quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Aparentemente os nossos alunos estão a migrar do "Face" para o "Insta"

De acordo com uma das responsáveis pela divulgação do Projeto80  (já agora um projeto que me parece extremamente relevante, tendo em conta alguma falta de dinâmica que grassa nas nossas escolas) que esteve presente na minha escola, os adolescentes terão reduzido a sua presença no Facebook... Não acreditei. Mas depois, foi feita a questão a todo um auditório de alunos de secundário, e apenas dois indicaram que se mantêm presentes nesta rede.

De seguida, veio a segunda questão. E quem está no Instagram (ou "Insta" como dizem os nossos alunos)? Resposta com dedos no ar... Estavam todos. E porquê? Ao que parece, e pelo que fui ouvindo, o abandono do Facebook estará relacionado com a presença forte de pais e professores nesta rede social. Aparentemente o "Insta" não tem tantos adultos...

Também de acordo com a mesma dinamizadora do Projeto80, já tinham passado por várias escolas antes, e perante as mesmas questões, as mesmas respostas. Nesta altura dei por mim a pensar: "E que tal organizarmos uma migração em massa de professores e pais para o Instagram, para ver qual das outras redes sociais será a próxima a ser escolhida pelos nossos alunos?!" Eh eh eh. 

Sim, eu sei. Temos mais o que fazer e muitos afirmam que não têm presença no Facebook para andar a ver a vida dos outros, mas todos sabemos que isso não é bem assim. ;)

Concursos de professores 2018/2019: apuramento de necessidades permanentes

Temos então a primeira fase para o início de uma novo ciclo de concursos de professores, no caso, o apuramento de vagas relativas às necessidades permanentes dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas. Esta fase, que iniciou na passada 2.ª feira, irá terminar no final desta semana.

Embora este procedimento seja da responsabilidades das escolas, se quiserem saber mais, o melhor mesmo é lerem a nota informativa ou, se tiverem mais tempo, seguirem para o manual do utilizador.


A indisciplina na escola...


Comentário: O Alexandre Henriques do blogue ComRegras há muito que se insere num grupo reduzidíssimo de professores (e bloggers) que produz (de forma autónoma) estudos que de alguma forma facilitam a nossa interpretação da realidade. Só por isso está de parabéns. Desta vez, elaborou um inquérito, cujos resultados (em bruto) podem ser consultados aqui, ou em alternativa (e já com alguma interpretação) lendo a notícia cujo link partilhei acima.

Apenas para aguçar o "apetite", deixo-vos com duas imagens, que me pareceram relevantes.



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Eis a última versão do Projeto de Portaria relativa ao reposicionamento na carreira

Para acederem à última versão ministerial do projeto de portaria que define os termos e a forma como se processa o reposicionamento no escalão da carreira docente dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário do pessoal docente com tempo de serviço prestado antes do ingresso na referida carreira e a que se refere o n.º 3 do artigo 36.º e o n.º 1 do artigo 133.º do respetivo estatuto de carreira (ECD), o melhor mesmo é clicarem na imagem abaixo (link FNE).


Educação Física regressa à discussão...


Comentário: Por aquilo que se pode ler no artigo em causa, o Bloco de Esquerda pretende o regresso à condição em que as classificações obtidas na disciplina de Educação Física, sejam consideradas para efeitos de média de acesso ao ensino superior, isto é, pretende a reposição de algo que se verificou (se não estou em erro) entre 2004 e 2012.

Ao contrário de alguns, registo este regresso como positivo, mas não me deixo levar em exageros, ao ponto de considerar que esta medida visa devolver à disciplina, um estatuto ou valorização entretanto perdidos. 

Quanto à discussão da influência positiva ou negativa nas médias de acesso, admito nunca ter analisado pautas (nem sequer me recordo de ter lido um estudo, que conclua em qualquer um dos sentidos), e como tal, tenho sérias dificuldades em me posicionar. O que posso dizer é que se este (eventual) regresso permitir que os alunos encarem a disciplina de uma forma mais empenhada, tanto melhor. E apoio este regresso, tal como apoiaria outra medida que tivesse como objetivo ou efeito colateral (e dou de barato, podermos estar a falar em meras possibilidades) o acréscimo de empenho em qualquer disciplina do nosso currículo.

Apenas para terminar, deixo-vos com dois artigos de opinião, relativos a duas posições que me parecem preponderantes nas redes sociais, e que devem ser analisadas com algum cuidado.

“Professor não me chateie, a Educação Física nem sequer conta para a média…” (blogue "ComRegras")

- "E Pá, Faz-te à Vida e Deixa-te de Queixinhas da Treta" (blogue "O Meu Quintal").

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Greve Nacional (por regiões)

Os sindicatos lá concluíram (mais uma vez) que o atual Ministério da Educação não está interessado em repor os direitos dos professores... Vai daí, convocam uma greve nacional de uma semana, mas... organizada por regiões.

Assim (aqui),

"ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB E SPLIU confirmam a realização de Greve Nacional de Professores e Educadores, em março. Esta Greve será concretizada por regiões, obedecendo à seguinte sequência:

- 13 de março, terça-feira: Região da Grande Lisboa (Lisboa, Santarém e Setúbal) e RA da Madeira; 
- 14 de março, quarta-feira: Região Centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco); 
- 15 de março, quinta-feira: Região Sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro); 
- 16 de março, sexta-feira: Região Norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e RA dos Açores.

A decisão de convocar esta greve fica a dever-se ao facto de o Governo continuar a adiar a resolução de problemas que foram identificados em novembro, merecendo o compromisso, quer deste, quer das organizações sindicais de docentes, no sentido da sua rápida resolução. Acontece que, passados três meses, em relação ao reposicionamento na carreira a proposta da tutela continua longe de respeitar o princípio da não discriminação dos docentes abrangidos em relação aos seus colegas que ingressaram antes do congelamento e em relação aos restantes aspetos (recuperação do tempo de serviço, horários de trabalho e aposentação) o Governo não apresentou ainda qualquer proposta de trabalho.

Assim, os objetivos definidos pelas organizações sindicais para esta Greve Nacional são os seguintes:

- Carreiras 
Recuperação de todo o tempo de serviço cumprido, mas, até agora, apagado; 
Reposicionamento na carreira no escalão em que se encontram os docentes com igual tempo de serviço.

- Horários de trabalho 
▪ Todas as atividades a desenvolver com alunos deverão ser integradas na componente letiva;
Reuniões e formação contínua obrigatória deverão integrar, exclusivamente, a componente de estabelecimento; 
Reduções letivas deverão reverter para a componente de trabalho individual.

- Aposentação 
Regime específico de aposentação a aplicar a partir do próximo ano.

A partir de hoje, 15 de fevereiro, as organizações sindicais de docentes empenhar-se-ão na mobilização dos professores e educadores para esta greve, que fica, desde já, convocada. A entrega do necessário Pré-Aviso ao Governo será concretizada no final do mês de fevereiro, num momento em que já se conhecerá nova proposta ministerial para o reposicionamento dos professores, em que se terá realizado nova reunião sobre a recuperação do tempo de serviço, na qual, necessariamente, o Governo terá de apresentar a sua proposta.

Por último, aguarda-se que, ainda durante o mês de fevereiro, sejam agendadas as primeiras reuniões negociais sobre horários de trabalho e aposentação, nas quais o Governo deverá apresentar propostas que permitam, não apenas, atenuar o tremendo desgaste que é sentido pelos docentes, como, também, iniciar o rejuvenescimento do corpo docente das escolas.

As organizações sindicais

ASPL – FENPROF – FNE - PRÓ-ORDEM – SEPLEU SINAPE – SINDEP – SIPE – SIPPEB - SPLIU"

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Quem manda aqui?

Há dias recomendaram-me a página Txitxa's life da qual, confesso, me tornei fã num ápice.




Regulamento de Exames



E aqui fica o link (carregando na imagem) para o Regulamento das Provas de Avaliação Externa e das Provas de Equivalência à Frequência dos Ensinos Básico e Secundário, vulgarmente denominado por Regulamento de Exames.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Em português...

...com um tema musical que muitos classificam de lamechas (e pouco adequado para o gosto musical de um transmontano... Eh eh eh), mas que eu realmente aprecio.

Música dos "Calema" (Tema: Casa de Madeira)

A defesa óbvia


Comentário: Se defendesse o inverso é que seria surpreendente... E seria surpreendente porque o principal partido que sustenta o Governo, considera que com a concretização de um novo concurso interno (podem ler mais sobre este tema, clicando aqui), o problema será "resolvido" ou pelo menos apaziguado. Quem percebe um pouco de concursos, e da forma como eles são organizados, saberá que este concurso que se aproxima deverá ser, no mínimo, repleto de vazio. Não vai corrigir nada... 

Finalmente...


Comentário: De acordo com a notícia em causa, "cerca de duzentos docentes do ensino artístico especializado de música e de dança e professores de Língua Gestual Portuguesa vão entrar para os quadros este ano, segundo dois diplomas aprovados hoje em Conselho de Ministros". Assim, estes professores "terão agora um regime jurídico próprio e adaptado que lhes permitirá vincular ao fim de três contratos e duas renovações dos contratos de trabalho, ou seja, passarão a vincular como todos os mais docentes". Uma boa notícia, se bem que tardia.

"Os professores entre a frouxidão e a má-fé"

O meu nível de concordância com este artigo de opinião de Santana Castilho é tão próximo de 100%, que opto (desta vez) pela cópia integral do mesmo.

Assim,

"Quem tenha acompanhado o comportamento negocial do Ministério da Educação após a assinatura do compromisso estabelecido com os sindicatos, em 18 de Novembro de 2017, vê inflexibilidade e má-fé. Entre outras, duas questões são determinantes no conflito latente, sendo que a ordem para as resolver não é arbitrária: primeiro, o reposicionamento correcto na carreira (porque os professores recém-vinculados não podem ser alvo das interpretações delirantes da secretária de Estado Alexandra Leitão); depois (e só depois para não se amplificarem as injustiças de reposicionamentos incorrectos), a recuperação do tempo de serviço, como referido na declaração de compromisso e recomendado pela Resolução n.º 1/2018, da Assembleia da República.

O Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário diz, no número 3 do seu artigo 36.º, que o ingresso na carreira se faz “no escalão correspondente ao tempo de serviço prestado em funções docentes e classificado com a menção qualitativa mínima de Bom, independentemente do título jurídico da relação de trabalho subordinado, de acordo com os critérios gerais de progressão”. Parece-me um texto claro, à luz da semântica linguística. Mas conhecendo a apetência da secretária de Estado Alexandra Leitão para apresentar como girafas gatos a quem simplesmente puxou pelo pescoço, percebo que queira colocar em escalões mais baratos os professores recentemente integrados na carreira, depois de décadas de trabalho escravo em funções docentes. O que não percebo é que sindicalistas experientes tenham caído na armadilha de “delegar” no Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República a decisão sobre se o tempo de serviço antes da profissionalização pode ser considerado para reposicionamento na carreira. Desconhecem, acaso, que quando ouvimos dois juristas esperam-nos, pelo menos, três opiniões? Para quê correr o risco de substituir factos por fictos?

A história da aplicação do estatuto é a história da consideração de todo o serviço docente, incluso o cumprido antes da profissionalização. Somar esse facto à clareza do supracitado artigo teria sido evidência suficiente para uma posição de força, negocial e ética, que não para a frouxidão das guerras de alecrim e manjerona em que os sindicatos sistematicamente se envolvem e que terminam, também invariavelmente, com a desistência no momento da ruptura clarificadora. Foi assim com o “memorando de entendimento” de 2008, foi assim com o “acordo de princípios” de 2010, foi assim com a greve à avaliação do 12.º ano no tempo de Nuno Crato, está a ser assim com o compromisso de 18 de Novembro último. Trata-se de efemérides com traços comuns; num primeiro momento, provisório, os sindicatos parecem ganhar e o ministério consegue acalmar os ânimos das massas; num segundo momento, definitivo, o ministério, com má-fé, impõe por lei o que, anteriormente, tinha “acordado” ou “entendido” ser para negociar.

Findo o encantamento nupcial com Tiago Brandão Rodrigues, finda a coreografia negocial, traduzida em reuniões sem resultados, que se prolongam para além do que o senso comum faria supor, perde a força da razão e ganha a razão da força. Soçobra a coesão e substitui-se firmeza por frouxidão. A nova proposta de “reposicionamento” na carreira é um ardil arbitrário e injusto para atacar os professores. Mas a confusão que já introduziu serve bem a estratégia do Governo para arrastar o processo e multiplicar os conflitos dentro da classe docente. A resposta dilatada no tempo (12 a 16 de Março) e o instrumento escolhido no plenário de 2 de Fevereiro (greve pingada por regiões, de duvidoso impacto) pode prejudicar uma mobilização expressiva dos professores, num momento particularmente grave.

Não, não é discurso anti-sindicatos, que sem eles seria bem pior. É simples reconhecimento do que tem sido e receio que volte a ser.

(Fonte: Jornal "Público" - 07/02/2018)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Recenseamento - prazo alargado

Notícias fresquinhas!
Temos até quinta-feira para tratar do assunto...


Recenseamento de professores

Como decerto (quase) todos saberão, temos até amanhã (6 de fevereiro de 2018) para concordar ou discordar dos dados introduzidos pela escola, nomeadamente: identificação do docente, tipo e situação profissional do/a docente, formação, número de dias de serviço docente prestado, exercício efetivo de funções no AE/ENA, dados profissionais do docente, progressão na carreira, entre outros. 

Seria expectável que para esta "validação" surgisse um qualquer manual... Não foi o caso. No entanto, podem sempre consultar o manual disponibilizado às escolas (cliquem aqui). Bem sei que o manual em causa, pouco ou nada esclarece, mas sempre é melhor que nada.

Bem... Mas vamos ao que me fez produzir este post, isto é, o facto de continuar ainda hoje a receber pedidos de informação de como aceder a este recenseamento. Como estou na pausa para o almoço, não deu para fazer grande coisa, mas cá vai o meu contributo.

1.º Acedem à plataforma SIGRHE (aqui);

2.º Clicam em "Situação Profissional";

3.º Depois cliquem em "Recenseamento", e posteriormente em "Reclamação" (vejam imagem abaixo);

4.º Cliquem no lápis que aparece ao lado do vosso n.º de utilizador (vejam imagem abaixo);


5.º Verifiquem com calma todos (mas mesmo todos) os elementos que constam na página (eu costumo solicitar de forma anual uma cópia do meu registo biográfico, o que ajuda imenso);

6.º No final da página vão ter a seguinte questão: "Concorda com os dados acima apresentados?", havendo uma seta que vos permite selecionar um de dois resultados: "Sim" ou "Não" (vejam imagem abaixo);


7.º Se clicarem em "Não" (o que será normal, pois em 40 pessoas com as quais já falei, 39 têm dados errados), irá aparecer uma janela, onde deverão indicar os motivos da discordância (num limite de 1000 carateres) (vejam imagem abaixo).


8.º Em qualquer das situações ("Sim" ou "Não", em termos de concordância com os dados), e por forma a dar por concluído este processo, terão de introduzir novamente a vossa palavra chave.

Espero ter ajudado...