Comentário: Decididamente estamos perante um acréscimo de desemprego no seio da nossa classe. 120% de acréscimo se compararmos com 2010, mas 225% se compararmos com 2009. Espero estar redondamente enganado, mas penso que a partir de setembro (com ou sem concursos segundo as novas regras, mas com a nova reforma curricular que se prevê) esse acréscimo ainda será maior.
Ainda segundo dados fornecidos pelas FNE, a tendência de acréscimo do desemprego já não é de hoje, bastando como referência "Setembro do ano passado, quando mais de 73% (37.253 de um universo de 47.732 candidatos) dos professores que foram a concurso não conseguiram um contrato. E em 2011 houve menos 25% (cinco mil) de colocações que em 2010".
Embora no artigo seja feita uma caracterização do professor desempregado com quatro pontos, apenas vou salientar 2:
Retrato do professor desempregado
1 - 44% são da região Norte do País
Cerca de 44% (3.523) do total de 7.945 docentes desempregados e inscritos nos centros de emprego são da região Norte. Lisboa e Vale do Tejo ocupa a segunda posição com o maior número de professores desempregados, atingindo os 1.895, pouco mais do que a região Centro do País, onde no final de 2011 havia 1.847 inscritos.
2 - Maioria são mulheres
Em cada dez professores do ensino secundário, superior e profissões similares, inscritos nos centros de emprego, sete são mulheres. No final de Dezembro de 2011, apenas 29% destes 7.945 professores eram homens. Uma tendência que se verifica também nos docentes do ensino básico e entre educadores de infância, onde 84% são mulheres.
Não querendo de forma levantar a já muito polémica questão aqui debatida em vários post's há notoriamente muitos profs, com algum tempo de serviço, desempregados, graças a 3 fatores:
ResponderEliminar1º Colegas mais novos que terminam o curso com médias elevadas;
2º Não se sujeitam a trabalhar longe de casa - ninguém tem o direito de fazer criticas destrutivas aos colegas que optam por tentar arranjar emprego pertinho de casa, mas estes tb não podem reclamar caso decidam arriscar desta forma;
3º As cunhas cada vez mais em voga.
Conclusão da história: Sem fazer uma análise detalhada e sem ter dados concretos, contrariamente ao que é dito por aí, parece-me k em percentagem temos menos profs desempregados do que tinhamos há uns 6 anos atrás... O que acontece é que temos mais profs com algum tempo de serviço desempregados pela primeira vez pelos motivos que apresentei anteriormente.
Pedro_Norte (chat)
Acrescento ainda que os dados divulgados neste artigo, se entendi bem, são estudos que contemplam apenas a colocação em 31 de agosto quer de 2011, quer de 2010... Ora, se assim for, são daquelas estatísticas que não interessam a ninguém pq não correspondem à realidade...
ResponderEliminarJá alguem dizia que "um ser humano com a cabeça no forno e os pés no congelador está estatisticamente confortável..."
Pedro_Norte (chat)
Acrescento ainda que os dados divulgados neste artigo, se entendi bem, são estudos que contemplam apenas a colocação em 31 de agosto quer de 2011, quer de 2010... Ora, se assim for, são daquelas estatísticas que não interessam a ninguém pq não correspondem à realidade...
ResponderEliminarJá alguem dizia que "um ser humano com a cabeça no forno e os pés no congelador está estatisticamente confortável..."
Pedro_Norte (chat)
Não me admira nada estes dados, principalmente os que colocam uma maioria de professores do norte desempregados... Fui colocada a semana passada em Odivelas e sou de Gaia, na semana anterior tinha chegado um colega de Santa Maria da Feira, e na mesma semana outras duas colegas, uma de Braga e outra de Lamego... Mas já quando trabalhei na Amadora, há uns três anos, contratados do meu Agrupamento eram quase todos do norte, assim como na Madeira.
ResponderEliminarQuanto às escolhas, penso que este ano muitas pessoas "abriram os olhos" à realidade que se aproxima!
Sofia.