Não sou pessoa de fazer grandes juízos de valor sobre as atitudes que outros tomam, no entanto, é para mim algo inconcebível ouvir colegas que se queixam insistentemente da precariedade laboral, do trabalho "sazonal", de receberem anos a fio pelo mesmo escalão (ou índice, como quiserem), de andarem sempre de uma escola para outra e até mesmo de não conseguirem horário, dizer: "Não vou concorrer ao concurso externo extraordinário porque a maioria das vagas existentes situa-se em quadros de zona pedagógica longe da minha casa".
É irreal... Têm o tempo de serviço necessário, fizeram as contas e sabem que têm hipótese de entrar em quadro através deste concurso externo extraordinário e mesmo assim, recusam a oportunidade. Bem sei que existem motivos pessoais e familiares que poderão impedir de tomar essa decisão, no entanto, não se esqueçam que após entrarem nos quadros têm mecanismos de mobilidade interna que a curto prazo vos permitem aproximarem-se da vossa residência. E mesmo que não o consigam, a ameaça do "desemprego" estará um pouco mais distante, daquela que resulta da vossa atual situação laboral.
Caros colegas, o emprego próximo da residência é algo em vias de extinção. Se nestes últimos anos têm tido a sorte de o conseguir, as recentes políticas governamentais para a área da educação deixam antever uma maior redução do número de colegas contratados e um aumento da mobilidade (forçada) dos colegas dos quadros.
Se optam por não agarrar esta oportunidade agora, receio bem que no futuro se venham a arrepender amargamente.
É assim mesmo. Não concorram que ainda sobre um lugar para mim :D
ResponderEliminar*sobra
ResponderEliminarA verdade é que, com as alterações que tenham existido, aproximar de casa sendo quadro é cada vez mais difícil, ainda mais com os extraordinários e as prioridades "maradas"... Mas também prevejo que comece a ser cada vez mais difícil conseguir um horário perto de casa como contratado... Cada um que faça as suas opções.
ResponderEliminarAquilo que pedem aos professores hoje em dia é para escolher entre a família e a profissão. Eu NUNCA porei a minha profissão à frente da minha família. Se o preço a pagar é abandonar o ensino, que seja! Prefiro ser mais pobre, procurar outro emprego mas ter o carinho da família do que ter mais dinheiro e viver uma vida de solidão, privando a minha filha da companhia do pai que tanta falta lhe faz. Dou aulas deste os 22 anos e hoje já contabilizo 34 e se houvesse justiça já estaria nos quadros há muito. Até para os colegas do quadro a aproximação a casa é quase uma utopia. Cada um que faça as suas opções. Sei que o Ricardo foi pai há pouco tempo e deixo-lhe uma pergunta? Concorreria para todo o pais sabendo que o mais certo era passar os próximos anos (sabe-se lá quantos) longe da sua filha(o)? Até vêm as lágrimas aos olhos, não?
ResponderEliminarIsto é conversas da treta, os docentes têm que começar a abrir os olhos e saberem que estão a ser gozados e parasitados pelo criminosa estado portugues.
ResponderEliminarNão podem deixar que façam o que querem, e alem disso ha mais vida pessoal do que apenas no seu empregozito. Trocar a vida por um emprego é uma muito má opção, fiz-o por muitos anos e só digo uma coisa, estou arrependido e revoltado.
Isso nunca mais vai voltar a acontecer, emprego perto de casa é possível, é preciso é paciência.
Quanto á politca do minsiterio da educaçao é eliminar professores do quadro, essa politica já começou, todo o resto é contratar uns totos de vez em quanto para tapar os buracos dum sistema falido. Mias tarde ou mais cedos os professores que taparem os buracos, que sao geralmente os mais abaixo da lista e mais fracos serão postos literalmente fora do ensino, porque a politca vai continuar, a crise economica-social é cada vez maior, e não ha FUTURO na educação.
Depois não digam que nao foram avisados.
ResponderEliminarMas que léria certos colegas têm
Se estão mal porque não abandonam o ensino? pois.....trabalhar faz calos
ò exdruchulo, nao faz nada calos, ha muitos que abandonaram e ainda vao a tempo de se safarem cá fora, a ganhar melhor e com melhores condiçoes (óbviamente nao é para individuos qeu tem apenas a conversa de fazer calos, esses possivelmente serão devotados á miséria), realmente o pior são os que nao querem abandonar e nao sabem o que vem ai.
ResponderEliminarDepois não se esqueça de fechar a porta, tenha ao menos esse trabalho e olhe que nao faz calos, vai ser é tarde.
Infelizmente as pessoas que tem filhos e estão proximo de casa, so criticam, é tipico de individuos com pouca cultura, mas também aviso, vao gozando e olhando para o umbigo até certo dia, nem escola, nem trabalhos, nem calos.E o filho vai ter que se aguentar á miseria.
ResponderEliminarDepois venham, reclamar, interpor acçoes judiciais e fazer greves. Vai ser tarde demais, quando nao haver dinheiro , não há.
Depois nao digam que nao foram avisados!
ResponderEliminarE continuem com as graçolas que trabalhar faz calos, logo vao ver
quando quyiserem ter calos e nao conseguirem.
A luta de muitos professores para acabar com a injusta prova de avaliação de conhecimentos e capacidades, não realizando essa mesma prova, vem dar muita felicidade a tantos outros por essas vagas na lista ordenada, sempre sobem mais uns lugarzitos e quem sabe se não têm a sorte de serem colocados.
ResponderEliminarEstá tudo dito, Ricardo!
ResponderEliminarImporta ainda dizer que é muito diferente ir para um qzp longe de casa com vinte e tal anos e ir com quarenta anos (que é o que me parece que vai acontecer a muitos). Não é fácil, principalmente se há filhos pequenos...
ResponderEliminarEu sou uma das que teve que tomar essa atitude, deixei a família (marido e três filhos)para aproveitar as poucas oportunidades que temos. Já leciono há 14 anos, sou de Guimarães e pela primeira vez fiquei colocada em Lisboa. Foi complicado, no entanto, Deus tira-nos umas coisas mas dá outras em dobro. Os meus filhotes, que andam na escola, têm resultados excelentes, eu diria muito acima da média, o ano ainda agora começou e já está a um pulo de terminar, tenho mais 365 dias de serviço e além de tudo isto vou e venho trabalhar de avião por 9,99€ (cada viagem). Há ainda outra coisa, a minha família é fantástica. Sou uma mulher feliz e realizada.
ResponderEliminarGosto de pessoas positivas, que me transmitam alegria,esperança e paz, como o fez a docente AFL de Guimarães, onde, por coincidência, me encontro este ano a trabalhar, depois de 21 anos de serviço, sempre colocada pertinho de casa. Encontro-me na mesma situação que ela, a única diferença é que só tenho dois filhos (também eles maravilhosos com resultados brilhantes) e tenho de pagar portagens. Haja saúde e boa disposição.
ResponderEliminarJá que coloca a questão nesses termos.
ResponderEliminar"Ameaça do desemprego"???
Nem todos os que estão a dar aulas são mentecaptos e nem todos não sabem fazer mais nada. Quando se tem uma carreira no ensino não será de ânimo leve que se deixa o ensino, mas se a situação assim o obriga, já nem se olha para trás.
Atençao às opiniões que dá aqui, faz parecer, mesmo que o tenha feito inocentemente, que os professores sao uma cambada de dependentes do estado. Os professores sao apenas trabalhadores da função pública como quaisqueres outros, investiram nuam carreira como os outros, são pessoas e não são lixo, que se poe, dispoe, e se recicla.
Não é o desemprego que está em causa,esse bicho papão não me mete medo, mas o respeito pelas pessoas que investiram numa carreira que entretanto mudou de caracteristicas, aliás anda a mudar todos os dias.
O mercado de trabalho tem muitas oportunidades, muitas mais que o ensino público em Portugal e se calhar mais do que voçê imagina. No ensino a única oportunidade que tem é deixar-se levar por um concurso e ver no que dá, ver onde fica colocado, ver se nao cortam mais a carreira e o ordenado. Um bom objetivo de vida para alguns que até acha que alguem os inveja, hilariante; um pouco redutor para outros.
"Se optam por não agarrar esta oportunidade agora, receio bem que no futuro se venham a arrepender amargamente." Isso depende da pessoa, mas receio que quem se venha a arrepender é quem se agarra ao ensino sem olhar para o que acontece á sua volta. Veja a quantidade de pessoas que pedem reforma antecipadamente.
Quando as pessoas nao entendem o problema já não é meu.
Pode apagar o post.
" vem dar muita felicidade a tantos outros " Imagino que a vida não lhe corra de feiçao, mas também o aviso que com esse pensamento vai ter muitos dissabores na sua vida.Vai morrer cedo.
ResponderEliminarNunca lhe explicaram que a infelicidade de uns é a felicidade de outros?
Nunca lhe explicaram que às vezes coiss que parecem ser uma infelicidade são apenas oportunidades para voçê mudar?
Reflita nisso, e deixa lá as invejas e as idiotices de lado, isso sao pensamento de individuos limitados.
O que eu não percebo, não aceito nem tão pouco compreendo, é como é que alguém que se diz "colega" pode achar que entrar nos quadros do ministério, mesmo sendo longe de casa, algarve ou lisboa, para que é do norte, é algo benéfico. Só mesmo de quem já tem lugar assegurado...
ResponderEliminarO mal desta profissão é que existem mil e uma posições. Não existem "professores". ALguns são "professores", outros são "contratados". E quem se lixa e fica sem receber ao fim do mês, ou a receber subsídio de desemprego são semre os mesmos...
"Sou uma mulher feliz e realizada."
ResponderEliminarAmiga ou amigo.
Depreendo que na sua loucura e frustação entenda que fazer um pouco de teatro não faz mal a ninguém e até poderá levar á frente o seu ponto de vista ou a sua vontade, se calhar com medo que sobrem vagas noutras escolas e depois ter mesmo que se deslocar, daí tentar enganar os outros a ir, por si.
No entanto, esqueceu-se que este blog pode ser lido por um grande número de pessoas muito mais inteligentes do que voçê e como tal, só lhe digo o seguinte.
--Vá tirar um curso de Marketing, porque voçê é tão limitada/o que nem um anúncio de marketing consegue escrever.
E digo-lhe mais, voçê é uma pessoa mesquinha mas os seus dias de chico espertice estão contados, ou vai ter que te aguentar à bronca e deixar a tua familia que é para aprender, ou usa o teu chico espertismo para fazeres alguma coisa de benéfica e de útil na sociedade, o que eu dúvido que consiga, inclusivé Marketing.
O trabalho liberta.
Atitude!!!
Ó conratado das 9:18. Ninguém tem atitudes dessas,são as tais professorazinhas de carreira que acham que estão aqui a lidar com os alunos delas. O que acontece é que muitos anos na escola sempre a fazer a mesma coisa, deixou-as autênticos caramonos, sem qualquer possibilidade de acompanhar o ritmo do mercado de trabalho e os contratados com mais e melhor formação e até mais experiência profissional.
ResponderEliminarVais ver as caras delas quando lhe disserem, querida, tenho muita pena mas o ministério cortou vagas , tens que entrar em mobilidade. :)
Sou uma mulher feliz, não aturo mais os meus putos e meto um grande par ao meu marido, o que é que eu poderia querer mais? 366 dias por ano.
Sou feliz e isso é que me interessa, tenho avião todos os dias por 5 euros , Porto-Lisboa-Madrid.O fast á vida trouxe-me possibilidades que nunca imaginaria. Sou uma lady de luxo.
Obrigado ministério da educação,obrigado passos, nunca fui tão feliz na vida.
É pena é que durante as viagens esqueceste-te do espelho em casa.
Não te descomponho porque nem mereces isso.
Claro que é o desemprego que esá em causa, ou acham que arranjam trabalho assim tão fácilmente?
ResponderEliminarEstou desempregada a dois anos letivos e nao arrajgo nada, porque querem experiencia e formaçao. Eu só tenho experiencia como docente, nao serve para ser adminisitrativa e nem se quer caixeira!!!!! Sem falar da idade, porque se tens mais de 30 anos já nao serves para nada!!