Declarações proferidas, hoje na RTP, pela Srª Secretária de Estado Adjunta e da Educação (S.E.A.E), Alexandra Leitão, sobre o protesto dos professores.
1:50 - S.E.A.E: "Exatamente para respeitar a lista graduada, todos os professores, de todo o país podem concorrer à vaga. Portanto, se, por exemplo, a vaga abre em Lisboa, um professor do norte pode concorrer à vaga em Lisboa e se for mais graduado do que professores que moram mais perto, ficará com essa vaga."
Comentário: Pois... a lógica dir-nos-ia que deveria ser assim, mas, surpreendentemente, não é. É que existe um pormenor subversivo e, como tal, injusto chamado "PRIORIDADE", que não garante que um professor mais graduado obtenha uma vaga em detrimento de outro menos graduado. Repare-se, por exemplo, na lista ordenada do grupo de recrutamento de Português (300), cujas colocações foram divulgadas há exatamente uma semana.
Quem é (bem) mais graduado? O candidato com o número de ordem 77 ou 78?
O candidato 78.
Quem iria ocupar a hipotética vaga em Lisboa, de que se falou na entrevista?
O professor menos graduado (o professor com o número de ordem 77).
Comentário: Pois... a lógica dir-nos-ia que deveria ser assim, mas, surpreendentemente, não é. É que existe um pormenor subversivo e, como tal, injusto chamado "PRIORIDADE", que não garante que um professor mais graduado obtenha uma vaga em detrimento de outro menos graduado. Repare-se, por exemplo, na lista ordenada do grupo de recrutamento de Português (300), cujas colocações foram divulgadas há exatamente uma semana.
Quem é (bem) mais graduado? O candidato com o número de ordem 77 ou 78?
O candidato 78.
Quem iria ocupar a hipotética vaga em Lisboa, de que se falou na entrevista?
O professor menos graduado (o professor com o número de ordem 77).
Há aqui uma grande confusão que é fundamental conhecer: "número de ordem" e "graduação" não são sinônimos.
2:58 - S.E.A.E: "E mais: ficaram com os melhores horários, porque, obviamente, que os horários completos são os melhores horários. Tenho a certeza que não há nenhum professor que goste de ficar num horário incompleto."
Com uma margem de erro mínimo, considero que qualquer professor do quadro residente em Vila Nova de Gaia preferiria um horário incompleto em Espinho a um completo em Melgaço. Senão, pergunte-se aos professores vinculados e qualquer um o confirmará. É que a família é preciosa, o tempo irrecuperável e o combustível dispendioso.
5:14 - S.E.A.E: "E voltando aqui um pouco aos professores - porque os alunos são o centro do sistema, mas professores descontentes e desmotivados também não são bons para os alunos e, portanto, aquilo que nós queremos, e acho que temos feito um esforço importante no sentido de ir ao encontro das aspirações, também, dos professores."
Comentário:
1º Já repararam que o candidato 77 tem mestrado e o 78 apenas licenciaura. Isso agora vale para posicionar candidatos. O 77 tem mais habilitações académicas do que o 78.
ResponderEliminarMaria
2º- os professores que se estavam a queixar, faziam-no sem razão, pois foram colocados em escolas de QZP para onde tinham concorrido e onde tinham sido colocados (admitiram alguns).
3º A maioria foi gente colocada em vinculação extraordinária. O que querim passar à frente dos que já era QZP há anos e tinham mais tempo de serviço do que eles e graduações superiores. Eu estou em QZP há 11 anos e fui colocada a mais de 60KM de casa, numa escola do meu QZP. Posso dizer que não mudei pq não consigo. Alguém os terá enganado a dizer que iriam continuar a ficar perto de casa como qdo eram contratados?! Isso sim! Isso é que é grave, os professores do QZP ficarem longe de casa e os contratados irem para escola bem perto de casa para onde os primeiros tb tinham concorrido (como tem acontecido comigo).
Algumas pessoas deixem de olhar apenas para os seus umbigos, normalmente aqueles que não sabem o que é ficar longe de casa (eu já estive em Beja, em Guimarães em Torres Vedras a centenas de Km de casa).
E dizer qualquer coisa que fizesse sentido e/ou que fosse minimamente inteligível, custava-lhe muito?
EliminarNão concorra para escolas ou zonas para as quais não pretende ir. Assim deveria ser.
EliminarSinceramente não entendi nada...
EliminarEntão aquela de confundir a Licenciatura pré-Bolonha com o Mestrado pós-Bolonha como sendo maior habilitação?!...
Legalmente, pois é um dos pressupostos do Acordo de Bolonha,Licenciatura pré-Bolonha igual a Mestrado pós-Bolonha.
É uma questão de verificar...
Quanto ao resto é uma grande confusão. Tente escrever de forma a ser legível...
Maria esqueceu-se de dizer que o 78 é QZP e que, neste concurso, concorria numa prioridade inferior aos QE/QA (caso do 77).
ResponderEliminarO 77 deve ser QA sem componente letiva, concorre em 1ª prioridade e o QZP em 2ª prioridade. Isto foi sempre assim, não é novo.
EliminarNão foi sempre assim. Os horários zero e os QZP tinham a mesma prioridade. Só mudaram este ano.
EliminarÉ ler o que diz o Paulo Guinote sobre o assunto:
ResponderEliminarhttps://guinote.wordpress.com/2017/08/31/o-que-o-me-a-dgae-e-algumas-pessoas-querem-desentender-e-fazer-nos-acreditar-que-nao-foi-assim/
Inferior não! Na mobilidade interna estava à frente do QE, embora tenha menos graduação mas o seu número de ordem era mais pequeno!
ResponderEliminarNa MI todos, mas todos os QZP, concorreram, obrigatoriamente, em 2ª prioridade, logo sempre depois de qualquer QA/QE, independentemente da graduação que tivessem
EliminarA colega está enganada, pois na MI os QZP concorriam em 2ª prioridade e os QE/QA concorriam em 3ª prioridade, independentemente da graduação que tivessem.
EliminarLena, não é como diz. Na MI os QZPs em 2ª prioridade, e os QAs em 1ª ou 3ª, dependendo do facto de não terem ou terem CL, respetivamente.
EliminarTODOS os professores concorrem para onde querem? MENTIRA!
ResponderEliminarAlguns professores são OBRIGADOS a concorrer para onde não querem. Quem são esses?
Professores dos QA das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. Se morar em Vila Real e pertencer a uma escola da Área Metropolitana de Lisboa, posso ser colocado numa qualquer escola dessa Área.
Ainda temos professores QA de PRIMEIRA que concorrem para onde querem e de SEGUNDA que concorrem para onde querem e para onde não querem.
Nestes "dramas" dos docentes do quadro que ficam longe de casa só me consigo lembrar de "chico-espertice". São professores que para entrar mais rapidamente no quadro OPTARAM por concorrer para longe de casa. Contudo depois de colocados acham que merecem ficar perto de casa. Decidam-se! Eu optei por nunca concorrer para muito longe de casa, por razões familiares. Devido a isso fui tendo horários incompletos e intervalos de tempo desempregado, com implicações óbvias. Continuo a ser contratado (colegas que iniciaram ao mesmo tempo que eu, com médias iguais, já são quadros) e as finanças familiares ressentem-se. Mas tem sido uma OPÇÂO minha, consciente das consequências.
EliminarNão existem horários incompletos para QA e QZP's. Todos os horários incompletos são OBRIGATORIAMENTE completados pelas escolas. Desta forma o que será melhor: Um QA ter um horário dito "incomplete" a 60km da sua casa ou um horário "completo" a 250km?
ResponderEliminarBela treta de explicações as que a Secretaria de Estado deu. Lá diz o povo que com papas e bolos se enganam os tolos.
ResponderEliminarConcordo, Anónimo das 10:57. E acrescento ainda que houve mais professores que foram impedidos de concorrer. Falo da Vinculação Extraordinária, a que só é permitido a candidatura de professores contratados. Desta forma estes ultrapassam muitos professores mais bem graduados do quadro de escola que querem transitar para QZP e professores QZP que querem transitar para outro. Este concurso deveria deixar de existir e serem criadas vagas de QZP a que pudessem concorrer todos os professores, inclusivé os dos quadros. Obviamente que as vagas libertadas pelos professores dos quadros que obtivessem esta transição seriam recuperadas de forma a criar vagas para os maltratados professores contratados, que já tanto deram ao ministério.
ResponderEliminarDesde que acompanho este blogue, este post e o que refere vantagens e desvantagens de ser qe / qzp, que nunca estive tão em desacordo com o que foi escrito.
ResponderEliminarParece-me que o Ricardo está a ser demasiado tendencioso em favor dos professores qzp. Fico triste porque quem fizer uma análise rápida às últimas listas de colocação percebe que os professores qzp ficaram bem melhor colocados do que todos professores QE que quiserem mudar de escola.
Filipe: E esta publicação diz a algum momento que os qzps ficaram pior ou melhor que os qe? Se ler com atenção constata que diz praticamente o contrário, na medida em que faz a apologia da graduação como critério único e não as prioridades. o Ricardo está repleto de razão nas observações que faz às declarações da Secretária de Estado.
EliminarMude de quadro como fizeram vários colegas meus, ou seja passaram para QZP e estão pertinho de casa.
EliminarColegas, não obstante de eventuais considerações feitas sobre o conteúdo deste post, a autoria do mesmo não é minha, mas sim da Helena Rechena.
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPedro Ferreirasetembro 02, 2017 8:10 da manhã
ResponderEliminarTambém os professores de QZP mesmo que não tenham concorrido a escolas da sua área geográfica gigantesca, poderão ser colocados em qualquer uma das escolas do seu QZP. Com uma jornalista que faz questões sem saber minimamente o que deve perguntar e não sabe contestar quem está a entrevistar, ou se o entrevistado está a dizer verdades ou não, presta um péssimo serviço ao jornalismo em Portugal.
Concordo plenamente com o seu post.
EliminarPior é a situação de contratados como eu que neste momento aguardam por uma hipotética contratação e inscritos no centro de emprego. Tenho 15 anos de serviço, dou aulas há 16 e fui ultrapassada na lista por cerca de uma centena de colegas que puderam concorrer à vinculação extraordinária e eu não por não ter cinco contratos nos últimos seis.
ResponderEliminarAí está uma afirmação com a qual me revejo na totalidade.
EliminarPara quem tinha esperança... Mais do mesmo!
ResponderEliminarA jornalista faria um bom trabalho se colocasse frente a frente as duas partes em conflito, para que exista contraditório e as questões sejam feitas por quem conhece a lesgislação.
ResponderEliminarAgradeço, pois estou com dúvidas depois de cruzar o DL com a nota informativa da DGAE, a quem possa responder de forma objetiva à questão:
ResponderEliminar"Pode alguém que ficou em QZP pela 1.ª vez fazer uma permuta com um colega QE/QA que se queira aproximar da residência?". Obrigada!
Não pode.
EliminarQuando concorreram e vincularam, estava já legislada essa impossibilidade de permuta.
Acabei de colocar um post sobre esta dúvida:
Eliminarhttps://profslusos.blogspot.pt/2017/09/regime-de-integracao-extraordinaria-e.html
Agradeço, pois estou com dúvidas depois de cruzar o DL com a nota informativa da DGAE, a quem possa responder de forma objetiva à questão:
ResponderEliminar"Pode alguém que ficou em QZP pela 1.ª vez fazer uma permuta com um colega QE/QA que se queira aproximar da residência?". Obrigada!
Esta srª é o exemplo do que o partidarismo faz. Não respondeu em absoluto à pergunta e ainda inventou umas tretas para fazer de conta que foi feito um trabalho em termos.
ResponderEliminarNão sei se ela é professora de profissão, mas se o é, devia ser muito má profissional. No entanto, dizer alarvidades destas sem se rir exige algum talento...