segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Avaliação revolta alunos e professores.

No Jornal de Notícias a 24/11/2008: "Do Porto a Beja, passando pelo Seixal, as consequências das reformas educativas são semelhantes e negativas: clima de tensão, professores a pedir a reforma antecipada, aulas paradas pelas greves e notas dos alunos suspensas ou inflacionadas.

Desânimo e desgaste provocados pela avaliação marcam o dia-a-dia dos professores da Escola Clara de Resende, no Porto. Embora garantam que o tentam disfarçar nas aulas, esse lado emocional despertou já os pais para possíveis consequências negativas.
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Alguns pais, apesar de considerarem que os docentes terão as suas razões, criticam já algumas alterações nas rotinas da escola, como greves e o facto de "bons" professores estarem a pedir a pré-reforma.
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"É completamente absurdo impedir que dois terços dos professores possam atingir o topo de carreira. Só isto é extremamente pesado para qualquer pessoa que está na profissão", disse à Lusa José Esteves, professor de Matemática. E apesar de quase todos os professores estarem contra este modelo de avaliação, reconhecem a necessidade de se encontrar uma outra forma de avaliação mais consensual.
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Daniela Leitão, de 13 anos, aluna do 8º ano, salienta contudo o que considera ser já uma das consequências negativas do novo modelo de avaliação dos professores: "Os professores estão a dar melhores notas aos alunos mais fracos para não serem prejudicados pelo novo sistema de avaliação", sustentou a jovem aluna da Escola Secundária José Afonso.
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Docente de História há 27 anos, Maria Arlete Sezinando, pondera agora pedir a reforma mais cedo, apesar da penalização financeira. "Este estatuto da carreira docente é aberrante e a imposição dos professores terem de passar sete horas diárias na escola é terrível. Não somos como outro funcionário qualquer, que 'pica o ponto' e vai para casa descansado. Nós levamos muito trabalho para casa e ficamos até às tantas a corrigir testes ou a preparar aulas", explicou.

Os professores também rejeitam a "ideia errada da opinião pública" de que não eram avaliados ou de que não o querem ser, insistindo que "o problema é o novo modelo escolhido", que só "aumenta a burocracia" de uma profissão que "já está excessivamente burocratizada", como argumentou Isabel Lanzinha, docente de Português há mais de duas décadas.

"Já há pessoas que passam quase o dia inteiro na escola e, com este modelo, quando chegar a altura de começarem a avaliar, começam a trazer a almofadinha e a família atrás e dormem cá", ironizou."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: É apenas um artigo (e não o coloquei aqui integralmente), mas espelha na perfeição o ambiente vivido nas escolas, por alunos e professores.
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