No Correio da Manhã a 24/11/2008: "As duas grandes federações sindicais de professores, Fenprof e FNE, rejeitam qualquer hipótese de ser estabelecido um novo memorando de entendimento com o Governo para a avaliação de desempenho dos docentes neste ano lectivo.
Durante o dia de ontem, entre os movimentos independentes e os diversos blogues de docentes, foi lançado o alerta: estaria na forja um novo acordo, depois das alterações propostas pelo Executivo a semana passada e de Mário Nogueira ter anunciado que iria propor à ministra uma solução de avaliação transitória para este ano lectivo.
Mas o líder da Fenprof coloca de parte um acordo e reitera que a suspensão do actual modelo é um pressuposto de base. "Não está a ser forjado nenhum memorando de entendimento. Não há espaço para soluções intermédias, a única saída é a suspensão do actual modelo", garantiu.
Os sindicatos, que se reúnem sexta-feira com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, vão levar propostas. "Vamos propor a suspensão e uma solução transitória para este ano lectivo que seja simples, sem inúmeras reuniões e burocracia, que beba na experiência dos procedimentos de avaliação que já existiram", explicou o responsável da Fenprof. Para Mário Nogueira, o modelo só se aplicaria aos professores para os quais a avaliação deste ano fosse imprescindível, nomeadamente os que estão em vias de subir de escalão.
João Dias da Silva, da FNE, está em sintonia com Nogueira. "O memorando de Abril foi estabelecido sobre uma simplificação do modelo do Ministério e esta solução é diferente pois pressupõe a suspensão do actual modelo. Como não queremos que se caia no vazio vamos propor uma solução de emergência para resolver o problema deste ano lectivo". Os dois dirigentes insistem que o litígio com o Governo só cessará com a revogação do Estatuto da Carreira Docente e o fim das quotas para obtenção das notas máximas.
MINISTRA RECUSA 'PRÓS E CONTRAS'
A ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues recusou participar no programa ‘Prós e Contras’ desta noite, na RTP 1. Em representação do Governo estará presente o secretário de Estado e da Educação Jorge Pedreira, revelou ao CM a jornalista Fátima Campos Ferreira, frisando que "a ministra foi convidada mas recusou". Pedreira deverá ter ao seu lado Júlio Pedrosa, presidente do Conselho Nacional de Educação.
No outro painel, estarão Mário Nogueira, líder da Fenprof e porta-voz da plataforma sindical de professores, e Rosário Gama, presidente do Conselho Executivo da escola Infanta Dona Maria, em Coimbra, a melhor escola pública dos rankings. Dos movimentos independentes, comparecem Mário Machaqueiro (APEDE) e Ilídio Trindade (MUP) bem como outros docentes.
(...)
As garantias dos sindicatos não tranquilizam os movimentos independentes. "É preocupante que os sindicatos não divulguem o que vão levar ao ME, que seja cozinhado nos bastidores, tal como o memorando, e que desmobilize a resistência", disse Mário Machaqueiro, da APEDE.
(...)
Os sindicatos vão ser recebidos sexta-feira em separado pela ministra. "Queríamos ir enquanto Plataforma mas a ministra quis assim", disse Mário Nogueira."
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
Durante o dia de ontem, entre os movimentos independentes e os diversos blogues de docentes, foi lançado o alerta: estaria na forja um novo acordo, depois das alterações propostas pelo Executivo a semana passada e de Mário Nogueira ter anunciado que iria propor à ministra uma solução de avaliação transitória para este ano lectivo.
Mas o líder da Fenprof coloca de parte um acordo e reitera que a suspensão do actual modelo é um pressuposto de base. "Não está a ser forjado nenhum memorando de entendimento. Não há espaço para soluções intermédias, a única saída é a suspensão do actual modelo", garantiu.
Os sindicatos, que se reúnem sexta-feira com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, vão levar propostas. "Vamos propor a suspensão e uma solução transitória para este ano lectivo que seja simples, sem inúmeras reuniões e burocracia, que beba na experiência dos procedimentos de avaliação que já existiram", explicou o responsável da Fenprof. Para Mário Nogueira, o modelo só se aplicaria aos professores para os quais a avaliação deste ano fosse imprescindível, nomeadamente os que estão em vias de subir de escalão.
João Dias da Silva, da FNE, está em sintonia com Nogueira. "O memorando de Abril foi estabelecido sobre uma simplificação do modelo do Ministério e esta solução é diferente pois pressupõe a suspensão do actual modelo. Como não queremos que se caia no vazio vamos propor uma solução de emergência para resolver o problema deste ano lectivo". Os dois dirigentes insistem que o litígio com o Governo só cessará com a revogação do Estatuto da Carreira Docente e o fim das quotas para obtenção das notas máximas.
MINISTRA RECUSA 'PRÓS E CONTRAS'
A ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues recusou participar no programa ‘Prós e Contras’ desta noite, na RTP 1. Em representação do Governo estará presente o secretário de Estado e da Educação Jorge Pedreira, revelou ao CM a jornalista Fátima Campos Ferreira, frisando que "a ministra foi convidada mas recusou". Pedreira deverá ter ao seu lado Júlio Pedrosa, presidente do Conselho Nacional de Educação.
No outro painel, estarão Mário Nogueira, líder da Fenprof e porta-voz da plataforma sindical de professores, e Rosário Gama, presidente do Conselho Executivo da escola Infanta Dona Maria, em Coimbra, a melhor escola pública dos rankings. Dos movimentos independentes, comparecem Mário Machaqueiro (APEDE) e Ilídio Trindade (MUP) bem como outros docentes.
(...)
As garantias dos sindicatos não tranquilizam os movimentos independentes. "É preocupante que os sindicatos não divulguem o que vão levar ao ME, que seja cozinhado nos bastidores, tal como o memorando, e que desmobilize a resistência", disse Mário Machaqueiro, da APEDE.
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Os sindicatos vão ser recebidos sexta-feira em separado pela ministra. "Queríamos ir enquanto Plataforma mas a ministra quis assim", disse Mário Nogueira."
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Comentário: Considero positivo que se dê "voz" aos movimentos independentes. O que já não considero positivo é existir um modelo alternativo "cozinhado" pelos sindicatos e os professores não terem conhecimento do mesmo. Apenas ouvi alguns rumores sobre este modelo de avaliação sindical, algo que se assemelha estranhamente com o modelo "simplex" da Ministra da Educação. Concretizem... Expliquem... Como é que querem apoio e adesão às iniciativas se os professores são deixados de parte da negociação?!
Os sindicatos colocam de lado um novo memorando, pelo menos pressuposto no actual modelo de avaliação. Veremos... Mário Nogueira esquece-se que não manda nos professores e nos restantes sindicatos. Se as alterações forem concretizáveis, justas e fundamentadas, porquê não? Escrevo "forem" porque ainda não conheço o modelo "simplex" propriamente dito. Mas atenção, concordo com um novo memorando de entendimento, desde que este modelo "simplex" seja acompanhado do compromisso de um novo modelo de avaliação do desempenho no próximo ano lectivo. Apenas assim... Caso contrário, estariamos a deitar ao "lixo" toda a nossa luta. Ou seja, admitiriamos o modelo "simplex" até ao final deste ano lectivo, durante o qual os sindicatos poderiam apresentar as suas propostas e voltar a negociar. Seria bem mais fácil adoptar esta estratégia. Salvaria a "face" de todos os intervenientes... E provavelmente com mais um pouco de pressão dos professores (por exemplo, com recurso às greves), conseguiríamos que a Ministra o assinasse. Temo que a intransigência possa aumentar o sentimento, na opinião pública, de que os professores não querem mesmo é ser avaliados. Se bem que esta não é a minha principal preocupação...
Os sindicatos colocam de lado um novo memorando, pelo menos pressuposto no actual modelo de avaliação. Veremos... Mário Nogueira esquece-se que não manda nos professores e nos restantes sindicatos. Se as alterações forem concretizáveis, justas e fundamentadas, porquê não? Escrevo "forem" porque ainda não conheço o modelo "simplex" propriamente dito. Mas atenção, concordo com um novo memorando de entendimento, desde que este modelo "simplex" seja acompanhado do compromisso de um novo modelo de avaliação do desempenho no próximo ano lectivo. Apenas assim... Caso contrário, estariamos a deitar ao "lixo" toda a nossa luta. Ou seja, admitiriamos o modelo "simplex" até ao final deste ano lectivo, durante o qual os sindicatos poderiam apresentar as suas propostas e voltar a negociar. Seria bem mais fácil adoptar esta estratégia. Salvaria a "face" de todos os intervenientes... E provavelmente com mais um pouco de pressão dos professores (por exemplo, com recurso às greves), conseguiríamos que a Ministra o assinasse. Temo que a intransigência possa aumentar o sentimento, na opinião pública, de que os professores não querem mesmo é ser avaliados. Se bem que esta não é a minha principal preocupação...
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Cuidado com memorandos e acordos de gabinete. Gato escaldado da água fria tem medo...e há gente que já deu sobejas provas de não ser de confiança...
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