No jornal "Sol" de 16/11/2006: "O dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã considerou esta quinta-feira que há uma "grave crise" no sistema de Educação e aconselhou a ministra Maria de Lurdes Rodrigues a "abrir os olhos" para essa realidade.
"Acho que há um problema grave na estruturação da Educação, que tem sido muito atacada por medidas muito discriminatórias e surpreendentes. Por isso, percebo que haja hoje uma grave crise sentida por alunos e professores", afirmou o dirigente, em declarações à Lusa, durante a vigília de professores contra a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD), que teve início quarta-feira e vai prolongar-se até sexta.
Defendendo uma "grande, rápida e profunda modernização da Educação", Francisco Louçã considerou que "é necessário mobilizar o que há de melhor nas capa cidades de alunos e professores".
"Oxalá a ministra pudesse abrir os olhos para esta realidade", acrescentou.
Sobre o ECD proposto pelo Ministério da Educação (ME), o dirigente bloquista defendeu um sistema de avaliação «competente, que reconheça capacidades pedagógicas e científicas nos docentes» e mostrou-se contra a existência de quotas para atribuição das classificações de Excelente e Muito Bom.
"Ninguém pode aceitar fazer avaliações com quotas. A ministra está a fazer uma política anti-avaliação e está a destruir a confiança que os professores devem ter no sistema de Educação", disse, assumindo-se "muito crítico" relativamente ao trabalho desenvolvido pelo ME, que classificou como "uma locomotiva a atropelar professores e estudantes".
O segundo dia da vigília de professores frente ao Ministério da Educação, contra o estatuto de carreira proposto pela tutela, foi esta quinta de manhã marcado pela presença de cerca de 400 alunos do ensino secundário, que protestaram contra as aulas de substituição, pedindo na rua a demissão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues."
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