Se a medida das 40 horas de
trabalho aplicadas à função pública se repercutir diretamente no horário dos
professores está o caldo entornado. Isto significará com certeza um aumento da
carga letiva e na prática existirão muitos professores que poderão ter 300 ou
mais alunos à sua conta. Isto levará ao esgotamento dos
professores (só quem nunca deu aulas é que não percebe que o contato direto com
turmas de 30 alunos é de um desgaste profundo e incontornável mesmo para os que
pensam ser super professores) e afetará irremediavelmente a qualidade do
ensino.
Nestas condições de trabalho a
dúvida que fica é que talvez o melhor é mesmo sair. É que também sabemos que
haverá alterações na tabela remuneratória, que evidentemente baixará os
salários dos docentes. Esta medida levará também à razia
dos contratados e ao aumento exponencial de horários zeros e ao consequente
despedimento de mais uns milhares de professores do quadro que ficarão na mobilidade
= (18 meses de subsídio desemprego)
É a destruição da escola pública
tal como a conhecemos mesmo à frente dos nossos olhos. E agora vamos assobiar
para o lado e pensar que não vai acontecer?
Para isto só tenho uma frase
final, as palavras de Bartleby.
“ Eu preferia não “
Se Nuno Crato não conseguir fazer ver ao seu colega Gaspar que aumentar a carga lectiva dos professores tem consequências nefastas ao nível da qualidade do ensino e que a redução do número de docentes já foi de tal ordem que não faz sentido pensar em aplicar a mobilidade especial aos professores, então resta a Nuno Crato uma saída: a sua demissão.
ResponderEliminarÉ que Nuno Crato deveria estar no Governo para defender a Escola Pública e não para fazer figura de corpo presente. E os cortes de que se falam já são daqueles que colocam em causa a qualidade do ensino ministrado...
Alguém sabe quando se inicia o concurso extraordinário para a Madeira? Os do continente podem concorrer?
ResponderEliminarObrigado.
Ricardo ( e restantes colegas) o que me entristece mais é a imobilidade e o estado quase comatoso em que a classe está.
ResponderEliminarNem após esta comunicação do sr PM, os professores com que lido diariamente reagiram.
Não entendo, acho que se dissessem a alguns colegas que iriam trabalhar de sol a sol, a ganhar ordenado minimo, nem assim contestavam.
Que me desculpem, mas então (a)os colegas do 1º ciclo é demais...
Que me desculpe o colega Alvaro, só agora vi que foi ele que escreveu esta publicação. :)
ResponderEliminarNesse caso será:
Alvaro (e restantes colegas)... :)
Acho que a desmotivação dos professores advém dos fracos ou nenhuns resultados das "lutas" anteriores, acrescida da falta de apoio social, nomeadamente dos encarregados de educação/associações de pais.
ResponderEliminarNo fundo, todos concordam que esta é a machadada final na qualidade do ensino público e no respeito pela profissão e conhecimentos dos professores. Não queremos assobiar para o lado; faremos o quê?!
Realmente, os professores são uma classe em que não existe união, apenas inveja. (contratados / quadro, privado / público)
ResponderEliminarEu sou contratada e tive muitos anos no privado, mas nunca me passou pela cabeça dizer mal dos colegas do público. Eu acho que muitos professores estão muito mal, pois é preciso estar muito mal para se dizerem barbaridades destas. Por esse motivo é que ninguém nos liga, porque não há união, porque parecemos uns fracos. Eu sou professora contratada, não sei se no próximo ano terei colocação, mas tenho respeito por todos os colegas.
É triste pensar como a colega Marília.
Sou psicóloga...
ResponderEliminarDeixem a Marília, fazer a sua terapia!
Os profissionais da educação sabem um pouco de psicologia. Neste momento, já devem ter reparado no seu verdadeiro problema.
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ResponderEliminarPura da realidade? Todos nós, Professores, sabemos que trabalha-se mais em casa do que na escola. As aulas são o resultado do que que se desenvolveu em casa. Por exemplo, quanto tempo demoramos a preparar 1 bloco de 90 minutos?
ResponderEliminarBem...é fácil perceber que o que essa "marília" quer é um pouco de atenção... Precisa de amiguinhos marília? Imagino que atire essas parvoíces para o ar, para depois ter respostas às alarvidades que diz q fingir com isso que está a dialogar com alguem, não é? Pois bem...por mim bem pode ser ainda mais ridícula, que nem sequer vou perder tempo a responder-lhe mais. Não admira que tenha de fazer essas figuras tristes para ter um pouco de atenção...ninguem gosta de pessoas rídiculas... EM RELAÇÃO A ESTAS MEDIDAS (quem as faz deve ser da família da marília)...como já aqui mencionei antes, por mim fazia GREVE ÀS REUNIÕES DE AVALIAÇÃO. 1 ou 2 grupos disciplinares por dia e ficava o país parado durante sem se saber se os alunos transitavam ou não, sem poderem efetuar as nmatrículas, sem poderem matricular-se nas faculdades, etc... Íamos ter a opinião pública contra nós...e depois?! Já ninguém tem respeito por nós, por isso ao menos resolviamos os nossos problemas...
ResponderEliminarNão acredito que a Marília exista, tal como se apresentou. Deve ser alguém a brincar só para incendiar os ânimos.
ResponderEliminarTodavia, na eventualidade dela existir, só lhe posso dizer que deve ter sido muito infeliz enquanto lecionou, ao ponto de se ter tornado numa pessoa tão amarga e de se colocar contra os próprios colegas.
Lecionei alguns anos no privado e nunca tive esse tipo de sentimento em relação aos colegas que estavam no público. Aliás, antes pelo contrário, sentia uma certa invejazinha (saudável) pelo facto de, tal como eles, desejar lutar pela Escola Pública e pelos direitos das nossas crianças e adolescentes. Hoje, na escola pública, encontro-me numa situação profissional mais precária (pois sou contratada), mas em termos pessoais sinto-me, de looooooonge, mais realizada. Não tenho perfil para andar a lamber botas a diretores e a paizinhos endinheirados que compram o futuro dos filhinhos e que nunca vão saber o que é ter de estudar e lutar para ter uma vida. Hoje na escola pública não trabalho menos do que trabalhava no privado. Não preciso de ficar na escola das 9h às 18h para parecer que trabalho. Diariamente trago o trabalho para casa como todos os colegas. Mas a Marília não sabe o que é isso, porque deve desconhecer o que é ter brio profissional.
E a Marília, tem filhos ou netos? E eles estudam na escola pública, ou têm uma avozinha que patrocina os estudos no privado?
Colegas, peguem nessa Marília e levem-na ao Crato. É a prova provada de que temos uma profissão de total desgaste! Coitada... juro que morro de pena! Para si, Marília, tome um Xanax todos os dias e vá dormir, que isso passa! Um chi-coração e muitos beijinhos para a Marília
ResponderEliminarTens razão colega (se me permites a confiança), penso que o teu conselho é o melhor para a Marília, mas ele faz-nos também refletir...
ResponderEliminar...e, de repente, sinto-me assombrada pelo fantasma do futuro: quando eu tiver 66 anos, temo que o meu estado mental vá ser bem pior que o da Marília...a não ser que morra antes, porque vistas bem as coisas, hoje em dia são poucas as pessoas que chegam aos 66 anos sem cancro, sem Alzheimer ou sem um grave problema de coração, por isso...
Na verdade, pouco respeito há pelos colegas de profissão. NENHUM se dignou, por obséquio, a responder à minha questão: "Alguém sabe quando se inicia o concurso extraordinário para a Madeira? Os do continente podem concorrer?"
ResponderEliminarObrigado, na mesma, pois verifica-se que o que os move é um je ne sais quoi...
Depois, queixam-se da Marília. Pois se são os próprios a cair na panela da sopa onde estão a cozinhar! João Ratão!
João Ratão,
ResponderEliminarSe calhar ninguém lhe respondeu porque também não saberão...
Eu pelo menos não sei, logo não vou inventar nada que o possa levar em erro.
Experimente pesquisar no google...
Hoje em dia já há professores com mais do dobro dessa previsão de 300 alunos.
ResponderEliminarFaçam as contas. Um professor do TIC com 45 minutos semanais pode ter até 22 turmas.
22*30 alunos = 720 alunos
Isto é um caso extremo, mas facilmente se encontram professores com mais de 500 alunos
Ai Marilia!!!
ResponderEliminarSe é prof reformada não percebe nada da realidade do ensino nos dias k correm!! De facto no seu tempo, as regalias era muitas e os professores tinham um horário de Rei... Mas isso já não existe há mais de 10 anos minha senhora!! Se não é prof. não percebe rigorosamente nada do desgaste de um prof.. Em qualquer um dos casos vá dormir que o seu mal é sono.
Pedro_Norte(chat)
RICARDO!!! PK DESAPARECEU O CHAT CÁ DA CASA??
Abraço
Em momento algum disse que não trabalharia. Disse que não levava trabalho para casa.
ResponderEliminarO que andam a fazer os sindicatos?
ResponderEliminarhttp://mulher-professora.blogspot.pt/
Eu já tenho 300 alunos 10 turmas e é muito desgastante. Se aumentar a carga horária dou em doido.
ResponderEliminarÉ apresentado pelo Álvaro um tema que devia ser objeto de reflexão e 90% dos comentários perdem-se em ninharias sem substância!!
ResponderEliminarPois é depois queixam-se! O aumento de número horas aos Professores, nomeadamente aos contratados por serem os que já têm maior carga letiva terá inevitavelmente consequências negativas na excelência do ensino que é preconizado no ECD. Por exemplo se obrigarem um médico a atender 30 pacientes em 90 minutos ele conseguirá. Mas não esperem que a qualidade do serviço de atendimento seja igual ao de atender 15 pacientes!
João rat~ºao, a porevisão de concurso na Madeira é para final de Maio. Os colegas do continente podem concorrer mas penso q em 2º prioridade. Mas ainda não saiu nenhum diploma do concurso.
ResponderEliminarGreve à avaliações já!!! o que andam a fazer os sindicatos??? ainda não perceberam que a manifs não levam a lado nenhum????
ResponderEliminarMarques Mendes (sem que houvesse qualquer razão aparente) apresentou gráficos que demonstram o excesso de professores para o número de alunos.
ResponderEliminarA partir de setembro começam as rescisões amigáveis.
Quer isto dizer que os 30000 funcionários públicos a eliminar serão sobretudo professores e a opinião pública começa a ser preparada.
Para os muitos coleguinhas que votaram em massa no PSD/BPN e no Portas dos Submarinos, desejo-lhes a mobilidade, trabalho a dobrar, turmas enormes e cortes salariais! Têm o que merecem!...Dá-me um gostinho especial vê-los táo arrependidos com lamentações!!
ResponderEliminarAcho triste que ainda haja tanta gente a desvalorizar uma profissão como a nossa ( na qual estamos sujeitos a ser maltratados por todos, e não apenas pelo Governo). E proponho que não respondam a pessoas que se dizem professores, mas que não o são. Ninguém no seu perfeito juízo vai acreditar no que dizem.
ResponderEliminarBoa sorte a todos, colegas! Vamos precisar. Uns vão ficar desempregados, outros sobrecarregados. Todos vamos perder.
Minha cara Srª Profª Drª
ResponderEliminarMarilia
Ainda bem que existem funcionarios publicos que durante anos descontam e bem e sustentam a Caixa Geral de Aposentaçoes.
E que parece que no privado os medicos, advogados e outras classes so ganham 250 euros por mes e os Srs deputados tem reforma com 8 anos de serviço.
Como diria Fernando Pessa: "E esta heim?"
O objetivo é entregar a escola a gestão de privados. Ponto final parágrafo...
ResponderEliminarAo longo dos tempos, temos assistido ao degradar da escola pública e grupos privados a aumentar os seus lucros...Onde há escola pública, nunca deveria financiar grupos privados... Estes usam e abusam de fundos do QREN para encher os bolsos...
Para Pedro_Norte(chat): Tens o link para o chat sob a forma de uma imagem na barra lateral direita.
ResponderEliminarColegas, cumprindo com o que prometi há umas semanas, irei apagar todos os comentários acima que considero provocatórios (e... obviamente as reações dos colegas a essas provocações).
ResponderEliminarNa Dinamarca existem protestos contra o aumento do horário de trabalho. Só que...
ResponderEliminarhttp://www.opais.co.mz/index.php/internacional/56-internacional/24838-professores-contra-aumento-do-horario-escolar.html
Já ouvi comentários de colegas que apenas têm 1 ou 2 turmas. Estão preocupados devido ao aumento do trabalho.
ResponderEliminarNo entanto, são os que são dispensados de vigilâncias de exames e de outras tarefas burocráticas pq "têm muito trabalho"!
Como eu tenho 6 turmas ( sou a única do meu grupo na escola inteira), faço as vigilâncias de exames e outras tarefas que "dão trabalho", não me queixo pq já sei o que isso é!
Dos 1º colegas n tenho pena!