1) Professora, já escrevi nas linhas todas, já não tenho espaço. Posso virar a folha e escrever atrás?
- Não... Continua em cima da mesa, que eu vou levá-la comigo no final da aula.
2) Posso ir à casa de banho?
- Claro. Vem mesmo a calhar. Estava mesmo a apetecer-me fazer uma pausa aqui no “listening”. Vou tomar um cafezinho enquanto vais e vens. Mais alguém quer?
3) Podemos ficar no intervalo para acabar o teste?
- É uma questão de tolerância e coerência… Quando toca e falta uma frase para acabar a leitura de um texto, vocês ficam? Hoje, é igual.
4) Só tenho 63 palavras, chega?
- É um pouco longo para uma introdução, tenta não te dispersar muito agora. Se leres bem o enunciado, o pedido é entre 150 e 220 palavras.
5) Descontou os erros ortográficos?
- Claro que não! Limitei-me a sublinhá-los, bater com a cabeça na parede, chorar de desespero, espernear, mas não descontei.
6) “Why are computer games or electronic games played by so many people?
Yes, the persons hes played very games computer our electronic divert yourself and forgete thing the work and problems the life because dificulte.”
Ó professora, pode chegar aqui? O que é que está mal na minha frase??!!
(Suspirar, ganhar forças e pedir ao universo para que os outros alunos não se ponham em debandado nos próximos 15 minutos, enquanto tento explicar.)
7) Então não dá pra perceber que é um “a” e não um “o”?!
- Cloro! Dó pro perceber, dó! Folto só o perninho mos dó pro perceber…
8) Mas com o acordo ortográfico, os meses já não se escrevem com maiúscula! Não é?
(Suspirar… E esperar que um outro aluno grite:
“Mas o acordo ortográfico não é pra Inglês!
- Não?!
- Não…”
Suspirar de novo e afastar o pensamento “Até na minha disciplina, o “coiso” faz estragos!”)
9) Então? Toda a gente faz isto! Vê-se nas canecas, nas T-shirts, nos postais, no Facebook!
- Vou repetir: numa composição escrita para um professor, por mais ternurento que seja, substituir a palavra “love” por um coração não é uma opção!
10) Tem os testes?
- Espero bem que sim! Se alguém não mo entregou, tem zero!
Mas já os viu?
- Claro, fui eu que o fiz!
Mas já os corrigiu?
- Claro que sim! Só estou a tentar fugir à vossa pergunta porque adoro bate-bocas! Entrego-os na próxima aula… ou depois…
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ResponderEliminar3) Podemos ficar no intervalo para acabar o teste? Desculpe, mas não concordo com a postura da colega. Porventura atendeu à hora de início do teste? Quando os alunos começam o teste, muitas vezes já se passaram 15 min da hora legítima! Se bem me entende. Esses minutos preciosos são a qualquer aluno, e os colegas esquecem esse pormenor, quando se recusam a dar o intervalo. Compreendo que precisem do intervalo para as necessidades pessoais e essas ninguém as pode tirar. São minutos de descanso a que todos temos direito. Mas vejam bem que os alunos igualmente têm direito ao tempo inteiro da aula para a realização do teste. Assim é nos exames. Compreendo a posição da colega, mas ser professor, tem que se lhe diga. Se fossem os seus filhos na situação a que me refiro, não poderem terminar o teste por falta de tempo e não sendo da sua responsabilidade enquanto alunos, a colega devia repensar muito bem antes de escrever o que escreveu. Entre outras coisas!
ResponderEliminarQuando se faz um teste tem-se em atenção a sua duração ...e esta é sempre inferior à da aula...tendo,é claro,em consideração o tempo de resposta necessária do ponto de vista do aluno.
EliminarAdorei! Sobretudo a 6)...
ResponderEliminarTeresa
Adorei as respostas!
ResponderEliminarRevejo-me totalmente! hahahaha
ResponderEliminarQuando me perguntam se eu já tenho os testes, costumo responder: "Sim, desde o dia em que vocês o fizeram"...e a reacção é sempre a mesma: "Oh..." e viram costas.
E o AO ter alterado a inicial dos meses é um problema com os meus cachopos, também. Irra que são surdos!