terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Em "banho maria"

Sindicatos querem clareza sobre possibilidade de aumento da carga lectiva dos professores 

Ministro diz que é prematuro falar em aumento da carga horária 

Comentário: Os sindicatos querem esclarecimentos... Nuno Crato não desmente nem confirma... A maioria dos professores não quer acreditar... Facto é que dificilmente este acréscimo de componente letiva não será uma realidade. 

O que fazer então?

Bem... Se este acréscimo na componente letiva (ou possibilidade de) não for causa suficiente para que todos os professores se unam e se mobilizem, então dificilmente voltaremos a ter contestação seja qual for a medida "reformista" que este governo queira implementar. Nuno Crato sabe disso... Os professores é que não.

14 comentários:

  1. Olhem o exemplo dos médicos... a eles ninguém lhes pisa os calos...

    ResponderEliminar
  2. Façam lá os Mega que têm a fazer que pouparão muitos milhões e deixem-nos a cabeça em paz e sossego para trabalhar com os alunos. A paciência está a chegar ao fim.

    ResponderEliminar
  3. Desde o Plano Inclinado até à terraplenagem que tem sido feita na Educação que a palavra de Nuno Crato vale tanto como a do boneco de um ventríloquo.

    ResponderEliminar
  4. As greves às avaliações deverão ser inevitáveis...
    Só unidos venceremos.

    El Greco

    ResponderEliminar
  5. Será que os professores só conseguem vir para a rua aos 200 mil quando os ameaçam com avaliação?! Que vergonha de classe! (De referir que fui professora durante 40 anos; não sou uma qualquer!)

    ResponderEliminar

  6. Acautelem-se

    reparem neste comentário.

    http://www.arlindovsky.net/2012/12/sobre-o-aumento-do-horario-de-trabalho/#comment-26235

    ResponderEliminar

  7. " Marido Revoltado e pronto a vingar-se

    Como marido de uma professora contratada e com 3 filhos, logo encarregado de educação, tenho a dizer que não concordo com esta possibilidade, dado que não tenho esposa para reuniões em horas impróprias (19h às 22h)… perde imensas horas em casa a corrigir testes e trabalhos, a preparar em casa dezenas de aulas. É vergonhoso ter um vencimento de 800 euros, deslocada 1h30m de casa durante 10 anos.

    Aviso que qualquer dia revolto-me, tenho é pena dos meus filhos. Estes gajos vão destruir a minha família."


    ResponderEliminar
  8. Temos de avançar rápidamente com a hipótese de greve ás avaliações, sem dúvida!

    ResponderEliminar
  9. Parece é que os sindicatos não querem resolver esta questão. Como não sabem o que é uma sala de aula não sabem que argumentos utilizar.

    As condições de distribuição de serviço deveriam ser as estipuladas pelo MEC há 3 ou 4 meses atrás:

    - 22 h lectivas(ou 24 tempos de 45min.)
    - Dessas horas lectivas duas delas poderão (deverão) ser atribuídas como apoio a alunos.

    Aos limites já existentes de 20h+2h ou 22+2 tempos, os professores/sindicatos deveriam acrescentar:
    - Limite máximo de 8 turmas
    - limite máximo de 240 alunos
    - limite máximo de 10 tempos lectivos semanais para preparar (5 níveis de 2 tempos; 3 de 3; 2 de 4 + 1 de 2; etc.)

    Porquê estes limites?

    O professor tem uma componente de trabalho individual (CTI) de 10/11 horas (com os devaneios deste MEC desceu para 8/10).

    A preparação das aulas para 8 tempos (2 níveis de 4) semanais ocupa seguramente 8x45m, isto é 6 dessas 10/11h. Se o MEC ou os pais considerarem que NÃO há necessidade de preparar as aulas isso deve ser assumido e o professor pode ter mais uma turma letiva.

    Com níveis de 4 tempos esse professor terá eventualmente 5 turmas (150 alunos).
    Com 150 alunos deverá ter CTI de 11h, conforme era estipulado em todos os despachas de organização de ano lectivo até 2010 (o MEC esqueceu-se de colocar essa indicação nos últimos dois).
    Vejamos, 150 alunos a dois testes por período dá 300 testes.
    Cada teste leva em média 20/30 minutos a corrigir e a processar todos os registos (os exames nacionais ou de equivalência levam mais de uma hora e isso deve também ser exigido, bem com todo o tempo de formação junto do JNE), o que dá 6000/9000 minutos, isto é 100/150 horas por período lectivo.

    Imaginemos uma média de 120h. A dividir por 12 semanas(trimestre) dá 10 horas semanais para correção de testes. (Se o MEC e os pais preferirem o professor pode corrigir cada teste em apenas 10m ou realizar apenas testes de escolha múltipla ou mesmo não realizar qualquer prova de avaliação. Neste caso cada professor poderia ter mais uma turma no seu horário lectivo)
    Se o mesmo professor mandar TPC uma vez por período e o corrigir, tipo 150 alunos x 6m, dá 900m = 15h, façamos de conta que é uma hora por semana.

    Façamos de conta que o professor nem necessita de se actualizar (a velha ortografia é intencional) e que não tem relatórios a fazer, reuniões a preparar, ect..

    Somando a CTI semanal: 6h de preparação de aulas+ 10 horas de correcção de testes+ 1h de correcção de TPC = 17h

    17 horas, numa situação absolutamente normal de um prof. com 5 turmas, 150 alunos, dois testes por período, dois níveis e oito aulas para preparar semanalmente.

    17 horas são 6/7 horas a mais do que está na lei e do que lhe são pagas.

    6/7 horas a mais do que 35h são já 41 ou 42h que um professor com horário padrão trabalha, isto não contando com a formação a que é obrigado e as centenas de fichas e grelhas e o raio que os parta para preencher.

    Os professores já trabalham bem mais do que agora querem fazer crer, pelo que OS SINDICATOS SÓ DEVEM É APRENDER A FAZER AS CONTAS E APRESENTÁ-LAS AO MEC, AOS PAIS E À COMUNICAÇÃO SOCIAL.

    Será difícil?
    Para quem anda na escola não é!
    Os sindicatos necessitam vir à(para a) escola.

    Os professores exigem contas claras. Devem ou não preparar aulas? Devem ou não corrigir testes? Devem ou não fazer formação?

    Assumam-se porra!

    ResponderEliminar
  10. está mais que óbvio qual é a intenção: acabar com os professores contratados de vez e secalhar colocar com horário zero mais uns milhares docentes de carreira, que mais cedo ou mais tarde acabarão despedidos! Enquanto vamos assistindo a este desmantelamento do sistema educativo público os mesmos que o desmantelam aprovam orçamentos para a casinha de ladrões em são bento de mais de 140 milhões de €€!

    ResponderEliminar
  11. Ricardo, gostava de ainda ter a tua esperança, mas já não sou capaz :-(

    ResponderEliminar
  12. infelizmente estou a ver muita resignação nas escolas... comentários do género: lá terá que ser.... incrível

    ResponderEliminar
  13. "Lá terá de ser" porque vai ser para toda a função pública! Se vamos dizer que não queremos, a opinião pública ficará, mais uma vez, contra nós e a ver-nos como preguiçosos e privilegiados. Temos é de lutar para que as 40h sejam opcionais e com aumento de salário, como aconteceu com os médicos.

    ResponderEliminar
  14. "Temos é de lutar para que as 40h sejam opcionais e com aumento de salário, como aconteceu com os médicos."

    Pergunta muito estúpida, eu sei que sim, que é muito mas mesmo estúpida. Mas aqui vai à mesma:

    : é por causa da parte " aumento de salários" que os sindicatos, em vez de rejeitarem liminarmente o aumento da CL, querem clareza..?

    Resposta ( a minha, claro) : É, ESTÚPIDA!!!!!!
    :)

    jAke, Oh my god

    ResponderEliminar