quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um exemplo concreto de evidência para o relatório de auto-avaliação

Por aquilo que me chegou aos ouvidos (e que também já foi discutido - aqui - ontem, nos comentários), em algumas escolas da Grande Lisboa fazem algo que me parece perfeitamente possível, e que se baseia numa interpretação diferente da que eu dei (e de várias escolas aqui do norte, nomeadamente a minha) no que concerne ao Despacho n.º 14420/2010, de 15 de Setembro. Assim, o que está a acontecer, é nestas escolas, as evidências assim como os documentos que comprovam as evidências estão a ser colocados fora do "corpo" do relatório de auto-avaliação. Pessoalmente, considero esta segunda interpretação de aplicação mais fácil, no entanto, também já ouvi o exacto contrário...

A imagem abaixo (cliquem para aumentar) possui um exemplo de evidência, perfeitamente enquadrado e que se integra na segunda interpretação que abordei no parágrafo anterior. Se repararem logo abaixo da evidência (devidamente identificada, enquadrada, com as metodologias e estratégias, e respectiva apreciação) encontra-se uma referência a um anexo (documento que "comprova" a evidência). Agradeço ao colega (que solicitou o anonimato) o envio da mesma, pois permite aclarar algumas zonas mais tortuosas deste modelo "da treta" que tantos nos atormenta. 

Se adquirirem o guia de elaboração do relatório de auto-avaliação da Editora Nova Educação, poderão constatar (entre a página 10 e 12) que as evidências constam do "corpo" do relatório, tal como referi no meu primeiro post acerca deste tema

Assim, o melhor mesmo é questionarem na vossa escola (junto do vosso relator, por exemplo) qual a interpretação que é feita localmente (evidências no "corpo" do relatório ou fora dele?) e elaborar o relatório em conformidade. Obviamente que esta interpretação de colocar as evidências fora do "corpo" do relatório permitirá mais margem de manobra relativamente ao limite das 6 páginas A4 e será mais fácil de avaliar pelos professores relatores. Comum às duas interpretações é a colocação dos documentos que suportam as evidências, em anexo.


E no final, uma conclusão: com tanta confusão, complicação, burocracia e interpretação dúbia podemos classificar este modelo de ADD e o respectivo relatório de auto-avaliação como uma autêntica...

12 comentários:

  1. Mobilizar não significa integrar no próprio texto do relatório a actividade, o seu enquadramente no PE e por aí fora?
    Parece que a confusão surge com o verbo.

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  2. Na minha escola simplificaram, não é necessário entregar anexos com as "provas. Se o relator duvidar do que o colega escreveu no relatório de auto-avaliação pede as provas do que diz.

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  3. Sempre há escolas sensatas! A do cml é uma delas.

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  4. ... cagamerdeira (desculpem, mas Gil Vicente está sempre actual!)...
    A minha escola lá nos atirou (à última da hora) com um modelo para preencher, mas os relatores (e olhem que conheço a grande parte) parecem saber ainda menos que nós; se for preciso ainda vão é inspirar-se nos nossos para depois fazerem o deles, mas tudo bem...

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  5. Dedinho,
    Em relação à minha relatora não tenho quaisquer dúvidas sobre isso! É cá um atraso de vida que valha-me Deus! A sr.ª não sabe às quantas anda! Mas é esta gente que avalia!

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  6. Guia de elaboração do relatório de autoavaliação - Livro completo: encontrei aqui no blog: StreS'snet:

    http://km-stressnet.blogspot.com/2011/07/relatorio-de-autoavaliacao-docente-como.html

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  7. Eu cá não pergunto nada, interpreto como me der mais jeito, que é referir o nome da actividade/tarefa no corpo do relatório e em anexo vai a evidencia (com identif, metas, metodologias,... e copias de actas/planificaçoes,...).

    Se a lei não é clara e CCAD não especificou, azar... eu decido.

    Marta

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  8. "O avaliado deve juntar ao relatório de auto‑avaliação os documentos relevantes para a avaliação do seu desempenho e que não
    constem do seu processo individual, designadamente:
    a) Documentos correspondentes às evidências referidas na alínea c) do n.º 1."

    Ora eu interpreto que documento correspondente pode ser a apreciação. Mas claro, há duas interpretações possíveis, ambas válidas!

    Sem stress, M.C.

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  9. Até no relatório de auto-avaliação é evidente a falta de coerência e a ambiguidade... Isto sim é uma evidência!!!

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  10. Pergunto-me constantemente como é que gente que tirou o curso, alguns até mestrados e doutoramentos aceitam fazer esta verdadeira "merda" de processo.

    Não devemos ser assim tão inteligentes.

    Enfim...


    Isto parece o C.S.I.

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