No Jornal de Notícias a 06/08/2010: "A Federação Nacional de Professores receia que muitos docentes contratados fiquem no desemprego no final do mês. Só quando a lista de colocações for divulgada "se perceberá" o impacto das medidas tomadas pelo Ministério da Educação, garante Mário Nogueira.
No ano passado, cerca de 15 mil professores foram contratados para preencher "necessidades transitórias das escolas" em lugares de horário completo, entre 1 de Setembro e 31 de Agosto e mais cerca de oito mil foram colocados até Outubro, através da bolsa de recrutamento. Mário Nogueira receia que, no final do mês, quando as listas forem divulgadas o número de colocações seja bastante inferior ao do ano passado.
O secretário-geral da Fenprof está convencido de que as medidas que têm vindo a ser tomadas nas últimas semanas, pelo Ministério da Educação (ME), "a conta-gotas", terão "consequências desastrosas" e o concurso transmitirá o "primeiro impacto".
A federação dá hoje, sexta-feira, uma conferência de Imprensa sobre as restrições "impostas" em período de férias e orientações, que têm sido transmitidas às escolas pelas direcções regionais de Educação para o próximo ano lectivo.
O reordenamento da rede escolar - que determinou, recorde-se, o encerramento de 701 escolas de 1º Ciclo e a fusão de 84 agrupamentos com secundárias -, a redução do número de professores bibliotecários (a Fenprof estima em cerca de menos 150 o número de afectos a bibliotecas), os cortes nos apoios às escolas de música privadas, as alterações nos cursos de educação e formação (CEF) - que estabelecem novas regras na constituição de turmas - são algumas das medidas que, garante a Fenprof, produzirão desemprego docente. Porquê? Porque todas elas, argumenta Mário Nogueira, alteram a constituição de turmas, reduzindo o número de horas, o que equivale a menos horários disponíveis.
Um exemplo são alterações aos CEF. O número mínimo de alunos para constituição de uma turma era de dez e passará a ser 15; o mínimo para desdobramento em duas turmas era de 20 e passará a ser 25. "A intenção é sem disfarçar, ganhar horas, logo horários e, assim, reduzir drasticamente o número de professores", considera o sindicalista.
A esmagadora maioria dos docentes contratados no ano passado, com horário completo, substituiu professores que se reformaram nos últimos anos - no concurso nacional de 2009, sublinha Nogueira, só 396 docentes entraram nos quadros. O ME vai ter de mudar de discurso, porque as medidas restritivas contradizem as intenções de a escola ter mais respostas, alternativas aos chumbos, adverte."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
No ano passado, cerca de 15 mil professores foram contratados para preencher "necessidades transitórias das escolas" em lugares de horário completo, entre 1 de Setembro e 31 de Agosto e mais cerca de oito mil foram colocados até Outubro, através da bolsa de recrutamento. Mário Nogueira receia que, no final do mês, quando as listas forem divulgadas o número de colocações seja bastante inferior ao do ano passado.
O secretário-geral da Fenprof está convencido de que as medidas que têm vindo a ser tomadas nas últimas semanas, pelo Ministério da Educação (ME), "a conta-gotas", terão "consequências desastrosas" e o concurso transmitirá o "primeiro impacto".
A federação dá hoje, sexta-feira, uma conferência de Imprensa sobre as restrições "impostas" em período de férias e orientações, que têm sido transmitidas às escolas pelas direcções regionais de Educação para o próximo ano lectivo.
O reordenamento da rede escolar - que determinou, recorde-se, o encerramento de 701 escolas de 1º Ciclo e a fusão de 84 agrupamentos com secundárias -, a redução do número de professores bibliotecários (a Fenprof estima em cerca de menos 150 o número de afectos a bibliotecas), os cortes nos apoios às escolas de música privadas, as alterações nos cursos de educação e formação (CEF) - que estabelecem novas regras na constituição de turmas - são algumas das medidas que, garante a Fenprof, produzirão desemprego docente. Porquê? Porque todas elas, argumenta Mário Nogueira, alteram a constituição de turmas, reduzindo o número de horas, o que equivale a menos horários disponíveis.
Um exemplo são alterações aos CEF. O número mínimo de alunos para constituição de uma turma era de dez e passará a ser 15; o mínimo para desdobramento em duas turmas era de 20 e passará a ser 25. "A intenção é sem disfarçar, ganhar horas, logo horários e, assim, reduzir drasticamente o número de professores", considera o sindicalista.
A esmagadora maioria dos docentes contratados no ano passado, com horário completo, substituiu professores que se reformaram nos últimos anos - no concurso nacional de 2009, sublinha Nogueira, só 396 docentes entraram nos quadros. O ME vai ter de mudar de discurso, porque as medidas restritivas contradizem as intenções de a escola ter mais respostas, alternativas aos chumbos, adverte."
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Comentário: Tudo certeiro... Todas as medidas acima referidas por Mário Nogueira e tomadas pelo Ministério da Educação (ME) visam cortar (e de que maneira) no número de horários lectivos, e principalmente no número de horários disponíveis para os colegas que não estão nos quadros. De todas as medidas adoptadas pelo ME, parece-me que a mais penalizadora em termos laborais para os professores (principalmente para os do 1.º ciclo) será a do reordenamento da rede escolar. O somatório dos cortes deixa antever a forte probabilidade de que os receios de Mário Nogueira se transformem em dura realidade. ------------------------
Não se pode generalizar, tudo depende do grupo de recrutamento...
ResponderEliminarTou para ver...
ResponderEliminarMais um Setembro de dor e de ansiedade doentia.
O grupo 110 está pela hora da morte!
ResponderEliminarO que me vale é que agora concorro tb à Ed Especial...
Boa sorte para todos!
MarTa
Pois eu acho que o mal é geral e todos sofremos as consequências.
ResponderEliminarno grupo de matemática foi o fim das coadjuvâncias ou parcerias...
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