No Diário de Notícias a 11/11/2009: "Isabel Alçada insiste na aplicação da lei, mas deixa aberta a porta a solução que inclua quem não entregou objectivos individuais. Mesmo quem não preencheu ficha de auto-avaliação pode, em teoria, fazê-lo ainda até ao final do ano.
O Ministério da Educação deverá viabilizar uma solução, para a avaliação de desempenho dos últimos dois anos, que permita às escolas classificarem todos os docentes que tenham entregue, pelo menos, as fichas de auto-avaliação.
É esta, soube o DN, a interpretação que pode ser dada às declarações deste sábado de Isabel Alçada, quando afirmou que "os professores que entregaram elementos para a avaliação serão todos avaliados".
Oficialmente, a ministra nunca se antecipará no anúncio de que os professores que não entregaram objectivos individuais poderão ser classificados e progredir na carreira. Até porque essa é uma questão que fará parte das negociações agora iniciadas com os sindicatos de professores.
Mas ao aceitar integrar na avaliação todos os que "entregaram elementos", Isabel Alçada já está a deixar uma porta aberta aos professores que recusaram definir objectivos, mas não fizeram o mesmo em relação à auto-avaliação.
(...)
De referir que, vários pareceres jurídicos defendem que o único acto obrigatório para os professores é a auto- avaliação, prevista no Estatuto da Carreira Docente de 2007. Os objectivos só foram introduzidos no modelo de avaliação, entretanto reduzido à figura de regime transitório. Ou seja: o Governo não deixará de cumprir a promessa de "aplicar a lei" se optar por se cingir ao ECD.
(...)
Nas suas declarações, a ministra tem frequentemente frisado que o processo se mantém até Dezembro. Ou seja: não existe, à partida, nada que impeça as escolas de convidarem quem ainda não entregou a auto-avaliação a fazê-lo agora. De resto, ao que apurou o DN, só na última semana, alguns milhares de professores terão cumprido essa etapa."
Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)
O Ministério da Educação deverá viabilizar uma solução, para a avaliação de desempenho dos últimos dois anos, que permita às escolas classificarem todos os docentes que tenham entregue, pelo menos, as fichas de auto-avaliação.
É esta, soube o DN, a interpretação que pode ser dada às declarações deste sábado de Isabel Alçada, quando afirmou que "os professores que entregaram elementos para a avaliação serão todos avaliados".
Oficialmente, a ministra nunca se antecipará no anúncio de que os professores que não entregaram objectivos individuais poderão ser classificados e progredir na carreira. Até porque essa é uma questão que fará parte das negociações agora iniciadas com os sindicatos de professores.
Mas ao aceitar integrar na avaliação todos os que "entregaram elementos", Isabel Alçada já está a deixar uma porta aberta aos professores que recusaram definir objectivos, mas não fizeram o mesmo em relação à auto-avaliação.
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De referir que, vários pareceres jurídicos defendem que o único acto obrigatório para os professores é a auto- avaliação, prevista no Estatuto da Carreira Docente de 2007. Os objectivos só foram introduzidos no modelo de avaliação, entretanto reduzido à figura de regime transitório. Ou seja: o Governo não deixará de cumprir a promessa de "aplicar a lei" se optar por se cingir ao ECD.
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Nas suas declarações, a ministra tem frequentemente frisado que o processo se mantém até Dezembro. Ou seja: não existe, à partida, nada que impeça as escolas de convidarem quem ainda não entregou a auto-avaliação a fazê-lo agora. De resto, ao que apurou o DN, só na última semana, alguns milhares de professores terão cumprido essa etapa."
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Comentário: Este artigo é uma verdadeira "pérola" de análise da estratégia política. Leiam-no com bastante atenção... Irão concluir que as "indefinições" de Isabel Alçada não são fonte de falta de inspiração, orientação ou receio, mas sim de uma autêntico jogo de xadrez, onde o Governo já pensou 3 movimentos à frente.
Nada que já não soubessemos, mas ver isto escrito num meio de comunicação social dá outro "gozo".
Nada que já não soubessemos, mas ver isto escrito num meio de comunicação social dá outro "gozo".
A porta está aberta, mas se os sindicatos não abrirem a janela virá uma corrente de ar das bandas do ministério e a janela bate com força para voltar a fechar-se.
ResponderEliminarRicardo, eu não tinha lido esta noticia quando escrevi o comentário no post anterior. Ela parece confirmar aquilo que disse.
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