segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Reposição da justiça nas contratações de escola

A FENPROF vai reunir amanhã com o MEC para exigir a correção dos "erros e arbitrariedades que são causa de graves injustiças na contratação de docentes, através da chamada oferta de escola" (mais uma vez é utilizada uma terminologia desatualizada... Trata-se de "contratação de escola").

Fazem bem! Mas sozinhos não vão longe...

Recordo que a FENPROF não assinou o acordo relativo ao último diploma concursal que permitiu a permanência dos subcritérios manhosos, como tal, será das poucas organizações sindicais a poder fazer este combate sem dar grandes tiros nos pés.

O mesmo já não se pode dizer de outros sindicatos (aqui e acolá), como a FNE, o SPLIU, o SEPLEU, o SIPE e o SNPL, que ao assinarem a proposta que posteriormente foi vertida em Decreto-Lei 132/2012, de 27 de junho, comprometeram bastante a sua "capacidade" de contestação às contratações de escola. Obviamente que a podem contestar... Até considero que se devem juntar à FENPROF na exigência de equidade nos subcritérios, mas a sua legitimidade acaba por ficar algo beliscada. Aliás, depois de dar uma vista de olhos pelos diversos sítios virtuais destes sindicatos, não encontrei qualquer alusão às injustiças nos subcritérios utilizados em contratação de escola...

E para aqueles defensores cegos do sindicalismo do(c)ente, que afirmam que existiram discordâncias pontuais, no entanto, optaram por assinar porque a proposta de normativo legal era globalmente positivo, recordo que quando assinamos um documento, a assinatura vale pela totalidade e não exclui artigos. Quero acreditar que devem ter existido factores que não foram conhecidos pela maioria dos professores para os sindicatos assinarem tal acordo, no entanto, recordo que se não forem conhecidos não podem ser compreendidos. E obviamente que falo de argumentos sérios... Para "medos" já basta o poder local.

A contratação de escola deveria ter tido mais atenção sindical... Mesmo com o acréscimo de valorização da graduação, era de prever que a manutenção da entrevista e dos subcritérios manhosos pudesse continuar a gerar "cunhas". E infelizmente... confirmou-se.

8 comentários:

  1. Fora do post, mas preciso de ajuda, como posso confirmar (já me fartei procurar, sei que está, ou estava legislado), e onde está definido o tempo (horas) a que temos direito para trabalho individual e para reuniões.
    Esta história dos minutos baralhou tudo e todos e atribuíram-me total de componente lectiva e não lectiva 1665m e por mais que faça contas isto não bate certo. O ano passado davam-me 8h de trabalho individual, agora apenas 360m (8 tempos de 45m), davam-me 2h para reuniões, agora apenas 90m.
    obrigada

    ana

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  2. Gostava de referir que há escolas que juntam as duas % de seleção para colocar os amiguinhos. Por exemplo um colega com graduação de 17 ultrapassou colegas com graduação de 20, porque que as escolas juntaram subcritérios delas antes de fazerem a ordenação dos 5 mais graduados. Como é como uma escola pode saber por exemplo a minha avaliação se não fui consultado? Ainda digo mais; todos os contratos deveriam ser feitos simplesmente através da graduação, pela dgae, mesmo depois de dezembro. Depois de já existir uma aplicação feita porque não a aplicam até o final do ano? As escolas seguem os exemplos dos minístros tentando beneficiar quem lhes interessa. Façam chegar isto à comunicação social se tiverem o poder para tal.

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  3. mais vale tarde que nunca...

    agora...nada a fazer.

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  4. Não me acredito que vá acontecer alguma coisa.
    A bosta está feita e muito bem feita.
    Não venham dizer que os sindicatos fazem alguma coisa...
    O ano passado fui lá para fazer uma reclamação de uma colega de outro grupo que me passou para um horario do meu e o interesse não foi muito...

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  5. reposição da justiça?
    cada um ,amanhou-se...os outros viram-nos passar...estes,os felizardos
    além de tempo serviço ,ganharam a passagem á 1ªprioridade,enquanto os azarentos feios perderam tempo serviço,dinheiro e vamos ver ... 1ªprioridade...
    estou farta de ver o que nunca vi...
    VALHA-NOS A FORÇA DE DEUS PARA RESISTIR A TUDO ISTO.

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  6. Ricardo,

    Quero pedir a sua ajuda, na qualidade de representante da Associação dos Professores Contratados, no sentido de ver se é possível unir-se à FENPROF, de modo a acabarem com as contratações de escola, nos moldes em que se encontram. Esta situação de colocarem pessoas menos graduadas e excluírem as que têm mais graduação, pelo facto de estarem cobertas pelos critérios manhosos, está a deixar-me, e a muitos colegas, à beira do desespero. Não há quem possa aguentar com tanta injustiça, falta de respeito e de dignidade. Deve, tal como no concurso nacional, respeitar-se simplesmente a graduação profissional. Talvez para o presente ano letivo já não seja possível repor a normalidade desta situação concursal, mas deixo o meu apelo para ver se ainda pode fazer algo no sentido de acabar com a presente situação.

    Desejo-lhe a continuação de bom trabalho.
    Maria

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  7. A comunicação social deve ter conhecimento da pouca vergonha que se está a passar na contratação de escola, com os subcritérios.
    O compradio parece nunca mais ter fim. Quem poderá fazer alguma coisa para acabar com esta pouca vergonha? Será que os sindicatos fazem alguma coisa, ou nem disto têm conhecimento?
    Assim, é quase impossível não surgir uma revolução ou uma guerra…
    João

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  8. As contratações de escola deviam era acabar, por isso é que existe um concurso nacional e sempre que uma escola precisa-se de um professor, independentemente de ser TEIP ou não, era aí que devería ir buscá-lo e não ter autonomia para abrir ofertas de escola. Porque como todos nós sabemos essas ofertas são abertas para os "amiguinhos".
    Infelizmente, em Portugal tudo é possível...

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