Não tenho por hábito escrever posts resultantes dos impulsos eléctricos que percorrem os meus neurónios, e que se podem traduzir em pensamentos (aliás, acho que é a segunda vez que o faço, desde que criei o blog que antecedeu a este), no entanto, e após uma interrupção lectiva (fiz questão de não fazer absolutamente NADA relacionado com a profissão que desempenho) apeteceu-me fazer aquilo que está na origem dos blogs, ou seja, transcrever para o espaço virtual aquilo que me vai na "alma".
Fiquei profundamente incomodado, quando em contactos telefónicos com amigos meus que leccionam em outras escolas, fiquei a saber que foram obrigados a fazer reuniões intercalares na segunda-feira e na quarta-feira passada, entre outros trabalhos. É desolador observar que se a ministra que nos tutela diz "esfola", alguns conselhos executivos dizem "mata" (sim Ana, esta expressão é tua!). Realmente dá que pensar! Que tipos de seres humanos colocamos a dirigir a escola, os alunos e os colegas? Abrem-se espaços na legislação e no estatuto e temos alguns executivos a abrir "buracos".
Mas não fiquemos por aqui... Os colegas contratados são alvo constante do meu pensamento. Obrigados a mendigar, a fazer despesas que por vezes vão além das suas possibilidades, a enviar currículos (e outros documentos que tais), a percorrer por um mês uma IP, noutro mês uma EN, etc. Tudo para quê? Para verem vagas a ser usurpadas por "boys" associados aos executivos? Para verem as suas condições de trabalho, degradadas por contratos individuais de trabalho? É tropelia atrás de tropelia e quem se safa são os eternos "cunhas"... Mas não se desiste, até (provavelmente) ser tarde demais!
Temos também a polémica dos professores titulares, com classificações, que embora tenham de ser feitas, não são de todo humanas. São consideradas todas as faltas, para efeitos de classificação, incluindo as "por doença"! Mas será que não podemos ficar doentes? Será uma alternativa irmos para a escola absolutamente enfermos... Claro que não, no entanto, podemos sempre espirrar e tossir "para cima" dos alunos, na esperança de provocar uma epidemia que faça com que a escola encerre os seus portões e possamos repousar e recuperar da doença.
Vive-se na escola o "medo" de não poder faltar. Olha a subida de escalão! Olha que não "sobes" na carreira! A avaliação... A eterna avaliação, que tanto atemoriza... Mas que raios... Então se estiver doente, a cair para o lado com febre, a vomitar, a delirar, tenho que continuar a ir às aulas? Não... Definitivamente para mim, sem saúde não consigo fazer aquilo que gosto: Educar, ensinar... Não contem comigo para disseminar o medo!
Quanto ao Estatuto da Carreira Docente, muitas interrogações se colocam, relativamente a faltas, a disposições transitórias, etc. No entanto, temos escolas a definirem as suas próprias "portarias" (é mesmo portarias, não confundam com porcarias) e "decretos" que não são legais, mas que conseguem cumprir objectivos, pura e simplesmente, porque a confusão nos é imposta (propositadamente ou não. Vou mais pela primeira opção) e é útil a quem quer abusar desta nobre profissão. Informem-se, leiam, conversem... Não deixem que vos façam crescer uma ideia que poderá estar errada.
Relativamente à ministra, bem... Cada vez que passa uma semana sem notícias da Maria de Lurdes Rodrigues (ou seus "associados") fico com receio, pois normalmente o "silêncio" antecede a "tormenta"! E como ela nos atormenta! Será que não existe ninguém que pare com os atentados à nossa profissão? Será que não existe nenhum "comprimido azul" que faça com que a nossa "impotência" seja solucionada?
E no final só me ocorre escrever isto: TEMOS MESMO QUE NOS UNIR!
Fiquei profundamente incomodado, quando em contactos telefónicos com amigos meus que leccionam em outras escolas, fiquei a saber que foram obrigados a fazer reuniões intercalares na segunda-feira e na quarta-feira passada, entre outros trabalhos. É desolador observar que se a ministra que nos tutela diz "esfola", alguns conselhos executivos dizem "mata" (sim Ana, esta expressão é tua!). Realmente dá que pensar! Que tipos de seres humanos colocamos a dirigir a escola, os alunos e os colegas? Abrem-se espaços na legislação e no estatuto e temos alguns executivos a abrir "buracos".
Mas não fiquemos por aqui... Os colegas contratados são alvo constante do meu pensamento. Obrigados a mendigar, a fazer despesas que por vezes vão além das suas possibilidades, a enviar currículos (e outros documentos que tais), a percorrer por um mês uma IP, noutro mês uma EN, etc. Tudo para quê? Para verem vagas a ser usurpadas por "boys" associados aos executivos? Para verem as suas condições de trabalho, degradadas por contratos individuais de trabalho? É tropelia atrás de tropelia e quem se safa são os eternos "cunhas"... Mas não se desiste, até (provavelmente) ser tarde demais!
Temos também a polémica dos professores titulares, com classificações, que embora tenham de ser feitas, não são de todo humanas. São consideradas todas as faltas, para efeitos de classificação, incluindo as "por doença"! Mas será que não podemos ficar doentes? Será uma alternativa irmos para a escola absolutamente enfermos... Claro que não, no entanto, podemos sempre espirrar e tossir "para cima" dos alunos, na esperança de provocar uma epidemia que faça com que a escola encerre os seus portões e possamos repousar e recuperar da doença.
Vive-se na escola o "medo" de não poder faltar. Olha a subida de escalão! Olha que não "sobes" na carreira! A avaliação... A eterna avaliação, que tanto atemoriza... Mas que raios... Então se estiver doente, a cair para o lado com febre, a vomitar, a delirar, tenho que continuar a ir às aulas? Não... Definitivamente para mim, sem saúde não consigo fazer aquilo que gosto: Educar, ensinar... Não contem comigo para disseminar o medo!
Quanto ao Estatuto da Carreira Docente, muitas interrogações se colocam, relativamente a faltas, a disposições transitórias, etc. No entanto, temos escolas a definirem as suas próprias "portarias" (é mesmo portarias, não confundam com porcarias) e "decretos" que não são legais, mas que conseguem cumprir objectivos, pura e simplesmente, porque a confusão nos é imposta (propositadamente ou não. Vou mais pela primeira opção) e é útil a quem quer abusar desta nobre profissão. Informem-se, leiam, conversem... Não deixem que vos façam crescer uma ideia que poderá estar errada.
Relativamente à ministra, bem... Cada vez que passa uma semana sem notícias da Maria de Lurdes Rodrigues (ou seus "associados") fico com receio, pois normalmente o "silêncio" antecede a "tormenta"! E como ela nos atormenta! Será que não existe ninguém que pare com os atentados à nossa profissão? Será que não existe nenhum "comprimido azul" que faça com que a nossa "impotência" seja solucionada?
E no final só me ocorre escrever isto: TEMOS MESMO QUE NOS UNIR!
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