm menos tempo para os filhos e, por isso, cada vez mais os filhos são educados pelos colegas e pela televisão (pelos jogos, pelos filmes, etc.). Não têm regras, não conhecem limites, simples palavras como "obrigada", "desculpe", "se faz favor" são-lhes mais estranhas do que um discurso em Chinês - e há quem chame a isto liberdade.

Mas a isto chama-se violência. Aquela que não conta para os estudos "científicos", mas aquela da qual um dia, de repente, rompe a violência a sério.

E então em estilo filme americano.

Com tiros, naifadas e o mais que houver."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Gostava que a Ministra da Educação lesse este artigo de opinião! Aprendia muito... Principalmente no que concerne ao conceito de "violência escolar".
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sábado, 8 de dezembro de 2007

Valter Lemos: Governo satisfeito com desempenho das escolas.

No sítio do Diário Digital a 07/12/2007: "O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje, em Coimbra, que o Governo está satisfeito com o desempenho das escolas, nomeadamente quanto à melhoria do sucesso escolar.

O governante, numa conversa com jornalistas num intervalo de uma reunião de trabalho à porta fechada com representantes de conselhos executivos de escolas da Região Centro, disse que «há satisfação pelo que as escolas têm feito» em resposta aos desafios colocados com as mudanças legislativas.
(...)
Sobre a agenda, disse ser «uma longa lista de trabalho», que «tem corrido bem», em que se incluiu o novo regime de avaliação do desempenho, que em breve começará a ser aplicado.

De acordo com Valter Lemos, nesse novo regime os conselhos executivos têm um papel importante na avaliação do desempenho dos professores.

Já para o líder da Federação Nacional de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, que distribuía material informativo com colegas à entrada do auditório onde decorreu a reunião com os membros dos concelhos executivos, o novo regime de avaliação do desempenho «vai tentar que, com um conjunto de penalizações, os professores deixem de progredir na carreira».

Mário Nogueira sustentou que o novo regime «está orientado para as carreiras e progressão», quando «a avaliação deveria ter um carácter formativo».

No seu entendimento, ao nível da operacionalidade esse novo regime «vai criar sérios e fortes bloqueios ao funcionamento das escolas».

«Por ano, nas escolas portuguesas, teremos meio milhão de aulas assistidas, dezenas de milhar de entrevistas, milhares e milhares de fichas em que constarão milhões de cruzes, milhares de reuniões, aplicação de cotas, recursos de contencioso...!», refere o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) num panfleto informativo hoje distribuído.

Para o SPRC, estrutura afecta à FENPROF, com o novo regime, o Ministério da Educação «obriga as escolas a alterarem os seus projectos educativos, os seus projectos curriculares de turma» e «atenta contra a sua autonomia ao impor, ilegalmente, a reorganização em departamentos, de acordo com o disposto no DL 200/2007».

Mário Nogueira explicou que a acção de hoje do sindicato, no local onde decorria a reunião de Valter Lemos com membros dos conselhos executivos, visou o «contacto com colegas professores» e entregar algum material com esclarecimentos sobre matérias importantes para o seu dia-a-dia.

Os membros do SPRC apenas se mantiveram no local à chegada dos colegas para a reunião e não tiveram qualquer contacto com o secretário de Estado, que chegou ao auditório por uma entrada de acesso reservado no Campus Universitário Bissaya Barreto."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

CDS “chumba” Ministério da Educação e acusa Maria de Lurdes Rodrigues de “sete pecados”.

No Público de 06/12/2007: "O CDS "chumbou" hoje a equipa do Ministério da Educação, acusando Maria de Lurdes Rodrigues de "sete pecados", na abertura da interpelação sobre educação que decorreu hoje no Parlamento, a pedido dos democrata-cristãos. A ministra atribuiu as críticas a "preconceitos" do CDS contra a escola pública.

"O exame final é muito mau e os senhores chumbaram", acusou o líder parlamentar do CDS, Diogo Feio, que acusou a ministra de sete pecados, entre os quais o centralismo do Ministério em relação às escolas, o facilitismo e até "o marxismo".

"A senhora centra as suas opções na escola propriedade do Estado, não gosta da liberdade de escolha e acha que existe uma luta de classes na escolha", criticou Diogo Feio, desafiando a ministra a dizer se é ou não a favor da liberdade de escolha no sector da educação.
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Uma das críticas do CDS e de outros partidos da oposição centrou-se no novo estatuto do aluno, aprovado apenas com os votos do PS na última sexta-feira mas que ainda não foi promulgado por Belém.

"O que fará se houver um veto do Presidente da República, mantém esta versão do diploma?", questionou Diogo Feio.

Maria de Lurdes Rodrigues recusou pronunciar-se sobre "competências do sr. Presidente da República".

"Os diplomas até à sua aprovação final são, como é normal em democracia, objecto de discussão e alterações sucessivas. É esse o sentido de existirem parlamentos, conselhos de ministros, democracia", referiu a ministra.

As críticas à política educativa do Governo vieram também da esquerda, com a deputada do BE Ana Drago a acusar a ministra de "propaganda", considerando que "a escola pública não está a gerar igualdades" e desafiando Maria de Lurdes Rodrigues a fazer uma reforma curricular.

Pelo PCP, o deputado Miguel Tiago confrontou a ministra com a situação do ensino especial, acusando Maria de Lurdes Rodrigues de estar a sobrepor "critérios economicistas a critérios pedagógicos".

"Onde vêem propaganda eu vejo factos e os factos são estes: mais alunos e melhores resultados", contrapôs a ministra, sublinhando que a verba para o ensino especial será reforçada em 800 por cento em 2008.

O deputado social-democrata Pedro Duarte lembrou o desafio lançado no início do Governo pelo chefe de Estado para a melhoria da educação em Portugal.

"Choca-me verificar que este Governo acabou com as provas globais no 9º ano e aprovou um estatuto do aluno verdadeiramente escandaloso, que permite que os alunos escusem de ir às aulas e basta fazerem uma provazita de recuperação no fim do ano que está tudo bem", criticou Pedro Duarte.

Os elogios ao Governo vieram apenas da bancada do PS, com recurso a metáforas marítimas. "Não é qualquer Adamastor que fará naufragar esta nau, porque esta nau onde a sra. ministra é timoneira está recheado de cada vez mais portugueses e portuguesas que aderem às políticas do Governo", defendeu a deputada socialista Paula Barros."

Ver Artigo Completo (Público)

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Tantas críticas... Tanta asneira... Tanta mentira... Como é possível que determinadas pessoas ainda desempenhem certos cargos?! E quanto à metáfora... A nau da ministra da educação, está a meter água por todos os lados (buracos do tamanho de bolas de futebol), existe escorbuto q.b (os dentes são agora reflexos num espelho inexistente), as velas estão completamente rasgadas (e foram utilizadas para limpar o "rabo" de algumas pessoas), os escravos estão a "reformar-se" ou então começam a revelar sinais de "tendinite" profissional (alguns deles atrofiados pela ideia de uma futura avaliação), a madeira está podre (já nem falo no odor da embarcação) e acho que já nem com "chicotadas psicológicas" a ministra consegue que os seus escravos levem o barco a bom porto...
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Alunos portugueses abaixo da média.

No sítio do PortugalDiário a 04/12/2007: "O desempenho dos alunos portugueses de 15 anos é mais baixo do que a média dos seus colegas de 57 países a Ciências, Matemática e Leitura, de acordo com um estudo da OCDE publicado esta terça-feira, escreve a Lusa.

O PISA 2006 (Programme for International Student Assessment) avaliou no ano passado os conhecimentos e competências dos estudantes que estão a terminar ou já concluíram o ensino obrigatório, comparando os resultados dos vários países envolvidos (30 da Organização e 27 parceiros).

A nível dos conhecimentos científicos, os mais testados nesta terceira edição do PISA, os alunos portugueses alcançaram uma pontuação de 474, o que corresponde ao 37º lugar entre os 57 países que participaram no estudo.
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Mais de metade dos estudantes portugueses (53,3 por cento) só demonstraram conhecimentos básicos neste domínio, não indo além do nível dois em seis níveis de complexidade.

Por oposição, só 0,1 por cento conseguiu atingir o nível mais elevado, o pior resultado entre os países da OCDE.

Apesar de negativo, o desempenho nacional em Ciências melhorou face a 2003 e 2000, quando os alunos alcançaram uma pontuação de 468 e 459, respectivamente.

Já no que diz respeito aos conhecimentos matemáticos, o desempenho dos estudantes portugueses de 15 anos ficou 32 pontos abaixo da média da OCDE (466 contra 498) e 18 abaixo da média total, fixada nos 484.

Também nesta área, mais de metade dos estudantes (55,8 por cento) ficou-se pelos níveis um e dois e só 0,8 por cento demonstrou conhecimentos correspondentes ao patamar mais alto.

O desempenho dos portugueses não sofreu alterações face a 2003 no que diz respeito à Matemática, o mesmo acontecendo ao nível da Leitura, em que a variação registada não é estatisticamente significativa (menos cinco pontos do que em 2003, mas mais dois do que em 2000).
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Para o secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, «os resultados estão aquém do que seria desejável», evidenciando uma «disfunção» do sistema educativo português.

Isto porque se tivermos apenas em conta o desempenho dos alunos portugueses do 10º ano, o normal para frequentar aos 15 anos, o resultado nacional estaria acima da média da OCDE nas três competências avaliadas.

O problema, explicou, é que o país apresenta taxas de retenção muito acima da média, pelo que, aos 15 anos, há alunos ainda a frequentar o terceiro ciclo do ensino básico (7º, 8º e 9º anos) e que, por isso, não demonstram um nível de conhecimentos que seria expectável para a sua idade.
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Realizados por 400 mil alunos de 57 países, os testes do PISA 2006 foram elaborados em Portugal por uma amostra de cinco mil estudantes, de 175 escolas de todo o país."

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

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O sistema educativo português não sofre de "disfunção", mas sim de uma "impotência" radical. E por mais que os elementos do Ministério da Educação queiram, não vão conseguir disfarçar estes resultados "tenebrosos". Até podem "forçar" os docentes a "passar" os alunos de ano de escolaridade, para a retenção ser inferior e as estatísticas nacionais serem "boas". No entanto, quando chegarem estes "testes" internacionais, o panorama será sempre negro... Infelizmente.
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Mais de 300 professores e funcionários agredidos.

No Público de 04/12/2007: "No ano lectivo 2006/2007, mais de 300 professores e funcionários foram agredidos, registando-se menos 36 por cento de ocorrências. A violência é "rara e circunscrita", insiste a ministra da Educação.

Menos 36 por cento de ocorrências participadas pelas escolas. Uma redução do número de docentes agredidos de 390 para 185 face aos últimos dados conhecidos. Tudo isto no espaço de um ano lectivo.

Estas são algumas conclusões do último levantamento sobre a violência e segurança em meio escolar, relativo a 2006/2007, e apresentado ontem pelos ministros da Educação e da Administração Interna. Mas os números são também estes: em média, a cada dia que passa há um professor agredido ou vítima de tentativa de agressão (o ano lectivo tem cerca de 180 dias de aulas).
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Este foi o primeiro ano em que o Governo apresentou os números da violência escolar de forma agregada (com uma nova metodologia, e recolhendo as participações feitas pelas escolas ao Ministério da Educação e às forças de segurança do Programa Escola Segura, evitando assim a duplicação de registo de incidentes). E talvez por isso, as comparações com o passado podem causar alguma estranheza.
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Ficando pelos dados absolutos, constata-se que, no último ano lectivo, 94 por cento das escolas não participaram qualquer ocorrência. E que as muito graves têm uma frequência reduzida. "Estes são dados muito animadores para continuarmos o nosso trabalho. É preciso distinguir entre violência e indisciplina. A primeira, associada a ocorrências graves, tem uma incidência rara e circunscrita. A segunda é mais dispersa mas tem uma gravidade completamente diferente" face à ideia que se possa ter, sustentou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

Questionada sobre as preocupações recentemente manifestadas pelo procurador-geral da República - que acusou a ministra de "minimizar a dimensão da violência nas escolas e revelou que recebia bastantes faxes de professores a relatar agressões -, Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou a realidade demonstrada pelos "factos" ontem apresentados. "Não podemos desvalorizar um caso de violência que aconteça numa escola. Mas não temos nas escolas um clima de violência generalizada."(...)"

Ver Artigo Completo (Público)

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A Ministra, diz que a violência é rara e circunscrita! Claro que sim, senhora ministra. Rara e circunscrita aos funcionários do seu Ministério! E porque será?! Hum...
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