domingo, 17 de fevereiro de 2008

Manifestação contra política educativa do Governo junta dezenas de pessoas.

No Público de 16/02/2008: "Dezenas de pessoas concentraram-se esta tarde à porta da sede do PS, no Largo do Rato em Lisboa, para se manifestarem contra a política educativa do Governo, assobiando professores militantes socialistas e o secretário-geral do partido, José Sócrates, que têm uma reunião marcada para hoje.

À Lusa, vários dos presentes disseram ser professores convocados por SMS para se juntarem hoje, às 16h00 horas, no Largo do Rato, admitindo, no entanto, desconhecer quem convocou o protesto.

Para as 17h00 estava marcada uma reunião interna na sede do PS, entre o secretário-geral do PS e militantes professores de todo o país, em que poderá estar também presente a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

À entrada para o encontro, José Sócrates criticou os manifestantes, lamentando aos jornalistas a manifestação e declarando-se convencido de que se tratavam de militantes de outros partidos, sem especificar de quais.

"Nunca tinha visto isto em tantos anos de democracia e considero absolutamente lamentável. São militantes de outros partidos, eu sei bem do que estou a falar", disse o socialista.

Segundo José Sócrates, "são pessoas que já fizeram o mesmo no Congresso do PS" e que "há três anos" se manifestam onde quer que esteja. "É absolutamente lamentável que agora estejam a fazer manifestações à porta do PS, tentando condicionar o PS. Já deviam saber que o PS não se deixa condicionar", acrescentou, frisando que o partido manterá a sua linha política no Governo, cumprirá o seu mandato e o seu programa.

"Isto é uma reunião interna do PS, não de professores que não sejam do PS", sublinhou, no átrio da sede do partido, enquanto chegava do exterior o ruído feito pelos manifestantes, que aumentava sempre que entrava algum militante no edifício.

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro afirmou que a avaliação dos professores e as mudanças na gestão das escolas vão avançar. "O que estamos a fazer é melhorar a escola pública", defendeu.

As estruturas sindicais dos professores têm vindo a interpor juntos dos tribunais sucessivas providências cautelares a pedir a suspensão da eficácia de despachos do Ministério da Educação sobre a avaliação dos docentes.

Na quinta-feira, o Tribunal Administrativo do Porto aceitou uma quarta providência cautelar, ficando ainda por conhecer a decisão relativa a uma quinta. Os sindicatos afectos à Fenprof entregaram quatro providências e o Sindicato Independente e Democrático dos Professores uma."

Ver Artigo Completo (Público)

------------------------
Obviamente que o Primeiro Ministro não gostou da manifestação! Com ou sem apoio dos sindicatos, com ou sem o apoio dos restantes partidos, o que é relevante é a manifestação... que espelha a profunda revolta e indignação dos docentes, relativamente à política educativa ministrada por este governo. Para mim, os colegas que estiverão na manifestação, estão de parabéns. Não tiveram receio de represálias...

Não se esqueçam que Maria de Lurdes Rodrigues vai à Comissão Parlamentar de Educação na terça-feira a pedido do Bloco de Esquerda. Temos de estar atentos.
------------------------

4 comentários:

  1. Sim, vai. Dirá, de novo, que "não muda uma vírgula" que seja quanto ao sistema de avaliação. Afinal, "o que os professores não querem é ser avaliados", certo?!
    Infelizmente é isto que muita gente pensa. Creio falar no nome de grande parte dos colegas: Eu não me importo com a avaliação, desde que feita em moldes justos. Enfim...

    ResponderEliminar
  2. Um comentário infeliz que justifica o que disse anteriormente: " 15.02.2008 - 13h59 - P., matosinhos
    Coitados dos profes!!! serem avaliados? Não lembra nem ao diabo. Mas que país este que quer avaliar os tão zelosos, assíduos, briosos profissionais do deixa correr."

    Verifiquem este comentário em:

    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1319654&idCanal=58

    ResponderEliminar
  3. Não há dúvidas que a Ministra da Educação vai "bater no ceguinho"! Se bem que daqueles lados, por vezes surgem umas surpresas. Uma "espécie de recuos camuflados"...

    Quanto ao problema da avaliação: O problema é mesmo esse... a avaliação nestes moldes não é justa (nem para nós, nem para os alunos).

    Relativamente aos comentários: Há por aí muita gente frustrada! Provavelmente queria ser professor e não conseguiu. Enfim...

    ResponderEliminar
  4. Por razões que a razão desconhece, desta vez Sócrates não mandou a PSP identificar os profs da manif, como fez na Covilhã!
    Que teriam estes profs de especial?
    Saudações e bom trabalho

    ResponderEliminar