No Diário de Notícias a 01/12/2008: "Primeiro foi o líder da Pró-Ordem dos professores, Filipe do Paulo, que apelou ontem ao diálogo com o Ministério da Educação e criticou o radicalismo da Fenprof. Posição seguida depois por Eleonora Bettencourt, do sindicato dos Professores do Pré-Escolar e Ensino Básico, ao defender a aplicação deste modelo de avaliação, depois de ainda mais simplificado, e acusar a Fenprof e a FNE de terem transformado a luta contra este modelo numa questão política. O porta voz da Plataforma nega a divisão do movimento sindical, mas a manifestação de disponibilidade para negociar do secretário de Estado começa a surtir efeito.
Eleonora Bettencourt afirmou ao DN que esse é o caminho para pacificar as escolas, negociar o modelo existente. "O nosso sindicato não tem uma proposta alternativa e consideramos que uma solução baseada na auto-avaliação é muito pouco, portanto defendemos a aplicação do modelo da Ministério da Educação com as devidas rectificações", adiantou a dirigente do SIPPEB. Opinião idêntica à de Filipe do Paulo, que foi ainda mais longe, ao qualificar de "suicidário" um modelo assente na auto-avaliação. "Manifestámo-nos a exigir simplificações e agora o Ministério acedeu a negociar e a alterar os pontos mais criticados pelos professores", reconheceu Filipe do Paulo, que defende a negociação com o Governo, ao contrário do resto da direcção da Pró-Ordem. (...)"
Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)
Eleonora Bettencourt afirmou ao DN que esse é o caminho para pacificar as escolas, negociar o modelo existente. "O nosso sindicato não tem uma proposta alternativa e consideramos que uma solução baseada na auto-avaliação é muito pouco, portanto defendemos a aplicação do modelo da Ministério da Educação com as devidas rectificações", adiantou a dirigente do SIPPEB. Opinião idêntica à de Filipe do Paulo, que foi ainda mais longe, ao qualificar de "suicidário" um modelo assente na auto-avaliação. "Manifestámo-nos a exigir simplificações e agora o Ministério acedeu a negociar e a alterar os pontos mais criticados pelos professores", reconheceu Filipe do Paulo, que defende a negociação com o Governo, ao contrário do resto da direcção da Pró-Ordem. (...)"
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Comentário: E já está... Começam a surgir as primeiras divisões na efémera união sindical. É negativo, muito mesmo que nesta altura ocorram fracturas no seio da plataforma sindical. O ponto de vista do (dirigente do) sindicato Pró-Ordem e do SIPPEB até poderia ser o correcto, mas conseguem eles assegurar que a simplificação é apenas para este ano? Concordam com o "simplex" para este ano, e para o próximo ano, com o "complex"?
Eu próprio já segui a linha de pensamento "aceitar o «simplex»", no entanto, abandonei esta posição pelos seguintes motivos:
(1) O modelo "simplex" apenas terá aplicação este ano lectivo;
(2) A aceitação deste modelo "simplex" implica a aceitação do modelo "complex" no próximo ano lectivo (basicamente uma repetição de eventos - no caso, do memorando de entendimento);
(3) A aceitação implícita do modelo "complex" (no próximo ano lectivo) poderá implicar uma nova luta para a qual eu já não terei forças nem disposição;
(4) As negociações a que o ME se propõe não visam um novo modelo de avaliação do desempenho mas sim uma maior simplificação deste (e como tal, algo temporário);
(5) Actualmente não estão assegurados os mecanismos que permitam a negociação e aplicação de um novo modelo de avaliação do desempenho, no próximo ano lectivo (para além disso, lembrem-se que existe a garantia de uma nova maioria PS).
Não se trata de uma "seguidismo" cego dos sindicatos, mas sim de conclusões a que qualquer um de nós consegue chegar. Se bem que existe algum extremismo dos sindicatos (nomeadamente da FENPROF) e eventualmente algum aproveitamento político, é perigoso agir de acordo com essa avaliação, pois estaremos a prejudicar-nos. Não tenho grandes dúvidas de que a existir desmobilização, será devido a um pensamento único que julga a radicalização (e aproveitamento político de um ou outro dirigente) dos sindicatos e não as razões que estão implícitas à não aceitação do "simplex", que eu acima enumerei.
Por último... Continuo a estranhar a ausência completa de propostas de um modelo alternativo de avaliação do desempenho (atenção, modelo propriamente dito, não "dicas" avulsas de modelo). Esta é porventura uma das maiores falhas dos sindicatos, que já tiveram imenso tempo para o elaborar. Também eu não concordo (em princípio) com um modelo baseado na "auto-avaliação", pois para além de constituir um retorno ao passado, contribuiria ainda mais para a ideia generalizada de que os professores não querem ser avaliados. Mas é como já disse, sem conhecer em profundidade essa proposta dos sindicatos, mais não posso escrever do que isto.
Eu próprio já segui a linha de pensamento "aceitar o «simplex»", no entanto, abandonei esta posição pelos seguintes motivos:
(1) O modelo "simplex" apenas terá aplicação este ano lectivo;
(2) A aceitação deste modelo "simplex" implica a aceitação do modelo "complex" no próximo ano lectivo (basicamente uma repetição de eventos - no caso, do memorando de entendimento);
(3) A aceitação implícita do modelo "complex" (no próximo ano lectivo) poderá implicar uma nova luta para a qual eu já não terei forças nem disposição;
(4) As negociações a que o ME se propõe não visam um novo modelo de avaliação do desempenho mas sim uma maior simplificação deste (e como tal, algo temporário);
(5) Actualmente não estão assegurados os mecanismos que permitam a negociação e aplicação de um novo modelo de avaliação do desempenho, no próximo ano lectivo (para além disso, lembrem-se que existe a garantia de uma nova maioria PS).
Não se trata de uma "seguidismo" cego dos sindicatos, mas sim de conclusões a que qualquer um de nós consegue chegar. Se bem que existe algum extremismo dos sindicatos (nomeadamente da FENPROF) e eventualmente algum aproveitamento político, é perigoso agir de acordo com essa avaliação, pois estaremos a prejudicar-nos. Não tenho grandes dúvidas de que a existir desmobilização, será devido a um pensamento único que julga a radicalização (e aproveitamento político de um ou outro dirigente) dos sindicatos e não as razões que estão implícitas à não aceitação do "simplex", que eu acima enumerei.
Por último... Continuo a estranhar a ausência completa de propostas de um modelo alternativo de avaliação do desempenho (atenção, modelo propriamente dito, não "dicas" avulsas de modelo). Esta é porventura uma das maiores falhas dos sindicatos, que já tiveram imenso tempo para o elaborar. Também eu não concordo (em princípio) com um modelo baseado na "auto-avaliação", pois para além de constituir um retorno ao passado, contribuiria ainda mais para a ideia generalizada de que os professores não querem ser avaliados. Mas é como já disse, sem conhecer em profundidade essa proposta dos sindicatos, mais não posso escrever do que isto.
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Já foram 4 as propostas apresentadas pelos sindicatos, a última há pouco mais de um mês.
ResponderEliminarAtenção colega, existe uma diferença entre propostas e modelos. Seria essencial que os sindicatos concretizassem essas propostas, com elementos concretos e estruturados. Não basta por exemplo, dizerem que querem um modelo baseado na autoavaliação ou na avaliação externa.
ResponderEliminarFoi isso que quis dizer no post...