terça-feira, 19 de maio de 2015

O futuro da escola pública?

Professores contra entrega das escolas às câmaras

Comentário: Entregar as escolas nas mãos das Câmaras Municipais não é algo que me deixe descansado... O poder político local é bastante mais permeável à "cunha" e ao "compadrio" que o poder central, e todos sabemos que atualmente muitas das escolas (nomeadamente as do interior) são "geridas" por diretores que, de uma forma ou de outra, devem a sua manutenção (ou eleição) à filiação ou "vassalagem" ao poder autárquico. Quem não o faz ou deixa de o fazer, não terá grande futuro na escola a médio prazo.

No entanto, e com esta nova fase de municipalização (e certamente, privatização) do ensino, a gestão das escolas permitirá às Câmaras Municipais novas linhas de "fidelização" à causa (ou cor partidária), porque surgem novas oportunidades de "negócio", mais votos e... consequentemente... mais anos do mesmo. E o mesmo não tem de ser necessariamente pior, mas nunca vamos saber.

3 comentários:

  1. Situado no fascinante mundo de um dos escândalos mais impressionantes e escabrosos que abalou e continua abalar o Agrupamento de Escolas D. Sancho II - Alijó, A Golpada, não é uma ficção, mas sim uma pura e triste realidade, com contornos viscerais, de alguns elementos do Conselho Geral, que em conjunto com a igualmente astuta e maquiavélica vereadora do PSD, se vêm forçados a trabalhar para um esquema engendrado nos idos meses de março de 2014, com um final feliz já anunciado para o próximo mês de julho. A presidente do Conselho Geral empurra-os para um enredo ardiloso, que tem tanto de perigoso quanto de escandaloso. O elemento masculino da comissão especialmente designada “à la carte” para confirmar o que há muito está confirmado, “a eleição do novo diretor”, é um apaixonado e volátil personagem que acaba envolvido neste universo de conveniências e malandrices. A vereadora, a previsível mulher, expulsa da comissão política local, a tal que integrou o elenco municipal pela porta dos fundos, poderá ser aquela a puxar o fio que fará todo este mundo desabar e implodir, situação a acompanhar com muita atenção nas golpadas seguintes. Como em tudo na vida, não há almoços grátis.

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  2. Como docente, subscrevo inteiramente as palavras do texto introdutório
    sobre a Municipalização do Ensino Público. Desde que o poder político
    iniciou uma verdadeira politização de todos os locais de cariz público
    em Portugal e não me refiro apenas à gestão das escolas, mas em todos os
    setores, desde hospitais, Santas Casas de Misericórdia, até aos mais
    pequenos centros de saúde ou “Casas do Povo” de aldeia, para não dizer
    qualquer canil ou galinheiro, onde se possam caçar uns votos, tudo
    interessa à classe política, cada vez mais menosprezada e espezinhada
    pelo povo…
    Mas se isto é verdade, não quer dizer que agora qualquer destituição de
    um Diretor de escola seja mais um caso político, isso era o que alguns
    queriam e desejavam...
    No caso concreto da não continuidade da Diretora da Escola D. Sancho II
    de Alijó, é precisamente a situação inversa daquela que querem fazer
    transparecer, ou seja, foram precisamente os ditos “escabrosos” e
    “viscerais” meandros da política, aqueles que até aqui têm prevalecido
    na gestão desta escola, senão vejamos: foi a tal Diretora que
    aproveitando a favorável conjuntura política que o seu então marido e
    Presidente da Autarquia de então detinha, lhe garantiu o cargo. Para
    tal, bastou-lhes formar sobre as suas égides, os últimos dois Conselhos
    Gerais de Escola que até aqui sempre lhes prestaram lealdade, vassalagem
    e a elegeram. Agora que a situação se alterou e as “comadres” se
    zangaram, querem fazer crer que de um processo político se trata, mas
    não é nada disto! O que esta senhora não suporta agora é deixar o poder
    de ânimo leve... poder esse que detém há mais de uma década. Mesmo
    quando não era Diretora, usurpava estas funções beneficiando da
    “bananização” do anterior Diretor, daí a perseverança que ela mantém no
    cargo, lutando com todas as armas pela impugnação do processo da “não
    recondução”. Chegar ao ponto da criação de uma lista de “Abaixo
    Assinados” que sob coação futura “obrigaram” dezenas de professores a
    assinar, diz tudo sobre os seus escrúpulos. Para além de ilegal, é de
    uma enorme baixaria coagir os professores a assinar uma petição sob pena
    de estarem no futuro comprometidas algumas regalias de horários,
    colocações em risco, funções escolares, cargos e dias livres, mas é
    assim, desta forma escabrosa que se tem gerido esta escola há longos
    anos.
    Agora que alguém (vários elementos do atual Conselho Geral), ganhou
    coragem para correr com esta senhora, parece que “caiu o carmo e a
    trindade”? não meus amigos, não há política nenhuma neste caso e a prova
    maior é precisamente que foi a Diretora destituída, sim ela própria
    (salvo duas ou três exceções), quem manipulou e formatou os dois últimos
    conselhos gerais que a elegeram.
    Resta congratularmo-nos que, no que diz respeito à podridão escondida
    por traz dos meandros ignóbeis do poder e da politica, vale mais tarde
    que nunca, esses podres venham ao de cima e sejam desmascarados,
    rejeitados e destituídos.
    Urge restituir de novo o poder decisório aos professores e a democracia
    às escolas para que coisas lamentáveis como esta não se repitam.
    Lamentavelmente, parece que não é para lá que caminhamos...

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