quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sócrates diz que não terminará o seu mandato sem sistema de avaliação dos professores.

No sítio da RTP a 13/02/2008: "O primeiro-ministro, José Sócrates, recusou hoje qualquer cedência em matéria de sistema de avaliação dos professores, garantindo mesmo que não terminará o seu mandato no Governo sem que esse sistema esteja instituído.

"Não passarei por este exercício governamental sem instituir um sistema de avaliação de professores", declarou José Sócrates aos jornalistas no final do debate quinzenal na Assembleia da República.

Ao longo do debate, os critérios do novo sistema de avaliação dos professores foram contestados por todas as forças da oposição, sobretudo pelo presidente do CDS, Paulo Portas.

José Sócrates lamentou essas críticas da oposição e contrapôs que "os portugueses precisam de saber que há mais de 30 anos que não há um sistema de avaliação dos professores".

"Essa situação não pode continuar. A existência de um sistema de avaliação é fundamental para o país, desde logo para fazer justiça aos professores", sustentou.

Na perspectiva do primeiro-ministro, a entrada em vigor de um sistema de avaliação "é a melhor garantia que se pode dar às famílias, aos alunos e aos professores, porque o mérito será premiado".

"Lamento que todos os partidos da oposição - alguns deles já estiveram no Governo e não fizeram nada - sejam agora os primeiros a contestar, ainda por cima concentrando-se em pequenos detalhes", disse, antes de se referir às medidas que hoje anunciou no Parlamento para reforçar a cobertura da rede de creches e do pré-escolar.(...)"

Ver Artigo Completo (RTP)

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Mais um tentativa de enganar a opinião pública! O problema não está na avaliação dos professores, mas sim nos prazos e nos critérios (por exemplo). Concordo que alguma coisa tinha de ser feita para alterar os moldes em que a anterior avaliação era feita (?), no entanto, um processo tão importante como este deverá ser pensado (e bem) tendo em conta as específicidades da nossa profissão e também a "volumetria" de trabalho a que as escolas estão actualmente sujeitas.

Assim, não creio que exista algum professor (competente, é claro) que tenha receio de ser avaliado, como os membros do governo querem deixar transparecer. No entanto, fico receoso quando sei que esta avaliação não é feita para premiar o nosso mérito, mas sim para reduzir drasticamente as "despesas" e para aumentar o sucesso escolar (de forma, totalmente artificial).
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1 comentário:

  1. Completamente de acordo.
    Estes critérios de avaliação dos professores é surreal!!!

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