No sítio do PortugalDiário a 26/02/2008: "Esteve sob fogo de dezenas de professores que criticaram as opções do Ministério da Educação sobre a avaliação e desempenho profissional e o modelo de gestão das escolas. No programa Prós e Contras da RTP, Maria de Lurdes Rodrigues não desarmou perante a pressão e afirmou que não pensa demitir-se.
Questionada sobre se há um limite para aguentar o descontentamento dos professores, quando as estruturas sindicais pedem a sua demissão, a ministra admite que «há risco em tomar decisões: se não fizesse nada nenhum docente estaria descontente».
«Mas o importante é estar de bem com as nossas convicções. E a minha convicção é a de que estou a fazer o melhor para o país e para os alunos», frisou, respondendo ainda que o seu principal trabalho não é «contrariar as imagens» que lhe têm «colado», disse. Sobre o limite para aguentar o descontentamento sem apresentar a demissão, Lurdes Rodrigues admitiu que talvez exista «um limite», mas garantiu que não o conhece.
Quando, ao longo do debate, as críticas eram dirigidas a Lurdes Rodrigues, a ministra avisava que preferia debater políticas e não pessoas. Uma das professoras presentes no debate, Fernanda Velez, disse mesmo que «qualquer um serve para ser ministra da Educação», sublinhando que «não há coragem para pôr um professor à frente do ministério. Parecem que fazem questão de pôr alguém que nunca deu aulas nem conhece a realidade das escolas».
Para a ministra o argumento não tem cabimento. «O seu raciocínio é: "Se é loira não pode ser ministra da Educação"», ironizou.
Na réplica, Fernanda Velez perguntou se a ministra queria maior prova de descontentamento do que a união dos professores contra o ministério, sublinhando que «quem legisla em catadupa não conhece a realidade das escolas» e que «não há melhoria nos resultados: isso é uma falácia».
Lurdes Rodrigues interveio para defender «a honra dos professores» que trabalham nas escolas e que não permitem o facilitismo, nem nos cursos de formação nem no programa Novas Oportunidades, recordando, por mais do que uma vez, o argumento das aulas de substituição «tão criticadas e ridicularizadas no início e das quais já ninguém fala, porque entraram na normalidade».
(...)
Respondendo a críticas de professores e sindicatos, Lurdes Rodrigues fez questão de sublinhar que o ministério quer «trabalhar», «criar um clima de confiança» e dar «maior autonomia às escolas». E «não há ninguém que esteja de má fé», garantiu.
Para a ministra, o Governo quer reforçar a autonomia das escolas, sem as privatizar, garantindo que «as autarquias valorizam o trabalho do ministério» neste âmbito.
«O diploma permite criar âncoras, mas dá total liberdade para que as escolas se organizem», disse ainda, admitindo «que a mudança contém riscos» para os quais não tem «resposta».
A ministra rejeitou a ideia de que as reformas estão a ser feitas «contra» os professores, admitindo que «não há modelos perfeitos», no que respeita à avaliação, mas pede «um esforço» para colocar o modelo em prática.
Ainda sobre a avaliação, a ministra mostrou-se muito «espantada» quando os docentes afirmaram não quererem ser avaliados pelos seus pares. «Pensei que os professores gostassem de ser avaliados pelos seus."
Ver Artigo Completo (PortugalDiário)
Questionada sobre se há um limite para aguentar o descontentamento dos professores, quando as estruturas sindicais pedem a sua demissão, a ministra admite que «há risco em tomar decisões: se não fizesse nada nenhum docente estaria descontente».
«Mas o importante é estar de bem com as nossas convicções. E a minha convicção é a de que estou a fazer o melhor para o país e para os alunos», frisou, respondendo ainda que o seu principal trabalho não é «contrariar as imagens» que lhe têm «colado», disse. Sobre o limite para aguentar o descontentamento sem apresentar a demissão, Lurdes Rodrigues admitiu que talvez exista «um limite», mas garantiu que não o conhece.
Quando, ao longo do debate, as críticas eram dirigidas a Lurdes Rodrigues, a ministra avisava que preferia debater políticas e não pessoas. Uma das professoras presentes no debate, Fernanda Velez, disse mesmo que «qualquer um serve para ser ministra da Educação», sublinhando que «não há coragem para pôr um professor à frente do ministério. Parecem que fazem questão de pôr alguém que nunca deu aulas nem conhece a realidade das escolas».
Para a ministra o argumento não tem cabimento. «O seu raciocínio é: "Se é loira não pode ser ministra da Educação"», ironizou.
Na réplica, Fernanda Velez perguntou se a ministra queria maior prova de descontentamento do que a união dos professores contra o ministério, sublinhando que «quem legisla em catadupa não conhece a realidade das escolas» e que «não há melhoria nos resultados: isso é uma falácia».
Lurdes Rodrigues interveio para defender «a honra dos professores» que trabalham nas escolas e que não permitem o facilitismo, nem nos cursos de formação nem no programa Novas Oportunidades, recordando, por mais do que uma vez, o argumento das aulas de substituição «tão criticadas e ridicularizadas no início e das quais já ninguém fala, porque entraram na normalidade».
(...)
Respondendo a críticas de professores e sindicatos, Lurdes Rodrigues fez questão de sublinhar que o ministério quer «trabalhar», «criar um clima de confiança» e dar «maior autonomia às escolas». E «não há ninguém que esteja de má fé», garantiu.
Para a ministra, o Governo quer reforçar a autonomia das escolas, sem as privatizar, garantindo que «as autarquias valorizam o trabalho do ministério» neste âmbito.
«O diploma permite criar âncoras, mas dá total liberdade para que as escolas se organizem», disse ainda, admitindo «que a mudança contém riscos» para os quais não tem «resposta».
A ministra rejeitou a ideia de que as reformas estão a ser feitas «contra» os professores, admitindo que «não há modelos perfeitos», no que respeita à avaliação, mas pede «um esforço» para colocar o modelo em prática.
Ainda sobre a avaliação, a ministra mostrou-se muito «espantada» quando os docentes afirmaram não quererem ser avaliados pelos seus pares. «Pensei que os professores gostassem de ser avaliados pelos seus."
Ver Artigo Completo (PortugalDiário)
Sem comentários:
Enviar um comentário