É bom existir alguém que tenha os recursos e o tempo para determinar os números reais da estatística concursal docente. O Arlindo (aqui e acolá, por exemplo) tem feito um trabalho monumental, no que concerne a estatística docente e consequentemente no desmentir de alguns números entretanto avançados pelo MEC.
Assim, é possível chegar a alguns números que demonstram em todo o seu esplendor, o forte impacto da mais recente revisão curricular conjugada com o normativo que organiza o ano letivo 2012/2013 e a continuação das políticas de agregações de escolas (dados determinados até 30 de setembro de 2012):
- Menos 7540 docentes contratados por contratação inicial ou reserva de recrutamento, comparativamente ao ano letivo anterior (em 2011/2012 foram colocados 18319 professores e em 2012/2013 - até à 3.ª RR - obtiveram colocação 10779 professores). Se considerarmos os números determinados pelo Arlindo (que não costuma falhar), não há dúvidas que o número avançado (5000) por Nuno Crato peca por grande defeito.
- Menos 2252 horários, no que concerne à contratação de escola, quando considerado o mesmo período de tempo do ano letivo anterior.
Obviamente que mais contas poderiam ser feitas, eventualmente com outros parâmetros de interesse, no entanto, julgo ser suficientemente claro que os sindicatos deveriam lutar pela reposição da anterior revisão curricular, uma vez que é ela que está no cerne de tantos "cortes".
A luta pela vinculação extraordinária de professores contratados, equiparação de atividades letivas e outras coisas que tais, de pouco valem, se não mexermos no principal motor do desemprego docente.
- Menos 2252 horários, no que concerne à contratação de escola, quando considerado o mesmo período de tempo do ano letivo anterior.
Obviamente que mais contas poderiam ser feitas, eventualmente com outros parâmetros de interesse, no entanto, julgo ser suficientemente claro que os sindicatos deveriam lutar pela reposição da anterior revisão curricular, uma vez que é ela que está no cerne de tantos "cortes".
A luta pela vinculação extraordinária de professores contratados, equiparação de atividades letivas e outras coisas que tais, de pouco valem, se não mexermos no principal motor do desemprego docente.
Mas, há alguma novidade nisso? Ou há que lembrar que o Ministério da Educação foi o que sofreu o maior corte no Orçamento de Estado num total de 10%, ou seja, menos 800 milhões de euros?
ResponderEliminarOra, sabendo-se que 80% do orçamento do ME diz respeito aos recursos humanos (salários) não é de estranhar tamanha redução no número de contratados!