Tenho recebido algumas mensagens de correio eletrónico de colegas que perante a ansiedade de ainda não terem obtido uma colocação através da reserva de recrutamento, se vêem a braços com a decisão de concorrerem à contratação de escola. O dilema principal não está no concurso (obviamente), mas na eventual seleção e aceitação do horário.
Ontem, abordei aqui o tema na esperança de não ter de me "comprometer" com algo mais, mas constato que isso não é realmente possível. O pedido de conselhos para situações particulares que se prendem com este dilema é diário... e eu compreendo os motivos que levam a recorrerem a outras pessoas (no caso, a mim) para obterem opiniões. No entanto, e como devem compreender eu não posso dar esse tipo de conselhos individualizados.
O que sim posso fazer, é escrever algo que vocês já sabem, mas que por vezes é complicado colocar em "papel". Por vezes, ao ler aquilo que já sei consigo tomar mais rapidamente uma decisão... Este tipo de processo funciona em mim, espero que tenha o mesmo efeito em vocês.
Assim,
Após semanas de espera por uma colocação através da reserva de recrutamento que não chega, é natural que comecem a olhar para a aplicação SIGRHE à procura de horários de contratação de escola. Não acredito que quem esteja nesta situação já não o tenha feito.
A decisão de concorrer a um horário de contratação de escola, deve pesar principalmente por um fator: se obtiverem uma colocação em contratação de escola, são retirados da reserva de recrutamento, perdendo a hipótese de uma colocação através deste mecanismo nacional.
Mas até quando esperar? Qual é o limite do "desespero"?
Bem... Nenhum destes dois mecanismos de colocação assegura o que quer que seja, no entanto, se ficarem demasiado tempo à espera de algo que nunca mais aparece (refiro-me à reserva de recrutamento) poderão chegar a dezembro e ter de recorrer obrigatoriamente às contratações de escola. Obviamente que neste processo já perderam diversos horários de contratação de escola...
Existe também a hipótese de ficarem num horário em reserva de recrutamento e poderem completar com algo que entretanto apareça em contratação de escola. Se isto é verdade, o inverso (ou seja, primeiro horário em contratação de escola e depois em reserva) já não é possível. A possibilidade de conseguirem colocação em mais de um horário em contratação de escola também é real, mas complicada de acontecer. Mais variáveis... Mais barreiras de decisão para ultrapassar... Certo?
O que fazer, então? Não existe uma resposta única ou simples. Existem fatores de vida que não podem ser generalizados, no entanto, entre a incerteza de uma colocação em reserva de recrutamento e a possibilidade de uma colocação em contratação de escola, creio que a opção mais racional deveria tender para esta última. Obviamente que o número de colegas que estão à frente nas listas de graduação nacionais, o número de horas e a duração do horário, a deslocação exigida, a necessidade de alojamento, os custos com a alimentação e o facto de terem outras pessoas a vosso cargo podem e devem ser ponderados, mas a espera prolongada pode não trazer boas notícias.
Infelizmente... estamos num campo de hipóteses, e como tal, é tudo uma questão de sorte! E muita da nossa sorte, somos nós que a fazemos. Se arriscarem, façam-no com plena consciência da decisão e das suas consequências (imediatas e previsíveis).
Bem sei que não ajudei muito, mas conscientemente não posso ir muito além do que acabei de escrever.
Ricardo, esclareça-me se possível. Ficando numa oferta não é obrigatório aceitá-la certo? Daí que tenhamos sempre a possibilidade de arriscar e acabar por não ficar por entretanto sair uma RR ou outra situação. E nesse caso não saímos da RR.
ResponderEliminarUm MILHÃO (1 000 000) de analfabetos em Portugal e tantos professores no desemprego.
ResponderEliminar40 000 professores sem emprego.
Em vez de estarem a pagar 800 euros no subsidio de desemprego, pagavam os 1100 do índice 151, contavam-noa o tempo, tudo normal, colocavam as pessoas no ativo e lutava-se contra o analfabetismo.
Pelo menos uns 10 000 a 20 000 professores seriam necessários (são os que estão no subs de desemprego.)
E há tantos sítios onde podíamos lecionar ( Coletividades desportivas, lares, Juntas de Frequesias, etc)
Alfabetização em Portugal já!
Passem a palavra...
O pior é que hoje em dia temos milhares de milhoes de analfabetos que não sabem nada e alguns até ocupam cargos do governo.
ResponderEliminarEstou-me a referir a "analbabetos" que sabem ler e escrever. È uma nova iletracia que anda a passar despercebida a muito.
"Analfabetos" em Matemática, em Economia, em Finanças, em Mecânica, em Informática, em Electricidade, em Psicologia, etc
O PAÍS ESTÁ LINNNDOOOO, NAO TEM FUTURO. !
E para quem ainda tem dúvidas sobre os corruptos que nos governam, ainda existe quem se confesse:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=sZb7KbDgT54&feature=relmfu
E este tmbém se confessou mas niinguem o ouviu:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=sZb7KbDgT54&feature=relmfu
Depois não se queixem.
Conclusão: Qual reservas, qual efetivações, qual quê, a politica ja foi definida e está expressa no plano, cortes e despedimentos em massa.
O RESTO É CONVERSA DA TRETA É PERDA DE TEMPO. Quanto mais se arrisca nisto, menos se petisca.
Para que arriscar na compra de ações de uma empresa que vai falir?
E para não falar muito, a educação também foi transformada numa grande negociata.
ResponderEliminarAqui está um video bem explícito.
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=fpbnwW_dQ-0&NR=1
PORTUGAL NÃO TEM FUTURO.
A escola pública está reaproveitada em unidades de negócio sendo os docentes e alunos relegados para segundo plano.
ResponderEliminarOs diretores também são inportantes porque para já, não deixam afundar o esquema. Entretanto, isto vai sendo usado em prol de muitos interesses privados.
BENVINDO à realidade.
A escola do faz de conta em Portugal. País sem futuro.
Obrigada.
ResponderEliminarObrigado Ricardo pelas suas palavras de apoio. Percebo perfeitamente a sua posição.
ResponderEliminarPalavras Sábias.
Continue por aqui, Ricardo!
Volto a esclarecer que não respondo a anónimos... Coloquem algum tipo de identificação, por favor.
ResponderEliminarUma dúvida: a partir de dezembro só há colocações por CE. Mas o procedimento é o mesmo que nas CE de agora? Entrevista para os 5 mais graduados, critérios "manhosos", etc? Ou escolhem a pessoa mais graduada que se candidate ao horário em questão?
ResponderEliminarObrigada
Para Ana: O procedimento deverá ser exatamente o mesmo, uma vez que se encontra regulamentado em diploma legal.
ResponderEliminarTalvez seja bom relembrar que, se ainda for funcionário público na sua plenitude (i.e., se ainda descontar para a CGA) ao aceitar um OE, deixará de o ser. Passará a descontar na totalidade para a SS e, consequentemente, perde as (cada vez menos) regalias associadas à função pública.
ResponderEliminarTB, isso já não acontece quando não se fica colocado a 31 de agosto?
ResponderEliminarPois é. É muito difícil dar opiniões em assuntos que definem a vida das pessoas.Cada caso é um caso e está ainda tudo aliado ao fator sorte.
ResponderEliminarEu tenho tido muito pouca. O que posso dizer a qualquer colega é que tome sempre decisões em consciência. Não vale a pena dizer: ai se eu sabia... Se pudéssemos adivinhar, era muito bom, mas como não o fazemos, resta-nos tomar decisões e aceitar as consequências das mesmas. Boa sorte para todos.