"Começo por agradecer ao Ricardo a cedência de algum espaço no Professores Lusos para apresentar as análises que inicio hoje.
Tenho verificado que nós, professores, somos muito críticos, criticamos tudo e quase todos. O quase aparece porque, com raras excepções, não nos criticamos a nós próprios. O que pretendo fazer é analisar criticamente as nossas acções ou inacções.
Sei que muitas das minhas análises não vão ser “corporativamente correctas”. Sei que muitos não vão gostar de muito do que vou escrever. O que vou escrever também está sujeito a críticas. Peço é que se quiserem criticar, façam-no, mas sem requer á muito fácil e pouco digna, para professores, ofensa.
A primeira análise é sobre a possibilidade de os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.º ano de escolaridade puderem concluir o ensino básico, se passarem nos exames nacionais e nas provas de equivalência é frequência do 9º ano e tem por base um comentário que fiz aqui (http://profslusos.blogspot.com/2010/06/violacao-da-constituicao.html).
Também considero que é uma medida típica do facilitismo que o Ministério da Educação têm implementado no ensino português, mas a eficácia desta medida depende de nós, professores.
Para ser eficaz, os alunos terão de realizar os exames nacionais, cujo habitual baixo nível de dificuldade é, há muitos anos, criticado pela maioria dos professores, os exames de equivalência à frequência das restantes disciplinas do 3º ciclo do ensino básico.
Mas estes exames de equivalência à frequência, e respectivos critérios de exames, são feitos nas escolas, por nós, professores. Se estes exames tiverem o nível de dificuldade que exigimos nos exames nacionais dificilmente esta medida terá qualquer efeito. Afinal, para ser eficaz os alunos só poderão reprovar em dois dos exames (desde que não sejam, cumulativamente, a Língua Portuguesa e Matemática), pelo que os principais responsáveis por eventuais casos de sucesso da medida serão os professores que fizerem os exames de equivalência à frequência."
Advogado do Diabo
Tenho verificado que nós, professores, somos muito críticos, criticamos tudo e quase todos. O quase aparece porque, com raras excepções, não nos criticamos a nós próprios. O que pretendo fazer é analisar criticamente as nossas acções ou inacções.
Sei que muitas das minhas análises não vão ser “corporativamente correctas”. Sei que muitos não vão gostar de muito do que vou escrever. O que vou escrever também está sujeito a críticas. Peço é que se quiserem criticar, façam-no, mas sem requer á muito fácil e pouco digna, para professores, ofensa.
A primeira análise é sobre a possibilidade de os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.º ano de escolaridade puderem concluir o ensino básico, se passarem nos exames nacionais e nas provas de equivalência é frequência do 9º ano e tem por base um comentário que fiz aqui (http://profslusos.blogspot.com/2010/06/violacao-da-constituicao.html).
Também considero que é uma medida típica do facilitismo que o Ministério da Educação têm implementado no ensino português, mas a eficácia desta medida depende de nós, professores.
Para ser eficaz, os alunos terão de realizar os exames nacionais, cujo habitual baixo nível de dificuldade é, há muitos anos, criticado pela maioria dos professores, os exames de equivalência à frequência das restantes disciplinas do 3º ciclo do ensino básico.
Mas estes exames de equivalência à frequência, e respectivos critérios de exames, são feitos nas escolas, por nós, professores. Se estes exames tiverem o nível de dificuldade que exigimos nos exames nacionais dificilmente esta medida terá qualquer efeito. Afinal, para ser eficaz os alunos só poderão reprovar em dois dos exames (desde que não sejam, cumulativamente, a Língua Portuguesa e Matemática), pelo que os principais responsáveis por eventuais casos de sucesso da medida serão os professores que fizerem os exames de equivalência à frequência."
Advogado do Diabo
Já agora serei o primeiro a comentar um post teu.
ResponderEliminarNão é facilitismo é incompetência.
A justificação que IA deu e que circula pela comunicação social e pelas escolas é que sendo esta uma medida excepcional ela verifica-se porque os alunos repetentes do 8º ano encontram-se abrangidos pela escolaridade obrigatória dos 18 anos, o que é profundamente errado.
Só estão dentro desta escolaridade obrigatória os alunos matriculados em 2009/2010 no 7º ano, sendo assim, quem frequentou o 8º ano em 2009/2010 e reprovou pode abandonar a escola (desde que tenha 15 anos).
A confusão que irá acontecer é que teremos alunos no 8º ano que serão obrigados a estar até aos 18 e outros que não.
Arlindovsky
ResponderEliminarPensei que ias ser "acutilante, subversivo, controverso," (o resto fica aqui para o je ;) ), ao dizer que a incompetência é de quem faz os EEF.
Isso de criticar a IA ou os sindicatos é demasiado "básico".
Para este peditório já dei!
ResponderEliminarConcordo, mas considero este "primeiro post” extemporâneo, pelo menos, no contexto do actual e quase findo ano lectivo! As provas estão feitas!
Relembro parte do meu comentário do dia 6 de Junho: "(...) posso dizer-lhe que fiz com que a prova da "minha" disciplina incidisse muito pouco nos conteúdos dos 7º e 8º anos! Quanto às questões dos conteúdos do 9º ano, podemos considerá-las bastante refinadas, sobretudo para quem ainda não frequentou o 9º ano!(...)"
Afinal quantos alunos passarão do 8º para o 10º? Quero ver a estatística, sendo que a minha aposta é oval!!! A não ser que haja algum filho de alguém para o qual foi feito este “instrumento legal”!
Por fim, a primeira ideia que me surgiu quando vi quem era o autor do “post”: “Ora aqui deve estar algo sobre as datas...”
Um abraço.
A mim parece-me que o "colega" Advogado do Diabo também precisava de ser submetido ao exame de LP do 9 º ano porque, no seu texto, dá erros de palmatória... Facilitismos...
ResponderEliminarFD
ResponderEliminarEste post foi "prometido" há quase duas semanas, quando fiz o comentário que indiquei, mas todo o trabalho de final de ano lectivo que tive nas ultimas duas semanas dificultaram a sua elaboração. Só neste fim de semana tive tempo e cabeça para o fazer e a sua publicação hoje foi negociada com o Ricardo. Mas não se preocupe que já há mais 2 post a aguardar publicação, e amanhã deverei fazer outro, a publicar mais para o final da semana (não quero "dominar" o blog com as minhas opiniões) sobre questões (mais ou menos) actuais. Num deles farei uma abordagem sobre datas, embora não é a a que espera. Essa será feita na altura que julgar ser oportuna.
Não perdes pela demora. :lol:
ResponderEliminarPodias escrever também algo mais actual.
Qualquer coisa como: tenho um pressentimento que todos os DACL vão ter de ir a concurso e que não vai haver nehuma renovação de contrato.
Algo para mexer consciências, agora exames...
Ou então.
ResponderEliminarOs concursos estão a ser atrasados de propósito para as manifestações de preferências serem feitas apenas no mês de Agosto depois das fusões dos agrupamentos.
É melhor não te dar ideias.
o problema é os colégios não se importam de proporcionar aos seus alunos este tipo de exames de forma a cativar mais alunos.
ResponderEliminararlindovsky, estás a ver se provocas vendaval... XD
ResponderEliminar