terça-feira, 7 de abril de 2009

Ainda o «caso» de Santo Onofre.


Comentário: Esta situação é extremamente grave. Vem mostrar que a «autonomia» é imposta quando as mudanças não correm de feição (e a velocidade cruzeiro) ao Ministério da Educação. Para além disso, vem também confirmar a desunião da nossa classe, pois perante a resistência de alguns colegas perante uma determinada situação, existem sempre outros que, ao coberto de uma qualquer justificação se chegam à frente e destroem por completo qualquer iniciativa. Neste caso, alguns dos colegas que vão fazer parte da Comissão Administrativa Provisória são dirigentes sindicais do SPZC (FNE), o que ainda piora a confiança nos sindicatos. Ou seja, esta polémica, dá duas «machadadas» na luta dos professores. Não sei qual delas será a pior, pois se uma delas é a nível local, a outra será a nível nacional, mas como a FNE não tem qualquer credibilidade perante a esmagadora maioria dos professores, será «ela por ela».

11 comentários:

  1. Oh Ricardo quantas "machadadas" achas que aguenta o ensino em Portugal.

    É que eu a cada machadada vejo o fim da educação e do orgulho de leccionar.

    Boa Páscoa!

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  2. É verdade isso da machadada!
    Como é bem verdade, também, que grande/enorme machadada deram os professores na sua própria luta, na questão dos OI.
    Num momento que podia ser politicamente arrasador para o ME e o governo que mais não fariam que "render-se", os professores, na sua esmagadora maioria foram a correr entregar os OI. Inventaram as mais díspares desculpas para o fazer e fizeram-no mesmo. Uma tragédia. Uma imensa machadada.
    Vejam só em que posição ficaram os professores que não entregaram os OI. Pensem nos sentimentos que, por estes dias, lhes confundem o coração.
    Digam-me, os outros, por favor, se é justo esperar deles participação nas lutas que se avizinhem, sejam elas manifestações ou greves.
    Estou completamente desiludido. Era fácil e era importante, resistir na questão dos OI. Mas não quiseram.
    Pois bem, está tudo estragado, penso eu.
    Saudações
    Elias

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  3. Não é só da fne.
    Também há da fenprof.
    http://www.sala
    dosprofessores.com/index.php?option=com_smf&Itemid=62&top
    ic=11648.msg132971&topicseen=1#msg132971

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  4. Relativamente à prova de ingresso na carreira docente:
    O ME apresentou uma proposta aos sindicatos, impondo aos profs como requisito de ingresso a prova de avaliação de conhecimentos ...
    Estarão isentos da prova os colegas que completarem aquando a realização da mesma 4 anos de serviço efectivo...

    Ricardo, diga-me por favor o seguinte:
    - o tempo de serviço será contado até o momento da prova; ou reportar-se-á ao ano lectivo anterior?
    (eu entendo que seja até ao momento da prova... mas não tenho certeza).
    Outra coisa, a prova aplicar-se-á aos colegas que entrem no quadro este ano? Aqueles que aquando o momento periodo probatorio nao perfaçam os tais 4 anos de serviço?

    Desculpe se estou a fazer questões descabidas, mas a lei não é nada clara nestes pontos: já li, reli...

    Eu entendo que sendo prova de ingresso, seja para ingressar nos quadros.
    No entando a proposta do ME, refere haverá anualmente a prova de ingresso e fala na obrigatoriedade de realizar a mesma para exercer funções docentes...

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  5. Eu sei que para este concurso esse requisito não foi exigido.
    No entanto, para o ano a ser implementado, quer-me parecer que possam obrigar mesmo os docentes que ingressaram este ano no quadro, aqueles que não têm os tais 4 anos de serviço.
    Não sei se estarei correcta, mas segundo o que li, as provas de ingresso serão anuais. Ora depreende-se que até para o concurso anual, necessidades residuais, possa ser exigível aos docentes que não tenham o tal tempo de serviço completo.

    Desculpem o sarcasmo: ja leram portanto, a forma como os professores poderão aceder à categoria de professor titular: ter o tempo de serviço exigivel par esse efeito, e fazer uma prova publica.
    Esta prova publica é um trabalho que reportará à actividade lectiva do docente, um trabalho! Que deverá ser defendido perante um juri... tudo bem...
    Agora para os professores aspirantes a professores, terao que fazer provas com questões problematicas, de raciocinio logico bla bla bla, relacionadas com áreas não disciplinares...
    Enfim... que desolação...

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  6. Falo da proposta que se encontra no sitio do min-edu.
    leiam..

    http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=3452&fileName=propostas.pdf

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  7. AH! Finalmente já se descubriu que o novo conselho executivo também tem um professor da Fenprof. Então isto está a complicar-se! Não, talvez não, porque já lá está um camarada da fenprof e , assim o telhado já tem vidro e é preciso ter calma com a situação. Aliás viu-se que só choveram pedradas ao SPZC (FNE) quando se falou nos dois professores que primeiro deram a cara. Como agora já se descubriu que há outros que tb pensam decidiram pela sua cabeça e não pela do seu sindicato já tudo se acalmou!!!!. E acho piada, ainda a concentração que o SPGL vai fazer no dia 14 à porta da escola. Será para apoiar o presidente demitido como se diz ou antes será para apoiar o seu associado que aceitou integrar o novo conselho executivo???
    É tudo uma fantochada!!!!
    Deixem-nos trabalhar em paz e não nos instrumentalizem porque já não somos cegos.Vejo é muitos que não querendo trabalhar arranjam permanentemente factos para os empular e colocar-nos sob revolta, mas que é só para baralhar. Deixem-nos trabalhar!!! Dou-vos um conselho. Por favor não apareçam na escola porque ainda sobraram ovos, dos que atiraram à ministra!!!!

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  8. Para RS: Perder o orgulho em ensinar, é que nunca! Governos há muitos... Nós continuaremos por cá bastantes anos.

    Uma boa Páscoa para ti também.

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  9. Para Elias: Até certo ponto concordo contigo, no entanto, a decisão de não entrega dos OI foi sempre pessoal. A desilusão, só acontece quando nos deparamos com atitudes incongruentes (ex. apoiar a não entrega dos OI e depois proceder de forma contrária) ou com falsas expectativas. E quem conhece bem a nossa classe, sabe perfeitamente que a não entrega esmagadora dos OI seria um objectivo irreal. Mas a luta não pára... Aliás, aproxima-se o ponto de viragem. Ponto esse, que depende dos nossos votos.

    Boa Páscoa.

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  10. Ainda não analisei as novas propostas do ME aos sindicatos. Espero que dentro em breve, o consiga fazer. Para já, ainda não consigo dar resposta a essas questões.

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  11. Estranho, estranho, é a quantidade de ocorrências na net relativamente ao caso Sto. Onofre/FNE quando comparada com a quase inexistência do caso Sto Onofre /FENFROF (David Caetano).

    Os maníacos das conspirações bem poderiam dizer que os media estão cheios de simpatizantes comunistas pois que, quando se trata de actos de dirigentes da FNE, atacam toda a instituição (FNE), mas quando se trata de actos de dirigentes da FENPROF, se calam, atribuindo as culpas a uma comportamento individual menos reflectido...
    Eu não quero acreditar nisso, mas continuo a pensar que se trata do síndrome Margarida Moreira (a quem muitas vezes se atribui um passado de dirigente da FNE, quando foi dirigente sim, mas da FENPROF ...)Aliás, os seus actos estão mais de acordo com os saneamentos políticos do pcp (agora milita ps, mas teve uma boa escola.
    fantástico, isto tudo!
    E entretanto, vamos comendo toda a palha que nos vão dando...é mais fácil ser maniqueístas do que ser críticos...

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