No IOL Diário a 25/11/2008: "Milhares de professores estão a manifestar-se em várias cidades da região Norte contra a avaliação de desempenho no primeiro de quatro dias de protestos regionais convocados pelos sindicatos, noticia a Lusa
A maior manifestação é a do Porto, onde, segundo os sindicatos, cerca de 10 mil professores estão concentrados na Avenida dos Aliados. A polícia presente no local escusou-se a fazer uma estimativa do número de manifestantes.
Também em Viana do Castelo, Bragança e Vila Real estão concentrados milhares de professores.
Segundo José Domingues, do sindicato de Professores do Norte, 2.300 docentes estão a manifestar-se em Bragança, «o pleno dos professores do distrito». Também em Bragança a polícia recusou estimar o número de pessoas presentes no protesto.
O sindicalista José Domingues explicou ainda que a avaliação de desempenho apenas prossegue num agrupamento de escolas, o de Miranda do Douro, já que em todos os restantes estabelecimentos de ensino foi suspensa pelos professores ou foram aprovadas moções e abaixo-assinados a pedir a suspensão do processo.
Os professores do distrito de Bragança presentes na manifestação aprovaram já uma moção a pedir a suspensão do processo de avaliação de desempenho, estando agora a dirigir-se para o Governo Civil, onde pretendem entregar o documento.
Em Vila Real e em Viana do Castelo, cerca de 4 mil professores, segundo os sindicatos, estão também a manifestar-se.
Há ainda uma outra manifestação prevista para Braga, com o inicio da concentração marcada para as 21h00.
«Mais unidos do que nunca»
«É má, é má, é má e continua. A malta cá do Norte quer a ministra na rua» e «Está na hora, está na hora, da ministra ir embora» foram as frases mais proferidos pelos professores que encheram a Praça da República de Viana do Castelo.
Numa noite gelada, com temperaturas a rondar os sete graus, os professores dançavam, pulavam, cantavam e agitavam cartazes onde se lia: «Ministério da Educação: mais de 1.000 dias a atacar a escola pública» e «Avaliação sim, burocracia não».
«Os professores não têm medo de ser avaliados. Pelo contrário, querem ser avaliados, mas não com este modelo, que os atafulha de papéis e praticamente os impede de exercerem a sua função, que é ensinar», sintetizava uma das manifestantes.
«Este modelo de avaliação acaba por ser, apenas e só, um modelo que prejudica o próprio desempenho», criticava outro manifestante do distrito de Viana do Castelo.
Depois da concentração na Praça da República, a manifestação seguiu por algumas ruas da cidade para terminar, simbolicamente, na Praça da Liberdade.
Em Vila Real, à convocatória da Plataforma Sindical juntaram-se os professores do movimento Promova, que nasceu na Secundária de São Pedro, uma escola daquela cidade, e se disseminou por todo o país.
Os professores percorreram uma das principais artérias da cidade em direcção ao Governo Civil, onde entregaram uma moção ao representante local do Governo, António Martinho, a exigir a «suspensão do processo de avaliação».
Os docentes desfilaram guiados pelo cântico «está na hora, está na hora, da ministra ir embora» e empunhavam cartazes onde se podia ler: «Assim não se pode ser professor», «senhora ministra não rege mais, a educação pode secar», «Defesa intransigente da qualidade do ensino» ou «exigimos respeito».
Octávio Gonçalves, porta-voz do movimento Promova, salientou que os professores estão «mais unidos do que nunca»: «Nós aproveitamos todas as oportunidades para manifestar o nosso desagrado, descontentamento e indignação relativamente às políticas educativas deste Governo e, especificamente, a este modelo de avaliação, que acaba por comprometer e degradar a qualidade do ensino e o próprio ambiente nas escolas»."
Ver Artigo Completo (IOL Diário)
A maior manifestação é a do Porto, onde, segundo os sindicatos, cerca de 10 mil professores estão concentrados na Avenida dos Aliados. A polícia presente no local escusou-se a fazer uma estimativa do número de manifestantes.
Também em Viana do Castelo, Bragança e Vila Real estão concentrados milhares de professores.
Segundo José Domingues, do sindicato de Professores do Norte, 2.300 docentes estão a manifestar-se em Bragança, «o pleno dos professores do distrito». Também em Bragança a polícia recusou estimar o número de pessoas presentes no protesto.
O sindicalista José Domingues explicou ainda que a avaliação de desempenho apenas prossegue num agrupamento de escolas, o de Miranda do Douro, já que em todos os restantes estabelecimentos de ensino foi suspensa pelos professores ou foram aprovadas moções e abaixo-assinados a pedir a suspensão do processo.
Os professores do distrito de Bragança presentes na manifestação aprovaram já uma moção a pedir a suspensão do processo de avaliação de desempenho, estando agora a dirigir-se para o Governo Civil, onde pretendem entregar o documento.
Em Vila Real e em Viana do Castelo, cerca de 4 mil professores, segundo os sindicatos, estão também a manifestar-se.
Há ainda uma outra manifestação prevista para Braga, com o inicio da concentração marcada para as 21h00.
«Mais unidos do que nunca»
«É má, é má, é má e continua. A malta cá do Norte quer a ministra na rua» e «Está na hora, está na hora, da ministra ir embora» foram as frases mais proferidos pelos professores que encheram a Praça da República de Viana do Castelo.
Numa noite gelada, com temperaturas a rondar os sete graus, os professores dançavam, pulavam, cantavam e agitavam cartazes onde se lia: «Ministério da Educação: mais de 1.000 dias a atacar a escola pública» e «Avaliação sim, burocracia não».
«Os professores não têm medo de ser avaliados. Pelo contrário, querem ser avaliados, mas não com este modelo, que os atafulha de papéis e praticamente os impede de exercerem a sua função, que é ensinar», sintetizava uma das manifestantes.
«Este modelo de avaliação acaba por ser, apenas e só, um modelo que prejudica o próprio desempenho», criticava outro manifestante do distrito de Viana do Castelo.
Depois da concentração na Praça da República, a manifestação seguiu por algumas ruas da cidade para terminar, simbolicamente, na Praça da Liberdade.
Em Vila Real, à convocatória da Plataforma Sindical juntaram-se os professores do movimento Promova, que nasceu na Secundária de São Pedro, uma escola daquela cidade, e se disseminou por todo o país.
Os professores percorreram uma das principais artérias da cidade em direcção ao Governo Civil, onde entregaram uma moção ao representante local do Governo, António Martinho, a exigir a «suspensão do processo de avaliação».
Os docentes desfilaram guiados pelo cântico «está na hora, está na hora, da ministra ir embora» e empunhavam cartazes onde se podia ler: «Assim não se pode ser professor», «senhora ministra não rege mais, a educação pode secar», «Defesa intransigente da qualidade do ensino» ou «exigimos respeito».
Octávio Gonçalves, porta-voz do movimento Promova, salientou que os professores estão «mais unidos do que nunca»: «Nós aproveitamos todas as oportunidades para manifestar o nosso desagrado, descontentamento e indignação relativamente às políticas educativas deste Governo e, especificamente, a este modelo de avaliação, que acaba por comprometer e degradar a qualidade do ensino e o próprio ambiente nas escolas»."
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Comentário: Coloquei aqui a notícia na íntegra, pois acho que irá motivar os colegas das restantes zonas do país. A adesão na zona norte foi esmagadora (e atenção que neste artigo, não são ainda apontados números para Braga)! Seguem-se outras zonas do país... Mesmo repartidos por dias, não me admiro nada se for estabelecido um novo número recorde de manifestantes. Aqui se vê a nossa união, em torno de uma causa comum. Estas manifestações são extremamente importantes, pois na próxima sexta-feira, inicia-se um nova "ronda" de negociações entre sindicatos e Ministério da Educação.
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