segunda-feira, 15 de junho de 2009

Cerca de 2600 novos professores poderão integrar os quadros.

No Jornal de Notícias a 15/06/2009: ""Trata-se de emprego mais barato. As necessidades do sistema serão satisfeitas por mão-de-obra precária. Há uma perda de recursos humanos com experiência", afirma João Dias da Silva, presidente da FNE, um dos sindicatos que tem tido posições mais moderadas.

No entanto, a verdade é que o concurso para vagas de quadro a decorrer irá colocar 2600 novos professores dentro do sistema, segundo dados do Ministério da Educação. Por outro lado, 18 mil docentes do quadro de zona pedagógica (QZP) integrarão os quadros de escola. Dos mais de 30 mil QZP colocados em necessidades residuais ou por colocar, 12 mil ganharão nova estabilidade nos quadros.

As necessidades ao longo do ano lectivo irão criar, como habitualmente, uma oscilação que é sempre caracterizada pelos sindicatos como sendo de novo desemprego docente. Por exemplo, no ano lectivo que está a acabar, em Setembro havia cerca de nove mil contratados, mas em Abril já chegavam aos 31 mil. São estas dezenas de milhares de que os sindicatos dizem que ficam desempregados quando acaba o ano.

Em Setembro de 2007, a Fenprof acusava o Governo do maior despedimento colectivo do sector público. Cerca de 45 mil candidatos ficaram de fora na primeira fase do concurso de colocação de professores. Recuando mais dois anos (2005), os números dos sindicatos são os mesmos. Não esquecendo que os cursos superiores continuam a alimentar as franjas do sistema, o IEFP revelava no seu relatório de 2008 a maior quebra no desemprego docente (-45%)."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: 2600 novas entradas em 4 anos. Só de Janeiro a Julho deste ano, foram 3003 as reformas. Se contabilizarem o total de reformas em 4 anos, teremos um panorama bem claro do que está a acontecer. Estas 2600 entradas não são minimamente suficientes para «cobrir» as necessidades dos quadros dos agrupamentos e escolas não agrupadas. Imensas vagas serão ocupadas por contratados, o que significa precariedade laboral para estes colegas por mais 4 anos. Se os próximos grandes concursos nacionais forem «TEIPados», teremos então o eternizar de uma situação, que não irá atingir apenas os actuais «precários» da profissão.
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3 comentários:

  1. Mais uma vez, não percebo as contas do ME...como é que 2600 contratados vão entrar nos quadros?As vagas não chegam nem para os QZP existentes.E as vagas destes não são recuperadas.Nem no 910, os contratados vão conseguir entrar pq os candidatos QA/QZP são mais que muitos. No total, se entrarem 260 contratados já acho muito...

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  2. Em relação às listas definitivas parece que há um limite máximo de dias previsto entre a publicação da lista ordenada e a definitiva. Será assim?

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  3. Só se estivermos a falar do prazo de análise de reclamações, mas mesmo assim não podemos considerar esse prazo como um limite. Que eu saiba não existe nada na legislação que refira limites temporais entre as duas listas.

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