No Diário de Notícias a 04/11/2008: "São já cerca de centena e meia as escolas que tomaram posições no sentido de pedir a suspensão da avaliação, garante Mário Nogueira, da Fenprof - na sexta-feira, a FNE falava em menos de uma centena. Mas o sindicalista assegura que o processo está "efectivamente parado" em cerca de metade, já que muitas escolas optaram por "estratégias de protelamento". No entanto, o secretário de Estado da Educação considera que este cenário "é absolutamente falso". Valter Lemos assegura que o processo está a decorrer na "esmagadora maioria" dos estabelecimentos de ensino e que os pedidos formais que chegaram ao Ministério são poucos - "uma dezena, talvez nem isso".
(...)
João Madeira, do Movimento Escola Pública, prefere não distinguir entre as escolas que anunciaram formalmente a suspensão do processo e aquelas onde foram levantados outros obstáculos. "São expressões diferentes do mesmo problema que convergem no mesmo sentido, isto é, traduzem todas bloqueios à avaliação", diz. "O número está a crescer de dia para dia", confirma José Ricardo, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE). "É necessário alterar o modelo de avaliação, porque o processo está a causar graves prejuízos ao ensino", diz o vice-secretário-geral da FNE. Para Mário Nogueira, a implementação da avaliação veio criar "um ambiente de cortar à faca nas escolas". "É por isso que pedimos a suspensão deste disparate", conclui. No entanto, os representantes da FNE e da Fenprof salientam que pretendem avançar rapidamente para a renegociação do processo de forma a encontrar um processo de avaliação "mais justo". "Não questionamos a necessidade de avaliação", reforça Mário Nogueira.
Para o secretário de Estado da Educação, "quer dar-se uma ideia de que as coisas não estão a funcionar nas escolas e isso não é verdade". Valter Lemos diz-se ainda surpreendido pelas posições dos sindicatos, uma vez "que o Ministério está a cumprir escrupulosamente o memorando de entendimento assinado em Abril".
Para José Ricardo, a manifestação do próximo sábado servirá para tirar teimas. "Se neste protesto estiverem centenas de milhares de professores podemos concluir que a contestação não se limita a 70 ou 80 escolas", considera."
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João Madeira, do Movimento Escola Pública, prefere não distinguir entre as escolas que anunciaram formalmente a suspensão do processo e aquelas onde foram levantados outros obstáculos. "São expressões diferentes do mesmo problema que convergem no mesmo sentido, isto é, traduzem todas bloqueios à avaliação", diz. "O número está a crescer de dia para dia", confirma José Ricardo, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE). "É necessário alterar o modelo de avaliação, porque o processo está a causar graves prejuízos ao ensino", diz o vice-secretário-geral da FNE. Para Mário Nogueira, a implementação da avaliação veio criar "um ambiente de cortar à faca nas escolas". "É por isso que pedimos a suspensão deste disparate", conclui. No entanto, os representantes da FNE e da Fenprof salientam que pretendem avançar rapidamente para a renegociação do processo de forma a encontrar um processo de avaliação "mais justo". "Não questionamos a necessidade de avaliação", reforça Mário Nogueira.
Para o secretário de Estado da Educação, "quer dar-se uma ideia de que as coisas não estão a funcionar nas escolas e isso não é verdade". Valter Lemos diz-se ainda surpreendido pelas posições dos sindicatos, uma vez "que o Ministério está a cumprir escrupulosamente o memorando de entendimento assinado em Abril".
Para José Ricardo, a manifestação do próximo sábado servirá para tirar teimas. "Se neste protesto estiverem centenas de milhares de professores podemos concluir que a contestação não se limita a 70 ou 80 escolas", considera."
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Comentário: A ser verdade, 150 escolas já é um bom número, e ainda não chegámos ao fim do 1.º período lectivo. E a tendência é para aumentar... Relativamente às declarações de João Madeira, do MEP, concordo plenamente com o raciocínio feito: as moções no sentido da suspensão integral do modelo de avaliação e as moções no sentido de protelar prazos e etapas são duas faces da mesma "batalha". Mais do que o impacto imediato de uma ou mais manifestações, é nas moções e decisões ao nível de escola/agrupamento que reside a solução.
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