quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Para alguns serão boas notícias

Ministério quer contratação mais rápida nas escolas e mais autonomia curricular 

Escolas vão poder criar novas disciplinas 

Comentário: O acréscimo de autonomia que Nuno Crato quer oferecer às escolas com contrato de autonomia (e por aquilo que me parece até poderemos estar a falar na globalidade das organizações escolares) deverá ocorrer já no próximo ano letivo, de acordo com as últimas informações constantes em diversos meios de comunicação social.

Aparentemente estão a ser estudadas quais as competências da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares que “podem e devem ser transferidos para os agrupamentos e escolas não agrupadas”. A contratação dos professores constituirá também uma das novas "transferências" de poder, que deixa antever os tradicionais problemas resultantes de critérios pouco claros. Aliás, se o MEC quer um acréscimo de rapidez na contratação é extremamente provável que tenhamos um proporcional acréscimo nas irregularidades e na manutenção de "amigos" e "conhecidos", empurrando cada vez mais para o desemprego aqueles que não detêm qualquer tipo de influência junto à direção da escolas e agrupamentos de escolas. Obviamente que será errado estabelecer generalizações, mas a experiência destes últimos anos deixa antever problemas, que ao invés de serem resolvidos serão, pelo contrário, ampliados.

1 comentário:

  1. Sempre disse que o Conselho de Escolas, criado pela Milú, seria um dos maiores desastres para o ensino em Portugal. Confirma-se! Esse conselho serviu para estimular o apetite dos diretores pelo poder e incentivou-os a criarem Assossiações de Diretores. É por aí que têm conseguido um chorrilho de disparates. A badalada autonomia será para fazerem ainda mais ilegalidades. O próximo passo será eliminarem a limitação de mandatos. Sim, uma vez que os deixaram ser professores e progredirem na carreira sem darem aulas (privilégio que estendem a uns quantos angariadores de votos), a ambição conduzirá à degradação total da essencia da profissão. Uma tristeza cujo mal teve origem no mandato do delinquente. E estes fecham os olhos...

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