...com os votos que o ano novo seja melhor em tudo!
sábado, 31 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Um excelente Natal para todos...
Ao elaborar a imagem de Natal deste ano para o blogue, estive a ver as versões de anos anteriores (até para não me repetir) e só agora me apercebi que este é o décimo Natal que o "Professores Lusos" celebra... Os anos passam num instante. :)
Adiante.
Mais uma vez ficam os desejos de um excelente Natal, na presença daqueles que nos querem e que nos são queridos, dos que nos fazem felizes e que nós queremos fazer sorrir, e que no fundamental, representam o espírito natalício.
Tema(s):
Pessoal
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Mas é óbvio que vai recuar...
Comentário: Não acredito que os 20 anos sejam para manter e também não creio que reduzam para 10 anos... Mas também poderiam apontar outro número qualquer, que eu continuaria sem compreender qual a lógica ou motivo (que não o financeiro) da escolha de um determinado número mínimo de anos de serviço. Quais os fundamentos? Qualidade pedagógica? Experiência? Capacidade para ser insultado na mesma escola durante vários anos?
É por estas e por outras...
Comentário: Este é um daqueles temas que não fosse a atenção de alguns teria outro tipo de "tratamento"... Traduzindo: aos sindicatos e em determinadas declarações, o discurso do Ministério da Educação é um, no entanto, quando perante contestação dão o dito pelo não dito, alegando ruído na comunicação. É importantes que os erros do passado (com equiparações em termos de prioridade entre docentes colocados por graduação e - alguns - docentes colocados por "amizade"), sejam retificados...
Tema(s):
Concursos,
Ministério da Educação,
Nacional
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
O Captain! My Captain!
Foi da minha direção de turma há uns oito anos. Encontrei-o na rua quando voltava da escola. Já não o via há tanto tempo! “Professora!!!”, e abraçou-me com um sorriso enorme, como nunca tinha visto nele. E falámos sobre tudo e nada: onde é que eu estava, o que ele fazia agora, como ele andava… E, na despedida, agradeceu-me "por tudo", porque tinha sido comigo que tinha aprendido "a nunca desistir", porque eu era "das melhores pessoas" que ele conhecia. O Inglês era "aquela base", como eu já devia “calcular”, mas tinha aprendido comigo "a gostar" dele próprio, "a acreditar, a não baixar os braços, a lutar sempre". E quando tinha "um desafio novo", pensava em mim. E acrescentou que nunca me irá esquecer... E eu fiquei sem jeito: um misto de orgulho, desconforto e vergonha: tinha ensinado o que eu, muitas vezes, não sei... O Inglês é "aquela base", mas o resto, estou longe de o ter como seguro. Quantas vezes eu não deixei de "lutar", de "acreditar"... E lembrei-me daquela frase – julgo que do George Bernard Shaw, mas confesso que nunca me preocupei em confirmar –: “Quem sabe faz, quem não sabe ensina.”… Sempre achei esta teoria barata, mas fez-me todo o sentido ali… E, se assim for, deixem-me que vos diga: Somos ainda maiores, ainda mais poderosos – nós, professores – do que aquilo que eu pensava quando escolhi esta profissão...
Bom Natal a todos e bem hajam!
Tema(s):
Pequenas coisas...
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Uma análise ligeira à segunda proposta ministerial para os concursos de professsores
O aparecimento de propostas nesta altura tão complicada não será inocente, pois o Ministério da Educação sabe que os professores andam preocupados com as reuniões de avaliação e acabam por dispersar a sua atenção para outras temáticas que não a dos concursos. No entanto, ficam algumas novidades desta segunda proposta, tendo como referência o normativo legal atualmente em vigor:
a) Artigo 6.º, ponto 3: a manutenção da colocação de docentes de carreira mantém-se até ao primeiro concurso interno que vier a ter lugar, desde que no agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde o docente tenha sido colocado até ao final do primeiro período em horário anual completo ou incompleto, subsista componente letiva com a duração mínima de oito horas (atualmente: seis horas);
b) Artigo 6.º, ponto 7: passa a existir a indicação clara de um calendário das várias etapas concursais, constante no aviso de abertura (atualmente: não existe qualquer referência a um calendário);
c) Artigo 9.º, ponto 2: desaparecem os limites de códigos de agrupamentos de escolas ou escolas não
agrupadas (atualmente no mínimo 25 e no máximo de 100) e códigos de concelhos (atualmente no mínimo 10 e no máximo
de 50);
d) Artigo 9.º, ponto 9: Para os colegas candidatos à contratação, cada uma das preferências manifestadas, os candidatos são obrigados a respeitar a sequencialidade dos intervalos de horários, do completo para o incompleto, do anual para o temporário (atualmente: a referência à obrigatoriedade de anual para temporário não existe);
e) Artigo 10.º, ponto 3: primeira prioridade no concurso externo passa a considerar os docentes que se encontram no último ano do limite do contrato ou na 3.ª renovação (atualmente: 4.ª renovação); e a segunda prioridade, indivíduos qualificados profissionalmente para o grupo de recrutamento a que se candidatam, que tenham prestado funções docentes em pelo menos 365 dias nos últimos três anos escolares (atualmente: seis anos escolares).
f) É feita distinção em termos de prioridades nos diversos concursos entre professores de Quadro de Escola não agrupada / Quadro de Agrupamento e os professores dos Quadros de Zona Pedagógica.
Julgo que amanhã deverão surgir análises mais detalhadas, mas isto foi o que consegui arranjar entre reuniões de avaliação e produção de documentos para as mesmas.
d) Artigo 9.º, ponto 9: Para os colegas candidatos à contratação, cada uma das preferências manifestadas, os candidatos são obrigados a respeitar a sequencialidade dos intervalos de horários, do completo para o incompleto, do anual para o temporário (atualmente: a referência à obrigatoriedade de anual para temporário não existe);
e) Artigo 10.º, ponto 3: primeira prioridade no concurso externo passa a considerar os docentes que se encontram no último ano do limite do contrato ou na 3.ª renovação (atualmente: 4.ª renovação); e a segunda prioridade, indivíduos qualificados profissionalmente para o grupo de recrutamento a que se candidatam, que tenham prestado funções docentes em pelo menos 365 dias nos últimos três anos escolares (atualmente: seis anos escolares).
f) É feita distinção em termos de prioridades nos diversos concursos entre professores de Quadro de Escola não agrupada / Quadro de Agrupamento e os professores dos Quadros de Zona Pedagógica.
Julgo que amanhã deverão surgir análises mais detalhadas, mas isto foi o que consegui arranjar entre reuniões de avaliação e produção de documentos para as mesmas.
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Professores,
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A não esquecer...
Existe muito boa gente que gosta de comparar versões de propostas ministeriais, para concluir sobre o que se ganhou ou o que se perdeu... No entanto, aconselho a que o façam tendo como referência o normativo legal atualmente em vigor, caso contrário, não terão uma perceção correta do que este Ministério da Educação quer efetivamente implementar.
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A segunda proposta do diploma dos concursos (ME)
Está disponível em vários sítios virtuais de sindicatos a segunda (bem... pelas minhas contas, parece-me que será a terceira) proposta relativa ao diploma que regulamenta os concursos de professores. Se quiserem fazer o download da mesma, cliquem na imagem abaixo.
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Apreciação Global Automática
Ontem em navegação pela minha página pessoal de Facebook deparei-me com uma partilha de um colega que creio ser de grande importância, para quem anda completamente assoberbado de burocracia. No essencial, esta ferramenta feita pelo Vasco Monteiro (ao qual agradeço a permissão para partilhar) é um excelente ponto de partida para as apreciações dos alunos, permitindo uma poupança de tempo esmagadora.
Se quiserem utilizar este recurso, cliquem na imagem abaixo.
Só para verem um exemplo, deixo-vos com uma imagem que permitem inferir a qualidade desta ferramenta digital.
Depois é só clicarem em "Selecionar e Copiar", e inserirem num documento da escola... Estamos perante um excelente ponto de partida, que tendo em vista a hiperburocracia que nos domina, não deve ser ignorado.
Espero que ainda vos seja útil para estas reuniões...
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Nisto estamos em pleno acordo
Comentário: A afirmação é de António Costa e não podia estar mais de acordo... Estamos a falar de realidades completamente diferentes, em que existe (à partida) um crivo de alunos (e dos seus encarregados de educação), uma mensalidade que paga muita coisa (e onde os valores monetários determinam "mínimos" de classificação), onde temos disciplinas (as que não estão sujeitas a exame) com notas mínimas e as que têm exame com "reforço" horário. Na realidade, comparar isto seria muito estúpido... Mas é feito e anualmente publicitado.
Mais uma vez, não faço qualquer divulgação de rankings, pois há algum tempo que deixei de acreditar na "boa vontade" da sua elaboração e divulgação.
Mais uma vez, não faço qualquer divulgação de rankings, pois há algum tempo que deixei de acreditar na "boa vontade" da sua elaboração e divulgação.
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Não se pode acertar em tudo...
Comentário: No que concerne à colocação de professores tivemos um início de ano letivo mais pacífico (se bem que muito dessa paz, foi resultado de um Mário Nogueira estranhamente menos interventivo), com o "enterro" (espero que definitivo) de uma Bolsa de Contratação de Escola (BCE) injusta. Obviamente que os efeitos dos anos de BCE irão perdurar, mas mais vale tarde que nunca...
Ah... E já que estamos em fase de negociações relativas aos diplomas dos concursos e da vinculação de professores contratados, fica a chamada de atenção: não confundir "mais vale tarde que nunca" com "é melhor poucos que nenhuns".
Ah... E já que estamos em fase de negociações relativas aos diplomas dos concursos e da vinculação de professores contratados, fica a chamada de atenção: não confundir "mais vale tarde que nunca" com "é melhor poucos que nenhuns".
Como?!
Comentário: Tenho sensivelmente a mesma idade que o nosso atual Ministro da Educação, e posso afirmar sem qualquer sombra de dúvida que a afirmação de que "nunca houve tantos funcionários não docentes nas escolas", não é verdadeira.
Podem afirmar que se tomarmos como referência os últimos dois ou três anos, realmente parece (não passa disso, porque tenho amigos em várias escolas por esse país fora e não conheço um único que me diga que não há uma grande falta de pessoal não docente no agrupamento onde lecionam) que estamos um pouco melhor, mas em boa verdade continuamos muito mal... Estes últimos anos têm sido péssimos em cortes nos assistentes operacionais ou em camuflagem utilizando pessoas dos Centros de Emprego. Dizer que "nunca houve tantos" não é um exagero, é uma "brutalidade"!
Podem afirmar que se tomarmos como referência os últimos dois ou três anos, realmente parece (não passa disso, porque tenho amigos em várias escolas por esse país fora e não conheço um único que me diga que não há uma grande falta de pessoal não docente no agrupamento onde lecionam) que estamos um pouco melhor, mas em boa verdade continuamos muito mal... Estes últimos anos têm sido péssimos em cortes nos assistentes operacionais ou em camuflagem utilizando pessoas dos Centros de Emprego. Dizer que "nunca houve tantos" não é um exagero, é uma "brutalidade"!
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Ministro
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Love will tear us apart...
Aluno de CEF, do alto dos seus 17 anos e do seu metro e oitenta: Ó professora, não me sente mais ao lado dela! Não consigo fazer nada!
Eu: É das miúdas mais atinadinhas da turma e não consegues fazer nada? Ela até te pode ajudar!
Aluno: Não, professora! Não consigo!
Eu: Não gostas dela?
Aluno: Gosto… Gosto, sim…
Eu: Então?
Aluno: Gosto… Ó professora, fico todo atrapalhado! Não consigo pensar! Fico todo a tremer! Não consigo escrever! Até os meus cabelos ficam a tremer! E fico com a barriga toda a doer! Respiro muito! Ela ainda pensa que eu sou um anormal! Professora, por favor, não me ponha mais ao lado dela!
(SILÊNCIO)
Aluno: Professora?
Eu: Está bem… No próximo período, ficas aqui à frente…
Aluno: Obrigado, professora… Desculpe lá…
E não me saía da sala. Talvez quisesse ouvir palavras de incentivo. Ficou a olhar pra mim, como que à espera de algo mais… Podia ter brincado, mas não estava praí virada… Ainda estive a pensar um pouco, enquanto ele me fitava com aqueles olhos grandes… E saiu-me: “Apagas-me o quadro, se faz favor?”
Fez isso lentamente. E eu, lentamente, também, arrumei as minhas coisas: "O quadro já está mais do que limpo. Obrigada. Podes ir."… Pousou o apagador... Encostou-se ao quadro…
Eu: Diz…
Ele: “Isto” passa com a idade, não passa, professora?
Eu (Após um longo silêncio que se seguiu de um suspiro e de um sorriso): Não, meu anjo, tenho muita pena, mas "isto" não passa com a idade…
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A tentar dar aulas...
Gosto...
...imenso da letra desta música.
Embora amanhã termine o primeiro período letivo, avizinha-se uma semana complicada, repleta de muita burocracia e de algumas chatices (e não... não me refiro nem a encarregados de educação, nem a alunos).
Embora amanhã termine o primeiro período letivo, avizinha-se uma semana complicada, repleta de muita burocracia e de algumas chatices (e não... não me refiro nem a encarregados de educação, nem a alunos).
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Vídeos
Confirma-se...
Comentário: Quanto ontem coloquei uma notícia (aqui) que dava conta que a única alteração entre a primeira proposta e a segunda proposta ministerial para os concursos de professores, seria o "regresso ao passado" no sentido de não discriminar os professores das ilhas, ainda me mostrei um pouco cético... No entanto, depois de ler o artigo acima confirma-se mesmo que a única alteração (ou pelo menos, aquela que os sindicatos estão a anunciar como única), é a do deixar cair a discriminação para com os nossos colegas das ilhas.
Estou a ver que vão deixar as propostas sérias para a altura do Natal (não que já não estivesse à espera disso), que é quando os professores estão com as suas famílias, e como tal, mais distraídos.
Estou a ver que vão deixar as propostas sérias para a altura do Natal (não que já não estivesse à espera disso), que é quando os professores estão com as suas famílias, e como tal, mais distraídos.
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Acompanhamento a alunos com diabetes Tipo 1
A Direção-Geral da Saúde anuncia que está em marcha um plano
de saúde individual e de formação para garantir o apoio a alunos que padecem deste problema.
Como em anos recentes, infelizmente, tenho convivido com pais de crianças diabéticas, sei bem da angústia que os assola em permanência.
Para ler a notícia carregue na imagem.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
O retrato dos alunos portugueses
Embora eu não atribua grande valor a este tipo de estudos, sei bem que há quem olhe para isto como sendo relevante... Deste modo, fica uma cópia do jornal SOL de 10 de dezembro de 2016.
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A queda de uma rainha...
É a história de uma bebé que se recusa a beber o seu leite e vai perdendo peso. A mãe está aflita com isso e o pai também, é claro. Tentaram esse filho durante 9 anos e agora que nasceu, as coisas não estão a correr nada bem. O pai é um apicultor, completamente doido por abelhas, nunca foi picado e elas andavam sempre atrás dele, em pequenino, e era tudo maravilhoso. A mãe, a dada altura, chora muito e o pai vai ler os seus artigos sobre abelhas. Há um que diz que a geleia real, em 5 dias, faz aumentar 1500 vezes o peso da larva da rainha. O pai faz as contas e chega à conclusão de que se fosse um bebé de 3 quilos e meio, em 5 dias, ficaria a pesar 5 toneladas. Então decide colocar geleia real no leite da bebé. E aí, é tudo maravilhoso, ela alimenta-se lindamente e passa a ter sempre fome e aumenta realmente de peso… A mãe, chata, começa a achar que é tudo muito estranho e o marido confessa o que fez. Ela fica com medo porque não sabe se a coisa da geleia real é mesmo boa e proíbe-o de voltar a fazer isso. Ele tenta convencê-la de que não há mal nenhum, confessando que, há uns meses, tinha lido um artigo sobre um rato estéril que passou a procriar muito depois de tomar geleia real e então ele também começou a tomar e foi assim que ela engravidou. Ao ouvir isto, a senhora observa-o bem e vê que ele está fisicamente semelhante a uma abelha. E olha também para a filha que parece, passo a citar “a gigantic grub that was approaching the end of its larval life and would soon emerge into the world complete with mandibles and wings”… E acaba assim…
Foi esta a leitura extensiva que tive de ler com o meu 10.º profissional e o meu 10.º vocacional… Ia buscar “A Metamorfose” e tinha tido bem menos trabalho… Falando em vocação, não tenho nenhuma para as abelhas. E pensei: “Bem, eles (os alunos) vão fazer-me montes de perguntas sobre isto da apicultura. Deixa-me investigar!” E assim fiz… Colmeias, operárias, zangões, rainha, mel, geleia, própolis, pólen, etc… Horas nisto... O Vocacional não quis saber de nada. Só queria despachar a leitura e nunca tinha perguntas. Já os alunos do profissional fizeram todas as perguntas possíveis e imaginárias sobre esse mundo das abelhas… E eu, com calma, lá ia respondendo, orgulhosa de mim própria. Cheguei a ouvir um aluno a comentar com o seu colega: “Já viste a quantidade de coisas que a professora sabe!”… “Ya!”, respondeu o outro… E já me estava a imaginar a lecionar em Harvard: “Bees are our Friends” seria o nome da minha cadeira e eu seria alcunhada de “Queen Delilah”…
Até que uma aluna pergunta “Professora, o que quer dizer ‘after the first feeding’?”, e eu respondo “Então, ‘depois da primeira mamada’”… Explosão de risos na turma… Percebo de imediato o que está a passar pela cabeça dos miúdos, tento manter a minha cor. Acabo por conseguir acalmá-los… E não consigo deixar de pensar “Uma carreira de sucesso perdida assim, num segundo, com um passo em falso… Que desperdício!”
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A tentar dar aulas...
Seria inevitável...
Comentário: De acordo com a breve análise que fiz (aqui e acolá) à primeira proposta de alteração ao diploma dos concursos de professores, os professores das ilhas seriam alvo de discriminação nos concursos do continente... Agora, parece que esta proposta vai ser abandonada, mas nunca acreditei muito que a mesma pudesse ser mantida até porque estaríamos perante uma inconstitucionalidade...
Podem anunciar vitória, mas esta era uma daquelas medidas que cairia por si própria. Temos outras, essas sim, a merecer séria discussão. Por aquilo que se pode depreender da notícia, parece que esta terá sido a única alteração, mas como o documento ainda não "vazou" poderá ser precipitado explorar mais este tema. Amanhã teremos negociação do Ministério da Educação com a FENPROF, e na sexta-feira com a FNE, pelo que será expectável que até ao final desta semana, tenhamos acesso à nova proposta.
Podem anunciar vitória, mas esta era uma daquelas medidas que cairia por si própria. Temos outras, essas sim, a merecer séria discussão. Por aquilo que se pode depreender da notícia, parece que esta terá sido a única alteração, mas como o documento ainda não "vazou" poderá ser precipitado explorar mais este tema. Amanhã teremos negociação do Ministério da Educação com a FENPROF, e na sexta-feira com a FNE, pelo que será expectável que até ao final desta semana, tenhamos acesso à nova proposta.
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Será mais um ato falhado...
Comentário: Até agora nunca se conseguiu implementar efetivamente a Educação Sexual nas escolas, sendo reduzida a simulacros de articulação entre algumas disciplinas... Logo... Se nem com temas menos polémicos se consegue fazer o que há muito já deveria estar a ser feito, não vai ser com a discussão do tema aborto já a partir do 5.º ano que isto começará a correr melhor.
Não sei muito bem porquê, mas às vezes quando ouço nestas "vontades" (mesmo que atualmente denominadas de Educação para a Saúde) e da forma como pretendem ser concretizadas, pergunto-me se já não fazem isto mal para não ir a lado nenhum.
Não sei muito bem porquê, mas às vezes quando ouço nestas "vontades" (mesmo que atualmente denominadas de Educação para a Saúde) e da forma como pretendem ser concretizadas, pergunto-me se já não fazem isto mal para não ir a lado nenhum.
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Politiquices
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Um número é um bicho de sete cabeças...
Turma de 5.º ano. Dia de Teste:
- Meninos, a primeira parte do teste é um «listening», um exercício de compreensão oral. Vão ouvir um texto e vão preencher os espaços do exercício com as palavras que faltam. Está bem?
- Sim!
- Se, por acaso, ouvirem um número, não façam como no último teste: não escrevam por extenso! Com este exercício, estou apenas a avaliar a vossa capacidade de compreensão. Quero apenas algarismos!
- Hã?!?!
- Quero algarismos. Não quero por extenso. Quero números escritos em algarismos… Como vocês fazem em matemática…
- É pra escrevermos a lápis?!
- Não, é pra escreverem a caneta, mas em algarismos… (Passo a dar um exemplo no quadro) Vamos imaginar que vocês ouvem «twelve», terão de escrever «12» e não «twelve»… Percebido? Este «1» e este «2» são algarismos, está bem?
- Então não é pra escrevermos os números, é isso?
- Escrevem os números, sim! Mas em algarismos! Se colocarem «12» no papel, também estão a escrever, ou não?!... Está percebido?
- Sim!
- Então, vamos a isso!
A meio do « listening», interrompendo o áudio, grita o J. aflito:
- Ó professora, os «algarVismos» é com letra grande???!!!
- Ó professora, os «algarVismos» é com letra grande???!!!
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A tentar dar aulas...
"Escolas profissionais serão financiadas por três anos"
Comentário: Provavelmente estarei errado, mas "à primeira vista" só vejo vantagens neste financialmento trienal... No entanto, e por considerar esta medida como positiva, não consigo deixar de pensar que algo não "bate certo".
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Nacional,
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Sonhar (ainda) não paga imposto...
Comentário: Partilho de forma integral as palavras do Paulo Prudêncio no que concerne ao efeito destrutivo das investidas de Maria de Lurdes Reis Rodrigues na educação... De facto, ela conseguiu muito mais do que um dia algum governante conseguirá: quebrar a espinha dorsal da escola pública, expondo-a, menorizando-a de uma forma - creio que - irreversível. Obviamente que a abolição da figura do Diretor (e obviamente, do Conselho Geral que lhe confere poder), com um eventual regresso ao passado, poderá ajudar a sarar feridas, mas dificilmente voltaremos a ter o que já tivemos.
E se não acredito, é porque nestes últimos anos vi professores excelentes, motivados e dinâmicos, transformarem-se em sombras daquilo que já foram... E se somarmos a isso, o congelamento da carreira e a degradação da autoridade docente, pouco sobrará para recuperar. Posso parecer pessimista, mas receio bem que seja isto que vai na alma da maioria.
Se quiserem ler a notícia que esteve na origem deste post cliquem aqui.
E se não acredito, é porque nestes últimos anos vi professores excelentes, motivados e dinâmicos, transformarem-se em sombras daquilo que já foram... E se somarmos a isso, o congelamento da carreira e a degradação da autoridade docente, pouco sobrará para recuperar. Posso parecer pessimista, mas receio bem que seja isto que vai na alma da maioria.
Se quiserem ler a notícia que esteve na origem deste post cliquem aqui.
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Uma prenda de Natal para o blogue...
É com imenso prazer que anuncio
uma nova rubrica neste blogue, que pretende quebrar com o registo sóbrio a que
vos habituei durante uma boa parte desta última década de blogue. Para tal, e a
partir desta semana, o “Professores Lusos” irá contar com uma nova autora: a Dalila
Ribeiro. Conheci-a em Montalegre há uns valentes anos, mas só há algum
tempo comecei a dar mais atenção à sua escrita, a apreciar os seus relatos, as
descrições do seu quotidiano profissional, as narrações de situações aparentemente banais,
mas que quando descritas com humor e sem pretensiosismo, me fazem "esquecer" ou
mesmo relativizar o meu dia a dia.
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Pessoal
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Até parece que vou de boleia numa estrada sinuosa...
Comentário: É tal a esquizofrenia governamental no que à vinculação de professores diz respeito, que começo a sentir-me enjoado com tanta curva e contracurva de promessas... Embora esta "estratégia" negocial não seja nova, continuo a considerar pouco "decente" a simulação do "polícia mau versus polícia bom" para se conseguir afastar a contestação imediata e adormecer as hostes.
Não acredito em promessas no que a este tema diz respeito, até porque nem precisavam de as fazer se cumprissem com o Código do Trabalho!
Não acredito em promessas no que a este tema diz respeito, até porque nem precisavam de as fazer se cumprissem com o Código do Trabalho!
Negociações até à primeira semana de 2017.
De acordo com o que se pode ir lendo nos sítios virtuais de alguns sindicatos de professores (FENPROF e FNE, a título de exemplo) parece que vamos ter negociações relativas aos diplomas concursal e de vinculação de docentes contratados nas próximas semanas (uma por semana, à exceção da semana do Natal).
Tal como já referi anteriormente, a primeira proposta é, no essencial, uma exagero do Ministério da Educação que serve para dar espaço de manobra negocial e determinar algures um ponto intermédio ou de conforto, para que os sindicatos mais suscetíveis de influência assinem, argumentando com o já cansativo "é melhor pouco que nada"... A partir do final desta semana e até ao final da próxima é que aparecerá aquilo que será mais aproximado ao que o Ministério da Educação quererá aplicar, ou melhor, poderá aplicar tendo em conta que temos um Governo suportado por partidos mais benevolentes com a nossa classe profissional.
Não será excessivo afirmar que convém estarmos atentos, sabendo que pouco ou nada podemos fazer que não confiar naqueles que aparentam representar-nos.
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Gosto...
...até porque existem dias em que a letra da música não me sai da cabeça, principalmente quando tenho de me sujeitar a falar com certas pessoas e substituo "Guns for hands" por "Gun for mouth".
Mas é assim que tem de ser...
Comentário: E se é assim que é feito noutras áreas, porque não na nossa área profissional? E não me venham com o argumento de não existir orçamento ou de que a nossa população estudantil está a decrescer, pois se estes professores se mantêm em contratos sucessivos é porque precisam deles.
E fica um excerto da notícia que me parece relevante: "O partido pede ao Governo que considere, além do limite de três contratos sucessivos previsto no Código de Trabalho, como horário anual "aquele que corresponda a um contrato celebrado até 31 de dezembro e com termo até 31 de agosto do mesmo ano escolar". E não celebrado em setembro, no início do ano escolar como acontece atualmente."
Mesmo defendendo que se cumpra o código de trabalho, parece-me que o Bloco de Esquerda se "esticou" um pouco na interpretação de horário anual... Tudo bem que a atual definição (um horário anual é definido como aquele que corresponde ao intervalo entre o último dia estabelecido pelo calendário escolar para o início das aulas e 31 de agosto do mesmo ano escolar) poderá ser redutora, mas irmos até 31 de dezembro será acreditar no Pai Natal.
E fica um excerto da notícia que me parece relevante: "O partido pede ao Governo que considere, além do limite de três contratos sucessivos previsto no Código de Trabalho, como horário anual "aquele que corresponda a um contrato celebrado até 31 de dezembro e com termo até 31 de agosto do mesmo ano escolar". E não celebrado em setembro, no início do ano escolar como acontece atualmente."
Mesmo defendendo que se cumpra o código de trabalho, parece-me que o Bloco de Esquerda se "esticou" um pouco na interpretação de horário anual... Tudo bem que a atual definição (um horário anual é definido como aquele que corresponde ao intervalo entre o último dia estabelecido pelo calendário escolar para o início das aulas e 31 de agosto do mesmo ano escolar) poderá ser redutora, mas irmos até 31 de dezembro será acreditar no Pai Natal.
Do teatro negocial...
Comentário: Ainda não consegui encontrar alguém que conheça um pouco da tradição negocial entre os sindicatos e os sucessivos Ministérios da Educação, que tenha demonstrado grande surpresa com as propostas "radicais" (aqui) que a atual equipa ministerial apresentou, no que aos concursos e à vinculação de professores contratados diz respeito.
É regra apresentar uma primeira proposta extremamente má.
E não é por acaso... Nem sequer é para chatear os professores ou os senhores sindicalistas. A ideia é sempre ampliar a margem negocial, ameaçar com o "pior possível", permitir o anúncio de recuos por parte dos sindicatos, para no final se atingir algo intermédio. É por estas e por outras que nem me dou ao trabalho de espremer muito mais esta primeira proposta (já o fiz ali e acolá), pois o que me interessa mesmo são as que surgem a partir de agora.
É regra apresentar uma primeira proposta extremamente má.
E não é por acaso... Nem sequer é para chatear os professores ou os senhores sindicalistas. A ideia é sempre ampliar a margem negocial, ameaçar com o "pior possível", permitir o anúncio de recuos por parte dos sindicatos, para no final se atingir algo intermédio. É por estas e por outras que nem me dou ao trabalho de espremer muito mais esta primeira proposta (já o fiz ali e acolá), pois o que me interessa mesmo são as que surgem a partir de agora.
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Então... Mas... Como?
Comentário: Bem... Estaremos nós perante um Governo esquizofrénico, eventualmente bipolar, em que num dia (aqui) é fito que quer mas não pode e no outro, já se afirma disponibilidade?! Claro que se essa disponibilidade for com a tal situação dos 20 anos de tempo de serviço, o melhor mesmo é ficarem caladinhos porque é uma vergonha...
E ainda existem uns idiotas que persistem na ideia de que somos uns privilegiados! Somos é uns discriminados, que ao contrário de quase todos os outros, precisamos de muitos mais anos para "entrar" nos quadros.
E ainda existem uns idiotas que persistem na ideia de que somos uns privilegiados! Somos é uns discriminados, que ao contrário de quase todos os outros, precisamos de muitos mais anos para "entrar" nos quadros.
Até consigo compreender...
Comentário: Concorri para a Madeira durante vários anos e nunca consegui lá "dar" aulas... Mas nos vários anos em que concorri, conheci vários casos de colegas menos graduados do que eu (e não... não era "ouvir falar", eram situações em que eu tinha os números de telemóveis de alguns) e que não sei muito bem como, mas conseguiram arranjar por lá trabalho... Sim... Volto a explicar: eu, mais graduado e do continente, não conseguia lá trabalhar e outros também do continente, menos graduados, conseguiram, nos anos em que para lá concorri.
Disseram-me para reclamar... Mas também me disseram que não ia dar em nada. E de facto, não deu.
Adiante.
Obviamente que quero acreditar que aquilo por que passei seja uma situação de exceção, mas não consigo ser completamente isento na análise à mesma. Que estamos perante uma discriminação, isso estamos e não pode acontecer. Que quem "facilitou" estas maravilhas de arranjar escola na Madeira devia levar "paulada", isso devia. Agora, generalizar isto e penalizar todos é que já não acho correto (para além de não ser constitucional)... No entanto, recordo que será importante que esta discriminação no continente, também tenha retorno em termos de concursos concretizados na Madeira.
Disseram-me para reclamar... Mas também me disseram que não ia dar em nada. E de facto, não deu.
Adiante.
Obviamente que quero acreditar que aquilo por que passei seja uma situação de exceção, mas não consigo ser completamente isento na análise à mesma. Que estamos perante uma discriminação, isso estamos e não pode acontecer. Que quem "facilitou" estas maravilhas de arranjar escola na Madeira devia levar "paulada", isso devia. Agora, generalizar isto e penalizar todos é que já não acho correto (para além de não ser constitucional)... No entanto, recordo que será importante que esta discriminação no continente, também tenha retorno em termos de concursos concretizados na Madeira.
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
É porque não quer...
Comentário: Até pode não ter como vincular novos professores, mas o certo é que em outros ministérios e certas instituições públicas se arranja sempre verba para mais qualquer coisa (e não estamos a falar de "trocos"). Infelizmente não somos uma classe que interesse manter motivada ou sequer na legalidade, como tal, vão-se adiando resoluções e apontando dificuldades...
Embora alguns discordem do meu raciocínio, julgo que se nada de extraordinário acontecer com um governo suportado pelo PCP e BE, não o será quando tivermos mais do mesmo (isto é, PS ou PSD/CDS).
Embora alguns discordem do meu raciocínio, julgo que se nada de extraordinário acontecer com um governo suportado pelo PCP e BE, não o será quando tivermos mais do mesmo (isto é, PS ou PSD/CDS).
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Farto...
...de ver, ouvir e ler a resignação de alguns e as lamurias de outros tantos.
Mas que raios... Será que ainda não se aperceberam que desde que colocaram Maria de Lurdes Reis Rodrigues à frente dos nossos destinos, isto foi sempre a piorar?!
E não, não estamos melhor. Apenas estamos adormecidos. Precisamos de acordar, mas não é com desabafos (como este) ou com apontar os dedos, baixar os braços ou gritar pela contestação passada que se irá corrigir ou melhorar o que quer que seja.
A solução teria de passar pela tentativa de acolher a diversidade docente sob um chapéu único, mas se nem conseguimos condensar mais de uma dezena de sindicatos em um único (novo ou já existente, mas com nova gestão), como é que alguém pretende que isto melhore?
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