Até aqui pensava que o que realmente interessava nestas negociações do ECD, residia na melhoria das condições de trabalho (exemplo: horário dos professores) e do modelo de avaliação do desempenho docente.
Grande estupidez a minha em acreditar nisso... Mesmo após mais de 3 décadas de vida e de mais de 1 década de profissão continuo a acreditar na minha imaginação.
Por aquilo que leio, não só nos diversos documentos que vão surgindo em redor destas negociações, mas também de comentários e emails recebidos, o que realmente interessa a uma grande fatia dos professores e aos sindicalistas em geral (com algumas gratificantes excepções), será mesmo a progressão na carreira.
E não estou a afirmar que o tema das progressões (reposicionamentos, etc.) não seja importante, mas como posso estar fascinado com índices e tempos de permanência nos mesmos, se cada vez gosto menos de estar na escola. O dinheiro não pode justificar o "olhar para o lado" que ultimanente tem invadido as discussões na blogosfera e nas salas de professores.
Assim, peço-vos que não me enviem mais emails relativamente a questões de transição/reposicionamento, pois a cada um que recebo descresce a minha vontade de discutir aqui o que quer que seja.
Grande estupidez a minha em acreditar nisso... Mesmo após mais de 3 décadas de vida e de mais de 1 década de profissão continuo a acreditar na minha imaginação.
Por aquilo que leio, não só nos diversos documentos que vão surgindo em redor destas negociações, mas também de comentários e emails recebidos, o que realmente interessa a uma grande fatia dos professores e aos sindicalistas em geral (com algumas gratificantes excepções), será mesmo a progressão na carreira.
E não estou a afirmar que o tema das progressões (reposicionamentos, etc.) não seja importante, mas como posso estar fascinado com índices e tempos de permanência nos mesmos, se cada vez gosto menos de estar na escola. O dinheiro não pode justificar o "olhar para o lado" que ultimanente tem invadido as discussões na blogosfera e nas salas de professores.
Assim, peço-vos que não me enviem mais emails relativamente a questões de transição/reposicionamento, pois a cada um que recebo descresce a minha vontade de discutir aqui o que quer que seja.
Como eu te compreendo e partilho a tua "angústia" em pleno!
ResponderEliminarMas, se este fosse um "mal" só da nossa classe estava eu contente!
Mas no nosso caso, torna-se mais grave porque somos (acho eu) educadores! Mas há quem diga que só lhe pagam para ensinar! Discordo e renuncio a tal pensamento, sequer!
Um abraço.
há muita gente que vive no mundo virtual...mas ainda há alguns que vivem no mundo real...e,aí,para sobreviver precisa-se de dinheiro.
ResponderEliminarAnónimo da 1:53 PM,
ResponderEliminarEsse argumento é tão verdadeiro e antigo quanto a profissão mais velha do mundo, mas, digo eu, era suposto ter havido alguma evolução social, ou não?
Um abraço.
se ganhar mais 100 ou 200 euros por mês asseguro-te que irei ficar menos incomodado com o facto de ter um horário sobrecarregado ou putos mal-criados.
ResponderEliminarMais um DESABAFO:
ResponderEliminarEste "olhar para o lado" dos docentes sem dúvida incomoda-me...mas, neste momento, o "olhar para o lado" dos sindicatos relativamente a esta questão dos QZP's incomoda-me ainda mais.Nenhum sindicato tem só que seja uma referência nas suas paginas Web à questão dos QZP's. É revoltante!Para quem ainda é QZP, esta questão é bem mais importante que qualquer outra suscitada pelo Acordozeco de 7 de Janeiro!
Concordo em absoluto contigo Ricardo, já o tenho dito várias vezes. Assusta-me pensar que contínuará tudo na mesma em termos de avaliação de desempenho e em termos de horários, que para quem trabalha realmente é o que importa neste momento. Repara, sou contratada, terei que ser avaliada mais uma vez, apesar de já ter passado por isso no ano passado (com Muito bom) e continuarei a cumprir 28 horas lectivas (entre horário lectivo e apoios). Tenho uma direcção de turma com 2 NEEs, 9 alunos em risco de retenção e dois casos de retenção repetida, 8 alunos com acompanhamento psicológico por problemas familiares e 1 hora no horário para tratar disso tudo (a outra é de atendimento aos EE)...é isto que preocupa neste momento, posso garantir que trabalho mais de 50h semanais.
ResponderEliminarObrigada mais uma vez pelo teu trabalho Ricardo.
Ni
A respeito da Escola que queremos, vale a pena ler: http://terrear.blogspot.com/2009/04/e24-grande-solucao-para-educacao.html
ResponderEliminarPor favor alguém me responda:
ResponderEliminarSou contratada, dei aulas há 5 anos em PT. Actualmente estou no Ensino Português no Estrangeiro. Pelo que me foi possível apurar a avaliação que tivemos só contou para efeitos de renovação do contrato.
Agora nos termos do novo projecto de alteração ao ECD, artigo 5.°: os docentes estão isentados da prova de ingresso desde que tenham sido avaliados com nota mínima de Bom.
Perante a minha situação, terei que fazer a prova? No EPE não foi criado um dispositivo de avaliação semelhante ao de PT.
TErei que fazer a prova? Por favor alguém me responda.
Revoltada.
Eu não quero mais alguns euros. Quero condições de trabalho. No mínimo, o direito de trabalhar com alunos empenhados e educados.
ResponderEliminarRicardo
ResponderEliminarHá muito que sabes a minha opinião sobre este assunto.
O problema nunca foi a avaliação, mas sim os seus efeitos na progressão da carreira e nos concursos.
A avaliação foi o despertador que fez acordar o pessoal. Só quando a avaliação começou a avançar, é que o pessoal acordou. A grande maioria dos aspectos que se fala já existia antes da avaliação avançar.
Mais, tenho a certeza que, se por um qualquer milagre, desaparecessem as "barreiras" na carreira e os efeitos nos concursos 90% (pelo menos) dos professores aceitaria a avaliação.
«se ganhar mais 100 ou 200 euros por mês asseguro-te que irei ficar menos incomodado com o facto de ter um horário sobrecarregado ou putos mal-criados.»
ResponderEliminarPelo contrário, a mim preocupa-me muito mais a indisciplina e a violência crescentes na escola. E nem 1000 euros a mais por mês me fazem menos inquieto com o que tenho de suportar diariamente em determinadas turmas.
Às vezes, parece-me que muito coleguinha se aproxima da figura do mercenário.
"Eu não quero mais alguns euros. Quero condições de trabalho. No mínimo, o direito de trabalhar com alunos empenhados e educados."
ResponderEliminaridem...
Aliás , toda e qualquer acção de reivindicação em que me revejo relaciona-se com melhoria do Ensino e as Condições de Trabalho. A falhas da ADD e outros são apenas alguns dos pontos que levam à falta tal, e não o objectivo final de reivindicação.
Nem entendo como é que estas negociações se centraram desta forma tão só e apenas na progressão, quando há questões bem mais importantes para serem tratadas. Essas já foram aqui realçadas e não me parece que uma cheia de euros apaguem a importância de se trabalhar com dignidade.
ResponderEliminartrabalhar com dignidade faz parte da obrigação indidual.
ResponderEliminaralunos educados e empenhados...utopia, na sociedade actual.
os euros são imprescindíveis para viver...porque quem não rouba ou quem não herda,há-de ser sempre um m...e,felizmente ainda há muitos profs que são honestos e que o são pelo seu mérito.
Colegas, não é com 100 ou 200 euros que vou pagar a consultas de psiquiatria e medicamentos por toda a vida, se calhara até pagas, mas com as baixas psiquiátricas não te compensa.
ResponderEliminarmp3
Tem toda a razão. Na minha escola acontece o mesmo. Pensam que andam a tratar da sua vida, mas anda tudo a dormir. Só acordam quando o céu lhes desabar em cima.
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