No Diário de Notícias a 21/06/2010: "Até um milhar de directores de escolas e adjuntos - a esmagadora maioria em funções há menos de um ano - arriscam perder os seus postos com a fusão de agrupamentos que o Governo quer promover. Ameaçados estão também muitos professores e funcionários, sobretudo os que têm vínculos precários. E até as autarquias temem ver desperdiçada parte do investimento feito nos últimos anos na requalificação das escolas.
(...)
Na prática, a ordem do Governo é para que acabem os chamados agrupamentos horizontais, constituídos apenas por escolas do mesmo nível de ensino. Uma medida que significa que, até ao próximo ano lectivo, as cerca de 330 escolas secundárias - até hoje separadas da restante rede - vão passar a ser as escolas-sede de agrupamentos que irão do pré-escolar ao 12.º ano. Mas as implicações desse passo vão fazer-se sentir a todos os níveis do sistema.
Desde logo porque as antigas escolas-sede dos agrupamentos vão perder esse estatuto para as secundárias, pondo em causa o emprego das suas direcções: "O que está a ser dito às escolas é que os directores das secundárias vão passar a presidir às CAP [Comissões Administrativas Provisórias] dos novos agrupamentos e os outros, cujos agrupamentos desaparecem, têm 15 dias para deixar funções", disse ao DN Adalmiro da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que considera "razoável" estimar em um milhar os postos de trabalho de directores e adjuntos em risco. A estes há ainda a somar os professores e funcionários alvo destas fusões. (...)"
Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)
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Na prática, a ordem do Governo é para que acabem os chamados agrupamentos horizontais, constituídos apenas por escolas do mesmo nível de ensino. Uma medida que significa que, até ao próximo ano lectivo, as cerca de 330 escolas secundárias - até hoje separadas da restante rede - vão passar a ser as escolas-sede de agrupamentos que irão do pré-escolar ao 12.º ano. Mas as implicações desse passo vão fazer-se sentir a todos os níveis do sistema.
Desde logo porque as antigas escolas-sede dos agrupamentos vão perder esse estatuto para as secundárias, pondo em causa o emprego das suas direcções: "O que está a ser dito às escolas é que os directores das secundárias vão passar a presidir às CAP [Comissões Administrativas Provisórias] dos novos agrupamentos e os outros, cujos agrupamentos desaparecem, têm 15 dias para deixar funções", disse ao DN Adalmiro da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que considera "razoável" estimar em um milhar os postos de trabalho de directores e adjuntos em risco. A estes há ainda a somar os professores e funcionários alvo destas fusões. (...)"
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Comentário: De um mero e puro ponto de vista economicista, esta medida é uma autêntica "galinha dos ovos de ouro". E se estão a pensar quais serão os valores em discussão, vejam os suplementos remuneratórios que constam do Decreto Regulamentar n.º 1-B/2009:
Mas mais do que esta economia, poderemos estar a falar do regresso de vários directores à função lectiva. Relativamente a este "regresso às origens" dos directores, tenho de afirmar que realmente não me desagrada que isto aconteça. Muitos deles estão há tantos anos afastados da realidade que passaram a ser meros gestores, apologistas da burocracia e dos inúmeros relatórios. Receio que muitos deles, não irão aguentar a pedalada. Pode ser que no futuro, esta "experiência" os faça acordar para a vida, se vierem a ocupar novamente o "poleiro". Bem... Mas aqui também estaremos a falar de alguma economia, pois esses docente irão perder a dispensa de componente lectiva, e como tal, retornam ocupando um horário.
À partida, estou à espera que muitos dos actuais directores que venham a perder funções, passem a coordenadores de estabelecimento ou ocupem outro lugar de destaque. Presumo que aqui, quem mais terá a perder serão mesmo os adjuntos. Olhando para um passado bem recente, parece-me que muitos destes futuros ex-directores terão a vida bem complicada quando retornarem à "sala dos professores".
Em termos pedagógicos e organizacionais, receio que esta medida venha a aumentar ainda mais o "caos" que impera em alguns dos actuais agrupamentos. Veremos o que nos espera...
Mas mais do que esta economia, poderemos estar a falar do regresso de vários directores à função lectiva. Relativamente a este "regresso às origens" dos directores, tenho de afirmar que realmente não me desagrada que isto aconteça. Muitos deles estão há tantos anos afastados da realidade que passaram a ser meros gestores, apologistas da burocracia e dos inúmeros relatórios. Receio que muitos deles, não irão aguentar a pedalada. Pode ser que no futuro, esta "experiência" os faça acordar para a vida, se vierem a ocupar novamente o "poleiro". Bem... Mas aqui também estaremos a falar de alguma economia, pois esses docente irão perder a dispensa de componente lectiva, e como tal, retornam ocupando um horário.
À partida, estou à espera que muitos dos actuais directores que venham a perder funções, passem a coordenadores de estabelecimento ou ocupem outro lugar de destaque. Presumo que aqui, quem mais terá a perder serão mesmo os adjuntos. Olhando para um passado bem recente, parece-me que muitos destes futuros ex-directores terão a vida bem complicada quando retornarem à "sala dos professores".
Em termos pedagógicos e organizacionais, receio que esta medida venha a aumentar ainda mais o "caos" que impera em alguns dos actuais agrupamentos. Veremos o que nos espera...
Ricardo, achas que isto acontecerá já em Setembro?
ResponderEliminarA demora da saída de listas provisórias não estará também relacionadao com isto?
Caros colegas
ResponderEliminarÉ com alguma perplexidade que noto uma preocupação extenuante em relação aos elementos dos órgãos de gestão que até ao final do mês de Julho deixam de ocupar estes cargos. Já alguém parou para pensar no que implica a fusão de agrupamentos, vulgo MEGA-AGRUPAMENTOS;
Já se deram conta de quantos colegas de QA terão de ir, neste e no próximo ano lectivo a DACL, já para não mencionar os de QZP;
Já repararam de que quantas turmas a menos haverá em cada agrupamento;
Sabem que é quase certo que não há concurso em 2011 (PEC!!!);
E quantos não docentes serão excedentários???
Já se deram conta de que o ECD aprovado em conselho de ministros de 22 de Abril ainda não foi publicado; Porque será???!!!
Pelo que ouvi e presenciei em reunião com os Sr.s da DREN sobre esta MEGA LOUCURA... Não tenho palavras. A realidade levou-as.
Quando os colegas que muito criticam os órgãos de gestão se derem conta do que está na forja... talvez estejam numa situação que jamais imaginariam estar. Estou em querer, e gostava de estar enganado, que serão milhares de docentes e não docentes que nos próximos dois a três anos serão excedentários. E muitos deles, nomeadamente do interior, com mais de 20 anos de serviço.
Desculpem a loucura deste sentimento. Mas o que vi e ouvi com tanta determinção, tendo sempre por base o PEC, o DÉFICE, é MAU DE MAIS PARA SER VERDADE.
Eu
ResponderEliminarSe quer saber, o atraso das listas não deve ter nada a ver com isto, pelo simples facto de as listas não estarem relacionadas com o assunto.
Um eventual atraso seria das manifestações de preferências, mas se reparar no Aviso de abertura, as listas e as manifestações de preferências não estão previstas serem em simultâneo, tal como aconteceu em 2007 e 2008.
Já agora ainda se lembra quando foram as manifestações de preferências nesses dois anos?
E percebe porque estou a usar esses dois anos como comparação e não os concursos de 2009?
A minha escola está a passar exactamente por isso. Ainda hoje tivemos uma reunião geral de urgência sobre este assunto. De facto vai mudar muita coisa e muita gente (docentes e não docentes) vai pagar caro estas irresponsabilidades...
ResponderEliminarReceio que vem ai a vingança de Sócrates, face aos profs, pela não conquista da maioria absoluta do PS, nas últimas eleições legislativas.
ResponderEliminarLer com atenção o #2.
Espero sinceramente estar redondamente enganado!!!
Fica difíl perceber o que vai acontecer em dois meses. Na minha escola, secundária, já recebemos a boa nova. Ninguém sabe ao certo como é que as coisas se vão passar. Há muitas dúvidas no ar. Não compreendo como é que se tomam medidas da noite para o dia, que é como quem diz da Primavera para o Verão. Está instalado o caos. Pelos vistos passa a directora a que está na EB23. Quem é que vai fazer horários para o próximo ano? Fazer horários de secundário não é a mesma coisa de básico. Manuais escolares. Acabamos de escolher o de 7º ano. De certeza que a EB23 também escolheu. Em que ficamos se foram escolhidos manuais diferentes já para o próximo ano lectivo?!!
ResponderEliminarVamos aprovar o Projecto Educativo que demorou o ano todo a fazer. O que vai acontecer a este projecto?!!
Andam a brincar com o trabalho de quem anda no terreno... Não há pachorra.
Cumprimentos
Uns (os Senhores Directores) vão "passar de cavalo para burro", outros (os professores de quadro e contratados) vão levar por tabela!
ResponderEliminarMas quanto aos professores sublinho que não é isto que me preocupa, antes o que vem aí em papel de embrulho das "orientações" para o próximo ano lectivo e da "espécie de reforma curricular"!
Sem alarmismo, mas com um olhar atento na desatenção!
Um abraço.
Advogado, sim a manifestação de preferências tem sido em Julho. É que acho que o que vem aí é tão mau que é apenas uma questão de "timing" e às vezes o ME lança várias "bombas" de uma vez só...
ResponderEliminarE sim, também sei porque está a usar esses dois anos de comparação, porque o ano passado "fomos todos a jogo" e nos anos anteriores foram todos os contratados, do qual eu faço parte e só efectivos com casos particulares (DCE e DACL, ainda que pudessem ter outra designação).
ResponderEliminarO que parece que se está a esquecer é que estas deambulações nada mais são que terraplanagens para uma construção bem maior: alterações legislativas na LBSE no sentido de instituir as "reitorias" e a eliminação pura e simples da gestão democrática das escolas e do simulacro de democracia que se aplica no instituição por cooptação dos gestores das escolas. Um governo mais duro e com "moral", como o que se avizinha do PSD, concluirá o serviço que estes sub-empreiteiros zelosamente iniciaram.
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