quinta-feira, 4 de março de 2010

Verdade absoluta.

Escolas não actuam em casos de 'bullying'.

Comentário: Os motivos desta deficiência (ou ausência mesmo) de actuação em situação de violência física e psicológica entre pares (no caso, alunos) são diversos. O maior para mim, é mesmo o cinismo de quem sabe, pode, mas não actua. Existem outros que se confundem na enorme panóplia de responsáveis, onde as fronteiras se esbatem e os culpados estão em terra de ninguém ou são desculpabilizados. É impossível ficarmos indiferentes, no entanto, o problema em vez de ser debatido com seriedade e com o objectivo de encontrar soluções, apenas sobe à "tona" quando as situações acontecem... Para a semana (e se entretanto, não surgir mais algum caso) já está tudo esquecido. Recomendo a leitura deste texto do Paulo, com o qual concordo integralmente.

5 comentários:

  1. Tenho a sorte de conseguir fugir de escolas de cidades grandes e manter-me nas mais pacatas. Onde as zaragatas, ainda que se resolvam pela força de chapadas e encontrões, não passam disso mesmo: zaragatas.
    No entanto faz-me uma certa impressão como é que fenómenos como o bulling passam despercebidos a tanta gente.
    Serão invisiveis ou incómodos?
    A mim o suicidio como causa incomóda-me muito mais...
    Espero que este ultimo sirva, ao menos, para que se abram olhos e se acabe de vez com os alunos que "querem, podem, mandam" e acabam por matar colegas!
    Fátima B.

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  2. Na minha opinião existe uma serie de factores que dificultam a resuloção deste problema:
    - As turmas deveriam ser mais pequenas para que professores e director de turma conseguissem detectar. Menos burocracia que não interessa a ninguém também dava uma pequena ajuda
    - A falta de funcionários da escola (muitos deles vindos do centro de emprego que estão a ocupar o lugar temporariamente). Era preciso mais funcionários que mais estabilidade destes

    - a falta de responsabilização dos pais pelas atitudes dos filhos nas escolas
    - por último, a sociedade em que vivemos, onde não é valorizado o trabalho. Os míudos sentem uma impunidade, vêem os pais em casa sem trabalharem e a receberem. Para quê o esforço de ter que trabalhar?!

    Não me venham com a conversa que tirando os rendimentos mínimos é uma punição muito grande. Os pais têm de acordar para a vida e serem resposabilizados. Os meninos não se comportavam melhor? Deixem-se de tretas.

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  3. resolução, em vez de resuloção..

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  4. Fátima B.

    Pensar que estes fenómenos são exclusivos das grandes cidades é um erro e um erro que se paga caro como prova este tenebroso caso em concrecto, já que Mirandela não é propriamente o exemplo de uma grande urbe, mas de uma pacata cidade do interior norte. O dramático suicídio infantil que aqui acontece não é causa, é consequência do comportamento irresponsável dos professores, das Direcções, das Comissões de Pais e de todos aqueles que permitem serenamente que pequenos criminosos pratiquem grandes crimes dentro de uma instituição que deveria proteger e cuidar. Acontece com maior ou menor intensidade (e não é propriamente um fenómeno recente e menos ainda urbano) em todas as nossas escolas, em todos os pátios, em todos os corredores,... Não tenhamos ilusões. Comece a reparar nos alunos sozinhos, escute as piadas e conversas que se fazem em relação a alguns, passeie pelos pátios, percorra os cantos onde raramente há alguém que não sejam alunos, vai ver que descobre mais do que zaragatas ou zaragatas que podem ser muito cruéis para alguns. Por diversas razões, os rapazes são os maiores agressores e as maiores vítimas deste tipo de violência, mas não é sequer um fenómeno com género ou idade e menos ainda exclusivo das grandes cidades.

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  5. Não falava mesmo de cidades...
    Dou por opção (que isto de velhice ser um posto é a sério) de pequenas aldeias onde as turmas podem vir a ter no máximo 15 ou 16 alunos! Vais-me dizer que não damos conta? Passear pelos pátios... Quais pátios? Quando chove jogamos às cartas e ao dominó no vão da escada...
    Aqui todos são colegas desde a maternidade!
    No entanto já trabalhei em escolas com 500 e mais alunos! Não é por isso que fechamos os olhos e nos estamos a ... para o que se passa nos pátios e corredores!
    Denunciar uma situação demora tempo, requere muito papel, muita burocracia e não produz resultados!
    E que tal uns bons correctivos à moda antiga dados a tempo e horas???
    FátimaB.

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