No Jornal de Notícias de 25/02/2008: "Os movimentos de professores parece crescerem pelo país como cogumelos e uma associação representativa de todos eles prepara-se para ganhar forma jurídica. O que os move é um sentimento comum a indignação face às actuais políticas educativas. Rejeitam a ideia de distância face à acção sindical e preferem falar antes numa acção de complemento.
"Chega de humilhação, com esta ministra, não". Palavra de ordem na boca, lenço de papel branco na mão, algumas centenas de professores levaram à Avenida dos Aliados, no Porto, a sua indignação face às políticas educativas, num sábado chuvoso, numa manifestação espontânea, convocada via telemóvel. Mais a sul, em Leiria, Aveiro e Caldas da Rainha, mais professores reuniam-se, fora da habitual esfera sindical.
Seja no interior das escolas, seja no universo electrónico, seja por troca de mensagens de telemóvel (sms), os professores portugueses parecem ter encontrado uma nova forma de manifestar a revolta que sentem em relação às políticas educativas.
"São acções de luta que não vão contra os sindicatos. Temos uma posição crítica contra as estruturas sindicais, porque podiam ter ido mais longe e feito melhor, mas a verdade é que estamos aqui para acrescentar algo ao trabalho deles e não dividir". A afirmação é de Mário Machaqueiro, porta-voz da recém criada (mas ainda sem estatuto jurídico) Associação Nacional de Professores em Defesa da Educação.
A referida associação pretende ser - como revelou Mário Machaqueiro - uma espécie de plataforma de todos os movimentos que vão nascendo por todo o país. Na blogosfera nasceu a troca de ideias, e o desabafo contra o mal-estar sentido nas escolas espalhou-se rapidamente.
Por todo o país, foram crescendo movimentos, alguns com designações que deixam bem claro o seu propósito, como o "movimento professores revoltados" ou "professores em luta".
(...)
Por seu turno, Ivo Domingues, sociólogo da Universidade do Minho, vê com bons olhos o surgimento dos movimentos espontâneos de professores. "São o sinal de que a sociedade está viva", afirmou. Fez notar que os referidos movimentos têm uma agenda política "muito difusa e menos controlada institucionalmente". Por isso, no seu entender, "não são bons agentes com quem o Ministério da Educação possa negociar. Contudo, devem ser bem vistos pela tutela, porque são genuínos e um melhor indicador do descontentamento que vai na classe se comparados com as organizações sindicais"."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
"Chega de humilhação, com esta ministra, não". Palavra de ordem na boca, lenço de papel branco na mão, algumas centenas de professores levaram à Avenida dos Aliados, no Porto, a sua indignação face às políticas educativas, num sábado chuvoso, numa manifestação espontânea, convocada via telemóvel. Mais a sul, em Leiria, Aveiro e Caldas da Rainha, mais professores reuniam-se, fora da habitual esfera sindical.
Seja no interior das escolas, seja no universo electrónico, seja por troca de mensagens de telemóvel (sms), os professores portugueses parecem ter encontrado uma nova forma de manifestar a revolta que sentem em relação às políticas educativas.
"São acções de luta que não vão contra os sindicatos. Temos uma posição crítica contra as estruturas sindicais, porque podiam ter ido mais longe e feito melhor, mas a verdade é que estamos aqui para acrescentar algo ao trabalho deles e não dividir". A afirmação é de Mário Machaqueiro, porta-voz da recém criada (mas ainda sem estatuto jurídico) Associação Nacional de Professores em Defesa da Educação.
A referida associação pretende ser - como revelou Mário Machaqueiro - uma espécie de plataforma de todos os movimentos que vão nascendo por todo o país. Na blogosfera nasceu a troca de ideias, e o desabafo contra o mal-estar sentido nas escolas espalhou-se rapidamente.
Por todo o país, foram crescendo movimentos, alguns com designações que deixam bem claro o seu propósito, como o "movimento professores revoltados" ou "professores em luta".
(...)
Por seu turno, Ivo Domingues, sociólogo da Universidade do Minho, vê com bons olhos o surgimento dos movimentos espontâneos de professores. "São o sinal de que a sociedade está viva", afirmou. Fez notar que os referidos movimentos têm uma agenda política "muito difusa e menos controlada institucionalmente". Por isso, no seu entender, "não são bons agentes com quem o Ministério da Educação possa negociar. Contudo, devem ser bem vistos pela tutela, porque são genuínos e um melhor indicador do descontentamento que vai na classe se comparados com as organizações sindicais"."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
------------------------
Nada que nós já não soubessemos... Mais um tipo de iniciativas que começa a ter reflexo na comunicação social! E é claro que o ME deve começar a "olhar" mais atentamente para estas associações, pois começam a ter alguma capacidade de mobilização! E ainda bem...
------------------------
Mesmo assim, muito aguentámos nós. Chega! Todas as medidas tomadas por este ministério tiveram o intuito de humilhar, achincalhar, enxovalhar toda uma classe onde a grande maioria tem formação superior. Como é possível que tudo isto tenha acontecido no século XXI, perante a conivência de uma série de gente que toma a árvore pela floresta? Eu senti na pele a humilhação do concurso para professor titular. E posso garantir-vos, nunca mais fui a mesma!Vi serem cometidas ilegalidades que bradam aos céus. A senhora ministra deu-se ao luxo de não ouvir, ou acatar as recomendações do senhor provedor. O senhor presidente faz-se de cego,surdo e mudo. E tudo tem acontecido neste reinado. Pode ser que não por muito mais tempo.
ResponderEliminarInfelizmente temos demasiados governantes "cegos" e "surdos". O estado em que está a Educação em Portugal só é possível, pois aqueles que têm o poder estão coniventes uns com os outros. Utilizando um "chavão": Eles governam-se, não nos governam...
ResponderEliminarEspero sinceramente que todas estas iniciativas causem alguma mudança... Positiva, é claro.
De atropelos e tropelias estamos nós imensamente fartos. Tanto, que nem sei como conseguimos continuar a ser os excelentes profissionais que somos.