Comentário: É um contraste absolutamente claro com o anunciado reforço da autonomia das escolas. Na realidade, enquanto não se limarem as arestas financeiras dificilmente teremos verdadeira autonomia. O MEC não é mais que um "lacaio" do Ministério das Finanças.
Aliás, por aquilo que pude constatar ao longo dos últimos anos, poderá ser um risco apostar numa verdadeira autonomia. Lembrem-se que uma verdadeira autonomia, implicará as escolas poderem selecionar os seus professores, e de acordo com o que já se viu (nas ofertas de escola, por exemplo) poderá ser uma péssima ideia.
Isso de selecionar os professores significa também escolher quem recebe menos.
ResponderEliminarComo os mais novos recebem menos, ps velhos, lixo com eles.
Bronca.....
ResponderEliminarMEC não assegurou transportes para os alunos que vão fazer exames Nacionais 6º e 9º Anos. Em anos anteriores esta situação não aconteceu porque os exames realizavam-se ainda em tempo com atividades letivas, mas este ano não. Como é como os alunos se vão deslocar para a escola para realizarem os exames, se já não há transportes escolares, terminam dia 15 de junho e os exames são depois. Portugal não é só Lisboa, existem muitos concelhos no interior do país que não têm rede de transportes públicos. Na minha escola Já muitos pais questionaram a direção como é que os filhos nesse dias vêm para a escola para realizarem os exames. Pois eles não tem possibilidade de os trazer, nem podem faltar ao trabalho.
Se um professor trabalhou numa escola e a sua prestação foi ótima então acho muito bem que a escola faça de tudo para voltar a ter esse professor. O problema é que neste país as pessoas são selecionadas porque são conhecidos do diretor ou sobrinhos da colega ou filhos da auxiliar...
ResponderEliminarTrês professores podem ter uma ótima prestação... Imagine que só há um lugar. Quem vai ser selecionado?
ResponderEliminarNuma situação ideal e justa seria o de maior graduação profissional. Numa situação real, seria quem a direção quiser e se calhar nenhum dos três professores com ótima prestação....
ResponderEliminarSabem se quando fazemos uma denúncia (no período de reclamações que já passou) o candidato denunciado tem acesso aos dados de quem o denunciou?
ResponderEliminarA julgar pela arrogância e burrice vigentes na maioria das direções de escola, a autonomia não será usada de forma justa.
ResponderEliminarApesar de estar visceralmente contra os mega-giga agrupamentos, não deverá haver tanto lugar para os descalabros que houve este ano letivo.
Hoje tive 2 reuniões. Incrédulo com o que lá ouvi, telefonei a dois colegas que estão colocados em regiões diferentes. Confirmaram, as ordens vindas das direções regionais são claras: “CORTAR HORÁRIOS, CORTAR HORÁRIOS”, portanto
ResponderEliminarELE SABE
- que dos 50 000 candidatos a contrato, nem 10 000 serão colocados – estas 3 escolas vão apenas renovar 3 contratos e não vão lançar nenhum para concurso;
- que aos professores de carreira com horário zero que não obtiverem colocação, ser-lhes-á, a curto prazo, retirado o estatuto de docente, serão equiparados a técnicos superiores com redução substancial de vencimento e posteriormente colocados em mobilidade especial – nestas 3 escolas irá acontecer a pelo menos 4 colegas de EVT;
- que estão a ser recusadas autorizações para abertura de cursos, quer do ensino regular, quer cursos profissionais – questionadas as direções regionais sobre o que iria acontecer aos alunos, a reposta também foi clara: “ os alunos se não gostarem das áreas ou dos cursos que as escolas têm, que procurem outras ou vão para casa, isso não interessa”;
- que é impossível que os alunos aprendam em turmas de 30- isso não interessa;
- que aos alunos oriundos das classes sociais mais baixas apenas restará o abandono escolar ou a aprendizagem de um ofício num centro de formação do IEFP (centros estes que irão receber 50% dos fundos do CREN destinados à formação), ficando o ensino liceal para aqueles que têm capacidade para pagar explicações;
- que nenhuma escola (não profissional) tem condições para ministrar cursos de agricultura, pescas, caça ou metalomecânica – retiram-se, assim, os cursos profissionais das escolas;
- que os centros de formação do IEFP, com aquele reforço, irão absorver alguns professores – pagos a 10 €/hora, com recibos verdes;
- que as escolas podem optar por tempos lectivos de 45 ou 50 minutos, mas se optarem por tempos de 45, irão criar condições para abertura de mais horários – como forma de condicionar essa “autonomia”, se o fizerem, o horário completo será de 24 ou mais horas;
- que o insucesso e abandono escolar irá disparar em flecha – não importa, retira-se Portugal dos estudos da OCDE, como já o fez com os adultos;
- que está a destruir a educação:
Enquanto isto, os professores, os pais e os sindicatos dormem um sono profundo e sereno. Quando acordarem estarão mergulhados num pesadelo.
O cenário é absolutamente dantesco...
ResponderEliminarJM,
ResponderEliminarPodes acrescentar mais uma Escola com o mesmo cenário.
Ana B.
Temos que nos mentalizar que se queremos melhorar a nossa situação ou impedir o descalabro total então temos que fazer algo. Está na hora de agir!!!
ResponderEliminarEu vou-me embora deste país
ResponderEliminarMas qual autonomia, qual carapuça? Só falam em autonomia das escolas quando querem sacudir a água do capote... A autonomia das escolas em Portugal ficou-se pelo DL 43/89 do tempo do bom ministro Roberto Carneiro!
ResponderEliminarDesculpem colocar uma mensagem fora do tópico mas....estou a estranharo facto de o Ricardo não fazer posts há varios dias.....venho por este meio desejar q tudo esteja a correr bem consigo e com os seus e q este silêncio pouco habitual não seja consequência de nenhum problema na sua vida.
ResponderEliminarObviamente que não pretendo com isto imiscuir.me na sua vida pessoal, mas apenas deixar aqui a minha amizade e preocupação, uma vez que, mesmo não o conhecendo pessoalmente, é alguém por quem tenho bastante consideração.
Abraço
CF
MarteAtaca, sugestões?
ResponderEliminarDe que esperamos??
ResponderEliminarGreve nas avaliações e ao serviço de exames. Paramos o país, abrimos telejornais e só assim nos vão ouvir.
Já os camionistas e os controladores aéreos o fizeram, só temos de agir e já!
Contém comigo
ResponderEliminarTemos de tomar uma atitude muito em breve!! Estão a brincar com a nossa vida e com o futuro dos nossos filhos e não fazemos nada? Temos de nos organizar, o problema é: como?
ResponderEliminarPelo andar da carruagem vai ser tarde pois já quebraram a espinha dorsal da democracia nas escolas com a ditadura bem remunerada dos diretores e capatazes. O grosso da legislação destruidora da escola pública será feita no verão e apresentada em setembro como ato consumado. As polemicas dos mega ou menos mega é só para distrair os mais informados. Quanto aos sindicatos se levantam muito a cabeça também levam... ou pensam que eles não sabem quem lhes paga?
ResponderEliminarBlogs e movimentos de contribuíram muito para a movimentação dos professores com a ADD vão agora divagando sobre a educação sem contribuírem para a mobilização empurrando os sindicatos para a luta.
ResponderEliminarAté alguém que não é prof. já percebeu:
Outro que anda desaparecido é o "Grande Líder" Mário Nogueira. Quem não se lembra da feroz luta contra a avaliação da "Sinistra Ministra" Maria de Lurdes Rodrigues em que não havia um dia em que não aparecesse nas televisões e uma semana em que não fizesse um protesto. Agora, com milhares de professores a irem para a rua, com salários e direitos a serem cortados os discursos são quase silenciosos e os protestos invisíveis. Se no tempo da Sinistra Ministra mordeu a maça envenenada do "memorando de entendimento" agora parece ter-se engasgado com esta laranja podre e amarga.
Kaos
Aquele imbecil do Crato deve estar a pensar: " Os cães ladram (pouco) e a caravana passa"
ResponderEliminarCaros colegas, sou leitora assidua no blog mas raramente me manifesto pq acho q já tudo se disse e vai dizendo mas, como sempre... nada se faz! Pode custar aceitar para alguns mas a verdade é mesmo essa: não somos uma classe unida e não lutamos pelo que é nosso de direito! e se o fazemos é num mero protesto que passado um dia já ninguém se lembra e até o rato se ri...perço desculpa... quis escrever "Crato" já que ratos à procura do queijo e assustados com a armadilha parecemos nós! Certo é que as novidades surgirão qd ninguém der por ela (durante o verão) e depois?! bem depois...calamos e comemos pq o prato já está servido.A autonomia das escolas é a palhaçada das nossas vidas docentes: ora eu 5 anos depois de acabar o curso consegui ser colocada durante os últimos 2 e agora... bem agora não conheço nenhum director de escola, nao me identifico com Projectos Educativos de Agrupamentos onde nunca trabalhei nem tenho tempo de serviço antes da minha reles Licenciatura...(Sim, reles pq está engavetada, nao me serve de nada...antes pelo contrário: só empata na hora de procurar outra área de trabalho). Por isso, deixem que dita a autonomia aconteça e vão ver como as escolas se tornam um "negócio familiar" onde os critérios vão ao encontro do candidato previamente escolhido. A culpa é do MEC?! É!Dos sindicatos? Também! Mas acima de tudo é minha e vossa pela inércia, por deixar a caravana passar, por comer e calar e por deixar a Educação na decadência que se vê!
ResponderEliminarA minha sugestão passa por se fazerem manifestações/ víligias e boicotar o início do próximo ano letivo. Construir uma lista de problemas existente no sistema de ensino português e elaborar propostas concientes e justas.Até tudo estar no devido lugar, não arranca o ano letivo e nenhum professor entra na escola(seja ele professor do quadro ou contratado porque estamos todos no mesmo barco!!!!). Escolas trancadas...
ResponderEliminare os lacaios dos senhor diretores deixavam?... como disse acima o problema foi aceitar a gestão anti-demoratica... agora é tarde.
ResponderEliminarTal seria uma revolução justa e digna do massare preparado na escola pública.
Marta
ResponderEliminarProfessores do quadro a boicotar o início do próximo ano letivo? Ia gostar de ver.
Contratados- Qualquer coisa que estes façam agora (e não acredito que façam seja o que fôr) não terá qualquer resultado, pois tudo está consumado para que esses contratados já não iniciem o próximo ano letivo.