sábado, 12 de junho de 2010

Avaliação deverá ser factor de ponderação nos concursos.

Avaliação fica mesmo a contar para concursos.

Tribunais dão razão ao Governo contra sindicatos.

Inclusão da avaliação dos docentes na graduação para concursos.

Comentário: Ao que parece a avaliação de desempenho vai mesmo ser incluída na ponderação da graduação dos concursos de professores. Ao contrário do que muitos dizem, esta "derrota" não é dos sindicatos. É dos professores... E o Governo sabe disso, pois até coloca um artigo no seu portal (vejam o último artigo cujo link coloquei acima). As implicações da inclusão da avaliação na graduação irá provocar bem mais injustiças que a divisão da carreira, pois a existir novo concurso nacional serão tremendas as mudanças.

Surpreendente é a declaração de Lucinda Manuela (vice-presidente da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação) num dos artigos onde refere o seguinte: "Isto afecta os professores contratados. Alguns só receberam 'bom'. O ME está a fazer com que alguém fique no desemprego no próximo ano lectivo". Mas anda tudo a olhar para o céu?! A decisão da inclusão da avaliação na graduação para concursos ultrapassa completamente os colegas contratados. Irá influenciar de igual forma os colegas QZP, QEna e QA. Estou farto de referir isto aqui... Começa a ser demasiado estúpido para ser levado a sério. Se houver novos concursos nacionais em que vai tudo a "jogo" vou fartar-me de rir com aquele pessoal que vai descobrir tarde e a más horas que afinal esta situação não é só um problema dos "contratados". E depois vão-se culpar sindicatos... Culpar o vizinho do lado... Culpar o cão que urina no poste... Culpar a Isabel Alçada... O Bin Laden... Mas os culpados aqui serão mesmo os colegas que andam a assobiar para o lado e a ignorar os avisos de imensos colegas um pouco mais atentos.

14 comentários:

  1. Ninguém fez caso disso antes de sair em DL, nem depois de sair (há quase um ano e meio) e continuam a não fazer...
    Pois bem, "quem não se sente não é filho de boa gente", mas veremos o que acontece quando "tudo for a jogo". Vai ser a doer...Pena que também o seja para aqueles que sempre alertaram os outros e se preocuparam, mas que por estarem sozinhos não foram suficientemente fortes...
    A velha máxima de que "paga o justo pelo pecador" também se aplica aqui :0(

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  2. É triste, mas tenho de pedir que leiam isto, retirado do forum do Educare (especial atenção à 2ª resposta):

    Comentário inicial - "E se todos reclamarem?
    Que aconteceria se reclamassem 20000 a 30000 professores por causa da avaliação de desempenho entrar na graduação? Pelo menos teriam de ver todas as reclamações, mesmo que soubessem de antemão que a maioria era sobre a avaliação, teriam que as analisar todas, porque todos os anos surgem reclamações devido a erros de tempos de serviço, professores excluídos por engano, etc., etc,. Não sei bem o que aconteceria, nem sei se teriam tempo útil e pessoal para as analisar. Por mim vou reclamar e os colegas interessados que façam o mesmo.
    por Contratado Vitalicio, 2010.06.11 23:40:18"

    1ª Resposta - "reclamar, todos podem
    se for só para a DGRHE, vão para o lixo...
    para o tribunal, só com argumentos jurídicos (e há muitos)
    mas sem lutar...
    por lm, 2010.06.12 01:40:17"

    2ª resposta - "Cuidado!
    Eu acho melhor não experimentar pois com a precaridade de emprego é um risco demasiado elevado.
    por Elsa Porto, 2010.06.12 11:28:29"

    fonte: http://smartforum.educare.pt/index.php?id=139434

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  3. Eu fui avaliada e tive MB, estou a passar pelo mesmo processo este ano, e espero que o resultado seja, também ele, o mesmo...apesar disso considero que é de facto injusta a inclusão da avaliação na graduação, mas apenas pelos colegas que serão prejudicados sem nunca terem tido a possibilidade de optarem pela avaliação. Havia muitos avisos (nomeadamente aqui) de que esta situação poderia ocorrer...e ainda assim muitos não quiseram ter trabalho.
    Estamos no país onde o melhor é fingir que ninguém viu...ninguém sabe...ninguém quer saber... Também é injusto ver colegas a passarem à frente no concurso por comprarem notas nas privadas (estudaram comigo no publico e nunca conseguiram fazer nem uma cadeira)... e também ninguém quer ver.
    Também é injusto que a colocação por CN ou por OE seja distinguida em termos de tipo de candidato, e que isso implique a possibilidade de renovação, ou não… Eu fiquei em OE em Setembro, com horário completo, numa escola autónoma em que o único critério para selecção era a graduação profissional… ou seja, sem favorecimentos, e apesar do interesse da escola e meu, na renovação, provavelmente isso não será possível…
    ...podia descrever injustiças o dia inteiro...mas continuaría tudo igual...
    Quanto às negociações...são demasiado teatrais para poderem ser levadas a sério (é um ora ganhas tu...ora ganho eu... que já irrita)

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  4. De facto, Advogado, por nossa triste cobardia, falta de corporativismo e solidariedade, por muito marasmo e incapacidade para ver longe, somos ironicamente cúmplices do ME.

    Quanto ao "também é injusto isto e aquilo e, por conseguinte, que se lixem os outros", que agora é o novo argumento para não defender, defendendo, a verdade é essa, a consideração da avaliação para efeitos de concurso, enfim... não havemos de ir muito longe, de facto. Isto é tudo tão triste e injusto que não consigo perceber/ aceitar que haja entre nós quem se recuse a aceitá-lo.

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  5. É necessário reabrir a via parlamentar e em vez de recomendações passar a decretos de lei...

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  6. Comparemos esta afirmação do Ricardo (que concordo totalmente) "Ao contrário do que muitos dizem, esta "derrota" não é dos sindicatos. É dos professores." com esta do Paulo Guinote "(...) a verdade é que Maria de Lurdes Rodrigues venceu de forma póstuma, e graças à habilidade da sua sucessora Isabel Alçada, o braço de ferro que com a generlaidade dos sindicatos e, de forma indirecta, com muitos professores." (retirada de http://educar.wordpress.com/2010/06/12/coreografias-2/)".
    Como disse, concordo com o Ricardo e discordo do Paulo Guinote. Esta "derrota" não é uma derrota dos sindicatos e indirectamente, de alguns professores. Esta "derrota" é, directamente, dos muitos professores que estão contra e que lutaram e ainda lutam, de diversas formas, contra as várias medidas produzidas pelo anterior e actual ME.

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  7. Ricardo e advogado,não poderia estar mais de acordo com o que dizem.Fartei-me de avisar muitos colegas que me olhavam como se fosse um OVNI (esta está louca,a avaliação não vai entrar), quando viram a confirmação,acharam que os sindicatos iam fazer qq coisa,mas como lhes disse,isso deveria ter saído em portaria como no último concurso e os sindicatos deviam se ter mexido há muito.
    Eu só tive bom porque todo o conselho de docentes onde eu estava decidiu de forma unânime, na altura da luta contra este modelo,não pedir aulas assistidas.
    É triste termos lutados só alguns por todos e sermos agora prejudicados.Este não é um problema de contratados,sou QZP e vou levar por tabela,se houver mais algum concurso (coisa de que duvido...não sei bem porquê...ou até imagino).
    Enfim,tristemente continua no nosso país a política da avestruz...depois não se queixem!!
    Sandra-V

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  8. E os arredondamentos da avaliação sempre são para continuar? Se for tou lixado... Nem nisso tive sorte

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  9. Por favor, esclareçam-me:
    Não fui avaliada no ano lectivo transacto, ora concorri sem avaliação. Os colegas avaliados com Bom, independentemente da gradução passar-me-ão à frente?
    Por favor ajudem-me a perceber isto.
    Obrigada
    Lia

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  10. Penso que só passa à frente quem teve muito bom ou excelente.
    Pelo menos é o que diz a legislação (posso ter interpretado Mal)

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  11. Olá!
    Eu vejo as coisas de uma outra forma. Estou de acordo que a avaliação de desempenho conte na graduação desde que a avaliação seja séria, o que não é o que está a acontecer. Todos nós sabemos que se a avaliação não contar para a graduação a "brincadeira" continua com colegas que se encostam para não terem que fazer nada, a quem não lhes são dados cargos, porque , enfim, não têm jeito para coisa alguma e portanto nada estã feito a tempo e horas nas mãos deles. Se a avaliação não contar para a graduaçõa, estes mesmos colegas( que não são tão poucos quanto isso) vão continuar na sua vidinha, faltando a reuniões cujo horário não lhes convém, porque afinal o lugarzinho está garantido. Estou farta, mesmo farta de ver sempre os mesmos a ser convocados para equipas disto e daquilo. É "fastidiante" ver alguns colegas (do quadro) no seu poleiro, sem um único cargo na escola´, onde dão as suas aulinhas e vão embora. Estou farta desta hipocrisia ...ai somos todos colegas...ninguém é melhor que ninguém... e depois é vê-los meter atestados médicos durante meses a fio e com a lata de chegarem à escola morenos, todos frequinhos.
    Estou fata! Venho uma avaliação exigente e sim senhor, que conte para a graduação.
    Gostava de ver alguns no ensino privado, ai gostava gostava.
    Peço desculpa, mas não dá para aguentar.
    Antes de começarem a gritar, desde já sublinho que disse que eram alguns colegas, não disse que eram todos.

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  12. À parte as incongruências de muitas escolas que não respeitaram os intervalos atribuindo Bom e 8 cumulativamente, ou de docentes com mais do que uma avaliação de desempenho fruto da leccionação em mais do que uma escola (à parte estas grandes questões que carecem de decisão uniforme de procedimento), é necessário fazer-se avaliação de desempenho, afinarem-se os procedimentos éticos e profissionais subjacentes e à semelhança do que acontece em muitos países inclui-la como factor de graduação nos concursos ou então continuaremos a brincar às avaliações, e é preciso fazê-lo sem medos, porque é um processo aberto a todos. Não se percebem os medos e a aversão à avaliação porque quem não deve não teme. Os professores precisam assumir isso de uma vez de forma a prestigiarem a classe.
    Paula, professora

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  13. Num artigo no nosso site, incluímos um link a este artigo. Podem verificar aqui: http://www.manualescolar2.0.sebenta.pt/projectos/sebenta/posts/350.
    Cumprimentos!

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