O despacho das vagas para o
concurso extraordinário de vinculação de professores contratados está publicado.
Com um número de vagas anedótico, o que faz com que este concurso seja uma idiotice.
Os professores contratados sabem
muito bem o número de vagas que têm continuamente ocupado ao longo de vários
anos. Como é possível terem acumulado tantos anos de serviço ao serviço da
escola pública. Apenas com substituições de colegas do quadro? Claro que não.
Seja qual for a fórmula de apuramento de vagas para este concurso, e mesmo a do
concurso ordinário, obviamente que estas não conseguem espelhar a necessidade
real de professores.
Mas o discurso dominante vai no
sentido contrário - Professores a mais…?
- Fala-se muito no rácio
professores/alunos, como um axioma indesmentível sem no entanto explicar muito
bem esses números. É só analisar esses dados com alguma atenção e perceber que
se a contabilidade se restringisse aos professores exclusivamente com funções
letivas o número seria completamente diferente. É preciso ter algum cuidado na
comparação entre sistemas de educação diferentes.
- Fala-se num investimento exagerado
na educação sem que no entanto, e mesmo nos anos de maior furor pela escola
pública se excedesse o investimento médio da União Europeia.
-Fala-se no decréscimo da taxa de
natalidade, como se não tivéssemos das menores taxas de escolarização da
Europa, e uma ainda grande necessidade de qualificar os cidadãos.
Com os cortes já implementados, temos
a olhos vistos um empobrecimento, um embrutecimento e um “desembelezamento” da
escola pública (vejam o ataque feroz às artes que o novo currículo trouxe que explicita
muito bem qual o conceito de escola subjacente), uma escola assim não consegue
responder aos desafios de uma Educação para este tempo.
Queremos uma escola pública de
qualidade que corresponda às necessidades de escolarização do País, e para esta
escola temos Professores a menos.
Parabéns. Se me permite, não é «filhota» - é filha, ou filhinha.
ResponderEliminarEste artigo está corretíssimo.
Obrigado Ricardo pela continuação do excelente trabalho que partilhas com todos nós. Já agora gostava de referir que o sufixo -ota pode ser utilizado em qualquer nome, sendo que não existe qualquer regra gramatical para o uso do mesmo. Um abraço.
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