terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Anúncio: Trocam-se regalias...

Médicos exigem excepções nas quotas como os professores.

Comentário: Não me importo nada que os médicos fiquem com as excepções nas quotas, mas entretanto, sejam justos e façam lá uma troca com os professores. Por exemplo... Humm... Deixa-me cá pensar... Podemos trocar as quotas por isto... Para além do mais até acho que nem se importariam muito com a troca (leiam o último parágrafo do artigo em questão).

15 comentários:

  1. Não cometas o pecadinho da inveja que é, dizem, capital ;).

    Mas já que falas nesse assunto, lembrei-me que os juízes deslocados recebem um subsídio de renda de casa. Queres cair sequinho de inveja? 775 euritos... É quase como nós... :(

    Isto para não falar em benefícios na contagem do tempo de serviço quando estão deslocados nas RAs.

    Tudo de bom.

    ResponderEliminar
  2. Esqueci-me de acrescentar que este subsídio de renda de casa dos juízes está isento de IRS por decisão de um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo... (literalmente juíz em causa própria).

    ResponderEliminar
  3. Infelizmente é da natureza humana, olhar para a desgraça alheia para ter protagonismo ou então para invejar até um simples rebuçado que se lhe dá com o intuito de enganar a fome.
    Neste caso junta-se a inveja à ganância com uma pitada de falta de vergonha!
    Da minha parte ficam os votos de, um sincero, bom proveito.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  4. Para FD: Esta tua tirada foi divinal: "Neste caso junta-se a inveja à ganância com uma pitada de falta de vergonha!"

    Quem já tem muito ainda quer mais. Enfim... A natureza humana no seu "melhor".

    ResponderEliminar
  5. Para C. Pires: Estes subsídios são fenomenais. A interioridade é para todos, logo, deveriamos ter acesso aos mesmos subsídios.

    Depois lembro-me do eterno argumento: Os professores são muitos... e tal... e se um não quer existem mais 200 à espera.

    E é um argumento que até tem sido usado e abusado por muitos colegas contratados nas ofertas de escola. Mas é melhor não me esticar na "má lingua" para não ferir susceptibilidades.

    ResponderEliminar
  6. uns são filhos,outros enteados...
    eu, sou mexilhão...contratado.

    ResponderEliminar
  7. Por que razão será que neste particular a comparação deixa de se com a plebe da docência e passa a ser com os universitários?!

    http://economico.sapo.pt/noticias/medicos-exigem-aumento-salarial-na-ordem-dos-1700-euros_79311.html

    Eu até compreendo que os médicos devam ser uma classe bem paga, mas não faltará algum sentido de oportunidade, de realidade e de justiça nestas exigências?

    ResponderEliminar
  8. A propósito do escrito de C. Pires: Isto de fazer depender o salário do grau de profissionalismo, faz-me muita confusão, e até mesmo fazer depender o salário do grau de responsabilidade, me faz!
    Eu explico! Ou se é profissional, ou não se é. Não há cá maus profissionais, nem profissionais “assim-assim”. Se é mau, então, já não está a ser profissional, talvez amador, e se é amador não precisa de ter salário fixo.
    O argumento do grau de responsabilidade, também é muito jeitoso, porque quando se vai para determinado cargo ou profissão já se deve saber da responsabilidade que se vai assumir. Ok, já sei, que com a globalização temos que segurar os melhores! Mas eu também não estava a dizer que o mal é português, o mal também se globaliza! Utopia? Talvez! Mas então porque é que os professores, não recebem mais? Pela razão contrária dos médicos não receberem menos! É que nós professores sobramos em relação à encomenda e os médicos não chegam! É por esta razão de sustento que a Ordem dos “Verdadeiros Senhores Doutores”, não quer que se abram, nem mais cursos, nem mais vagas para medicina! A propósito dos “Verdadeiros Senhores Doutores” é na pequenez deste país que se encontra um “país de doutores”, mas como eu costumo dizer: "Doutores conheço muitos, senhores é que cada vez conheço menos!"
    E para não haver dúvidas escreve quem um dia trocou um dos tais cursos de medicina, por um curso ligado ao ensino! Não pensei que mudei assim tanto, trabalho na mesma com seres humanos, mas em vez de fazer pela sua saúde, faço pela sua educação. Por acaso já ouviram falar de saúde para a educação? E de educação para a saúde?
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  9. Errata – Onde se lê: "Não pensei (...)", deve-se ler: "Não pensem (...)".
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  10. FD
    Há argumentos que me atribuis que eu não enunciei, aliás, não enunciei qualquer argumento, limitei-me a fazer uma afirmação. As razões que me levam a fazê-la não incluem a comparação do incomparável, nem subestimam outras profissões, tais como a nossa, face à medicina, nem sequer os não doutores em relação a estes. Não me ouviste dizer nada do que afirmas. Quando digo o que disse, penso que algumas especialidades de medicina implicam uma sucessão inacreditável de anos de investigação e de estudo intenso que merecem ser recompensados, até porque muitas vezes implicam avultados investimentos dos próprios; por outro lado, o desgaste emocional de quem lida com a morte e com as incontornáveis limitações da vida ao mesmo tempo que tem de viver com as novas formas de gestão dos hospitais são impagáveis, tal como são impagáveis os turnos sucessivos, que implicam muitas vezes mais de 48 sem ir à cama. Acho que os médicos devem ser bem pagos (e não que devem ser mais bem pagos que os outros), tal como acho que os enfermeiros devem ser bem pagos (melhor do que são hoje), tal como acho que muitas profissões são muito mal pagas no nosso país, a começar por todos aqueles a quem o Estado paga menos de 500 euros. Em contrapartida não consigo compreender os ordenados dos comissários e hospedeiras de bordo da TAP, nem os previlégios dos juízes, quando analisados à luz do contexto nacional. Comparações só as faço na medida em que o Ricardo as faz acima: ou bem que os subsídios de deslocação e de interioridade são para todos ou não são para ninguém, até porque são pagos com os impostos de alguém. Todos fazemos falta e estas análises acabam sempre por resvalar para observações muito subjectivas. A verdade é que se não houver homens responsáveis pela recolha de lixo, não há médicos que nos valham.

    ResponderEliminar
  11. Para C. Pires: Ainda só li a primeira frase do seu comentário e só me ocorre dizer para voltar a ler o início do que escrevi, ou seja: "A propósito do escrito de C. Pires:" e não: "Para C. Pires:"
    Vou agora ler o resto.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  12. Para C. Pires: O resto do texto é "pacífico", só há dois pontos que gostava de partilhar a minha opinião, mas por agora estou sem tempo.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  13. Para C. Pires: Agora com um bocadito mais de tempo, o suficiente para dizer que concordo com a generalidade do que escreveu, mas que tenho uma visão diferente desta passagem: "(...)o desgaste emocional de quem lida com a morte e com as incontornáveis limitações da vida ao mesmo tempo que tem de viver com as novas formas de gestão dos hospitais são impagáveis, tal como são impagáveis os turnos sucessivos, que implicam muitas vezes mais de 48 sem ir à cama (...)", que gostava de partilhar.
    Assim, quanto à parte do lidar com a morte e da limitação da vida, talvez seja necessário “auto-desmitificar” um pouco a figura do médico e também ver este ponto com a imunidade que alguns médicos forçosamente criaram mas, sem levar ao exagero de entender a profissão como um negócio! Mas este ponto delicado entendo que não é, nem pouco mais ou menos, exclusivo dos médicos. Mesmo na área da saúde, dada a maior proximidade, deve, talvez, ser mais difícil de lidar para os enfermeiros, bombeiros, ou até mesmo para os voluntários, ou outro qualquer ser humano que careça da referida imunidade e seja isso mesmo, humano! Mas que este ponto seja um argumento para a remuneração de uma classe, aí é melhor mesmo, mais do que ser impagável, que não seja pago! É um argumento tão válido quanto o de algumas profissões de desgaste rápido! Enfim!
    Quanto ao trabalharem muitas horas sem ir à cama, se o fazem é porque querem, eu também há dias que "dou" aulas das 8:30 até à meia-noite, e se as "dou", também é porque quero, porque posso e porque preciso!
    E a nossa forma de gestão “burocrática” também não é impagável?
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  14. Para FD

    Parece que me precipitei. Peço desculpa. Afinal parece inclusivamente que concordamos bem mais do que discordamos, até porque sou obrigada a concordar com boa parte da refutação ;).

    Tudo de bom para ti.

    ResponderEliminar
  15. Qual é o PROFESSOR que quer regalias?????
    Eu cá só quero aquilo a que (penso) tenho DIREITO!

    - Avaliação justa e isenta;
    - Estatuto profissional digno e dignificante;
    - Horário de trabalho compatível com a exigência da profissão;
    - Respeito por parte dos superiores hierárquicos (do director ao ministro)...

    Pergunto: Isto são regalias????

    Eh pá! E já agora que não "peguem" comigo por causa de cenas, tipo... anónimo. ;)

    ResponderEliminar