Tive oportunidade de colocar algumas questões relativas à negociação do diploma que rege os concursos e, no fundamental, não obtive novidades... Pelo menos, nada que já não soubesse, no entanto, e porque sei que existe quem está um pouco mais a leste das negociações, ficam alguns apontamentos que retirei durante o plenário da FENPROF realizado ontem em Vila Real.
1 - Existe vontade ministerial em reduzir as áreas geograficas dos atuais Quadros de Zona Pedagógica;
2 - Relativamente ao concurso externo, nomeadamente na sua 2.ª prioridade (isto é, indivíduos qualificados profissionalmente para o grupo de
recrutamento a que se candidatam, que tenham prestado funções docentes em
pelo menos 365 dias nos últimos quatro anos escolares) a FENPROF está a tentar que o presente ano letivo seja considerado (e se nos horários anuais será fácil de concretizar, já nos temporários não consegui compreender como tal seria concretizado) e que - de acordo com o que percebi - se regresse aos "últimos seis anos escolares";
3 - Relativamente à vinculação extraordinária, é convicção da FENPROF que o número de anos necessários (na proposta são 12) será "modificado" de modo a que o atual Ministério da Educação possa atingir números que lhe permita concretizar a tal propaganda de 4000 novos professores vinculados;
4 - Compromisso por parte do Ministério da Educação da inclusão de um calendário concursal, não com datas específicas, mas sim com intervalos de quinzenas;
5 - O Ministério da Educação não demonstra qualquer abertura para a concretização de concursos internos e externos anuais;
6 - Aparentemente existe vontade em antecipar as colocações de agosto, assim como de uma eventual primeira Reserva de Recrutamento a concretizar também em agosto;
7 - Mais uma vez, não está a ser acautelado pelo Ministério da Educação a questão dos professores dos quadros que se encontram distantes da sua residência, e que novamente se vêem vedados de concorrer às vagas de quadros de zona pedagógica entretanto abertas para a vinculação extraordinária.
3 - Relativamente à vinculação extraordinária, é convicção da FENPROF que o número de anos necessários (na proposta são 12) será "modificado" de modo a que o atual Ministério da Educação possa atingir números que lhe permita concretizar a tal propaganda de 4000 novos professores vinculados;
4 - Compromisso por parte do Ministério da Educação da inclusão de um calendário concursal, não com datas específicas, mas sim com intervalos de quinzenas;
5 - O Ministério da Educação não demonstra qualquer abertura para a concretização de concursos internos e externos anuais;
6 - Aparentemente existe vontade em antecipar as colocações de agosto, assim como de uma eventual primeira Reserva de Recrutamento a concretizar também em agosto;
7 - Mais uma vez, não está a ser acautelado pelo Ministério da Educação a questão dos professores dos quadros que se encontram distantes da sua residência, e que novamente se vêem vedados de concorrer às vagas de quadros de zona pedagógica entretanto abertas para a vinculação extraordinária.
Acho muito mal os colegas vinculados não poderem concorrer!
ResponderEliminarRicardo, obrigada por nos prazeres estas informações.
EliminarTrazeres*
EliminarObrigada, Ricardo! Solidário, como sempre !! Bom ano !
ResponderEliminarMuito obrigado pelas informações! Já agora, parabéns também pela qualidade e pelo sentido de humor das imagens e dos textos do blogue.
ResponderEliminarO REGRESSO DA REBALDARIA E DO DESRESPEITO PARA COM A LISTA GRADUADA?
ResponderEliminarNuno Crato foi, a par de David Justino, um péssimo ministro da educação, tendo feito tudo o que podia para substituir os critérios objetivos e rigorosos dos concursos de professores por critérios dúbios, fortuitos e relacionados com simpatias e cunhas, em que se contratava o amigo da prima e o primo da amiga. Foi um (des)governo desastroso, que procurou destruir a escola pública por dentro e por fora. Sob a fraseologia do rigor, procurou-se disseminar a falta do mais elementar rigor, procurou-se semear o caos, a rebaldaria, a injustiça.
A equipa do atual Ministério da educação vinha a corrigir algumas das injustiças cometidas pelo grupo de Nuno Crato. Mas, com esta última condição para a vinculação de professores, a de os professores a vincular terem de ter horário anual e completo no presente ano lectivo, a equipa de Tiago Brandão Rodrigues dá uma forte guinada de volta ao caos, à rebaldaria e à injustiça. É que o facto de um docente ter um horário completo ou um horário em que falte uma ou duas horas para ser completo depende de eventualidades conjunturais, fortuitas. Um professor pode estar a leccionar há vinte e tal anos e neste ano ter, por mero acaso, ficado com um horário incompleto e um outro ter, também por mero acaso, ficado num horário completo que entretanto surgiu. O ministro não disse que iria respeitar a lista graduada? Não foi essa a sua palavra? Pois, mas isto não é respeitar a lista graduada!
O argumento de que a quantidade de horários completos permite perceber as necessidades do sistema, não colhe. E já nem estamos a falar do facto de que as “necessidades do sistema” serem bem maiores do que o número de horário anuais e completos indica. Estamos a falar de algo mais elementar ainda: é que a quantidade de horários anuais e completos não têm, necessariamente, de justificar a falta de rigor, de justificar a rebaldaria e a injustiça no processo de vinculação. PARA EVITAR INJUSTIÇAS a este nível bastaria, obviamente, fazer com que, por exemplo, a quantidade de vagas abertas para cada grupo correspondesse ao número de horários anuais e completos atuais ou a qualquer outra indicação das “necessidades do sistema” mas, depois de aferida a quantidade a vincular, não vincular com base em critérios fortuitos e sim EFETIVAR, PELA ORDEM DA LISTA GRADUADA, O NÚMERO CORRESPONDENTE A ESSA DETERMINADA QUANTIDADE DE VAGAS. E isto é óbvio, nem é preciso pensar muito para chegar a esta conclusão.
Ao insistir nesta tremenda injustiça, o ministro arrisca-se a que nenhum dos muitos professores que há décadas esperam pela vinculação e poderão ser ultrapassados por quem tem menos graduação e menos anos de serviço o perdoe alguma vez. Esses professores, cansados de esperar décadas, não se esquecerão jamais dessa injustiça, caso ela seja cometida. Assim como não perdoarão aos sindicatos e associações que pactuarem com essa enorme injustiça.