quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Maldito recenseamento...

Na semana passada começámos a ouvir falar no processo de recenseamento docente, assim como na necessidade por parte dos docentes, de confirmar os dados introduzidos pelas escolas / agrupamentos de escolas. Primeiro foi anunciado que a etapa da confirmação por parte dos professores decorreria entre 24 e 26 de fevereiro. Foram vários os colegas que me reportaram não conseguir fazê-lo, tendo em conta que nada aparecia na plataforma SIGRHE relativamente ao recenseamento docente.

Depois, a DGAE lá colocou um aviso na sua página de que o prazo dados às escolas para que introduzissem os dados dos professores foi alargado até hoje (27 de fevereiro), às 18 horas.

Não será difícil concluir que, a não existir um novo alargamento de prazo, a etapa de confirmação dos dados por parte dos professores, só deverá ter início amanhã (28 de fevereiro). E escrevo "deverá", pois não existem certezas. O melhor mesmo será estar atento ao sítio virtual da DGAE (aqui).


As visitas de estudo ao estrangeiro e o Covid-19

O Arlindo divulgou no seu blogue (aqui) uma informação proveniente da DGEstE para as direções dos Agrupamentos de Escolas, e que julgo ser relevante para quem se encontra a planear visitas de estudo ao estrangeiro.

Assim,

"Exmos. Senhores Diretores de Escola/Agrupamento de Escolas 

 Exmos. Senhores Presidentes de CAP 

Face às notícias sobre a propagação do vírus Covid- 19 (coronavirus) e apesar de não haver ainda por parte das autoridades de saúde restrições de deslocação para fora do país, a DGESTE aconselha a ponderação sobre a oportunidade e conveniência de se realizarem visitas de estudo e outras deslocações ao estrangeiro, em particular a países ou a zonas com maior incidência de casos de infeção. 

Os países e locais com maior incidência de casos de infeção, esclarecimentos de dúvidas, recomendações e informações devem ser consultadas na página da DGS que será atualizada sempre que se justifique. 

Com os melhores cumprimentos 
Maria Manuela Pastor Faria 
Diretora-Geral dos Estabelecimentos Escolares"

Escusado será escrever que esta informação deixa muito a desejar, tendo em conta os recentes desenvolvimentos da epidemia de Covid-19 na Europa. Aconselhar ponderação é, para mim, demasiado subjetivo.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Dia de sol...

...com direito a música! 

Esta é para aumentar o volume. ;)

Música dos "Gente de Zona ft. Zion & Lennox" (Tema: Poquito a Poco)

E eis que a proposta de "atalho" regressa à "mesa"


Comentário: Já no ano letivo anterior se falou nesta hipótese de "via rápida" para o ensino superior, mas o Governo lá deixou cair a proposta, adiando-a para depois. Agora voltam à carga, com a possibilidade de acesso ao ensino superior, sem a concretização de exames nacionais, para alunos dos cursos profissionais, cursos artísticos especializados, de aprendizagem, de educação e formação para jovens e da rede de escolas do Turismo de Portugal. 

Os exames nacionais, para estes alunos, deverão assim ser substituídos por “provas específicas, que podem ser teóricas ou práticas” e que serão realizadas pelas instituições de ensino a que se candidatam. Esta situação será "facultativa", cabendo às instituições de ensino superior decidir se querem ou não aderir a este concurso "especial". Mas sabendo nós que muitas instituições de ensino superior se debatem com a falta de alunos, não será muito difícil prever o que vai acontecer.

Se este "atalho" correr bem, podemos ter uma debandada do denominado ensino "regular", pois a maioria dos Encarregados de Educação está mais atenta à (eventual) facilidade de acesso às instituições de ensino superior, do que ao tempo que os seus educandos demoram a concluir os cursos.

Atrevo-me a dizer que este poderá ser um ensaio para aquilo que há muito se fala nos "bastidores", que é eliminar os exames nacionais, substituindo-os por provas "locais" e outros requisitos específicos para cada instituição de ensino superior.

Para desculpabilizar alunos consegue ter tempo...


Comentário: A divulgação de casos de agressão contra professores é algo a que decidi não dedicar o meu tempo, tendo em conta que outros (como o Alexandre do blogue ComRegras) já o fazem de forma dedicada e próxima, mas acima de tudo porque para escrever sobre estas situações acabo por ter de fazer uma reflexão que acrescenta ainda mais desânimo ao meu dia a dia.

Não obstante, não consegui evitar de o fazer nesta situação em particular, tendo em conta que a direção da escola em causa, afirma que não terá existido intencionalidade na agressão. De acordo com a direção, um aluno terá atirado uma chave de cacifo pelo ar, que tinha como destino outro aluno, e não a professora em causa. Pois... Mais uma daquelas situações em que é considerado normal chaves voarem junto a professores!

O "inexistente" (isto é, o atual Ministro da Educação) finalmente apareceu para comentar um caso de agressão a docentes. Qual? Este. E o que disse? O mesmo que a direção da escola. E assim lá temos um reforço da falta de responsabilização para que os alunos não se esqueçam daquilo que podem fazer. E com sorte ainda obrigam a docente a pedir desculpas ao aluno, por ter colocado o seu corpo no percurso da chave...

Sessões de esclarecimento – Progressão na Carreira – Diretores de AE/ENA

No sítio virtual da DGAE (aqui) encontra-se a divulgação de diversas sessões de esclarecimento relativas à progressão na carreira docente, no sentido de responder às "questões mais frequentemente suscitadas pelas escolas, bem como, numa ótica de proximidade, colaborar com as escolas na uniformização e harmonização de procedimentos". Ficamos também a saber que estas sessões se destinam a "diretores dos Agrupamentos de Escolas/Escolas Não Agrupadas, (AE/ENA), bem como a outro elemento do órgão de gestão/serviços administrativos, num total de duas pessoas por AE/ENA".

Não será muito difícil perceber a necessidade destas sessões de esclarecimento, tendo em conta a diversidade de "cálculos" que têm sido implementados nas escolas e agrupamentos de escolas. Espero que daqui também surjam orientações escritas e inequívocas, pois as afirmações em sessões de esclarecimento podem sempre ser suscetíveis de interpretações diversas. Bem sei que existem variáveis que têm de ser tidas em conta, e que resultam das especificidades de cada docente, mas não existirá a esta altura uma forma de "informatizar" o procedimento da progressão, considerando as múltiplas variáveis?!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Eis o enquadramento para a greve em 24 e 26 de fevereiro


Comentário: Começo por agradecer ao Alexandre Fraguito pela chamada de atenção (aqui) para um dos principais motivos para a greve marcada para a interrupção letiva do Carnaval. Em boa verdade, considero relevante este esclarecimento, que também foi divulgado às 12:26h (e como tal, posterior à minha publicação anterior sobre este assunto) de hoje na página da FENPROF.

Aparentemente (e admito não me recordar) esta situação de "abuso" por parte de algumas direções já teria sido acautelada com greve, em interrupções letivas anteriores, mas se o foi, então tudo faz mais sentido.

Está dada a "mão à palmatória"!

Para descontrair...

Música dos "Calema" (Tema: Yellow)

A sério?


Comentário: Quando ouvi este anúncio de greve para 24 e 26 de fevereiro pensei que teria percebido mal as datas... Foi necessário voltar a ouvir para perceber que afinal os meus ouvidos não me enganaram. 

O que escrever sobre isto? 

Que o Governo sabe o que levou os sindicatos "tradicionais" a marcarem uma greve para a interrupção letiva do Carnaval. E sabe exatamente o mesmo que nós, professores. Infelizmente, começa a ser demasiado óbvio que os sinais vitais da capacidade mobilização de professores para as iniciativas sindicais estão quase em linha reta.

Nota final: fui aconselhado a não escrever um post destes, porque estaria a dar "cartas" ao inimigo (o Ministério da Educação). Mas que raios... Alguém acha mesmo que os nossos governantes não sabem o que se passa? Por favor.

E já agora um clister, não?

Quando recebi na semana passada uma mensagem de correio institucional relativa a formações do IAVE destinadas ao processo de classificação de provas externas (aqui), pensei logo que tínhamos ali tudo para ser um fracasso... Mas quem raios vai submeter-se a formação extra, sobrecarregando ainda mais a sua vida, para depois ser alvo de escolha "privilegiada" para correção de provas?! 

Acredito que haja quem se inscreva nestas formações, mas tendo em conta aquilo a que temos sido sujeitos pelo Ministério da Educação, é definitivamente uma atitude que não compreendo, similar àqueles que na sala dos professores (e redes sociais) estão sistematicamente a "malhar" no Governo, mas que posteriormente não agem em conformidade.

Agora e passada uma semana da mensagem inicial, eis que somos presenteados com um reforço de divulgação destas formações, alertando desta vez para o prazo limite de inscrição, que é 16 de fevereiro.

Enfim.

Se estas formações tiverem "casa cheia", é porque temos o Governo que merecemos!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

É o que dá desconhecer a lei ou assumir riscos...


Comentário: Esta é uma situação que já me havia chegado, mas que pelo insólito da situação tive dificuldade em acreditar. E tive dificuldade em acreditar, não porque considerar que a ausência de condições de segurança é defensável ou que numa visita de estudo se deve "ignorar" a legislação, mas porque quem organiza visitas de estudo (nomeadamente no que concerne ao transporte de crianças) deve conhecer os normativos legais que a regem.

Se era expectável esta situação ocorrer? Provavelmente não... Mas era uma possibilidade!

Agora, das duas uma... Ou conhecemos a legislação e tudo tem de estar em conformidade (neste caso, exigir que a empresa transportadora ou o agrupamento assegurassem as "cadeirinhas"), ou então não se organiza nenhuma visita de estudo. Não estamos em época de assumir riscos, acima de tudo porque já somos suficientemente maltratados.

Se quiserem ler a notícia, cliquem na imagem (retirada do grupo "FaceProf") ao lado para ampliar.