No sítio do Sapo Notícias a 10/01/2008: "Os 139 presidentes de órgãos de gestão de escolas hoje reunidos em Santarém decidiram elaborar um manifesto, a entregar "pessoalmente" à ministra da Educação, contendo a sua posição sobre o modelo de avaliação dos professores.
Numa reunião em que chegou a ser "ponderada" a demissão em bloco de todos os presidentes de conselhos executivos (PCE) presentes, estes acabaram por decidir deixar essa discussão "para outra altura", nomeadamente para o caso de a resposta ao seu manifesto não os deixar "mais tranquilos".
Maria João Igreja, presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, de Santarém, disse, no final da reunião, que se prolongou até cerca das 18:00, que os PCE decidiram "reforçar a posição do Conselho de Escolas, pedindo a suspensão do modelo de avaliação".
Este pedido sustenta-se no facto de considerarem que "não é possível levar [este modelo] por diante, mesmo simplificado, porque recaiu nos conselhos executivos todo o trabalho e responsabilidade de o aplicar e porque foi retirada a componente científico-pedagógica, que retira a essência da sua função", disse.
Os PCE hoje reunidos em Santarém, provenientes de escolas do Norte e Centro do país, decidiram marcar nova reunião para 07 de Fevereiro, no mesmo local, para abordar "outros temas", esperando ter "mais adesão".
(...)
Interrogada sobre se, perante as dificuldades apontadas, ponderam não aplicar o modelo de avaliação recentemente promulgado pelo Presidente da República, Maria João Igreja afirmou que, embora não concordem, vão avançar com o processo porque os PCE têm a "obrigação de cumprir e fazer cumprir a lei".
"Nenhuma voz se pronunciou contra a avaliação. Todas a consideram essencial, pela credibilidade do ensino, mas não este modelo", afirmou.
Fernando Trindade, da Escola Secundária da Mealhada, afirmou que em questão está, nomeadamente, a "exequibilidade" do processo, pelas tarefas que são incumbidas aos conselhos executivos (CE).
Como exemplo deu o prazo de 15 dias para os CE se pronunciarem sobre os objectivos pessoais traçados por cada professor.
"Numa escola com 180 ou 200 professores, é praticamente impossível analisar e negociar todos, mesmo delegando competências, o que levará a que muitos possam ser aceites tacitamente, o que é perder o rigor" do processo, afirmou."
Ver Artigo Completo (Sapo Notícias)
Numa reunião em que chegou a ser "ponderada" a demissão em bloco de todos os presidentes de conselhos executivos (PCE) presentes, estes acabaram por decidir deixar essa discussão "para outra altura", nomeadamente para o caso de a resposta ao seu manifesto não os deixar "mais tranquilos".
Maria João Igreja, presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, de Santarém, disse, no final da reunião, que se prolongou até cerca das 18:00, que os PCE decidiram "reforçar a posição do Conselho de Escolas, pedindo a suspensão do modelo de avaliação".
Este pedido sustenta-se no facto de considerarem que "não é possível levar [este modelo] por diante, mesmo simplificado, porque recaiu nos conselhos executivos todo o trabalho e responsabilidade de o aplicar e porque foi retirada a componente científico-pedagógica, que retira a essência da sua função", disse.
Os PCE hoje reunidos em Santarém, provenientes de escolas do Norte e Centro do país, decidiram marcar nova reunião para 07 de Fevereiro, no mesmo local, para abordar "outros temas", esperando ter "mais adesão".
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Interrogada sobre se, perante as dificuldades apontadas, ponderam não aplicar o modelo de avaliação recentemente promulgado pelo Presidente da República, Maria João Igreja afirmou que, embora não concordem, vão avançar com o processo porque os PCE têm a "obrigação de cumprir e fazer cumprir a lei".
"Nenhuma voz se pronunciou contra a avaliação. Todas a consideram essencial, pela credibilidade do ensino, mas não este modelo", afirmou.
Fernando Trindade, da Escola Secundária da Mealhada, afirmou que em questão está, nomeadamente, a "exequibilidade" do processo, pelas tarefas que são incumbidas aos conselhos executivos (CE).
Como exemplo deu o prazo de 15 dias para os CE se pronunciarem sobre os objectivos pessoais traçados por cada professor.
"Numa escola com 180 ou 200 professores, é praticamente impossível analisar e negociar todos, mesmo delegando competências, o que levará a que muitos possam ser aceites tacitamente, o que é perder o rigor" do processo, afirmou."
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Comentário: É uma iniciativa extremamente relevante, no entanto, deixa um pouco a desejar. Não vou aqui criticar esta posição, pois já foi necessária muita coragem para estes professores se reunirem em Santarém (só por isso, estão todos de parabéns), no entanto, gostaria que a posição tivesse sido um pouco mais "musculada". Agora, resta esperar que esta decisão, recolha adesão em mais PCE´s, algo que poderá acontecer na próxima reunião de 7 de Fevereiro (na qual poderá mesmo ser equacionada a "demissão em bloco"). O que também levanta algumas interrogações é a ausência dos PCE´s das restantes regiões. Gostava de conhecer os motivos de não terem comparecido a esta reunião. Será medo? Será ambição? Será concordância real com este modelo de avaliação?
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