terça-feira, 10 de julho de 2012

25 000 horários eventualmente eliminados

Governo vai eliminar 25 mil horários e deixar no desemprego contratados

Comentário: Nada do que foi referido por Mário Nogueira constitui surpresa a quem costuma visitar com regularidade este blogue... 

Perguntaram-me há minutos se não achava 25 000 horários eliminados, um exagero "sindical". Já considerei excessivo, hoje começo a não considerar. Depois de saber que em duas escolas das redondezas serão eliminados aproximadamente 50 horários, já nem me atrevo a arriscar números. Penso que na próxima semana, começaremos a vislumbrar alguma contestação (pois já estaremos numa fase em que todos irão saber se têm horário ou não) por parte dos professores. Esta semana ainda haverá muito "desconhecimento" e "trabalho"...

24 comentários:

  1. "Desconhecimento" e "trabalho"... Ovelhas tão bem mandadas que somos... :( Os 25 000 também já não me parecem muitos, também já ouvi relatos de escolas com cortes de 40 a 50 horários...

    Maria

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  2. Olá
    No meu agrupamento somos 37!! Muitos são QA.
    Ainda há horários a aguardar autorização!!
    Enfim, assim se melhora a educação deste país!!!

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  3. Claro que 25000 é um exagero, como o ano pasado os 30 000 o eram. é o papel do sindicato atirar numeros por cim e o mec "desconhecer numeros". Pelas minhas contas será ( sem contar com os grupos de EVT e ET por razões obvias) efetuada uma redução global de 20 a 25% nos horários dos contratados. Tendo em conta que somos 36 000 , issotraduz-se em sensivelmente 10 000 , repito sem contar com as expressões, so a contar com os efeitos do aumento detempos, megas e reoorganização curricular. PS- naminha escola apenas deverá existir um DACL ou 2, EVT E EM. E há contratados nos outro grupos todos., penso que tambem se devem divulgar estes casos e não apenas os catastróficos.

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  4. A propósito disso apetece-me dizer o seguinte:

    1. Este MEC, com o conjunto de medidas que tem vindo a tomar, ficará na história como o responsável do maior despedimento coletivo (20 000 professores contratados) que há memória em Portugal;

    2. Embora estes professores sejam contratados a verdade é que a maior parte deles têm um vínculo à função pública de mais de 10 anos consecutivos, vivendo uma situação precária, ano após ano;

    3. Acresce a isto o facto de, por serem funcionários públicos, terem visto cortados os seus subsídios de natal e de férias, confirmando o logro do argumento “cortam-se os subsídios mas ao menos não são despedidos como no privado”;

    4. Ainda que agora os sindicatos se esforcem em comunicados e manifestações pueris, a verdade é que durante muito tempo estiveram ausentes numa altura em que os professores mais precisavam deles;

    5. De facto é muito difícil entender a inércia que os sindicatos têm demonstrado até aqui, em especial, quando comparada com as lutas a propósito da avaliação docente (ADD). Claro está que nessa época, talvez como agora, os sindicatos estavam acima de tudo a seguir as lógicas partidárias, isto é, o objetivo de toda aquela contestação não era a ADD propriamente dita mas sim desgastar o governo para a sua queda. Aliás, não foram só os sindicatos (ao serviço do BE e PCP) a usarem os professores para este fim, pois os próprios partidos da maioria o fizeram como fica provado pelo que na oposição prometeram e pelo contrário que agora fazem;

    6. Convém também não esquecer que os professores contratados sempre foram personagens menores para o sindicalismo (o que justifica o abandono a que deixaram os professores que lecionam há mais de 10 anos consecutivamente em situações precárias?);

    7. Por outro lado, os sindicatos sabem muito bem sentir o pulso do que se passa nas escolas e, parece-me que são capazes de não encontrar uma contestação assim tão forte como seria suposto acontecer, até porque a solidariedade entre professores do quadro e contratados é muito bonito e todos têm muita pena mas, como dá para perceber, anda tudo a ver se passa por entre as pingas da chuva;

    8. Por causa disto tudo, coloquei um fim na quotização que mês após mês fiz para o meu sindicato (SPLIU), acompanhada com a respetiva carta explicativa. Mais, incentivo todos a fazê-lo. Pode ser que assim comecem a abrir os olhinhos e se deixem de coreografias;

    João Narciso

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  5. Os sindicatos são uma balela. Só querem é sócios para mantar o lugar, lá.
    Isto ainda vai piorar mais com a reducção do Desporto Escolar,se for para a frente.
    Quem está bem nisto tudo são os colegas das escolas com contrato associação.

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  6. Muito bem dito

    Só não entendo a insistência nos 10 anos. Os de 9 já não têm qualquer direito?

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  7. 10 anos? 9 anos? E eu que pensava ser ilegal após 3 anos. .. têm razão, assim vai a solidariedade entre professores.

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  8. Eu sou contratada desde 2005 mas não tenho 7 anos de serviço pois nestes anos apenas consegui reunir 1797 dias de serviço o que não chega a 5 anos. Mas desde 2005 que o estado parece precisar dos meus serviços... parece-me que é desta que serei dispensada!
    E assim, após 7 anos a investir numa profissão vejo-me de mãos e pés atados. Mas eu sei que há quem tenha 10, 15, 20 anos de contratos sucessivos o que são situações bem piores que a minha.
    Mas não se calem, não se deixem aniquilar. Eu não o vou fazer.
    E é por isso que é preciso, é urgente, ir amanhã.
    Se formos poucos, seremos ridículos. Se formos muitos, despertamos alguma atenção para os nossos problemas e para as injustiças que nos têm atingido.
    E Setembro devíamos continuar com manifestações, vígilias, greves, boicote ao início do ano letivo.
    Sem professores a escola não funciona.
    Façamos que este país perceba a importância dos professores.

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  9. Ainda ontem me benzi com a parte do "desconhecimento". Digo-vos: há quem tenha muito mais sorte do que juízo.

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  10. Eu sou da opinião que a fazer-se greve, que deveria ser feita, esta deveria acontecer no início do ano letivo. Não se davam aulas até a situação ser alterada e passar a haver respeito por uma classe da qual o país tanto precisa.

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  11. Eu tb acho que em Setembro devia começar-se uma greve à séria.

    Não se abrem as escolas enquanto não for devolvido o respeito e a justiça aos professores e enquanto não se criarem condições de promoção da qualidade do ensino.

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  12. Os professores deviam deixar de fazer o que quer que fosse até o governo alterar a situação e repor a dignidade da profissão.

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  13. Para o último comentário:

    Concordo plenamente. Como já venho afirmando neste e noutros blogs há alguns meses, estas ações seriam aquelas que poderiam ter algum efeito. Tudo o resto são peanuts para o crato.

    Os médicos, os pilotos da TAP, os controladores aéreos, os maquinistas, fazem manifestações? Não! Pura e simplesmente param e o governo treme.

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  14. Pois é.. Mas a adesão à última greve foi o k foi.. o people tem medo e está teso.. Mas assim não vamos lá.. só garganta.. Eu cá adiro a tudo o k é greve e alinhava numa de greve durante 1 semana ou 2 ou 3.. Só assim meus amigos é k vamos lá. Para doido, doido e meio..
    Pedro_Norte (chat)

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  15. Pois é.. Mas a adesão à última greve foi o k foi.. o people tem medo e está teso.. Mas assim não vamos lá.. só garganta.. Eu cá adiro a tudo o k é greve e alinhava numa de greve durante 1 semana ou 2 ou 3.. Só assim meus amigos é k vamos lá. Para doido, doido e meio..
    Pedro_Norte (chat)

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  16. Remember? ;)

    Infelizmente, nestas matérias, tenho sempre razão antes do tempo.

    Há muito que aqui esrevi, como noutros sítios, que não haveria horários para contratados e para muitos professores de carreira. Propus, inclusive, a única ação que poderia ter algum efeito positivo no estancamento desta sangria: greve às avaliações.
    Acusações várias e esperadas, incluindo de falta de ética, choveram de muitos lados. Preferiram a cegueira dos sindicatos e, pelos vistos, continuam...

    Pois continuem, então. A seguir, vêm os despedimentos por extinção do posto de trabalho. No entretanto, alguém se prestará a entreter os incautos em "lutas circenses" sem qualquer consequência que não seja o ainda maior desgaste da imagem pública da classe.

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  17. Há qualquer coisa que me está a escapar... Então não vamos 25000 ou 30000 para o desemprego? Sendo assim quem vai fazer greve no inicio do próximo ano? Os que tiveram a sorte de estar a trabalhar? Os do quadro? Acreditam mesmo? É tarde demais ... Essa é a verdade!

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  18. Se fosse possível espalhar as ideias dos tt´s, de alguns anónimos e dos JM´s, por todos os professores contratados e fazer a coisa de modo a que agissem em conjunto, a situação mudava já na 2ª fase dos exames e, depois, era o boicote à manifestação de preferências.

    Só assim poderiamos impôr algum respeito. Tudo o resto são diversões.

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  19. Greve no início do ano lectivo?

    Depois de quase todos despedidos?

    Isto diz muito dos professores...!!

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  20. Caros colegas de ET

    A situação em que estamos é desesperada, cada um de nós anda pelas Escolas a tentar sobreviver, de uma forma isolada. A nossa associação andou a dormir e nesse estado continua. Reagiu de uma forma tardia. Não chamou as forças vivas da sociedade para a nossa causa, como outras associações o fizeram com ganhos evidentes nas matrizes de última hora.
    Á que revigorar a ANAPET, torná-la mais combativa e mobilizadora para a luta de sobrevivência que temos de desenvolver de forma a por novamente ET como disciplina obrigatória no currículo do 3º ciclo.
    Á QUE LUTAR SENÃO A MORTE É CERTA.
    NO PASSADO CONSEGUIMOS E NO PRESENTE FUTURO TAMBÉM O VAMOS CONSEGUIR.
    Lutar para existirmos é a nossa sina.
    Temos de o fazer, para que a nossa sociedade não se torne num enorme contingente de serviçais à espera dos turistas, MAS SIM UM SOCIEDAE TAMBÉM COMPOSTA POR TÉCNICOS SUPERIORES, MÉDIOS ... CAPAZES DE PRODUZIR RIQUEZA

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  21. Os 9 têm direito.

    OS 10 ainda mais.

    Mas não se preocupe,isto é tudo uma questão prática, quando haver uma resposta do MEC, já terá 20 ;)e eu 37.

    http://www.youtube.com/watch?v=8-Ydq0d9o1k&feature=related

    E ASSIM VAI O PAIS DOS PEQUENINOS

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  22. Professores do Quadro em Processo de Despedimento...
    Professores Coadjuvantes ou professores adjuntos/auxiliares de professores titulares de turma, a designação é irrelevante.
    Mas estes professores serão os que concorrerão em DACL que se não forem colocados, em outra escola, regressarão às origens.
    Este infeliz regresso irá marcá-los como um estigma, durante o resto do próximo ano lectivo...


    Taparão buracos, ajudarão outros a leccionarem as aulas, farão de babysitter de alunos com maiores dificuldades de integração comportamental ou com maiores dificuldades de aprendizagem.

    Receberão o vencimento, como os outros, mas têm o destino traçado: despedimento através de rescisões (recebem uma indemnização, quiçá sujeita a taxa máxima de IRS, embora o Governo reconheça não ter verba suficiente), mobilidade interna no MEC ou mobilidade externa dentro do Estado; nestes dois últimos casos, os 50 km não existem, porque o Governo quer criar o caos familiar, de forma a reduzir a despesa primária, ou...

    O Governo há-de massacrar a opinião pública, intoxicando-a sobre o facto de, por estar a sustentar cerca de 10 000 professores de quadro sem horário, nunca poderá ter controlo do deficie (quando foi o próprio Governo a criar essa situação) e serão inevitavelmente despedidos (através de criação de situações insustentáveis, em termos de instabilidade emocional)pelo Governo.

    Mas, no final do próximo ano, Nuno Crato defenderá que o sucesso escolar só será uma realidade, quando as turmas passarem de 30 para 34/5 alunos, o que conduzirá à criação de outra bolsa de professores parasitas, que em 2014 ou 2015 também terão de ser dispensados.


    As palavras do Primeiro, proferidas no dia 7 de Julho são bem objectivas e prometem endurecer as condições de vida de muitos professores, quando afirma que, segundo o jornal Público, os orçamentos mais significativos, são o da Saúde e o da Educação. Quem hoje disser que temos de substituir a poupança gerada pela suspensão do 13.º e do 14.º mês em redução de despesa pública tem de dizer quanto é que quer que se corte no Serviço Nacional de Saúde e nas escolas públicas em Portugal.

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  23. No agrupamento de escolas João de Araújo Correia-Peso da Régua 42 professores em DACL.

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  24. Agrupamento de Escolas de Esmoriz Ovar Norte - 64 professores em DACL

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