No Diário de Notícias a 21/01/2009: "O Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) vai pedir ao Presidente da República (PR) que dissolva o Parlamento. Este repto é encarado como a única forma de derrotar as "políticas destrutivas do Governo e salvar o ensino em Portugal" e poderá ocorrer no sábado, na concentração em frente ao Palácio de Belém.
"Penso que o Presidente não só não fez nada, como o seu silêncio é demasiado tácito, corroborando todas as medidas do Governo", disse ao DN Ilídio Trindade, porta-voz do MUP, sublinhando que esta hipótese ainda não foi colocada aos outros movimentos independentes, nem tão pouco aos sindicatos. O que ainda faz com que o MUP pondere este pedido é o facto de essa eventual demissão do Governo poder, na opinião de Ilídio Trindade, ainda vir a beneficiar o próprio Executivo, alcançando uma maioria absoluta em eleições antecipadas.
"O problema é demasiado grave e não tem a ver apenas com os professores. O que está em causa é o ensino em Portugal e a Assembleia da República já foi dissolvida por menos", acrescenta o líder do MUP, afirmando que, entre professores, já circulam expressões do tipo: "vota à direita ou à esquerda, mas não votes PS".
Na opinião de Mário Machaqueiro, da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, neste momento "seria prematura a demissão, pois ainda há um caminho a percorrer para que a imagem do PS fique mais desgastada". No sábado, a APEDE espera que se juntem em Belém milhares de professores para contestar a avaliação mas também o Estatuto da Carreira Docente. A manifestação é organizada pelos movimentos independentes, como o MUP e a APEDE, e não conta com o apoio oficial dos sindicatos. "Mas esperemos que os sindicatos não abrandem agora a luta", sublinha Mário Machaqueiro.
Mário Nogueira, porta-voz da plataforma sindical, considera que "no plano político, o PR tem estado mais do lado do Governo do que dos professores", lembrando que Cavaco Silva nunca atendeu aos pedidos de audiência dos sindicatos. (...)"
Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)
"Penso que o Presidente não só não fez nada, como o seu silêncio é demasiado tácito, corroborando todas as medidas do Governo", disse ao DN Ilídio Trindade, porta-voz do MUP, sublinhando que esta hipótese ainda não foi colocada aos outros movimentos independentes, nem tão pouco aos sindicatos. O que ainda faz com que o MUP pondere este pedido é o facto de essa eventual demissão do Governo poder, na opinião de Ilídio Trindade, ainda vir a beneficiar o próprio Executivo, alcançando uma maioria absoluta em eleições antecipadas.
"O problema é demasiado grave e não tem a ver apenas com os professores. O que está em causa é o ensino em Portugal e a Assembleia da República já foi dissolvida por menos", acrescenta o líder do MUP, afirmando que, entre professores, já circulam expressões do tipo: "vota à direita ou à esquerda, mas não votes PS".
Na opinião de Mário Machaqueiro, da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, neste momento "seria prematura a demissão, pois ainda há um caminho a percorrer para que a imagem do PS fique mais desgastada". No sábado, a APEDE espera que se juntem em Belém milhares de professores para contestar a avaliação mas também o Estatuto da Carreira Docente. A manifestação é organizada pelos movimentos independentes, como o MUP e a APEDE, e não conta com o apoio oficial dos sindicatos. "Mas esperemos que os sindicatos não abrandem agora a luta", sublinha Mário Machaqueiro.
Mário Nogueira, porta-voz da plataforma sindical, considera que "no plano político, o PR tem estado mais do lado do Governo do que dos professores", lembrando que Cavaco Silva nunca atendeu aos pedidos de audiência dos sindicatos. (...)"
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Comentário: Ainda consegui dar aqui um "pulo", antes de previsivelmente ficar novamente sem internet. Mas isso não interessa nada... Vamos ao comentário possível (em 5 minutos) que a notícia aparenta merecer:
Tenho de reconhecer que quando li este artigo, ainda demorei algum tempo a "deglutir" o conteúdo do mesmo. Tentei confirmar esta notícia, no blogue do MUP, mas não encontrei qualquer informação que confirme ou desminta a notícia. A ser verdade (ainda tenho dúvidas), considero esta iniciativa por parte do MUP, um pouco excessiva e extremista. Compreendo perfeitamente os fundamentos de tal proposta, no entanto, não concordo com a estratégia.
Não sei até que ponto nos fará mais mal do que bem, este tipo de posições. Dito de outra forma, bem sei que os culpados dos “atentados terroristas” na educação, têm a aprovação da Assembleia da República, no entanto, não deveríamos envolver-nos em lutas contra órgãos de soberania. Não desta forma. E passo a explicar:
Ainda existe alguma margem de desgaste do partido no Governo. Na parte que nos diz respeito, enquanto profissionais da educação, temos de demonstar que esta política educativa é errada, e como tal, prejudicial ao país. Assim, estaremos a dar o nosso contributo para que o partido no governo seja julgado por todos os portugueses, e não apenas pelos professores. Pelo menos, é assim que interpreto a democracia. Posso estar errado...
Tenho de reconhecer que quando li este artigo, ainda demorei algum tempo a "deglutir" o conteúdo do mesmo. Tentei confirmar esta notícia, no blogue do MUP, mas não encontrei qualquer informação que confirme ou desminta a notícia. A ser verdade (ainda tenho dúvidas), considero esta iniciativa por parte do MUP, um pouco excessiva e extremista. Compreendo perfeitamente os fundamentos de tal proposta, no entanto, não concordo com a estratégia.
Não sei até que ponto nos fará mais mal do que bem, este tipo de posições. Dito de outra forma, bem sei que os culpados dos “atentados terroristas” na educação, têm a aprovação da Assembleia da República, no entanto, não deveríamos envolver-nos em lutas contra órgãos de soberania. Não desta forma. E passo a explicar:
Ainda existe alguma margem de desgaste do partido no Governo. Na parte que nos diz respeito, enquanto profissionais da educação, temos de demonstar que esta política educativa é errada, e como tal, prejudicial ao país. Assim, estaremos a dar o nosso contributo para que o partido no governo seja julgado por todos os portugueses, e não apenas pelos professores. Pelo menos, é assim que interpreto a democracia. Posso estar errado...
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Correctíssimo. Atoardas estranhas ao fundamental do problema e radicalismos mais ou menos inconsequentes podem prejudicar mais do que beneficiar uma causa fundamental. Não me parece que Cavaco Silva seja homem de pressões, ainda que na sua agenda política mental esteja naturalmente a questão das datas das próximas eleições... e é preciso pensar muito bem se e a quem interessa uma dissolução da AR neste momento!
ResponderEliminarJá a iniciativa de Paulo Guinote é maior, mais elevada, mais consequente e mais consentânea com a dignidade de quem ocupa, agora desconfortavelmente, lugares de professor em Portugal.
Uma boa análise, no entanto, segundo aquilo que li no blog do guinote, parece que os jornalistas deturparam as declarações do Ilídio Trindade. DN no seu típico.
ResponderEliminarPara Miguel Portugal: Concordo plenamente com a tua análise, meu amigo. O Presidente da República nunca iria ceder a este tipo de "pressão"... Não só pelo motivo que apresentaste, mas também por outros.
ResponderEliminarRelativamente à iniciativa do Guinote. Excelente. Espero que haja muita gente a aderir, pois uma iniciativa destas não deve ser propriamente "económica".