quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Areia para os olhos


Comentário: O post é do Paulo Guinote e vem explicar que nada foi conquistado até agora pela FENPROF, ao nível das negociações em termos de horários-zero (leiam este post para compreenderem melhor a situação). Traduzindo, ontem a FENPROF anunciou (aqui) que os professores com horário zero não vão para o quadro de mobilidade especial como sendo uma conquista. Pois bem... De conquista pouco ou nada tem, pois a medida agora anunciada já se encontra assegurada desde 2008 em legislação própria (Decreto-Lei n.º 124/2008, de 15 de Julho) e até mesmo a FENPROF a refere no seu sítio.

Não posso afirmar que a médio e longo prazo, não poderá ocorrer (fomentada e legislada pelo actual Governo de coligação) uma situação de mobilidade especial para quem se mantenha com horário-zero, mas para já essa hipótese parece-me relativamente remota, pelo que não vale a pena introduzir falsos receios (ou pelo menos receios exagerados) e supostas salvações... Como já disse uma vez, cortem nos teatros e façam um trabalho sindical como deve ser.

5 comentários:

  1. MANECA DO FUNDO DO POVOagosto 25, 2011 10:40 da manhã

    Grande "conquista" esta, tanto da parte do Ministério da Educação como por parte dos sindicatos.
    Se calhar era para ver se os docentes deste país à beira-mar plantado estavam a dormir. Acontece que só uma pequena percentagem está a acordar. Os outros já acordaram há muito tempo e até já tomaram o pequeno almoço.

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  2. Maneca, eu acho que é mais ao contrário.
    E muitos, nem sequer querem ser acordados. Quietinhos e pianinhos que... ou lhes faltam ( a uns) poucos anos para dar de frosques ou querem ( os outros) é um horário e muita ADD para "quando abrirem concursos para os Quadros ou mobilidade".

    jk

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  3. MANECA DO FUNDO DO POVOagosto 25, 2011 10:59 da manhã

    JK, eu não estava a falar desses. Esses já morreram e não sabem que estão mortos.

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  4. Ricardo,
    tal como refere P.Guinot "concordaram em cumprir a lei". Parece uma mão cheia de nada. No entanto, nos últimos anos verificamos que o ME não só não cumpre as leis do estado como as tem tornados "ilegais" com despachos em cima de despachos. Penso que os sindicados, já que não mostram capacidade reivindicativa, deviam perseverar na questão do CUMPRIMENTO DAS LEIS DO ESTADO DE DIREITO pela tutela. Se a lei for cumprida por quem nos governa, muita da precariedade no ensino deixaria de existir. VAMOS LUTAR PARA QUE SE CUMPRA A LEI...

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  5. Resta saber, meu caro Ricardo, se há vontade política (da parte dos sindicatos, nomeadamente da fenprof) para isso. Como seria um sindicato de professores a tratar dos problemas dos professores, que (substancialmente) não são estritamente laborais?

    Continuo cada vez mais convencido de que uma Ordem de Professores representaria muito melhor os interesses da educação e dos professores. O problema é que os sindicatos ficariam reduzidos aos problemas laborais e a sua força política diminuía...!

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