terça-feira, 2 de outubro de 2012

Romaria para o IEFP

Ministro da Educação diz que mais de mil professores com horário zero podem leccionar cursos do IEPF 

Comentário: Ontem já havia abordado este tema, no entanto, ainda muito existe por explicar. De acordo com Nuno Crato, "os professores que estão neste momento com horário zero podem vir a trabalhar nas disciplinas que lhe dizem respeito nos cursos de aprendizagem que o IEFP promove". A opção poderá ser tomada pelos professores que atualmente se encontram com horário-zero, assim como os colegas contratados.

A argumentação é simples:

"Nuno Crato explicou que os docentes vão continuar a leccionar as áreas a que estavam ligados nas outras escolas porque, apesar de serem cursos de aprendizagem prática em ambiente empresarial, alguns dão equivalência ao ensino secundário e possuem, nos seus currículos, disciplinas como a matemática ou o português".

Mecanismo alternativo que irá empurrar para o desemprego outro tipo de profissionais... 

13 comentários:

  1. Pois é Ricardo, sou profissionalizada no 300.- português desde 99. Sem colocação desde 2001, o IEFP, foi a minha tábua de salvação nos últimos anos. Só em 2009 é que voltei a conseguir colocação mas em horários incompletos. Este ano nada! E agora a partir de Dezembro, nem a formação terei. Sem subsídio de desemprego, pois o valor que recebo do IEFP é superior ao que receberia se pedisse o parcial, pois o ano passado estive com um horário de 15h. Como eu, há milhares de formadores/professores nesta situação ou piores. É de lamentar, mas assim o SR. Ministro vai poupar mais uns cobres, pois coloca colegas que já estão a receber, seja horários zero ou colegas com o subsídio!! E nós??? Como não teremos, muitos de nós direito ao subsídio....

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  2. Reparei que pus uma vírgula a mais, entre IEFP e foi!! My mistake!! É a pressa a escrever!!

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  3. Sou professor e já fui formador quer no IEFP quer nas escolas públicas e concordo PLENAMENTE com esta ideia/decisão e forma de recrutamento através da plataforma do MEC, desta forma muitos filhos da CUNHA vão dar lugar a quem realmente tem direito, desta forma saberemos quantas ofertas há para esses centros de formação e quem é selecionado. É a 1ª ideia do Cratino que me convence (mas com muitas reservas???? ;(

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  4. Cunha!!!! Em 2006 estava inscrito na bolsa de formadores do IEFP. Desde então fui chamado para dar formação. Sem Cunha! Não conhecia absolutamente ninguém naquele Centro de Formação que estava a 100 km da minha casa. De vez em quando, no início de Setembro, via colegas à espera de contratação a chegar ao Centro de Formação onde ainda trabalho a entregar curriculos. Eram-lhes atribuídos grupos que abandonavam semanas depois rescindindo contratos e deixando os formandos sem formadores. Achavam que era preferível um horário incompleto a terem que descontar, na altura, perto de 200 euros para a Segurança Social, 21% para o IRS e a terem que pagar as deslocações. Eu ia ficando e vendo todos os anos acontecer a mesma coisa. Isso é um comportamento profissional? E agora que não há horários, aplaudem ansiando pelo prato onde cuspiram!
    Miguel

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  5. MENTIRAS.

    Isto já se ouviu há muitos meses, mas se estão contentes, também já se ouviu que muitos formadores no IEFP vão ser reduzidos.


    Afinal, onde é que está a verdade?
    Afinal o que é que eles querem fazer mesmo?

    Será isto apenas uma opção para evitar o inevitável, a explosão da bomba?


    No interese nacional, mais um que reclama.

    http://www.youtube.com/watch_popup?v=tJj0H5C-uhc

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  6. E já agora, a lei diz que ninguem deve ser obrigado a ir trabalhar para longe da área de residência, e acho bem as pessoas não são animais.

    E isto não tem nada a ver com comportamentos profissionais,os governos criam a confusão, têm a confusão.

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  7. Ora bem Miguel, permita me discordar! Eu também já dei formação pelo IEFP e fui substituir alguém que ficou colocado em Janeiro (praticamente a meio do ano letivo), o que não falta nem nunca faltou são docentes para dar formação! Se calhar se o Iefp desse uma maior estabilidade e um contrato decente, muito provavelmente ninguem desistiria por horarios incompletos como diz, pois caso não saiba o sistema no publico funciona com tempo de serviço e 1 ano a dar formação corresponde a 1 mes ou 2 em tempo de serviço efetivo! Pois falo por experiencia propria que estive meses no Iefp a recibos verdes, que nem sequer subsidio de desemprego deu direito, também com meia duzia de horas semanais a lecionar 3 ou 4 modulos! Isto também não me parece vida para ninguem, ainda que exista alguem que faça disto vida! Eu por acaso quando fiquei colocada, consegui terminar os modulos que me competia dar, e sempre me foi possivel terminar as minhas funções, pois tenho tido a sorte das oportunidades surgirem em boas alturas, mas não aponto o dedo a quem foi atrás de uma oportunidade melhor! Penso que se tiver uma oportunidade profissional melhor que a deve agarrar! Tentar ir atrás de uma oportunidade melhor nunca foi nem nunca será falta de profissionalismo!

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  8. Muitos profissionais do IEFP tambem vão ser corridos isso ja se fala há meses, mas a de meter profs lá, já é outra história.

    MAIS UMA CONFUSÃO.

    Agora só falta esses profissionais culparem os docentes, isto está bonito.

    Um pais destes torna-se mesmo ingovernável.

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  9. Por acaso acho muito bem as vagas irem a concurso... pode ser que assim acabem muitas das cunhas que existiam e que não adianta negar... Ah, e já agora por que razão não fazem o mesmo com as vagas das escolas privadas??? Aí é que eu me ia rir com a saída de tanta gente que nem graduação tinha para lá estar colocado.
    Também tenho muitas reservas acerca deste recrutamento. Se for como nas contratações de escola acabam por escolher quem querem, nem que seja o nº 500 da lista...

    Óh, país vergonhoso!!!

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  10. Só o que digo e reafirmo é que enquanto houve hipóteses de colocação na bolsa e em ofertas de escola, poucos aceitaram fazer da formação vida. Digo mais, também estive em escolas acumulando com o IEFP em alguns anos e muitos colegas, ao ouvir-me falar de cursos EFAs destilavam ódio e ignorância em relação ao IEFP. São, curiosamente, os mesmos que, agora que poderão ir para lá com condições condignas se apressam a salivar por um prato onde cuspiram.
    Cunhas existiram nas ofertas de escola como o ano passado neste blog foi denunciado e continuam a existir. Eu, por mim falo, nunca trabalhei em lado nenhum por cunha e enquanto estivermos todos contra as cunhas a menos que possamos usufruir delas, este país não vai a lado nenhum. Não se valoriza o mérito nem a experiência que "outro tipo de profissionais" tem neste tipo de formação. E é bom relembrar que este tipo de profissionais é, em boa parte, constituído por professores. Como eu que sou professor de Português e Inglês com habilitação profissional para os grupos 300 e 330 e nem sequer estou mal graduado.
    Miguel, outra vez.

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  11. Não percebo como é que se pode criticar alguém que tenta ter uma vida melhor alem de dar formações a recibos verdes! Como é obvio se não houver mais nada, pois que remédio, não é por isso que passa a ser bom, é apenas uma alternativa como outra qualquer, não tão boa como a primeira! É a mesma coisa que quando não houver mais espaço para os professores serem formadores poderão ter que optar por algo fora da área, não é por isso que se pode considerar "cuspir no prato"! O apontar o dedo tornou se o método mais fácil de opinar...os argumentos é que nem sempre são válidos! Há muita coisa mal, pois há! Mas os professores deviam ser mais unidos em vez de apontar o dedo e dizer que este ou aquele devia ter feito assim ou assado! Isto está organizado de tal forma pelo ministério que em vez de ajudar o colega, pisa-se e critica-se não vá ele ficar com o lugar do outro! Enfim...quero acreditar que ainda existem professores lúcidos e com capacidade de ver a realidade!

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  12. Concordo plenamente com esta razia no IEFP, já não era sem tempo, acabar com os advogados e engenheiros que sem preparação pedagógica ganhavam uns eurozitos...Além disso é altura de terminar com as cunhas vergonhosas das escolas TEIP (ex. do Agrupamento da Escola dos Marrazes) que colocou no 910 uma colega sem tempo de serviço, mas como já tinha trabalhado na escola...paciência

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  13. Concordo, com a colega de que as cunhas vergonhosas das escolas TEIP deveriam acabar, (ex. Agrupamento da Escola de Tarouca) que abriu uma oferta de escola para o grupo 910, nos quais os subcritérios eram diretamente vocacionados para o grupo 930. E agora é caso para me questionar sobre o porquê de se abrir uma oferta para um grupo com os critérios de outro? Provavelmente, a amiga colocada não tinha formação no grupo 930...

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