"A Srª Deputada Nilza de Sena falou, no que diz respeito ao concurso de professores, do drama de milhares de professores do quadro, da alteração do concurso e de ilegalidades. Nada disso é verdade. Nada disso é verdade. Não houve nenhuma alteração do concurso. Não houve nenhuma ilegalidade e não há nada como milhares de professores nessa circunstância."
Não houve? Então proponho-lhe um desafio: verifique as listas de Mobilidade Interna de agosto de 2016 e compare-as com as de agosto de 2017. Concluirá que, ao contrário do que sucedeu este ano, em agosto de 2016 houve professores a obter colocação em horários inferiores a 22 h. Houve ou não a aplicação de uma regra diferente?
Mobilidade Interna - 30/8/2016:
Mobilidade Interna - 25/8/2017:
Quanto a haver ou não milhares de professores nessa circunstância (longe de casa) julgo que o número é irrelevante. Trata-se de aferir se estamos ou não perante uma ilegalidade. Um ladrão é sempre um ladrão, quer assalte 10 casas, quer assalte 100 num mês.
"Vinculação extraordinária de professores: é para colocar os professores, onde o sistema precisa. Estava lá uma regra "Qualquer professor vinculado, tem que ficar, pelo menos, um ano na vaga onde vincula porque foi para lá para preencher uma necessidade. Pelos vistos há pessoas que assinam baixo-assinados a protestar contra essa regra embora tenham concorrido a um concurso onde essa regra era explícita."
Está lá essa regra mesmo? Não se estará a confundir com a regra das permutas e impossibilidade de obter mobilidade por doença no caso dos professores vinculados extraordinariamente em 2017?
O que há é uma regra que refere que qualquer docente que viesse a vincular em 2017 no concurso externo extraordinário teria obrigatoriamente que exercer funções na escola de colocação da Mobilidade Interna. Ao contrário do que afirma o Sr. Deputado, isso não quer dizer que o professor tenha que ficar um ano na vaga (e por vaga, presumo que queira dizer QZP) onde vincula. Se assim fosse, só lhes seria permitido concorrer a vagas para escolas do QZP a que pertencem. Não foi isso que aconteceu. Os professores vinculados este ano puderam concorrer a qualquer escola do país, sendo porém, obrigados a concorrer também às escolas do QZP em que vincularam.
"O Governo já anunciou que, apesar de algumas estratégias que os professores utilizam, legitimamente, para procurar melhorar e progredir na sua carreira, terem resultado mal, por exemplo, professores que assinalaram 100, 150, 160 preferências no concurso isso em alguns casos deu mau resultado. Mas, apesar disso, e porque compreendemos, queremos corrigir essas situações que vai haver um concurso extra para que esses professores só, se quiserem, possam no próximo ano tentar corrigir essa situação."
Ponto prévio: não lhes chame "estratégias" porque pode dar a ideia de que os professores estarão a fazer coisas menos corretas. Que fique claro que as regras lhes permitem isso, logo estamos dentro da legalidade. Os professores assinalaram tantas preferências porque: 1º as regras lho permitem, 2º isso deu, em muitos casos, maus resultado não por culpa dos próprios mas sim porque houve uma supressão enorme de horários à Mobilidade Interna de agosto (supressão de todos os horários incompletos que só vieram a ser atribuídos em setembro a professores tendencialmente menos graduados). Já agora, a situação que tão generosamente "deixam corrigir" não é imputável aos professores. Os professores manifestaram as preferências em consciência e não terão nada a corrigir.
E já que fala nisso, deixo um desafio todos os professores da Mobilidade Interna: teriam alguma coisa a corrigir às preferências que manifestaram em agosto?
Numa coisa, porém, estamos de acordo, Sr. Deputado Porfírio Silva: "A desfaçatez em política deveria ter, apesar de tudo, alguns limites"
Excelente.....
ResponderEliminarDevíamos ter vergonha em anunciar publicamente que havia colegas a receber o ordenado completo e a lecionar uma pequena parte. Não nos fica bem.
ResponderEliminarE o que estava incorreto era o ano anterior.
Quem mandou os colegas colocar outros QZPs? Quem?
Se és burro não sejas está escrito na porta da igreja!
Agora cometer um erro e atingir a classe é que me parece demasiado estupido. Desculpem.
Parece que o burro da igreja fez também uma apariçao aqui às 10:52: Se acha que estava incorrecto no ano anterioo, tenho péssimas notícias para si: continua a haver este ano professores dos quadros sem horário completo. Não são os professores que criam as vagas para vincular é o governo. Se não há horários completos para todos, porque é que os professores deviam ter vergonha? É culpa deles?
EliminarAqui fica o texto que enviei:Sr. Deputado Dr. Porfírio Siva,
EliminarHoje ao ouvir a sua intervenção no Parlamento fiquei incrédula. Como é que um deputado, a quem nós, contribuintes, pagamos a preço de ouro para nos governar, fala de forma tão leviana de assuntos que não domina? Demonstrou não saber rigorosamente nada de concursos, apenas um desejo voraz de derrubar os professores e lavar a imagem do Sr. Ministro da Educação e respetiva Secretária.
Então o Sr. Deputado não sabe que há professores há muito anos no Quadro de Zona Pedagógica? Só falou dos que entraram este ano. Foi pura ignorância ou uma forma ardilosa de ludibriar a plateia?
Vou explicar-lhe, Sr. Deputado, para não incorrer mais neste erro, que não lhe traz nenhum mérito. Tenho 48 anos, 24 de serviço e pertenço ao QZP1 há 18. Nunca tinha sido enganada por nenhum Ministro da Educação. Sabia que tinha de concorrer a todas as escolas do meu QZP, mas também sabia que eram consideradas as minhas prioridades, por isso ficava relativamente próxima do meu local de residência. Este ano, as regras mudaram a meio do jogo e eu fiquei a muitos quilómetros de distância.
Quando o questionarem, responda isto, Sr. Deputado. Foi isto que aconteceu.
Maria.
EliminarEste Sr. Porfírio Silva não é mais que boy do Ps que diz o que lhe mandam dizer. Este Sr. é INVESTIGADOR! Todos sabemos como é ser "governado" por um Investigador. Este deputado desconhece as leis, fala do que não sabe.
Enfim uma VERGONHA.
De Aveiro de quando um vez lá aparecem uns deputados TOP.
Vergonhoso.....
Quiseram vincular, vincularam. Agora não querem trabalhar onde vincularam, e são sobretudo pessoas do norte, que nunca se viram a dar aulas de Coimbra para baixo. Fazem lembrar os velhos tempos em que se vinculava nas Regiões Autónomas e nunca se lá punha um pé. Lamento muito esta gente ter acabado por ocupar lugares de QZP que seriam de justiça entregues a quem pertence àquelas regiões ou a quem estivesse na predisposição de sair da sua residência para ser integrado no quadro. Muitos daqueles que agora se queixam esquecem-se que cabe ao ministério libertar as vagas para concurso e que aos olhos dos computadores da DGAE os horários completos devem ser atribuídos a quem está melhor posicionado nas listas. Quando o ME aceitou realizar concursos de vinculação extraordinária pretendia que ingressassem nos seus quadros gente com vontade de trabalhar em qualquer escola do QZP a que ficasse afeto. Devia o ministério ter incluído uma outra condição para se poder concorrer à VE: provar que se é maduro o suficiente para aceitar as escolhas que se fazem e não contar que certas práticas do passado se repitam, sobretudo quando não têm um suporte legal explícito. É curioso notar que muitos dos que agora protestam foram os mesmos que também tinham protestado quando o ME tinha proposto que só poderiam concorrer à VE quem tivesse sido colocado em 2016/2017 em horário completo e anual. É gente que nunca quis sair da sua casa, mas que queriam o melhor dos dois mundos, tanto mais que eles não acabaram por abrir nenhuma das vagas que acabariam por ocupar aquando da sua vinculação extraordinária, o que, por si só, é extraordinário. Agora lamentam-se que têm de fazer 400 km por dia... É a vida! Lembrem-se que a vaga de QZP que estão a ocupar foi ganha porque se calhar um contratado também palmilhou os mesmos 400 km no ano anterior.
ResponderEliminar"Cotovelite" aguda cura-se meu caro Anónimo.
EliminarPara quem insiste em falar do que não sabe...Entrei na VE,durante 14 anos fiz mais de 400Km (muito abaixo de Coimbra, incluindo 5 anos na RAM),e sou daqueles casos em que 1 QZP foi ocupar a vaga de um contratado (a minha vaga portanto não tirei lugar a ninguém). É fácil escrever sobre a vida dos outros e com a convicção de que se conhece a vida de todos os lesados .. .Enfim.. .
EliminarMuito bem. Concordo. Se não queriam vincular em Lisboa por serem do Norte não deveriam colocar essas opções nas preferências
EliminarConcordo com os comentários. Em resposta à questão que coloca eu não mudaria nada nas minhas preferências!
ResponderEliminarE já agora contem quantos horários completos anuais já foram atribuídos nas RR
ResponderEliminarNão, não mudaria qualquer preferência. Não tenho nada a corrigir. E é isto mesmo: este deputado não faz mesmo ideia dos disparates que diz. Ou pior ainda, faz ideia, mas prefere gozar com o pagode. Também gostei muito de ler o Paulo Guinote sobre o mesmo assunto http://www.arlindovsky.net/2017/09/a-desfacatez-em-politica-tem-um-nome-e-e-porfirio/
ResponderEliminarNão, não tenho nada a corrigir!
ResponderEliminarConcorri com os normativos bem lidos e esmiuçados. Não errei.
Quem "errou", e neste momento já nem sei se foi erro ou algo eticamente mais nefasto :(, foi o ME!
...e sabem...os "anónimos" sempre me fizeram espécie...
ResponderEliminarOs comentários são para se assumirem. Tem a ver com aquela versão de "hombridade", digo eu, vá.
Bom dia.
Lembram-se quem é esta "Srª Deputada" Nilza de Sena?... aquela que, no 'Pros e Contras' veio defender os 'amarelos', contra a Sec. de Est. Alexandra Leitão...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBoa tarde
ResponderEliminarEstou solidário com os colegas, pois entendo que se deveria estabelecer uma data próxima do início das aulas para todos os horário irem a concurso e aí a graduação funcionava.
No entanto o que me choca são os inúmeros professores que ao abrigo da mobilidade por doença (só na docência é que existe esta figura), algumas muito duvidosas, ficam anos a fio sem dar aulas destacados em escola próxima da residência.
Se estão efetivamente doentes que metam atestado e vão para casa...