Comentário: Segundo o MEC o objetivo desta proposta de diploma dos concursos de professores , reside em "acelerar a substituição de professores e gerir melhor os recursos humanos ao serviço das escolas".
Segundo esta notícia, "um professor contratado que tenha horário incompleto poderá preenchê-lo até 22 horas semanais se a escola em que dá aulas precisar, por falta de outro docente doente ou de baixa". Pois... Mas para isso terá de conseguir obter uma colocação, algo que será extremamente complicado se lermos a proposta com atenção e se a isso acrescentarmos a "nova revisão curricular".
Desta vez tenho de concordar com os "excessos" de Mário Nogueira, nomeadamente quando afirma que "o projecto de diploma praticamente extingue os professores contratados, não pela via da integração nos quadros, mas pondo-os fora da profissão"
Se este diploma não for bem negociado, teremos em setembro, muito professor contratado fora do sistema educativo ou dentro deste, mas de uma forma altamente precária. Obviamente que estamos perante uma primeira proposta, mas com objetivos de forte contenção e corte orçamental, alguém no seu juízo acha que o panorama vai ser muito diferente?! Acredito que existem pontos nesta proposta que irão cair e outros que serão atenuados, mas no fundamental parece-me que está tudo lá.
Eu já estou tão cansada disto tudo... Só gostava que o MEC me respondesse a uma questão: considera moral e socialmente aceitável manter funcionários de uma forma altamente precária durante 17 anos, ao serviço do ME mas sem qualquer tipo de vínculo? O sr. ministro desejaria isto para si ou para os seu filhos?
ResponderEliminarPerdoem-me "pessoalizar" assim a questão mas isto já me mete nojo!!!! E quando vejo o prof. Marcelo apresentar a questão com aquela superficialidade... parece que nós, professores contratados, não temos razão nenhuma, que somos completamente descartáveis e que ainda devemos ficar felizes porque o sr. ministro até apresentou uma proposta para "melhor gestão dos recursos humanos". Eu não conheço mais nenhuma classe profissional que seja permanentemente desrespeitada e maltratada pelos ministros que, supostamente, a representam. Eu não sei o que vai resultar desta negociação, mas não estou nada confiante...
E porque é que o limite são as 22h?
ResponderEliminarE, segundo esta redacção, fica o contratado impossibilitado de concorrer a um horário incompleto noutra escola?
Espero que o representante sindical não se esqueça também de alertar o MEC para o disparate que é a nova divisão de horários.
Marta,
ResponderEliminarTem toda a razão no que diz!!! Toda!!!
Somos constantemente enxovalhados, humilhados, maltratados, tratados como lixo! Estou farta! Há 20 anos a dar aulas (17 anos completos de serviço) e cada vez estou pior! O que faço? Emigro? Com 40 e tal anos o que vou fazer??? Estou desgastada com tudo isto.
Desculpem, os professores contratados, há algo que não esclarecem a opinião pública, porque têm 16, 17 anos de contratos e nunca vincularam? Porque não dizem tudo? Porque nos idos do governo guterres não quiseram arriscar...Os mini concursos permitam-lhes que ficassem em boas escolas e com horários completos!!!!
ResponderEliminarEntão com a reforma curricular vão 10000 horários ao ar e dito pelos sindicatos e agora falam de vínculo?? Já é preocupante pois este ano muitos profs. tiveram que concorrer,pois têm horário zero esses têm que ter lugar!
Marta, tem toda a razão. Somos mal tratados, mal pagos e agora com a entrada dos professores das escolas com contrato de associação na 1ª prioridade somos espezinhados e chutados para o desemprego. É assim q os nossos políticos nos têm tratado. Também tenho 17 anos de serviço e este ano tenho horário incompleto. Sinto que estou no fim do exercício da minha atividade profissional. Apetece-me não fazer mais nada com os miúdos até ao final do ano. Li um comentário de um colega num blog que ia deixar os alunos fazerem o que quiserem nas aulas, já que o seu fim está à vista.
ResponderEliminarDevíamos todos fazer assim uma despedida massiva do ensino.
David
ResponderEliminarPorque acima das 22h teriam de pagar horas extraordinárias. Na realidade esta situação já acontece nos dias de hoje
Quanto a acumulações ou "completamentos" de horário noutras escolas, esta proposta continua como todas o DL em vigor (e anteriores) omissa. Essa questão é tratada em legislação própria.
É isso mesmo, chegou-se ao ponto em que já não se pode dizer que se suportam todo o tipo de enxovalhamentos por causa dos alunos, é hora de pensarmos em nós próprios e nos "nossos", acho que é altura (já o seria no início do ano letivo) de nos unirmos definirmos uma resposta ao nível desta proposta vergonhosa com que (mais uma vez) o MEC nos brindou.
ResponderEliminarTenho aqui intervenções que dariam para discutir mais... Pena que venham de "anónimos".
ResponderEliminarquem tem mais de 5 anos completos no publico,deveria ficar vinculado a uma zona,pois para ter este tempo de publico já saltou muito,já lá anda há mais de 10 e já pagou muita gasolina do seu bolso para trabalhar.
ResponderEliminaré uma vergonha.
o estado só gasta dinheiro com os politicos,eles ofendem-se tanto,porque querem o bem bom.
vão para lá,esquecem-se dos colegas de trabalho. essa 1ª prioridade é escandalosa.ninguem pode ficar indiferente a tanta injustiça.
Caro Anónimo das 4:27
ResponderEliminarSó tenho uma frase para o seu comentário: se não sabe do que está a falar, mais vale ficar calado para não ser injusto com quem não o merece.
Sou contratada há 12 anos, arrisquei durante vários anos e vim sempre parar ao algarve, até com horários de 8 horas. Ao anónimo que nos acusa de não arriscar, gostava de o ver a pagar uma renda de 300€ no mínimo (algarve), com um horário de 8 horas..
ResponderEliminarEstou desiludida com o sistema e a minha paixão esmorece um pouquinho todos os dias :(